27.2.09

"E aí, macaco" é a cena do Casarão do Boneco neste sábado


Passado o carnaval, o In Bust retoma as atividades do projeto Sábado Sim, Sábado Não, no Casarão do Boneco. Em cartaz neste dia 28, a partir das 19h, “E aí, Macaco”, que traz em cena alguns dos animais mais queridos do Museu Emílio Goeldi.

A história tem como cenário imaginário, o Parque Zoobotâncio Museu Emílio Goeldi. Na encenação dramática, os bichos acordam alarmados com a notícia do Macaco Salomão, que avisa a Arara Mariléia, a Cotia Estelinha e as irmãs Tracajás (Trícia, Trismênia e Tristolda), que os humanos sumiram! A trama segue com as idéias que os animais vão tendo para descobrir o que aconteceu de verdade.

Com muita confusão, humor e simplicidade o In Bust deixa sua marca em mais um espetáculo que mistura ator e boneco em cena. Neste caso, os atores manipuladores são transformados em duas árvores simbólicas de nossa região: a Samaumeira e a Mangueira.

O projeto Sábado Sim Sábado Não, acontece todo mês, em dois sábados alternados, sempre no anfiteatro do Casarão do Boneco, sede de trabalho do grupo. Tem entrada franca, mas na portaria o grupo In Bust recebe donativos em brinquedos que serão arrecadados ao longo do ano para distribuição no natal para crianças de comunidades carentes.

Serviço
Projeto Sábado Sim, Sábado Não. Neste sábado, dia 28, no Casarão do Boneco, a partir das 19h. A entrada é o donativo de um brinquedo em bom estado. No Casarão do Boneco – Rua 16 de Novembro, 815. Mais informações: 8110.5245.

20.2.09

Aos meus amigos Sampaiófilos... E um ótimo carnaval a todos!!!


Eu Quero É Botar Meu Bloco Na Rua

(Sérgio Sampaio)

Há quem diga que eu dormi de touca
Que eu perdi a boca
Que eu fugi da briga
Que eu cai do galho e que não vi saída
Que eu morri de medo quando o pau quebrou

Há quem diga que eu não sei de nada
Que eu não sou de nada e não peço desculpas
Que eu não tenho culpa
Mas que eu dei bobeira
E que Durango Kid quase me pegou

Eu quero é botar meu bloco na rua
Brincar, botar pra gemer
Eu quero é botar meu bloco na rua
Ginga pra dar e vender

Eu por mim queria isso e aquilo
Um quilo mais daquilo
Um grito menos nisso
É disso que eu preciso
Ou não é nada disso
Eu quero é todo mundo nesse carnaval

Eu quero é botar meu bloco na rua...
Há quem diga que eu dormi de touca...
Há quem diga que eu não sei de nada...
Eu quero é botar meu bloco na rua...


Grito Rock Belém 2009


Em mais de 50 cidades no Brasil e pela terceira vez em Belém, o festival Grito Rock chega para abrir alas de mais um carnaval roqueiro com Frank Jorge, diretamente de Porto Alegre, dia de fevereiro, na Sarajevo.

Folia é um direito de todos. E para os que não simpatizam com marchinhas, samba-enredo, confetes e serpentinas, a Se Rasgum chega com a terceira edição do festival Grito Rock Belém, que dessa vez será realizado na boate Sarajevo.

O festival terá duas atrações de fora, a banda macapaense Os Corleones e a grande atração da noite, o lendário Frank Jorge, que se apresentará com a local Stereoscope desfilando hits clássicos de sua carreira solo e da Graforréia Xilarmônica. Frank Jorge e Os Corleones tocarão junto as locais Inversa, Clube de Vanguarda Celestial e Sincera.

O Grito Rock Belém 2009 conta com uma programação 100 % rock, diferente da diversidade musical do Festival Se Rasgum. Jovem guarda, mod, screamo e rock 'n' roll moderno

Histórico - Pela primeira vez em Belém, a Dançum Se Rasgum Produciones traz Frank Jorge para Belém, mantendo a tradição do Festival Grito Rock Belém 2009 de trazer sempre uma atração inédita. A primeira edição, em 2007, teve a banda gaúcha Superguidis e a segunda edição, e 2008, contou com uma atração internacional, o canadense Chris Murray, além da banda Tetris, de Manaus.

O evento também teve apresentações das locais Madame Saatan, La Pupuña, Delinqüentes, Johny Rockstar, Suzana Flag, I.O.N., Filhos de Empregada, Clepsidra e o grupo Irracional, projeto que reuniu integrantes das bandas Madame Saatan, La Pupuña, Clepsidra e Sevilha para um tributo à fase Racional de Tim Maia.

No ano passado, o projeto Grito Rock, aconteceu em mais de 50 cidades do Brasil e América Latina, chamando a atenção de público e imprensa e movimentando o cenário independente. O projeto foi criado pelo Cubo Planejamento, de Cuiabá, e já ganhou a adesão de diversos produtores de bandas do Brasil inteiro.

Programação - Frank Jorge + Stereoscope (RS); Os Corleones (AP); Sincera; Clube de Vanguarda Celestial; Inversa + DJs Meachuta + This is Radio Trash + Duo Sapojandro.

Serviço - Grito Rock Belém 2009, nesta sexta-feira, a partir das 22h: Espaço Sarajevo (Praça do Carmo). Ingressos antecipados a 10 dinheiros na Ná Figueredo (15 dinheiros no dia).

Fonte: Dançum Se Rasgum Produciones


19.2.09

Um bragantino no páreo


Renato Rosa, compositor paraense radicado desde a adolescência em Belo Horizonte parece que não esquece as raízes. Com a música "Vem pro Caeté", que é uma clara referência à sua terra natal Bragança, está concorrendo com sua trupe do Chapéu Panamá no Conexão Vivo.

Para votar entre no link http://chapeupanama.conexaovivo.com.br/ e depois clique em Votar Neste Perfil, ao lado esquerdo da tela.

Na foto, o Renato Rosa é o que está de chapéu segurando o violão. E como boa bragantina que sou, vou ficar na torcida!! Vamos votar!!! No link você também poderá ler mais sobre o grupo. Abaixo apenas alguns trechos...

Sobre o grupo Chapéu Panamá

Formado em 2005 por jovens amigos universitários, o Chapéu Panamá é hoje um grupo já experimentado no cenário de samba de Belo Horizonte. Levando para bares e festas de faculdades uma proposta autoral mesclada a repertório de musicas mais conhecidas, o grupo sentiu, em meados de 2007, a necessidade de registrar em disco um pouco daquilo que vinha fazendo desde o seu surgimento.

Aproveitando convite feito pela Rede Minas para gravar o programa "Palco Brasil", o Chapéu Panamá montou, com recursos próprios, um show no Teatro da Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa em Belo Horizonte que além de ser televisionado, teve seu áudio captado para umuturo CD, intitulado "Ao Vivo na Biblioteca".
Nos sambas “A Semana” e “O Samba Mora Aqui” encontra-se o samba-rock de Jorge Ben Jor. No samba “Sina do Caeté” observam-se influências da música paraense, no samba “Pelo espaço de um compasso”, notam-se linhas melódicas mineiras e, em “Zé Bigode” e “Não posso mais”, estão vertentes mais tradicionais do samba irreverente no primeiro e cadenciado no segundo.

A arte gráfica do disco foi toda elaborada pelo cantor e compositor do grupo Renato Rosa que, aproveitando fotos da banda, elaborou uma arte limpa e bela Chamam a atenção as cifras que acompanham cada canção.

Enfim, demorou, mas chegou. E chegou com a marca indelével de produto cultural totalmente independente!

Para quem gosta de sangue e outros horrores....


Neste carnaval tem Sessão Maldita. O Cine Líbero Luxardo exibe, no sábado, 21, a partir das 22h, o longa “Banquete de Sangue”, um clássico do horror realizado em 1963 pelo diretor norte-americano Herschell Gordon Lewis, um dos pioneiros na arte de mostrar sangue e vísceras de forma explicita no cinema. Lewis é conhecido como “pai do Gore”, um gênero caracterizado por temas escatológicos, muito sangue, violência e órgãos expostos.

Lançado em VHS no Brasil pela Sunrise anos atrás, “Banquete de Sangue” conta a história de Fuad Ramsés, um psicopata antiquário e serial killer, dono de um buffet de comida exótica e adorador da antiga princesa do Egito Ishtar, a Mãe das Trevas. Na tentativa de ressuscitá-la, por meio de um culto, Fuad oferece o sangue e as vísceras cozidos de jovens garotas que são mutiladas de forma brutal e grotesca.

Filme de produção baixíssima (com um orçamento limitadíssimo de 25 mil dólares) foi realizado em apenas dez dias. A atuação do elenco é amadora, a trilha sonora é extravagante e o roteiro é cheio de falhas, entretanto o filme faturou mais de 4 milhões só nos Estados Unidos registrando seu lugar na lista dos filmes imprescindíveis para qualquer fã de horror.
H. G. Lewis Lewis começou a produzir seus filmes na década de 1950 depois de trabalhar em publicidade, e a partir do apoio do produtor David F. Friedman que juntos começaram a se dedicar ao cinema. Os primeiros filmes tiravam partido de sexo e nudez, logo sendo acrescido de violência explicita, revolucionando o cinema de terror, e influenciando várias gerações de filmes posteriores. A programação é uma parceria com a APJCC.

Serviço
Cine Líbero Luxardo e APJCC apresentam “Banquete de Sangue”, de Herchell Gordon Lewis (EUA, 1963, 70 min). Neste sábado, 21, às 22h. Endereço: Av. Gentil Bitencourt, 650, Térreo (esquina com Rui Barbosa). Informações: tel (91)3202-4321. E-mail: cll@fcptn.pa.gov.br ou cinelibero@gmail.com. Blog: http://cineliberoluxardo.blogspot.com/

16.2.09

Projeto prevê retirada dos trapiches dos portos do Açaí e da Palha


Os trabalhadores do Porto do Açaí continuam preocupados com o projeto da prefeitura de Belém, o Portal da Amazônia, para a orla da Av. Bernardo Sayão, pois o mesmo prevê a retirada dos trapiches dos portos públicos da Palha e do Açaí. Esta notícia foi publicada em um jornal local, no dia 4 de fevereiro, e partiu de uma declaração do secretário municipal de urbanismo, Sérgio Pimentel. Segundo o secretário, os trabalhadores não estão bem informados sobre o projeto e por isso fazem especulações. Ainda segundo Pimentel, em entrevista ao jornal local, os trabalhadores vão continuar ali depois do projeto, mas ficarão sem os trapiches.

Félix dos Santos, coordenador geral da Associação dos Trabalhadores do Porto do Açaí, contesta declaração do secretário que os chama de desinformados. Segundo ele, a desinformação e descaso vem da prefeitura. “O grosso da comercialização destes produtores ribeirinhos se dá exatamente no centro do trapiche, como é que vamos ficar aqui sem ele? Como os barcos que chegam do outro lado da orla vão atracar e descarregar seus produtos? Isso é a mesma coisa que fechar o porto. Como é que dizem que não vão acabar com o Porto se querem retirar o nosso trapiche, que é fundamental para o trabalho que desenvolvemos aqui?”, desabafa.

Além dos produtores ribeirinhos, estudantes, deficientes físicos e a comunidade em geral utilizam barcos como transporte entre as ilhas e Belém e dependem do trapiche do Porto do Açaí para desembarcar.

Associação dos Trabalhadores busca apoio da OAB

Para tentar reverter a situação, nesta terça-feira, uma comissão da Associação dos Trabalhadores do Porto do Açaí irá à OAB em busca de orientação e apoio. Muito bem organizados em sua luta os trabalhadores do Porto do Açaí já acumulam, desde 2003, dezenas de ofícios enviados às secretarias de urbanismo e de economia solicitando melhorias. “Mas nunca vimos boa vontade nestes gestores. Prova disso foi o que ouvi do secretário à época do desabamento ocorrido no Porto da Palha. Ele disse que iria verificar a denúncia, mas que não tinha nada haver com isso. Já na Secom, todos os anos ele nos pedem um novo cadastro dos trabalhadores, alegando que perderam o anterior”, denuncia. “Tudo o que conseguimos aqui, como a coleta de lixo, a organização do acesso dos carregadores (carrinho de mão) ao trapiche, foi com esforço próprio e muita luta”.

O Porto do Açaí é o único Porto 24 horas e um dos portos públicos de maior movimento de Belém, onde atracam barcos que trazem a produção dos ribeirinhos que moram nas ilhas de Barcarena, Acará e Marajó entre outras. Os produtos mais comercializados são o açaí, farinha, sementes de cacau e frutas regionais.

Ao longo da Avenida Bernardo Sayão forma-se um verdadeiro cinturão comercial, de onde centenas de famílias retiram seu sustento. O que estes trabalhadores esperam deste projeto é uma melhoria de vida para todos que moram ali e não o contrário, tendo seus espaços melhorados para turista ver, sem que seja pensado uma infra estrutura que beneficie aqueles que a vida inteira viveram e trabalharam na área.

“Trabalho há mais de 20 anos neste porto, à noite, pois o porto funciona ininterruptamente, vendendo café, tapioquinha e lanches. Se tiram o trapiche, onde é que vou trabalhar?”, pergunta a cafeteira Raimunda Nonata Pantoja da Silva.

Ao invés de retirar o trapiche, segundo Félix dos Santos, a prefeitura deveria investir em recuperá-lo. “Nossa realidade vem através do rio e estamos muito preocupados com o que vai acontecer. O Porto precisa de melhorias, estamos com as madeiras podres com risco de desabamento. Já impedimos que os carregadores de carrinho de mão entrem no trapiche, para evitar muito peso. Mas precisamos de ajuda. O Ministério Público também está desconhecendo nossa luta, por isso estamos indo à OAB e vamos recorrer aos movimentos sociais, sensibilizar a opinião pública e o que mais for preciso, na esperança de garantir a sobrevivência das famílias que dependem economicamente deste porto”, finaliza Félix.

Porto é o segundo mais importante em comercialização do açaí em Belém

O Porto do Açaí é considerado o segundo maior entreposto de Belém, só perdendo para o Ver-O-Peso. Por ali transitam, em média, 800 pessoas por dia e quando é safra do açaí, este número costuma dobrar. Nestas épocas, chegam no porto cerca de 60 mil quilos do fruto por dia.

Não à toa, o Porto do Açaí já fez parte do trabalho desenvolvido pela Associação de Universidades Amazônicas - UNAMAZ , com o Projeto Nova Cartografia Social da Amazônia - PNCSA ,juntamente com a Associação dos Portos – ATPA e a Associação de Mulheres Pescadoras e Trabalhadoras Rurais da Ilha de Itacoãzinho, Igarapé Caixão e Igarapé Genipauba – ASMAMI.

O resultado foi uma exposição de caráter etnográfica sobre a visão de vida dos peconheiros e peconheiras, dos carregadores do porto, dos marreteiros, dos artesãos das rasas que trabalham diretamente com o Açaí.

A exposição já circulou em vários espaços de Belém e no interior e até fora do país, em uma exposição que ocorreu na Itália. Por meio dessa exposição fotográfica, as comunidades mostram suas histórias de vida e ressaltam a precariedade e a falta de estrutura decorrente da total ausência dos serviços sociais. Á época a exposição mostrou o Porto do Açaí, como um local aberto que funciona 24 horas sem nenhuma estrutura pública de limpeza, saneamento, higiene e água potável tratada, dentre outros serviços públicos. A situação pouco mudou desde então.

CONTATOS:
O Porto do Açaí fica na Av. Bernardo Saião, 1725, no bairro do Jurunas. Telefones:3271.2499 - Félix dos Santos ou Sr. Abaeté.

13.2.09

ABDeC-PA: avanços e desabafos da atual diretoria

Afonso Gallindo, presidente da ABDeC-PA, convoca assembléia para discutir, entre outros assuntos, o processo para eleição da nova diretoria

A Associação Brasileira de Documentaristas e Curtametragistas do Pará - ABDeC-Pa – está convocando associados e demais interessados para a assembléia que acontecerá dia 17 de fevereiro, às 19h, no Teatrinho do Instituto de Artes do Pará - IAP. Na pauta, entre outros assuntos, está a convocação de eleição para chapa biênio 2009/2010; apresentação do relatório das ações de diretoria; propostas de renovação de Estatuto; formação de comissão especial pra resolver a questão jurídica da ABDeC Pará e o apoio dado a implantação da delegacia sindical e seus frutos. "Convocamos a todos para somar opiniões, aparar arestas, afinar discursos e assim, juntos, fazermos caminhar de maneira concreta na direção do fortalecimento da discussão de políticas públicas para o audiovisual em nosso Estado, Região e País", diz Afonso Gallindo, atual presidente da entidade.

Há poucos dias de deixar a presidência ABDeC-PA, Gallindo faz uma reflexão sobre os feitos da diretoria atual e faz um alerta à próxima diretoria. “Iniciamos várias ações e elas precisam avançar. Além disso, a demanda interna é grande também. Será necessário uma diretoria unida e com o mesmo propósito desta”, diz.

Ele refere-se, entre outras coisas, aos ganhos que a entidade teve nesta gestão como o I Encontro da ABDs Norte, em 2007, que proporcionou o início de um diálogo que entre todas as ABDs da região. “Este diálogo tem gerado parcerias importantes, mas fundamentalmente, fortalece esta região fragilizada pela distância dos centros de discussão nacional”.

Outro ganho importante foi a implantação da primeira delegacia sindical regional do STIC (Sindicato dos Técnicos da Indústria Cinematográfica), entidade representativa sindical reconhecida pelo Ministério da Trabalho. “Articulamos a vinda do Presidente da instituição ao Pará e convocando reunião aberta com o coletivo, possibilitando assim a definição de representação regional, visando o registro e a valorização de nossos técnicos”, recorda.

A implantação da primeira delegacia sindical regional do STIC (Sindicato dos Técnicos da Indústria Cinematográfica), entidade representativa sindical reconhecida pelo Ministério da Trabalho deu um passo importante ruma a profissionalização da categoria. "Articulamos a vinda do Presidente da instituição ao Pará e convocando reunião aberta com o coletivo, possibilitando assim a definição de representação regional, visando o registro e a valorização de nossos técnicos. Tivemos parceria da Representação Regional Norte do MINC, que disponibilizou as passagens aéreas, e do hotel Regente, que cedeu as diárias de hospedagem", recorda.


Na esfera estadual, entre as ações são destacadas pela diretoria atual a apresentação do programa de ações de curto, médio e longo prazo para a então nova gestão (conferir tudo no blog); a participação no processo de elaboração de projeto, discussão e gestão cooperada no Núcleo de Produção Digital, que tem como gestores centrais o Instituto de Artes do Pará (IAP) e a Funtelpa; participação no edital de curtas-metragens do Governo do Pará, contribuindo na elaboração do edital e na divulgação; participação na discussão em Brasília do edital DOCTV, contribuindo na reversão da cota de 10 projetos para 6 projetos, fato que poderia inviabilizar a participação de Estados menos articulados (como Rôndonia, Amapá e Roraima); trabalho de interiorização, com implantação de células em Marabá, Altamira, Parauapebas, Canãa do Carajás, que teve o apoio fundamental do IA P e da Cabocla Produções; a criação de um blog, possibilitando intercâmbio de informações "daqui" e "de lá" e a indicação de membro para compor o comitê de seleção do FICTv Funtelpa, que recentemente teve divulgado o resultado no blog da ABDeC-PA.

No fórum municipal, Gallindo desabafa. "Levantamos a bandeira em prol do Olympia, quando este estava em vias de ser fechado e vendido pelo Grupo Severiano Ribeiro. Mas este importante espaço para o audiovisual brasileiro ainda corre sério risco. Atuamos inicialmente junto a Prefeitura de Belém, mas sem muito sucesso, apesar de termos apresentado um projeto, proposta de parceria e fazer parte de um conselho oficializado por eles".

Estas e outras questões prometem apimentar a assembléia marcada para a próxima semana. Para deixar opiniões e saber mais sobre o movimento audiovisual brasileira, em especial região norte, acesse: o blog: www.abdecpara.blogspot.com

Serviço
A assembléia da Associação Brasileira de Documentaristas e Curtametragistas do Pará - ABDeC-Pa – acontece no dia 17 de fevereiro, às 19h, no Teatrinho do Instituto de Artes do Pará - IAP. Mais informações no blog: www.abdecpara.blogspot.com


12.2.09

Patrick Pardini - exposição e oficina de fotografia no Museu da UFPA

A exposição “Floresta - fotografias de Patrick Pardini”, que fez parte da programação cultural do Fórum Social Mundial, continua em cartaz no Museu da UFPA, até o dia 1º de março. A oficina Paisagem amazônica: uma percepção crítica através da fotografia, realizada durante o Fórum e vinculada à exposição, será reeditada no dia 17 de fevereiro, também no Museu da UFPA. As inscrições estão abertas e podem ser feitas no local, mediante pagamento de uma taxa de R$ 10,00. Os participantes receberão certificado.

A exposição de Patrick Pardini resulta de uma pesquisa que já vai completar 10 anos em agosto deste ano, sobre a diversidade de "paisagens vegetais" no Pará e sobre "a fisionomia do vegetal na paisagem amazônica".

“Primeiro, fiz a série urbana (Belém), objeto de uma primeira exposição, arborescência, em 2001. Depois, obtive duas bolsas (Vitae e IAP) que me permitiram viajar pelo interior do Pará e um pouco o Amapá, produzindo o restante do material”, explica Pardini. Neste trabalho, entro numa relação "face a face" com o vegetal (maneira de se posicionar, ponto de vista frontal...); nesta relação face a face, o vegetal manifesta-se como "sujeito" (manifesta sua "subjetividade" através das suas formas, da sua "fisionomia")”, diz Pardini.

Patirck também explica que procurou fotografar o vegetal nas situações mais diversas possíveis: meio urbano, plantações industriais (florestas homogêneas), experiências de manejo florestal, sistemas agroflorestais, projetos de reflorestamento, ecossistemas de várzea, terra firme, campos naturais...

“O resultado, mostrado na exposição, é que todos esses elementos, aspectos e dimensões (o homogêneo e o heterogêneo, o cultivado e o espontâneo, o exótico e o nativo, o cultural e o natural) contribuem, de modo igual, para compor a paisagem vegetal amazônica”, ressalta.

A oficina Paisagem amazônica: uma percepção crítica através da fotografia propõe uma reflexão sobre a noção de paisagem aplicada à Amazônia, tendo por referência a exposição Floresta, objetiva compartilhar uma experiência singular da paisagem amazônica (experiência artística com ressonâncias científicas, no campo da antropologia, da arqueologia e da ecologia histórica, particularmente). Em outras palavras, provoca uma percepção crítica da Amazônia como paisagem (espaço de interpenetração de natureza e cultura, natureza e sociedade, natureza e história), em duas vertentes: a percepção artística e a percepção científica.

Serviço
A exposição “Floresta - fotografias de Patrick Pardini” fica aberta no Museu da UFPA, até 01/03/09, de terça a sexta, das 9h às 17h. Sábado e domingo, das 10h à 14h. A oficina acontece no dia 17 de fevereiro, das 9h às 12h. O Museu da UFPA fica na Av. Gov. José Malcher, 1192. Mais informações: Tel. 3224.0871.


11.2.09

“Portishead - Roseland NYC Live” no Líbero Luxardo


Na segunda edição do projeto Som na Tela, o Cine Líbero Luxardo exibe exibe “Portishead - Roseland NYC Live”, onde a banda Portishead toca em um concerto com a Orquestra Filarmônica de Nova York no Roseland Ballroom, Nova Iorque.
O show foi lançado em VHS em 98 e posteriormente em dvd 2002, incluindo material extra como vídeos antigos da banda. Acompanhado da massa sonora de uma orquestra, no show Portishead vem mais acessível. A apresentação e o vocal são mais dilacerados.

Portishead é uma banda britânica de trip hop formada no ano de 1991 em Bristol, Inglaterra. Quando, numa fila de desempregados, Geoff Barrow (samples e letras) natural da cidade de Portishead, que havia trabalhado com artistas como Massive Attack e Tricky, encontrou Beth Gibbons (vocal) que, habitualmente, cantava em pubs.

Ambos, mais tarde se uniram a Adrian Utley que tocava guitarra com artistas de jazz como Big John Patton e The Jazz Messengers. No início, o Portishead era definido como lo-fi, mas depois de algum tempo seu estilo foi modificado para o que é conhecido como trip hop.

Trip-hop

Assim como toda a música eletrônica, a história do trip-hop está ligada ao house, estilo que surgiu no começo da década de 80, quando diversos músicos dos EUA (especificamente de Chicago, Nova York e Detroit) resolveram refazer eletronicamente a música disco dos anos 70, fundindo com r&b, funk e soul, dando origem ao house. Durante a década de 80, ocorreram várias experimentações do house, que acabou se segmentando em diversos estilos, como o trance, o techno e o drum n' bass.

O Trip-Hop surge quando alguns músicos resolvem que a música eletrônica não deve ser necessariamente upbeat (que fora usado até então), e passaram a criar em downbeat. Isso foi na Inglaterra, onde, na cidade de Bristol, um grupo chamado The Wild Bunch passou a criar sob essas diretrizes, dando origem ao Trip-Hop (ainda que o termo fosse surgir somente na década de 90). No final dos anos 80 o grupo se dissolve e alguns membros passam a formar o Massive Attack.

Serviço
Portishead - Roseland NYC Live (Portishead - Roseland NYC Live, de Portishead (Inglaterra), Show, 2002, Cor, 57 min.) . Sexta-feira - 13 de fevereiro - às 21h30.Entrada Franca . No Cine Líbero Luxardo. Av. Gentil Bitencourt, 650, Térreo (esquina com Rui Barbosa). Informações: tel (91)32024321. Blog: http://cineliberoluxardo.blogspot.com/


10.2.09

Adeus Max, agora para sempre no uni-verso (1926-2009)


max martins
________________________________________
M/W

Indo para o Norte

E se fracassares?
Se o êxtase do punhal não alcançar a alva
seda boreal e a bala
errar o morto e o morto apodrecer em paz
no alvo
iate, âncora para sempre, liquidado o mar
o mar cediço
passadiço?

Antes do tiro
antes do fim (— o teu princípio) todo o trigal já estava louco

os corvos indo
e vindo idem
agora sobre a cova
do sol Do teu poema?

Enquanto danças nesta noite às bruxas
às tuas viúvas
uma
folha na relva se corrompe
frutos se viciam, pecam
e se laceram
— o céu em cima
a terra em baixo —
Nada se associa


Eco de Lawrence Durell


Nada está perdido
para sempre amada

o que não se disse
restou
no coração — música
sob o silêncio
eco onipresente — pássaro
indecolável


M/W
Max/Wax
ex
sangue
o
SexO
sobra nódoa nada no óleo — o olho
(rastro da cobra)
cavo no chão
a pá

lavra no vão:
o não-ser indo
o não-ser vindo
o não
inserido e exarado grão
o grão-ser será serôdio/ cera
expermeável só?
— ser
(se há)
se mente


Uma letra veio


Um M e outro
(gêmeo)
e agora este
abrindo sulcos
veios
para a transa
da viagem: A voz

agora úmida
eriçando o campo
o último
de se ir às sombras
dum crepúsculo ao fundo
ígneo
— esse M
e as suas duas
sílabas-ímãs
de trazerem à boca
e à língua as frutas
se entreabrindo às águas
ao seu murmúrio

(De onda em onda
aonde
as letras morrem
— ou uma sobrenada
e se detona: Imagem)

Um lume-olho novo luxo
belo se irisando
veio dos lábios
Veio da pedra ressequida
e desta arma
a espadanada sede sobre a página


Dina: força e movimento: poesia

Todos os pincéis. E o corpo todo inacabando-se.

A teia é o que se vê: se faz. Ateias
o abismo dessa pele. Tocas
a flor do orgasmo
o ânus sinuoso da beleza.

O corpo. Por ele cantas.
Cresce nele um sopro — um olho
roxo
Escorre o seu discurso —
o lume de teus dedos que te escrevem.
Ouro
desmoronando
gozo.

Tudo é interdito. Ou não se vê
tão perto
— teu país-paul, terra de raízes
dociácida espuma, esponja, teu suor e mancha.
Lilás o branco deste campo
atravessando
alga amarela, talvez vermelha
nua
contra o medo: motim
navio
boca
e o frio silêncio tátil duvidando-nos.


Revide


A cada fim
seu recomeço: Um broto
no galho morto


Numa sonda estreita

Desfazer-se do
que era
o conteúdo
enfiando as estações
a vida indo
devagar
com algum
apoio musical
da lua
longe



MAX MARTINS, poeta, nasceu em Belém do Pará em 1926. Estreou com o livro O estranho (edição do autor), em 1952. Insatisfeito com o resultado, mandou queimar seus exemplares, sobrando apenas alguns poucos, por desobediência do encarregado – o suficiente para render-lhe honras tardias. Posteriormente, publicou Antiretrato (1960), O risco subscrito (1976) e Caminho de Marahu (1983). Durante a vida exerceu cargos públicos até sua aposentadoria, à qual o Inamps incorporou outra: a de escritor, tornando-se o primeiro caso de escritor aposentado com os benefícios pelo exercício de mais de trinta anos de poesia. Hoje é diretor de um núcleo de cursos conhecido como Casa da Linguagem. Os poemas publicados aqui fazem parte de seu livro quase-desconhecido O cadafalso. Fonte: http://http://www.confrariadovento.com/revista/numero19/poesia03.htm

Max faleceu ontem, 09 de fevereiro de 2009, no final da tarde, em Belém do Pará.


8.2.09

“Miguel, Miguel”, obra de Haroldo Maranhão, será adaptada para as telas


Roger Elarrat (com o boné) , vencedor do concurso, dirigindo acima
um docmentário no Forum Social Mundial 2009


Na sexta-feira a ABDeC-PA publicou em seu blog, texto sobre o resultado do Concurso de Minisséries da TV Cultura, depois de vários meses de trâmite (mais informações no blog: http://abdecpara.blogspot.com/).

Dois projetos foram contemplados: “Miguel, Miguel”, de Roger Elarrat e “Vida de Cão”, de Waleriano Duarte, dois realizadores que vêm se destacando na cena audiovisual paraense.

Waleriano tem muito trabalho pela frente em 2009. Ele também é vencedor do concurso nacional DocTV (Profissão: Escravo), além de ter ganho o concurso do Edital de Curtas Metragens da Secult-PA/Museu da Imagem e do Som do Pará (A Canção de Eleonor).

Roger Elarrat já é veterano do DocTV em 2006, com o Chupa-Chupa – A história que veio do céu, em parceria com Adriano Barroso, e tem no currículo a realização do primeiro curta de animação em stop motion da história do cinema paraense, entre outros trabalhos em cinema, como, roteirista, diretor ou assistente de direção.

Não há dúvida de que teremos duas obras de qualidade muito em breve veiculadas na nossa telinha e quem sabe nos cinemas, como vislumbra Roger Elarrat na entrevista que segue abaixo, concedida com exclusividade ao Holofote.

Há anos atrás, assim que foi lançada, nos anos noventa, li a novela “Miguel Miguel”, de Haroldo Maranhão, cuja capa foi feita pelo artista plástico P.P. Condurú e que aliás foi quem me emprestou o livro para ler. Fiquei imediatamente encantada com a obra e agora mais ainda com a possibilidade de vê-la transformada em obra audiovisual.

Agora, sim, leiam abaixo a entrevista com Roger Elarrat.

Holofote: Há inúmeras obras de autores paraenses perfeitamente adaptáveis para uma minissérie. Em meio a todo este universo de possibilidades, quais os teus critérios para escolher a novela Miguel Miguel de Haroldo Maranhão?
Roger Elarrat: Primeiro senti medo de não ter fôlego de adaptar uma obra extensa, como um romance. Da mesma forma, achei que acabaria com um tratamento muito superficial porque em uma minissérie em poucos episódios não daria pra dar a profundidade que um romance carrega. E aí, pensei em pegar algum conto, mas sofreria o oposto: acabaria com um material original muito magro e teria que inserir muita coisa na adaptação. Como eu queria me manter mais fiel possível, a novela Miguel Miguel me pareceu perfeita. Além de ser uma história linda, já foi leitura do vestibular, e é muito conhecida. O meu trabalho foi, à princípio, embaralhar tudo e dar uma cara mais cinematográfica.

Holofote: Quantos capítulos terá a mini serie e quais as principais características desta adaptação para TV?
Roger Elarrat: A minissérie terá 5 episódios de 13 minutos cada. Mudaremos os lugares em que a história se passa, porque no livro, originalmente é o Rio de Janeiro. Até o momento, vou ambientar em Icoaraci. Também, rejuvenesci os personagens uns 15 anos. Eles continuam idosos, mas não tanto quanto no livro.

Holofote: Houve níveis de dificuldades em fazer esta adaptação? quais?
Roger Elarrat: A primeira dificuldade em se adaptar uma obra literária para a linguagem audiovisual é transformar em ações e diálogos, certas informações que o escritor fala diretamente com o leitor. Eu acho que todo mundo deve passar por isso. Então, eu criei sequências novas, de eventos apenas citados no livro, como o primeiro enterro de Miguel. Essas sequencias foram as mais difíceis porque eu deveria me manter fiel ao material original mas esse é um material que está nas entrelinhas. Mas foi bem desafiador porque meu medo era ter muito respeito por Haroldo Maranhão e manter essa postura pouco desafiadora. Eu precisei desconfiar da obra em muitos momentos pra poder subvertê-la, acrescentar personagens, mudar lugares, desenvolver trechos superficiais da história.

Holofote: A produção toda envolverá quantos atores, locações etc.. como e quando começam as gravações, já há um planejamento?
Roger Elarrat: Olha, meu planejamento inicial é filmar em julho. Nas minhas férias! Um dos motivos que escolhi Miguel Miguel é que é um livro logisticamente cabível nas limitações do edital. Basicamente, são duas locações: um casarão e um cemitério, e a história gira em torno de basicamente quatro personagens.

Holofote: Você acredita que se abre um mercado para este tipo de trabalho? Além da Funtelpa, a obra será veiculada na Rede Brasil e/ou TVs pagas etc? Quais os planos de vôos para esta obra, depois de cumprir seu contrato via concurso Funtelpa?
Roger Elarrat: Acho que o futuro da televisão está em ótimas oportunidades com produções independentes. Cada vez mais teremos espaço nas programações para produções locais e a TV Cultura do Pará sai na frente porque foi a primeira a lançar um edital desta natureza. E à princípio a TV Cultura vai procurar espaços para exibir a obra nacionalmente, em toda a rede pública de televisão.
Depois disso, ainda não sentei pra conversar com a direção da Funtelpa, mas acho que podemos reeditar a minissérie e relançá-la como um único filme em salas de cinema e gerar ainda mais público, além da janela televisiva. Isso já tem sido feito em nível nacional e o Auto da Compadecida, por exemplo, quando relançado nos cinemas foi uma grande surpresa de bilheteria. E acredito que a obra de Haroldo Maranhão merece tantos leitores quanto públicos puder.

Entrevista concedida com exclusividade ao blog holofotevirtual.blogspot.com


15 minutos de maldição no Corredor Polonês

Na próxima sexta-feira o Cineclube Corredor Polonês exibe, dentro do projeto Cinema de Rua, o filme: “A Maldição – Zé do Caixão em comunhão com a Escola do Porto, sob as bênçãos de São Francisco de Assis”, de Francisco Weyl & Ricardo Leite (Mudo, P&B, 7 Min, Super 8 Min, Portugal, 2000) & Instalação fotográfica de Arthur Leandro.
Resultado do encontro de José Mojica Marins, o "Zé do Caixão", com a Escola do Porto, é o primeiro filme de Mojica em Portugal e foi realizado durante o período das comemorações dos 500 anos de descobrimento do Brasil.

É um filme de ficcção documental: na abertura, rituais e bruxarias em nome de Zé do Caixão; em sequência, fragmentos do encontro de José Mojica Marins com realizadores no Cineclube do Porto e o passeio de Mojica na Igreja de São Francisco e na Escola do Porto, à beira do Rio Douro. Aos sessenta e poucos ou muitos anos, Mojica revela neste filme uma humildade exemplar, típica de artistas que acreditam no que fazem.

Ficha técnica e artística

Ano de Produção: 2000 - Rodado no Porto, Portugal - Tempo: 15 Minutos - Formato: Película Super-8 MM - Argumento, Câmara, Realização e Montagem: Zenito Weyl - Actor: José Mojica Marins - Actriz Convidada: Salomé Arieira - Cenografia: João Trindade - Fotografia de Cena: Celestino Monteiro - Direcção de Fotografia: Bruno Anneda - Produção: Sério Fernandes

Hora e local + realização

O filme será exibido a partir das 20h. O Corredor Polonês fica na Rua General Gurjão, 273 (em frente à Ferreira Cantão – Campina). Realização: Aparelho (REDE) + Cineclube Amazonas Douro + Cineclube Corredor Polonês.


Amaldiçoada seja a sua arte, Mojica!

Por Francisco Weyl

"Conheci Mojica em 2000. Na cidade do Porto, Portugal, onde ele participava do "Fantasporto". Fui ao hotel onde ele estava hospedado e nessa mesma hora ele me enregou duas latas de 16 milímteros com o seu "À meia-noite levarei sua alma", que projetamos em uma sessão lotada no Cineclube do Porto para estudantes da escola onde eu me formei em cinema. Então, convidei Mojica para fazer um filme, "A maldição de Zé do Caixão em comunhão com a Escola do Porto sob as bênçãos de São Francisco de Assis" (Super-8 milímetros), película que pode ser vista no youtube (http://www.youtube.com/watch?v=xXbkUOU8tdg).

"A maldição..." foi o seu primeiro filme em Portugal, que estreamos em Belém durante o Concílio Artístico Luso-Brasileiro, que criou o Cineclube Amazonas Douro, o qual coordeno e do qual o Mojica é presidente de honra. E Mojica realizou conosco (um total de 13 pessoas – o número não foi por acaso) um outro flme, dessa vez, digital, o "Pará Zero Zero", resultado de uma oficina de audiovisual, filme esse que deu mote à revista homônima e que foi lançado numa sexta-feira, 13 de junho de 2003, no Cemitério da Soledade, numa das cenas mais anárquicas desta terra.

Mojica faz filmes históricos, com uma coragem absoluta, sem medo da hipocrisia e da censura, sem medo da burocracia e da unanimidade, sem medo da mesmice e da burrice. Amaldiçoada seja a sua arte, vítima de todos os tipos de preconceitos e censuras, estes, originários, tanto durante os negros anos do regime militar, quanto neste tempo (pós-moderno?), no moralismo da (pseudo) intelectualidade cultural brasileira, em geral conceitual, covarde e leviana.

Ainda bem que este velho louco e alucinado foi ostracizado em seu próprio país. Assim, não precisou aprender a gramática da intelligentsia medíocre para construir o seu próprio percurso, fundado em corajosas atitudes, com as quais, enfrentando o medo a omissão da elite e sacrificando-se a si próprio e aos seus familiares e amigos, tem desempenhado a sua missão que é fazer cinema.

Indiferentemente aos critérios e análises reacionários da crítica cinematográfica que se submete aos padrões e dogmas do sub cinema comercial, quer ele seja hollywoodiano ou Europeu, este homem "ignorante" (utilizo o termo entre aspas para ressaltar o preconceito da pseudo crítica intelectual), fez filmes influenciados pelo seu auto didatismo, sem nunca sequer ter lido um livro sobre cinema.

Mojica é um Brasil que se nega a si próprio. O Brasil pobre e violento, que tem força cósmica em sua interioridade mas que dispersa as suas energias em auto flagelações artísticas. O Brasil de Mojica é genial, responde com criatividade às suas adversidades".

Projeto de residência artística coloca Alemães e paraenses no mesmo barco

Thomas V Held 'gotas de suor'

No segundo semestre uma explosão de artes visuais inicia em Belém, com o projeto Terra dos Rios. Oficinas, viagem de barco, mostras, seminários, performances e trocas de experiências culminarão com uma edição de fotos, textos e vídeo em exposição que será mostrada no Brasil e na Alemanha.

A nova versão do projeto Terra dos Rios vai receber artistas alemães e paraenses que irão vivenciar um encontro de culturas, que terá como base o tema "Água", objeto de pesquisa e chave principal desse novo desafio. As inscrições estão abertas.

Projeto abre com exposição

A abertura contará com a exposição da produção inicial dos artistas visitantes. Mas o ponto mais instigante do projeto começa logo depois, com uma viagem de barco que levará 20 artistas (10 estrangeiros e 10 locais) para que, num período de 10 dias, pratiquem a convivência em plena navegação pela maior bacia hidrográfica do planeta e, ao mesmo tempo, produzam seus trabalhos.

Como participar

Os artistas visuais interessados em participar devem mandar, até o dia 25 de janeiro, o seu currículo artístico e uma carta de intenções, especificando o trabalho que pretende desenvolver a partir do tema Água. Uma comissão avaliadora selecionará os artistas locais que participarão do projeto. Envios para o e-mail producaoterra2009@gmail.com,

Mais informações
Projeto Terra dos Rios – 2009
Encontro de Artes Visuais - Agosto 2009 a agosto de 2010
Contatos: Weley Oliveira, coordenação 92-91727670 e Maria Christina, produção 91-81989370/96226814. E-mail: producaoterra2009@gmail.com


6.2.09

GT discute encaminhamentos para a I Conferência Estadual de Comunicação


Na próxima quarta-feira, dia 11 de fevereiro, acontece mais uma reunião do Grupo de Trabalho que vem discutindo, desde o ano passado, as diretrizes para a realização da Conferência Estadual de Comunicação, que antecede a I Conferência Nacional de Comunicação, anunciada pelo presidente Lula, durante sua estadia em Belém pelo Fórum Social Mundial.

Após o anúncio de Lula, as delegações pró-conferência de todo o Brasil que estavam na capital paraense, aproveitaram para se reunir. Esta semana, em reunião do GT Nacional da Conferência com representantes do Governo Federal, no dia 04/02, ficou acordado que em quinze dias o decreto de convocação da Conferência será publicado. Em seguida, será também publicada a portaria que nomeia a comissão organizadora desta Conferência Nacional. A comissão deve ampliar o debate com movimentos da sociedade civil sobre o formato deste evento histórico na história de nosso país.

Na pauta da reunião do GT da I Conferência Estadual de Comunicação serão discutidos os encaminhamentos sobre o decreto; entrega de orçamentos dos sub-grupos de mobilização de cada região: RMB/Marajó, Marabá, Altamira, Castanhal e Santarém; calendário de mobilização para o seminário e organização do seminário (logística e infra, proposta política, equipes operacionais).

A I Conferência de Comunicação do Estado do Pará é fruto da consolidação de forças e pensamentos que, na direção da construção de um novo ideal de comunicação, promove o debate da sociedade civil, entidades, estudantes e movimentos sociais.

Nesse sentido, visando a quebra de barreiras ideológicas e geográficas que excluem e condenam parcelas da sociedade à marginalidade e esquecimento, o GT da Conferência Estadual de Comunicação está convocando a todos e todas que desejam construir e afirmar no Pará a Comunicação como direito Humano, à discutir o direito à comunicação, a concepção democrática de acesso, identificar os desafios, apontar prioridades para as ações governamentais, entre outros temas, que farão parte das mesas.

A reunião acontece na próxima quarta (11/02), às 17h, no Sindicato dos Radialistas (Trav. do Chaco, entre Duque de Caxias e Visconde - quase esquina com a Duque). Outras informações no blog da Conferência Estadual de Comunicação: http://conferenciacomunicacao.wordpress.com/


5.2.09

In Bust narra história de uma cobra que deseja virar gente

Para quem já estava com saudades, eles estão de volta. Os nordestinos mais engraçados da história do teatro com bonecos em Belém entram em cena neste sábado, 06, dentro da programação do projeto “Sábado Sim, Sábado Não, Tem teatro Infantil no Casarão”.

Contado em forma de cordel pelos atores-manipuladores Adriana Cruz, Aníbal Pacha e Paulo Ricardo Nascimento, que representam uma família nordestina, o espetáculo “Fio de Pão – a Lenda do Cobra Norato” resgata do imaginário popular, a lendária história de uma cabocla que, ao ser conquistada um cobrão embruxado, engravida e dá luz a duas cobras: Norato e Caninana. As duas cobrinhas são bem diferentes uma da outra, sendo Caninana muito má e Norato de alma boa. Esta última, porém, tem um sonho impossível. Quer virar gente.

A encenação é feita com bonecos de pano, que contracenam com Fantoches, Manés-côcos e Brinquedos de miriti, típicos da região norte, numa analogia com o teatro de bonecos popular.

O espetáculo foi concebido através de uma pesquisa sobre literatura de cordel. “Encontramos boas referências sobre a lenda da cobra grande e transportamos esses dados para o espetáculo", conta Paulo Nascimento. A montagem consegue grande empatia com o público, numa dinâmica que já é comum nas apresentações da In Bust.

"Os personagens que mais interagem com a platéia são a Mãe e o Filho. Eles brigam, discutem, emocionam-se e os espectadores acabam tomando partido de tudo", diz Paulo. "É sempre bonito ver como os bonecos são tratados de forma carinhosa pelo público. Eles podem dizer as palavras mais sérias e as mais engraças. Não importa. Quem está assistindo se rende", complementa.

Serviço
O projeto Sábado Sim, Sábado Não, Tem Teatro no Casarão segue temporada , em 06 de fevereiro, com o espetáculo Fio de Pão – a Lenda do Cobra Norato. Às 19h, no Casarão do Boneco. O ingresso continua sendo um brinquedo. Na Av. 16 de Novembro, 815, próximo à Praça Amazonas.

Museu do Marajó divulga site na internet e recebe novos filmes para sessões cineclubistas em 2009


O Marajó, que resguarda inúmeras riquezas naturais e culturais, possui em seu coração um dos espaços mais importantes para o fomento à cultura marajoara e repasse conhecimentos tradicionais da região, o Museu do Marajó, localizado na cidade de Cachoeira do Arari.

Fundado de modo informal em 1972, na cidade de Santa Cruz do Arari. Em 1984, foi instalado no prédio de antiga indústria de extração de óleo vegetal em Cachoeira do Arari, onde permanece até hoje. No dia 16 de dezembro de 1981 foi fundada a Associação com o nome de O Nosso Museu de Santa Cruz do Arari. No dia 14 de julho de 1983, na Assembléia Geral dos sócios, foi mudada a razão social, sendo escolhida a nova denominação de O Museu do Marajó.

Informações na internet

Como estas informações acima, há muito mais o que ler sobre as atividades do Museu do Marajó, na intenet, acessando http://www.museudomarajo.com.br/museudomarajo/site/index.php, onde há textos que relatam as histórias de sua fundação. Montar o Museu erguido no meio dos campos do Marajó, em Cachoeira do Arari, foi considerado um ato de loucura à época, ainda mais porque a cidade em que morou o escritor Dalcídio Jurandir, não é como Soure ou Salvaterra, turisticamente mais conhecidas.

“De fato, quando começamos, a cidade tinha um precário acesso pelo rio, não adequado para um projeto turístico deste porte”, diz o trecho de um dos textos do site. “O serviço telefônico era mais que precário, o abastecimento de água também, a energia elétrica só poucas horas por dia, e com muitos blecautes . Para completar: faltam hotéis e outras estruturas complementares...”

“Mas o Museu do Marajó escolheu Cachoeira, recusando ao longo destes anos outras opções tentadoras, porque a nossa filosofia sempre foi dominada por aquele mesmo princípio: a preocupação fundamental pelo Homem, não somente como assunto de pesquisa, mas também como meta e objetivo”.

Movimento cineclubista

Em 2009, o Museu do Marajó está com várias coisas programadas entre elas, a continuidade às atividades do cineclube Marajó. “Nossas sessões tiveram início em fevereiro de 2008 com o acervo próprio do museu, constituído de alguns DVDS cedidos por realizadores e instituições de todo o Brasil”, diz o diretor do museu Paulo Carvalho. “A seguir passamos a contar com parte do acervo da Programadora Brasil em convênio com o IAP”, explica Carvalho.

Esta semana, o Museu do Marajó também recebeu a coleção do Revelando os Brasis e ainda será recebida nova remessa de DVDS da Programadora Brasil, somando ao todo 38 programas. Paulo Carvalho anuncia que em paralelo às exibições serão realizadas oficinas em parceria com o IAP, para estimular a produção audovisual local, que já conta com alguns documentários escolares e outros realizados por colaboradores do museu.

“Estamos caminhando e, em breve, esperamos poder realizar mostra de cinema paraense com a participação de diretores, produtores, artistas e técnicos comprometidos com a difusão do cinema como ferramenta importante para o desenvolvimento de nossa pequena cidade do interior do Marajó”, finaliza.

Ressaca do Fórum no Corredor Polonês


Babi (Potengy) Guedes
& convidados ...

Sexta, 6 de fevereiro, 22 horas
No Corredor Polonês Atelier Cultural

Projeto Cinema de Rua
Projeção de imagens do FSM no a partir das 20 horas
(REDE Aparelho + Cineclube Corredor Polonês + Cineclube Amazonas Douro)
& DJ ÁFRIKA por volta da meia-noite

Ingressos: R$ 5 reais

Corredor Polonês Atelier Cultural
Rua General Gurjão, 273
Telefone: 3222 7543


Quem é Babi Guedes
Babi (Potengy) Guedes é cantor, compositor, escritor e mamulengueiro tradicional que atua a mais de 30 anos levando a arte popular para pequenas cidades e capitais de 20 Estados brasileiros. Babi (Potengy) Guedes dedicou 30 anos de sua vida ao Teatro Popular de Bonecos do Nordeste, o Mamulengo. Autor de dezenas de composições musicais, o artista, com 54 anos, mostrará suas músicas, brilhantes composições que trazem o cheiro das matas, o frescor das águas, a vida e as lutas do homem da terra e a poeira das estradas do Brasil.Arranhando seu violão e cantando.

Para ver Babi (POTENGY) Guedes:
http://www.youtube.com/watch?v=BNfgxdNrIso

Para ler Babi (POTENGY) Guedes:
http://guedesbabi.blogspot.com/

Sobre a ressaca do Fórum no Corredor Polonês...

...a casa que funciona sob o número 273 na Rua General Gurjão – ali, bem onde antes, lá pela década de 40, disseram-me, funcionava também uma casa de meninas (polacas!) – em pleno centro de Belém, mais exatamente no bairro da Campina, que, aliás, tem uma história de resistência cultural negra, quando alguns grupos de capoeiristas colocavam a polícia para correr, e quando os portuários e marinheiros se faziam elegantemente às prostitutas, esta casa, que fica bem defronte a antiga Bailique, de onde surgiram as primeiras gangs que se têm notícia nesta cidade, gangs, como diz o Rômulo, o dono desse tal espaço de artes e coisas com muito mais sentido (trágiko) do que possa deduzir a nossa vão imaginação filosófica, gangs que apenas usavam a força física para demonstrar uma certa dignidade, já que suas armas eram o próprio corpo, este lugar, esta Rua, a General Gurjão e este número 273, ou seja, o Corredor Polonês Atelier Cultural, espaço dos mais libertários, que se tem insurgido em Belém, cidade sufocada e sempre de costas à periferia e às suas linguagens, recebe um estradeiro que já percorreu milhares de quilômetros brasileiros, para propagar a sua missão de cantar, poetar e teatrar, ainda que envolvido pela poeira das estradas destes brasis desconhecidos, destas metrópoles alucinadas, ele, de passagem pelo Fórum, e já de caminho para Brasília, o Babi Guedes, que já andou por aqui algumas vezes e não quer se ir sem deixar um cadinho de sua arte encravada em nossos corações, fica, pois este convite aos velhos e aos novos camaradas, um sugestão para curtir a ressaca do FSM...
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© Francisco Weyl
Carpinteiro de poesia e de cinema
Contatos: ( 91) 3241 9080 / 4009 2514 / 8412 8628

4.2.09

I Festival Amazônia Doc recebe inscrição até 28 de fevereiro


Discutir os grandes temas relacionados à Amazônia através do circuito audiovisual. É este o principal objetivos do 1º Festival Pan-Amazônico de Documentários que realizará um seminário, mostras itinerantes e oficinas, espaços estes para que se discuta a situação de degradação progressiva pela qual vem passando a maior floresta em biodiversidade do mundo.

“Há que se mostrar, denunciar, cantar e louvar a Amazônia, suas riquezas, sua dignidade, seu povo. Importa mostrar ao mundo e a nós mesmos, nossa cara e nossa gente, nossas características e nossa produção, como forma de unirmo-nos em torno de um ideal, de uma
linguagem que possa expressar as nossas múltiplas e diversas facetas”, diz o release do evento.

O I AMAZÔNIA DOC - I Festival de Documentários Pan-Amazônicos pretende: apresentar filmes de temática ambiental urbano e rural dos países Pan-Amazônicos; movimentar a economia e o turismo; fazer circular informação; proporcionar intercâmbio entre artistas, produtores, pesquisadores e estimular a cultura como um todo, especialmente na área cinematográfica.

Além dos debates, o evento vai também premiar obras em película e vídeo cuja temática é a defesa da preservação, dos direitos, da manutenção e da qualidade de vida na Terra.

As inscrições vão até dia 28 de fevereiro. Informações pelo www.amazoniadoc.com ou amazoniadoc@gmail.com

3.2.09

Grupo GenteSerpiente de Bogotá apresenta espetáculo no Casarão do Boenco do in Bust


O Fórum Social Mundial que encerrado no último domingo, ainda está rendendo programações culturais em Belém. Os bonequeiros colombianos Angélica & Javier, que formam a companhia de bonecos GenteSerpiente ainda se encontram na cidade e apresentam hoje, terça-feira, às 19h, no Casarão do Boneco, o espetáculo Moniya Amena – El Árbol de la Abundancia, o mesmo mostrado no FSM.

A idéia da apresentação em Belém surgiu a través do contato que os dois artistas tiveram no último domingo com o grupo In Bust – Teatro com Boencos, após a apresentação do espetaculo “Sirênios”, no Teatro Waldemar Henrique.

A companhia GenteSerpiente foi criada em 2003, com o objetivo de fortalecer componentes de identidade cultural, assim como criar obras que envolvem mitologias indígenas, saberes e costumes populares, expresões artísticas e juegos de linguagem próprias da Colombia e latinoamérica. Desta forma têm conseguido consolidar uma equipe de trabalho interdisciplinar enfocando a criação artística.

O espetáculo “Moniya Amena – A árbore da Abundancia” faz parte de uma investigação iniciada por Javier Gámez na Universidade Nacional de Colombia em torno do tema do corpus mítico da nação Uitoto, comunidade indígena localizada em diferentes pontos da Amazonia colombiana.

Para os bonequeiros da GenteSerpiente, o teatro de bonecos constitui uma das mais belas manifestações das artes cênicas. Através dos bonecos os bonequeiros têm encontrado um meio de representação eficaz, em que se propõe oficios diversos para um fim comum: a plástica, a música, o teatro, o cinema, que alimentam esta arte de todos os tempos e permitem levar à cena todo tipo de ações dramáticas.

Javier e Angélica ficam em Belém até amanhã quando seguem viagem para São Luís e Manaus, antes de retornar a Bogotá, onde irão cumplir mais uma agenda de apresentações.

Serviço
A Companhia GenteSerpiente, de Bogotá-Colômbia, apresenta hoje, terça-feira, às 19h, o espetáculo “Moniya Amena – A árbore da Abundancia”. No Casarão do Boneco, do In Bust, na Av. 16 de Novembro, 815, próximo a Praça Amazonas. Entrada franca (o In Bust também recebe doação de um brinquedo pra distribuição no final do ano). Contatos com o grupo colombiano pelo e-mail: genteserpiente@gmail.com.