30.11.08

Sudeste do Pará recebe o projeto “Cinema em Movimento”

Ontem, em Canaã
Foto: Taiana Laiun


A cidade de Parauapebas, uma das mais ricas províncias minerais do mundo, situada no sudeste do Pará, recebe neste domingo, às 19h30, o projeto “Cinema em Movimento”, da Cabocla Produções, que exibirá, no espaço do projeto FAM (Fazendo um Amanhã Melhor), os curtas paraenses “Admirimiriti”, de Andrei Miralha e “Açaí com Jabá”, de Alan Rodrigues, além do longa-metragem “Saneamento Básico” (RS), de Jorge Furtado.


Antes de Parauapebas, o projeto já esteve em Marabá, na sexta-feira, 28, no GAM (Galpão de Arte de Marabá, que já foi Ponto de Cultura), em Canaã dos Carajás, ontem, 29, na praça principal da cidade.


Os filmes escolhidos atendem a alguns critérios adotados pela produção do projeto, equipe formada pela cineasta Jorane Castro, que dirige a Cabocla Produções, e pelas produtoras Moema Mendes e Danielle Santos. São filmes com temáticas livres e divertidas e que levam o público à diversão e muitas risadas.


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Curtas paraenses agradam público em Canaã

Na tela, o ótimo Admirimiriti
Foto: Taiana Laiun

Ontem, em Canaã dos Carajás o público que se concentrou na praça principal da cidade curtiu à valer os curtas paraenses “Açaí com Jabá” e “Admirimiriti”, e se identificou com o longa “Saneamento Básico”, de Jorge Furtado, além de ter aprendido com o filme um pouco de como se faz cinema.

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Fossa leva comunidade à realização de um filme

Foto: Divulgação/Leopoldo Plentz

O filme Saneamento Básico se passa em uma pequena cidade que, tal qual Canaã, se situa em um vale, numa região entre serras. Na tela, Wagner Moura, Fernanda Torres, Camila Pitanga e Lázaro Ramos precisam de uma fossa para impedir a poluição do rio da cidade. Mas não há dinheiro previsto para saneamento básico no orçamento municipal, apenas uma verba federal que só pode ser usada para fazer cinema. Que tal?

Menos mal, pois com a verba existente, a solução foi improvisar um filme para ganhar a verba e aplicá-la nas obras da fossa. A partir daí o público começa a gargalhar e a se encantar com o filme que mostra um pouco da realidade de se fazer cinema no Brasil e, ao mesmo tempo, demonstra que mesmo com a inexperiência dos personagens em fazer cinema, ainda assim, quando há paixão pelo que se quer e o que se faz, tudo pode dar certo.

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Cinema em Movimento com direito à pipoca


Pipoqueiro trabalhou bastante, durante a sessão do GAM
Foto: Taiana Laiun


O projeto também iniciará na segunda-feira, 01 de dezembro, oficinas de roteiro e direção (Afonso Galindo), fotografia (Marcelo Rodrigues) e Edição (Roger Elarrat). Até o dia 14 de dezembro, 60 pessoas em cada um dos municípios irão participar das aulas com noções de audiovisual e depois partirão à prática e realizarão um filme em cada município.


O resultado será visto na tela, com direito a muita pipoca, nos dias 17, em Canaã dos Carajás (na mesma praça); no dia 18, novamente em Parauapebas (no FAM) e no dia 19, encerrando a programação de 2008, em Marabá (GAM).


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Projeto terá programação diferente em dezembro

"A Máquina" (foto divulgação)

A programação da segunda etapa traz a exibição dos filmes produzidos nas oficinas e ainda o longa “A Máquina” (PE), de João Falcão. O projeto da Cabocla Produções partiu de um princípio básico.

O Pará perdeu suas salas de cinema no interior, deixando o público carente e à margem do circuito audiovisual brasileiro.


Um levantamento feito pela produção, revelou que nos 143 municípios paraenses contam-se apenas 18 salas oficias de exibição de cinema e sabe-se que a maioria delas está em Belém.


Por isso a idéia é chegar com o “Cinema em Movimento” também a outros municípios em 2009, sempre combinando projeções com oficinas, com objetivo de democratizar o acesso ao cinema nacional, criando platéia e diversificando as ações de formação técnica em audiovisual.


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Muita atenção no telão


A sessão de Canaã, ontem, encerrou por volta das 21h, deixando um gostinho de quero mais. Calma, galerinha. No dia 17, 18 e 19 de dezembro tem muito mais!

Foto: Taiana Laiun

O Madruga Fest está de volta!

Nó Cego

Conversando com Sérgio Darwich, vocalista do Nó Cego e um dos coordenadores do Madruga Fest, perguntei o que o Seu Madruga (personagem do seriado mexicano "Chaves") tinha haver com punk-rock e ele me respondeu: é uma homenagem a um dos primeiros punks da América Latina. Ah, tá explicado (risos).

E parece que todo mundo gostou disso, porque o festival chega a sua segunda edição, depois do sucesso que foi no ano passado, no Teatro Waldemar Henrique. Só que desta vez, o Madruga acontece na boate Mystical, de André Kaveira e Élida Brás (lugar mais punk, impossível!).

A programação deste ano, realização da banda Nó Cego e da Factotum, reúne 17 bandas, uma delas vindo do Ceará, a Alma", de Fortaleza. A data é 7 de dezembro (domingo) começando a pauleira às 16h e indo até a madrugada do dia 08, às 2h de segunda-feira. Não tem problema. É feriado, Dia de Nossa Senhora da Conceição. Tudo certo, então...
(leia mais abaixo)

É rock, rock, rock


De acordo com o release do evento, o Madruga Fest Rock 2 soma o gás e o sangue novo das bandas mais novas com o peso e sonoridade mais depurada das mais antigas, para abrir novos caminhos para todos.

Nesta 2º versão, além de Nó Cego, o evento traz uma banda de fora, a “Alma” (ex-Alma Sebosa), grande e histórica banda da cena punk nordestina e a volta da lendária banda de metal de Belém.

Também estão na programação os grupos Morfeus, que teve seu vinil editado em CD na Alemanha, em 2006; representando o punk rock, está a Morfina Punk, de Marituba, banda de Ananindeua, que estará lançando CD; Resistência Suburbana, com uma demo recém-lançada e a Baby Loyds. Do hardcore tocarão também a Rennegados e o Junk Javali.

Do grindcore se apresentarão três bandas: os incendiários Baixo Calão, os “punkalhaços” Dercy Gonçalves” e os manos do “Criaturas de Simbad”. Do metal estão Telaviv e Necroskinner, que acabaram de lançar um ótimo CD. E ainda representando o rock setentão, está a Jonny Money.

Tem até o mix rock-mpb dos brothers da Novos Camaleões, cujo vocalista/letrista, Hílton Negreiros é o batalhador co-produtor do Madruga Fest. O evento conta também com o rock rural (ou folk rock) será representado pela banda Malachai, também com CD novo e o blues-rock, a Daniel dú Blues.

Ingressos já estão à venda!

Banda Alma (Fortaleza - Ceará)

Os ingressos estão sendo vendidos antecipadamente a R$ 5,00, pelas bandas participantes e nas lojas Ná Figueredo (Gentil Bittencourt, 449, fone 3224-8948), For Fun (Tv. São Pedro, 656 – atrás do Iguatemi, fone: 3223-0042) e CD-Box, na Cidade Nova 8, próximo ao ESMEC, fone: 9637-4682.

No dia do Fest haverá venda de ingressos somente na bilheteria da Mystical, a partir das 16h. Outras informações: madrugafest2@gmail.com

25.11.08

Iphan discute com estados a construção do Sistema Nacional do Patrimônio Cultural

Em Belém, a reunião será no Palácio Lauro Sodré - MHEP

O Iphan/Ministério da Cultura e o Fórum Nacional de Dirigentes e Secretários Estaduais de Cultura estão realizando uma série de oficinas regionais em todo o Brasil para debater a construção do Sistema Nacional do Patrimônio Cultural (SNPC).

Participarão dessas oficinas todas as Superintendências Regionais do Iphan, os órgãos estaduais e municipais de gestão do patrimônio cultural, e outros setores, como o Ministério Público e a sociedade civil organizada.

Além das discussões sobre as propostas de constituição do Sistema Nacional do Patrimônio Cultural, as oficinas também apresentam a primeira sistematização do Quadro do Patrimônio Cultural, uma pesquisa realizada com todos os estados da federação sobre a política e a estrutura de gestão do patrimônio cultural.

Os encontros promovem ainda o levantamento de dados, experiências, e dos principais desafios dos estados e municípios na área, bem como debates técnicos sobre a perspectiva de trabalho dentro do SNPC.

Em cada grande região brasileira será abordado um tema específico.No Norte, o patrimônio arqueológico e paleontológico; no Sudeste, os sítios históricos urbanos; no Centro-Oeste, o patrimônio edificado; no Sul, o patrimônio natural e paisagístico, e finalmente no Nordeste, o patrimônio imaterial.

Calendário:

REGIÃO NORTE
De 08 a 10 de dezembro
Local: Palácio Lauro Sodré - Praça Dom Pedro II, s/n. Cidade Velha – Belém – PA

Mais informações – Assessoria de Comunicação
sistema.nacional@iphan.gov.br (61) 3414- 6290



21.11.08

FSM 2009 abre inscrições para atividades artísticas e culturais


Foto de João Ramid: Ver-o-Peso – Belém

Os interessados em mostrar trabalhos artísticos-culturais no Fórum Social 2009 que acontece em Belém do Pará de 27 de janeiro a 1º de fevereiro, já podem acessar a ficha de inscrição, até dia 12 de dezembro, através do site do FSM 2009, em http://www.fsm2009amazonia.org.br/forum-social-mundial

Podem ser inscritas atividades como teatro, cinema, música, literatura, artes visuais, dança, contação de histórias, entre outros.

Para que sua atividade seja aceita, você precisa estar de acordo com a Carta de Princípios e com o Termo de Referência de Cultura do FSM.

Mais informações pelo e-mail: culturafsm09@gmail.com

Célia Bassalo redescobre vestígios da Art Nouveau em Belém


Os resquícios deixados pela Bélle Èpoque na cidade de Belém estimularam a professora e pesquisadora Célia Bassalo a escrever o livro "Art Nouveau em Belém", lançado este mês em Brasília, através do Programa Monumenta, do Ministério da Cultura (MinC), que atua em áreas protegidas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

Em "Art Nouveau em Belém", Bassalo faz uma espécie de redescoberta da capital paraense em busca de pequenas e grandes marcas deixadas pelo art nouveau na cidade. Além da extensa pesquisa bibliográfica, a pesquisadora visitou os inúmeros espaços onde ainda há manifestação do estilo em Belém. Tudo foi devidamente registrado pelos fotógrafos Octavio Cardoso e Caio Reisewitz.

O Art Nouveau se apresenta como tendência arquitetônica inovadora do fim do século XIX; um estilo floreado, onde se destacam a linha curva e as formas orgânicas inspiradas em folhagens, flores, cisnes, labaredas e outros elementos.

Em Belém, a riqueza arquitetônica vem da época áurea da Borracha, como a edificação arquitetônica da loja Paris N´América que, segundo Bassalo, não é art nouveau, mas sua decoração interna é. "Vale lembrar de que hoje, o mobiliário de época foi vendido há tempos. Permanecem a belíssima escadaria, o lustre, parte do piso e outras coisas mais", diz. De acordo com a pesquisadora, não existe, à rigor, uma arquitetura art nouveau. "Este é um estilo de superfície. Os prédios eram decorados, interna e externamente, como motivos característicos do estilo", explica. (este texto segue nos posts abaixo. As fotos são todas de Octavio Cardoso).

O guia traz detalhes decorativos encontrados em Belém



O prédio branco da foto acima, por exemplo, que é atualmente de uma instituição bancária que fica na Trav. Quintino, com Av. Nazaré, traz vários detalhes em art nouveau. Outra edificação que também traz vestígio do estilo é a da Farmácia da República, na Av. Presidente Vargas. Os portões do Instituto de Educação do Pará e do Parque da Residência são outros exemplos. Aqueles detalhes todos são de pura art nouveau. Note ainda os detalhes do coreto maior da Praça da República e também vai encontrar adornos em art nouveau. Por aí já dá pra imaginar a beleza que é a ilustração fotográfica deste livro.

Livro faz parte da série Roteiros do Patrimônio


O livro, explica Bassalo, faz parte da série Roteiros do Patrimônio. "É um guia turístico, com belas fotografias, contando a história do estilo de época em Belém e os locais onde o turista pode encontrar registros do movimento, à exemplo de fachadas azulejadas, frontões, paredes internas, vidraças, objetos de arte, lustres, móveis, jóias... Há, inclusive, um roteiro para o turista seguir, acompanhado de um mapa indicando os locais a visitar", avisa.

Célia Bassalo conta que não encontrou dificuldades para fazer este mapeamento, pois já conhecia os locais onde estava o material de que precisava. "Além disso, nos prédios públicos as pessoas foram muito gentis, colocando à minha disposição aquilo de que eu precisava", comenta.

Em sua pesquisa ela pôde observar, sem nenhum entusiasmo, que em Belém houve uma grande perda deste estilo. "Infelizmente e em nome da modernidade, houve um descaso total pela memória da cidade. Assim, prédios foram derrubados e outros descaracterizados. É uma pena!" (veja onde encontrar os livros, no post abaixo).

Outras obras foram lançadas


Além do livro de Célia Bassalo também foi lançado, pelo Monumenta, a obra "Atlas dos Monumentos Históricos e Artísticos do Brasil", da Coleção Obras de Referência, direcionado aos leigos, com linguagem didática e referências sobre monumentos; o livro "Barroco e Rococó nas Igrejas do Rio de Janeiro", organizada em três volumes, convida os leitores a observarem os estilos Barroco e Rococó em vinte das principais igrejas do Rio de Janeiro e "As Fortalezas e a Defesa de Salvador", que possibilita aos leitores o conhecimento dos fortes e fortalezas que no passado ajudaram a garantir a defesa da cidade. As obras estão à venda em várias livrarias do país e podem ser também adquiridas pelo e-mail publicacoes@iphan.gov.br. Mais informações, no site http://www.monumenta.gov.br, ou pelos telefones (61) 3326.6864 e 3326.8014.


Detalhe do portão do Parque da Residência


Agradeço ao Octavio Cardoso que enviou as belas fotos para ilustrar a entrevista que fiz com a professora Célia Bassalo, originalmente, através da Assessoria de Imprensa da Fundação de Amapro à Pesquisa do Estado do Pará, para o site da instituição: http://www.fapespa.pa.gov.br/.


20.11.08

Semana da Consciência Negra

Foto de Hugo Delgado


A Fundação Curro Velho começa a discutir hoje temas relativos ao Dia da Consciência Negra. A diversidade cultural como direito dos povos; o combate à discriminação das diferenças de raça/etnia, classe social, crença religiosa, sexo e uma ação pedagógica no ambiente escolar que contemple o estudo da história da África e dos africanos são alguns do debates que vão acontecer por lá até o dia 28.


Veja a programação:

20/11
18 às 21 h - Abertura da Exposição "Guiné-Bissau: múltiplos olhares sobre a África"
- Celebração Afro-religiosa: Tambor de Mina / Banho de cheiro
- Performances literárias
Local: Nave da FCV


21/11
18 às 21h - Audição musical "Tributo ao Canto Negro" com a soprano Márcia Aliverti
- Peformances literárias
- Apresentação "Candombe" - Grupo argentino Los Duendes (Rodrigo Diaz e Marcos Ramirez )
– Fotografia Digital de Mariana Morena de Souza
Local: Nave da FCV


24/11
16h às 19h - Roda de conversa O Movimento Negro no Pará e ações afirmativas em torno da educação para a diversidade étnico-cultural.
Expositores: Mocambo e Cedenpa
- Apresentação de Hip Hop


25/11
16h às 19h - Mostra de vídeos comentada - "O Negro no Pará: múltiplos olhares"
”A descoberta da Amazônia pelo turcos encantados”
Comentarista: LUIZ ARNALDO
- Roda de Capoeira


26/11
16h às 19h - Roda de conversa Diversidade e inclusão frente às políticas públicas educacionais
Expositores:
Amilton Sá Barreto – Coordenador de Educação e Diversidade Cultural / DEDIC-SEDUC e Roberto Ferraz – Presidente do Conselho Estadual de Educação
- Mostra de vídeos comentada - "O Negro no Pará: múltiplos olhares"
Filme: Chama Verequete
Rogério Parreira (Gerente de Audiovisual-FCV)
Isaac Loureiro (Coordenador da Campanha Carimbó-Patrimônio Cultural Brasileiro)
- Apresentação Grupo de Carimbó Curuperé (Outeiro)


27/11
16h às 19h - Roda de conversa O Negro na sociedade contemporânea, a Lei nº10.639/2003 e o racismo no século XXI
Expositores: UFPA / UEPA
- Espetáculo teatral "O Império de São Benedito"
Local: Teatro da FCV


28/11
16h às 21 h - Mostra de vídeo comentada "O negro no Pará: múltiplos olhares" - Filme: “Terra de Negro”
- Roda de experiências – mestres quilombolas
Local: teatro da FCV
- Celebração em homenagem ao centenário da Umbanda
- Coquetel afro-brasileiro
- Banda Cristal Reggae
Local: Nave da FCV


19.11.08

Nesta quinta: Documentário "Terra de Negro" marca o Dia da Consciência Negra


O espaço escolhido para o lançamento do documentário “Salvaterra – Terra de Negro”, nesta quinta-feira, 18h, não poderia ser melhor: o Forte do Presépio, em plena Cidade Velha. Produzido pelo Instituto de Artes do Pará (IAP), em parceria com a Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), o filme, dirigido pela diretora Priscilla Brasil e roteirizado também por Vladmir Cunha, mostra uma comunidade confinada a um espaço delimitado e restrito, lutando pela posse da terra e para preservar a sua identidade e tradição cultural.

Mas a princípio, “Terra de Negro” seria apenas um registro artístico-cultural das comunidades quilombolas de Salvaterra, na região do Marajó. Entretanto, já nas primeiras discussões sobre o documentário se percebeu que havia um tema comum a todas as entrevistas: a preocupação com o isolamento, com o crescimento progressivo das fazendas em torno dos povoados quilombolas.

"A questão da terra estava presente em todas as conversas. Os quilombolas sempre fizeram questão de falar da terra, de como estavam impedidos de pescar, de realizar procissões e até mesmo de jogar futebol por causa das cercas das fazendas que cresceram ao redor deles. A terra não é apenas um bem físico, mas também um bem cultural, que está diretamente ligado à rotina deles. Claro que tivemos a preocupação de falar também das expressões culturais, mas vimos que o assunto da terra não poderia ser descartado. Afinal, era sobre isso que as pessoas queriam falar; era perceptível a necessidade de se expressarem sobre esse confinamento", explica Priscilla.

Além do lançamento em DVD, o IAP está negociando a exibição do documentário “Salvaterra - Terra de Negro” na rede de TVs públicas. Após o filme, o instituto lança em março de 2009 o livro “Terra de Negro”, sobre as comunidades retratadas no documentário.

Lançamento do DVD “Salvaterra – Terra de Negro”. Dia 20/11, quinta-feira, às 18h, no Forte do Presépio. No dia 29/11, o DVD será lançado no município de Salvaterra. Informações através dos telefones 4006-2906 e 4006-2909.

Fonte: Ascom/IAP

De Belém para o Texas


Entre mais de 10.000 artistas do mundo inteiro inscritos, a banda paraense Vinil Laranja foi selecionada para participar da edição de 2009 do festival norte-americano SXSW – South by Southwest, que ocorrerá do dia 19 a 24 de março de 2009. Com mais de vinte anos de existência, o SXSW é uma conferência internacional de música e cinema que acontece anualmente desde 1987 na cidade de Austin, Texas, sul dos Estados Unidos.

18.11.08

Gravuras de mestres na Elf

Prensa da galeria, que deu gás à geração de gravuristas 
paraenses.
A arte da gravura no Pará tem tradição. E a galeria Elf tem tudo haver com isso. Gileno Chaves, criador da Elf, foi também um grande incentivador deste tipo de produção artística. E quem quiser saber mais sobre esta história, tem duas direções a tomar, neste momento. Uma delas é ir à Mostra Anual de Gravuras da Elf, que abre nesta quinta-feira, 20. 

A coletiva de acervo, que corresponde à 280ª exposição da galeria, traz vinte obras de seis artistas plásticos paraenses. Tem obras do mestre bragantino Valdir Sarubbi, as produções inusitadas de Jocatos, com suas gravuras feitas à partir de matrizes de latas de manteiga. Já vi, são surpreendentes mesmo. 

E ainda: trabalhos figurativos de Emmanuel Nassar; gravuras de Ronaldo Moraes Rego feitas na prensa da própria Galeria Elf, anos atrás; obras de Armando Sobral, o cara que "herdou" a prensa (na foto acima, feita pelo Mis-Pa, no atelier do Armando, em abril deste ano) da galeria onde o citado Ronaldo imprimia suas obras; e trabalhos de Roberto de La Rocque Soares.

A segunda opção é adquirir o catálogo “Acervo Onze Janelas - Gravura no Pará”, lançado em setembro na abertura da exposição do projeto homônimo do Museu Casa das Onze Janelas, leia-se Nina Matos e equipe, lançado em setembro deste ano, onde estão o resultado das entrevistas feitas com Ronaldo Moraes Rego, Jocatos, Armando Sobral, Alexandre Sequeira e Paulo Herkenhoff, durante o processo de pesquisa.

Tive o prazer de ter feito parte desta equipe, gravando as entrevistas com estes artistas para o vídeo-resultado do projeto. Feito em uma parceria com o Mis-Pa, as mesmas foram transcritas e aproveitadas na íntegra, no catálogo. Todos eles falaram de Gileno Chaves e do impulso que ele deu à gravura em Belém.

Vá à Elf. A Mostra Anual de Gravuras poderá ser visitada até 10 de dezembro, de segunda a sábado, das 15 às 19 horas - Av. Generalíssimo Deodoro 506, Umarizal. Mais informações: (91) 3224 0854.

Público e artistas sofrem com o calor no Teatro Waldemar Henrique


O calor dentro da sala de espetáculos do Teatro Experimental Waldemar Henrique está causando protestos de artistas e do público. Embora a situação já venha ocorrendo desde setembro, o estopim veio neste último domingo, quando pais e crianças saíram de dentro da sala, onde acontecia uma das últimas apresentações da programação do Festival Brasileiro de Artes Cênicas (confiram em clique em: http://www.orkut.com.br/Profile.aspx?uid=15435407350991349134)

Segundo o diretor do teatro, o músico Marcos Cardoso, com quem conversei por telefone esta manhã, a situação é temporária. O teatro vem passando por uma reforma no telhado (por causa de goteiras) e também por um trabalho de isolamento térmico, o que vai permitir a instalação de um novo equipamento de ar, mais potente e em condições de climatizar o ambiente, coisa que o atual, que já tem mais de 20 anos em funcionamento, não o tem.

Esta é a boa notícia. A ruim é que ainda não há previsão para a instalação deste novo equipamento. Não se tem a verba necessária, embora já haja uma emenda do vereador Arnaldo Jordy neste sentido. Marcos avisa que vem conversando também com a Fundação Cultural do Pará Tancredo neves e com a própria Secult. Ele disse que há toda a intenção de se resolver o problema, mas ainda não pode fazer previsões. A idéia de mantê-lo em funcionando mesmo nestas condições foi do diretor do teatro, em acordo com a classe artística.

Uma jóia rara

Datado do início do século XX, o prédio já passou por outras reformas, uma delas na década de noventa. Depois de três anos fechado, reabriu em 1997, mas a inauguração foi feita em meio ao protesto dos artistas que ficaram do lado de fora da casa, sem convite, enquanto a cerimônia rolava lá dentro, com a presença do governador, seu staff, além da imprensa.

O Teatro Waldemar Henrique homenageia um de nossos mais ilustres maestros, é um espaço amado por todos os artistas e pelo público que sempre participou de suas programações envolvendo música, teatro, dança e até cinema.

O Waldemar, como o chamamos carinhosamente, já um dos espaços em que Flávia Alfinito (diretora dos curtas “Carlos Gomes” e “Chuvas e Trovoadas”) realizou o I Festival Internacional de Cinema da Amazônia. Foi também palco de várias edições do Festival de Teatro Amador do Pará, no final dos anos 80 e início dos anos 90, é um dos espaços mais charmosos do Festival de Música do Pará, com apresentações acontecendo à meia noite (um luxo), só para citar algumas das inúmeras coisas que já aconteceram por lá.

É bom lembrar que em setembro do ano que vem, o Teatro Experimental Waldemar Henrique completa 30 anos desde que ganhou a sede própria, em setembro de 1979. Antes, o prédio foi cinema, o extinto, Radium, Museu Comercial e sede da Caixa Econômica Federal. Vamos torcer para que bem antes disso, tudo seja resolvido.

17.11.08

Taberna São Jorge abre espaço para a produção cultural de Belém


A exposição "Redesenho", do artista plástico Simões, será aberta nesta terça-feira, 18, na Taberna São Jorge, depois de ter ficado por um mês na Fundação Casa Antar Rohit. A idéia de levar a exposição para lá foi da fotógrafa Walda Marques, proprietária do espaço, que pretende com isso fortalecer a idéia de transformar a Taberna em um novo espaço cultural de Belém.

Bem maior do que o anterior e com uma decoração inteiramente lúdica, a Taberna São Jorge vem fazendo, desde sua inauguração, em outubro deste ano, inúmeras programações culturais como, por exemplo, a performance com bonecos, de Jefferson Cecim, que esteve em cartaz até a última sexta-feira.

Para esta semana, além da abertura da exposição "Redesenho", a Taberna já agendou para o dia seguinte, dia 19, uma apresentação do pianista Paulo José Campos de Melo que vai improvisar no piano "O Garoto", de Charles Chaplin.

E tem muito mais por aí, avisa Walda. Mas ela, no entanto, faz questão de alertar. "A casa não tem a intenção de ser um point. Aqui eu toco músicas antigas, de preferência de 60 anos atrás. Preservar a memória do lugar é meu maior interesse", afirma.

De acordo com a fotógrafa, a idéia de transformar o restaurante em espaço dedicado às artes cultural já era antiga. Vem do endereço anterior onde funcionava, mas só agora com a mudança para o novo endereço, na Rua Félix Roque, está sendo possível concretizar tudo que ela já sonhava há muito tempo.

"Isso aqui era um galpão e estava sem função alguma quando o aluguei. Tive certeza de que era onde eu gostaria de fazer este investimento, pois faz parte da minha trajetória esta preocupação em revitalizar imóveis antigos. Moro em uma residência que tem este mesmo perfil. Reciclo lixo, aproveito móveis da Emaús aqui e tudo que pode ser reaproveitado me interessa" , diz Walda, entusiasmada com o novo projeto.

"Redesenho" revitaliza trajetória do artista

O convite feito por Walda e aceito por Simões, para abrir a "Redesenho" na Taberna São Jorge tem tudo a ver com tudo isso. "Não deixa de ser uma revitalização, neste caso, para mim", brinca Simões. Ele estava há quase uma década sem pintar e a exposição "Redesenho" marca seu retorno do artista às artes plásticas. Durante este tempo ele esteve tomado pelos afazeres de empresário, gerenciando o bar Café Imaginário.

Foi, aliás, no Café Imaginário, quando o estabelecimento ainda funcionava na Alameda Santa Maria de Belém, que Walda Marques e Simões se conheceram pessoalmente e iniciaram uma parceria. Assim que entrou no espaço, ela logo sugeriu e acabou realizando o projeto de iluminação do espaço do Imaginário, dedicado à arte. A partir daí, os dois têm feito outros trabalhos juntos.

Simões acredita que no espaço Taberna São Jorge, um público mais variado terá condições de ver seu trabalho. Na Casa Antar Rohit, Simões já pôde sentir a repercussão junto ao público, mas muitos admiradores não conseguiram visitá-la dentro do horário comercial em que funcionava, abrindo-se agora a oportunidade.

Na abertura da programação desta terça-feira, na exposição "Redesenho", o público poderá poder conferir obras inéditas, em que Simões resgata o desenho, utilizando-se de muitas cores, marca registrada de sua obra. São, ao todo, 18 trabalhos, a maioria em grande formato.

Simões nasceu em Belém e expõe desde 1976, tendo participado de diversos salões em mostras individuais e coletivas. Entre elas, exposições no Museu Nacional do Rio de Janeiro; Salão da Prefeitura de Belém- PA e Salão de Pequenos Formatos da Unama _ PA.

Abertura da exposição "Redesenho", do artista plástico Simões - Nesta terça-feira, a partir das 20h, na Taberna São Jorge - Rua Félix Roque, numero 268, na Cidade Velha - é aquela rua que sai ao lado da Assembléia Legislativa. Mais informações: 3222.9400.

14.11.08

Quem vai levar Mariazinha pra Passear?



O espetáculo é da Desabusados Cia. Conta o mito de "Eros e Psique", onde Psique é a boneca Mariazinha. Mariazinha é aquela bonequinha de papel que construímos para poder controlar a chuva.Pregamos Mariazinha atrás da porta e pedimos a ela que faça a chuva passar para podemos sair, prometendo a ela que se atender nosso pedido, a levaremos conosco pra passear , e ainda construiremos um namorado para acompanhá-la.
Narrado por dois anjos curiosos, que só conhecem a chuva pela sua fama e resolvem descer a terra para se aventurar no mundo dos homens.Nessa empreitada, temendo a chuva que ameaça cair, lembram de construir a Mariazinha, e por causa dela acabam brincando de contar a historia de Eros e Psiquê, numa metáfora sobre o amor misturando o divino e o humano.

Ficha Técnica:

Elenco: Ester Sá e Pauli Banhos
Direção: André Mardock, Cláudio Didima e Pauli Banhos
Dramaturgia: Ester Sá e Maurício Franco
Sonoplastia: André Mardock e Pauli Banhos
Adereços e Bonecos: Maurício Franco e André Mardock
Concepção Visual: Desabusados Cia.

Domingo - dia 16 de novembro no Teatro Waldemar Henrique...10:30h
pelo Festival Brasileiro de Artes Cênicas do Pará

12.11.08

Toda quarta-feira tem!


“Sobre o Amor” está em cartaz todas as quartas –feiras deste mês, às 22h, no Boteco São Mateus, Travessa Padre Eutíquio, 606. Apareçam!

O grupo “Verbus | A poesia se fez carne” apresenta uma proposta poético-musical, os atores e músicos interpretam e cantam poesias, num confronto de estilos e períodos diferentes. E assim, a cada espetáculo o grupo dialoga poesia e música de forma bastante peculiar e intimista, o que permite a cada artista o empréstimo do seu “eu-lírico” à poesia, e conseqüentemente, a multiplicação das interpretações, dos poetas e das obras.
Em cena: os atores Carlos Vera Cruz, Stéfano Paixão, Landa de Mendonça, Thales Branche e os dois novos integrantes: Armando Mendonça e Felipe Cordeiro.

Viva Glauber! Viva Zumbi!


O Cineclube Corredor Polonês abre programação nesta sexta-feira, com a conferência relâmpago de Francisco Weyl, “A Força Trágica de Glauber Rocha”, às 20h, para em seguida exibir “Barravento”, o primeiro filme de Glauber, cuja avant premier aconteceu há 46 anos, em maio de 1962, no Cine Capri de Salvador.

A programação faz alusão à consciência negra e tem parceria com a Rede Aparelho e Cineclube Amazonas Douro. Anote aí o endereço do Corredor Polonês: Rua General Gurjão, 253, , bairro da Campina.


Segue texto do Tempo Glauber sobre Barravento

Numa aldeia de pescadores de xaréu, cujos antepassados vieram da África como escravos, permanecem antigos cultos místicos ligados ao candomblé. A chegada de Firmino, antigo morador que se mudou para Salvador fugindo da pobreza, altera o panorama pacato do local, polarizando tensões. Firmino tem uma atração por Cota, mas não consegue esquecer Naína que, por sua vez, gosta de Aruã. Firmino encomenda um despacho contra Aruã, que não é atingido, ao contrário da aldeia que vê a rede arrebentada, impedindo o trabalho da pesca. Firmino incita os pescadores à revolta contra o dono da rede, chegando a destruí-la. Policiais chegam à aldeia para controlar o equipamento. Na sua luta contra a exploração, Firmino se indispõe contra o Mestre, intermediário dos pescadores e do dono da rede. Um pescador convence Aruã de pescar sem a rede, já que a sua castidade o faria um protegido de Iemanjá. Os pescadores são bem sucedidos na empreitada, destacando-se a liderança de Aruã. Naína revela para uma preta velha o seu amor impossível por Aruã. Diante da sua derrota contra o misticismo, Firmino convence Cota a tirar a virgindade de Aruã, quebrando assim o encantamento religioso de que ele estaria investido por Iemanjá. Aruã sucumbe à tentação. Uma tempestade anuncia o "barravento", o momento de violência. Os pescadores saem para o mar, com a morte de dois deles, Vicente e Chico. Firmino denuncia a perda de castidade de Aruã. O Mestre o renega. Os mortos são velados, e Naína aceita fazer o santo, para que possa casar com Aruã. Ele promete casamento, mas antes decide partir para a cidade de forma a trabalhar e conseguir dinheiro para a compra de uma rede nova. No mesmo lugar em que Firmino chegou à aldeia, Aruã parte em direção à cidade.
"Alguns elementos do filme fazem parte de minhas preocupações: o fatalismo mítico, a agitação política e as relações entre a poesia e o lirismo, uma relação complexa num mundo bárbaro. Um ensaio cinematográfico, uma experiência de iniciante." Glauber Rocha


©
TEMPO GLAUBER

10.11.08

Simões no Quadro Criação do Portal Cultura


A exposição “Redesenho”, do artista plástico Simões, sai da Fundação Casa Antar Rohit e segue para a Taberna São Jorge, na próxima terça-feira, 18. Enquanto aguardamos o dia da abertura, confira o quadro “Criação”, de Andréa Rezende do Portal Cultura, com o Simões. A gravação foi feita no antigo bar Café Imaginário, hoje, residência do artista. O vídeo tem duração de 9min54seg. e foi gravado no dia 6 de novembro.
Para acessar, vá em http://www.portalcultura.com.br/p2/videoscultura/#

Estréia no cine Líbero Luxardo


Mais uma boa programação no cine Líbero Luxardo. Depois do evento que homenageou os cem anos de nascimento do cineasta que dá nome ao cinema, entra em cartaz, nesta quarta-feira, “Nossa Vida Não Cabe num Opala” (BRA, Drama, 2008, 104min), longa de estréia do diretor paulista Reinaldo Pinheiro.
A trama gira em torno de uma família de classe média baixa paulistana, com quatro irmãos: Monk (Leonardo Medeiros), Lupa (Milhen Cortaz), Slide (Gabriel Pinheiro) e Magali (Maria Manoela). A morte do pai (Paulo César Pereio) permeia toda a narrativa, já que ele deixa como herança uma dívida com um mafioso de desmanche (Jonas Bloch). São quatro irmãos, presos na própria miséria, que não demonstram nenhum desejo de sair dessa vida marginal, e os opalas são a especialidade dos dois irmãos mais velhos, puxadores de carro. Eles encontram em Monk seu refúgio e contenção. Monk é, inclusive, o "centro emocional" da trama, que mesmo desesperançado, tenta enfrentar as dores do mundo que o cerca. Com Paulo César Pereio, Marília Pêra, Dercy Gonçalves, Jonas Bloch

De 12 a 16 e 19 a 23 de novembro - às 19h30
Ingressos: 5 reais (Meia Entrada para estudantes)
Às quartas-feiras tem entrada Franca para estudantes com carteirinha.

Cine Líbero Luxardo - Fundação Tancredo Neves - Centur
Endereço: Av. Gentil Bitencourt, 650, Térreo (esquina com Rui Barbosa)
Informações: tel (91)32024321 E-mail: cll@fcptn.pa.gov.br

Novidades no Blog do Quaderna


O Quaderna tem um blog e está disponibilizando músicas da trajetória do grupo. Recebi e repasso.

Novidades:

Parte 1 - postamos duas músicas usadas bem no início do Quaderna, em 2003, embora sejam mais antigas que a formação do grupo. A primeira é a "Breve Canção", de Cincinato Jr., e a outra "Ilharga", de Allan Carvalho.

Parte 2 – outra postagem é de um show da gente, sem edição mesmo, feito em junho de 2008, na Casa da Linguagem. O evento era o arraial junino da SECOM/PA.

A banda: Cincinato Jr (voz); Allan Carvalho (voz e violão); Jesus (violão solo); Abel (baixo); Alan Franklin e Bruno Mendes (Percussão). A gravação é de Silvinho, quem também operou o som.

Obs.: no blog vocês podem ainda baixar o CD do grupo e curtir outras postagens com raridades.

Abraços do Quaderna!

Anotem o endereço do grupo, com certeza vale à pena: http://grupoquaderna.blogspot.com