31.7.24

Cine Sesc exibe animação Os Dinâmicos no Circular

O Centro Cultural Sesc Ver-o-Peso abre o mês de agosto, celebrando o folclore e o patrimônio cultural. No domingo, dia 4, às 10h, vai exibir em seu cinema, a série de animação “Os Dinâmicos”, com entrada gratuita, dentro da programação da 52ª edição do projeto Circular Campina Cidade Velha. 

Pouca gente sabe, mas a obra que inspirou a série de animação 'Os Dinâmicos" completa 50 anos! No início de agosto de 1974, um pescador que estava em seu barco buscando o alimento da família, pairava em águas mansas de um braço do rio, mais exatamente na comunidade do rio Murucupi, em Barcarena, quando bateu em algo estranho. 

Era noite e, no escuro, sem entender do que se tratava, este homem chamado Genaro Apolaro foi em busca de ajuda. E assim amanheceu o dia, e até que ele e outros pescadores entendessem que se tratava de um peixe grande. Poucos, porém, sabiam que se tratava de uma baleia, já era tarde. Na verdade, um filhote, que perdeu o rumo do mar e acabou virando história, além de comida pra muita gente...

O bicho já estava mais morto do que vivo quando chegou, empurrado pelos pescadores, foi puxada por um trator até a praia que se formava bem em frente à cidade, onde hoje se encontra o terminal hidroviário e uma orla, recuperada recentemente. Uma vez na areia e já sem vida, o peixão virou alimento para a barriga do povo, mas também serviu de inspiração para uma figura que se tornaria um dos maiores orgulhos da cultura paraense.

Joaquim de Lima Vieira comandava as festas musicais de Barcarena, na época, já tocando guitarra. Isso no início dos anos 1970, com seu grupo Os Dinâmicos. Vendo toda aquela agitação na cidade, com equipes de televisão, jornais e rádios chegando na ilha curiosos pelo ocorrido, e o povo que cortava os pedaços do peixe para o almoço, Vieira tratou de registrar a situação, numa numa letra de música que virou hit e crônica da cidade. 

Depois, em 1978, "A Lambada da Baleia" foi gravada no primeiro LP de Vieira e Seu Conjunto (não mais Os Dinâmicos, embora fossem os mesmos músicos a compor a banda), intitulado Lambadas das Quebradas. E por que estou contando tudo isso? 

Primeiro porque embora haja controvérsias ambientais neste episódio, ele é um marco da música paraense. Além de ter sido gravada naquele disco histórico, também foi a primeira música que me inspirou a escrever o argumento de "Os Dinâmicos", a série de animação que voltará a ser exibida em setembro, pela Tv Cultura do Pará e que antes disso, neste domingo, 4 de agosto, será exibida no Cine Sesc do Centro Cultural Sesc Ver-o-Peso. 

Não se preocupem, porque ainda que inspirado na história real, os roteiristas (Adriano Barroso e Mariana Paz) deram um jeitinho pra deixar o desfecho do episódio da ficção mais feliz do que o da realidade, e educativo para as crianças.

Depois da Lambada da Baleia, Mestre Vieira também aproveitou mais de sua cultura para escrever outras letras, como a Lambada do Curupira, a Lambada do Mapinguari e o Melô do Bode, entre outras que também foram gravadas nos LPs e que serviram de inspiração para a criação outros episódios da série de animação.

13 episódios de aventura musical em 2D

Trazendo a estética de animações dos anos 1970 e 1980, produzida em formato 2D, a série "Os Dinâmicos" é uma aventura musical inspirada nessa obra cantada de Mestre Vieira, músico paraense, nascido em Barcarena e reconhecido como criador da Guitarrada, gênero musical que, por sua vez, é reconhecido como Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial do Pará. Combinando elementos de cúmbia, carimbó e outros ritmos tradicionais da região amazônica e caribenha, Vieira cinovou na guitarra e a série é uma grande homenagem a ele, falecido em fevereiro de 2018.

O Mestre foi músico, compositor e instrumentista que se destacou por sua habilidade em tocar a guitarra de maneira única, e criando composições com misturas de influências diversas, criando assim um som autêntico, a Guitarrada, gênero que também influenciou o mercado da música brasileira nos anos 80, gerando a febre da Lambada. 

Envolvendo histórias, lendas e ensinamento da floresta, as aventuras levam as crianças para dentro da cultura e, também, a conhecer e valorizar o legado de mestres. Na série, a banda Os Dinâmicos está se preparando para um show quando de repente são interrompidos pelos pedidos de socorro de alguma criança, sempre que a floresta está em perigo. Aí a palavra mágica é pronunciada: “DI NA MI ZAR”!! Mestre Vieira empunha sua guitarra mágica transformando todos em super-heróis.

No domingo dia 4 de agosto serão exibidos 6 episódios de Os Dinâmicos, cada um de 5 minutos. Os três primeiros serão “Esse Bode dá Bode”, que mostra a aventura da banda Vieira e Seu Conjunto pelo nordeste; “A Lambada da Baleia”, inspirado na música homônima gravada no primeiro disco de Vieira, Lambada das Quebradas – composição que completa 50 anos neste início do mês de agosto. Foi escrita depois que uma baleia encalhou em Barcarena, no início de agosto de 1974; e a “A Magia da Voz”, episódio que leva nossos heróis ao universo mágico do Uirapuru.

Os últimos três episódios trazem “O Monstrinho de estimação”, que mostra a preocupação das crianças com o desaparecimento dos botinhos que vivem nos rios; “A dor de barriga da Cobra Grande”, quando nossos heróis precisam mergulhar para salvar uma das lendas mais famosas da Amazônia; e “Lambada do Fantasma”, que traz uma história de assombração com a Mula sem Cabeça. 

Serviço

Sesc Ver- o – Peso na 52ª Edição do Circular Campina Cidade Velha. Domingo, 4 de agosto Hora: 10h - Local: Cinema. Endereço: Boulevard Castilhos França, Campina.

EPISÓDIOS NO SESC VER-O-PESO

ESSE BODE DÁ BODE (5”) - Vieira e seu Conjunto ensaia na Casa da Árvore, quando toca o telefone trazendo um estranho convite para fazer um show no Ceará. 

A MAGIA DA VOZ (5”) - O grupo Vieira e Seu Conjunto é convidado para fazer um grande show em Belém, mas durante os ensaios, Dejacir perde a voz. 

A LAMBADA DA BALEIA (5”) - Uma baleia está encalhada na praia de Barcarena. Uma criança tenta salvá-la da fúria da população que já a enxerga como almoço. 

O MONSTRINHO DE ESTIMAÇÃO (5”) - Uma menina e seu amigo boto lançam um chamado desesperado aos Dinâmicos. Um monstro desconhecido está capturando vários botos. 

A DOR DE BARRIGA DA COBRA GRANDE (5”) - A Cobra Grande está com uma baita dor de barriga e vem se comportando com fúria, colocando em perigo os pescadores.

LAMBADA DO FANTASMA (5”) - Os Dinâmicos estão se preparando para lançar um novo disco, quando são acionados para resolver um problema de assombração

20.7.24

Festa celebra os 70 anos de Mestre Damasceno

Mestre Damasceno: 70 anos de vida
Fotos: Guto Nunes
Mestre Damasceno completa 70 anos de vida nesta segunda-feira,  22, além de 51 de cultura popular. A festa reunirá grandes nomes da cultura da região, iniciando com um cortejo, às 17h, e às 19h os festejos vão continuar no terreiro, com homenagens para Mestre Dikinho.

Após quatro dias da partida de um grande representante do legado cultural Marajoara, Mestre Dikinho, mestre de carimbó, toadas e sambas, de Soure, ligado ao grupo Tambores do Pacoval e ao grupo Cruzeirinho, a ilha do Marajó voltará a se emocionar, desta vez em comemoração ao aniversário de Damasceno Gregório dos Santos, ou Mestre Damasceno, como é conhecido, que é outro baluarte da cultura de um dos maiores arquipélagos de mar e rios do mundo. 

Ele diz que pouco comemora aniversários, mas para o cantor, o fato de completar 70 anos de idade deve ser recebido como sorte. E que as homenagens devem ser realizadas em vida. “Emoção, felicidade, sorte, tudo aquilo que a gente estava esperando aconteceu. Setenta anos deve ser comemorado. Homenagens nós temos que receber em vida, muitos de nós estamos sendo chamados. Depois, já foi”, analisa Mestre Damasceno, sobre a falta de reconhecimento de mestres de carimbó. 

Não é a primeira vez que o mestre aborda o tema, que é a vulnerabilidade social que acompanha a vida de muitos mestres da cultura popular no Brasil, mais especificamente no Pará. Em setembro de 2022, Mestre Damasceno foi um dos poucos escolhidos a subir no palco do Theatro da Paz, na capital, Belém, para falar com o então candidato, Luiz Inácio Lula da Silva, em uma plenária com o setor cultural do estado. 

Durante a fala, Damasceno chegou a se emocionar ao pedir a criação de uma bolsa dedicada aos mestres da cultura popular, ou seja, algum tipo de auxílio social que possibilite os mestres a saírem da linha da miséria. Muitos desses, amigos de Damasceno, partiram sem o devido reconhecimento e oportunidades sociais. 

Cultura popular, acessibilidade a inclusão

Durante os 50 anos de atividades exercidas com a cultura, Mestre Damasceno mobilizou crianças, adolescentes, adultos, idosos e pessoas com deficiência em prol da realização da cultura popular nas ruas do município de Salvaterra, na ilha do Marajó e no estado do Pará. 

É compositor e cantor de carimbós e toadas e criador de comédias de bois. Em 2023, foi homenageado na Marquês de Sapucaí, no Rio de Janeiro, pela escola de samba do grupo especial, Paraíso do Tuiuti. Não ganhou a competição carnavalesca, já que a agremiação ficou em 8° lugar, mas em seu retorno para Salvaterra, desfilou em carro aberto, sendo recebido com homenagens pelos moradores de seu município.

Uma das marcas de Mestre Damasceno é a criação do brinquedo de rua chamado de Búfalo-bumbá. A história desse afigurado criado por ele assemelha-se ao enredo do boi bumbá, entretanto, utiliza o búfalo como personagem principal, animal que é companhia comum nas ruas do Marajó.

A presença dos animais búfalos na ilha do Marajó, segundo a história que o mestre Damasceno conta, é que estes animais chegaram até ao arquipélago devido a um naufrágio que aconteceu com um navio que transportava búfalos, durante o período das especiarias. Alguns animais sobreviveram e chegaram nadando em terra. Os búfalos se adequaram ao clima e ao ritmo da região e se multiplicaram. Hoje são paisagens comuns, dóceis e acessíveis.

Atualmente, o mestre fez um búfalo-bumbá para o neto mais novo poder brincar. Esse mini búfalo tem como característica um dos olhos pintados de branco, ideia de Damasceno, para representar a inclusão social das pessoas com deficiência na brincadeira, tal como o cantor, que não enxerga desde os 19 anos, devido a um acidente de trabalho na construção civil. 

Os projetos desenvolvidos por Mestre Damasceno costumam colocar em evidência a questão da acessibilidade de pessoas com deficiência. O mestre, por exemplo, é um grande parceiro da Associação de pais e amigos de pessoas com deficiência em Salvaterra. Inclusive, ajudou a criar um boi para a instituição. 

A programação contará com várias participações especiais como Mestre Robledo, Tia Amélia, Mestre Eliezer, Mestre César, Baixinha, Mestre Talo, Conjunto Nativos Marajoara, Grupo Paracauari, Tambores do Pacoval, Grupo Cruzeirinho, Grupo Bendito Carimbó, Zagaia, Sandrinha Eletrizante, Kleyton Silva, Carlinhos FL e a Quadrilha Junina Revelação Junina de Soure. O evento é uma realização do Ponto de Cultura Mestre Damasceno, com apoio da Gutunes Produções.

Serviço

O aniversário de 70 anos de Mestre Damasceno tem início às 17h, com concentração  na Praça das Comunicações e saída do cortejo cultural em direção a rua do mestre, localizada na Primeira Rua, esquina com 11ª Travessa, Bairro Caju - Salvaterra/ Marajó. Mais informações: Instagram Mestre Damasceno: https://instagram.com/mestredamasceno / Facebook Mestre Damasceno: https://www.facebook.com/MestreDamasceno.

(Holofote Virtual, com informações da assessoria de imprensa)

18.7.24

Formidável Teatro de Pássaros ou Ópera Cabocla

Ararajuba: cênico e brincante, ambiental e inclusivo
Por trás de uma história de amor, um drama carregado na traição, inveja e crueldade e tudo isso envolvendo indígenas, personagens da realeza e matutos.  

O Teatro de Pássaro traz melodramas,  caçadores que perseguem pássaros para serem entregues como presente para uma princesa que vive entre um palácio e uma floresta. Os figurinos são bem feitos e caprichados. 

O passarinho que dá nome ao grupo, sempre formoso, é interpretado por uma criança, ou mais de uma. A personagem, porém, não tem fala, mas às vezes cantam. Invariavelmente, porém, transitam entre as cenas, tornando esses momentos mágicos durante o espetáculo. Adoro quando passam à frente da minha câmera deixando rastros de vôos rasantes. 

E pensar que tudo isso surge durante a Belle Époque, quando pessoas das camadas mais populares tiveram contato, mesmo que indireto, com as companhias e espetáculos de ópera apresentados no Theatro da Paz. Poucos tinham acesso à sala de espetáculos, mas podiam ouvir as apresentações do lado de fora e, posteriormente, muito provavelmente também escutavam os nobres para quem trabalhavam comentando sobre os dramas e as árias performadas.

Surge assim o que também chamamos aqui de Ópera Cabocla. Fascinante, indo da simplicidade a grandeza artística. Testemunho da criatividade e resiliência. O Teatro de Pássaro é uma forma de expressão própria e rica em significados, inserindo as influências europeias, mas incorporando elementos locais, criando uma identidade cultural que é um orgulho nosso!  

Memórias recentes tecidas em tradição secular 

Os matutos: núcleo de personagens 
E como toda quinta-feira é dia de voltar ao passado, escolhi um #tbt bem recente, do mês de junho, com os Pássaros Juninos.

Vi o Ararajuba, grupo criado em 2002 pela saudosa Iraci Oliveira, irmã de Iracema Oliveira, Guardiã do Pássaro Tucano e que, por sinal, este ano recebe as homenagens na Feira Pan Amazônica do Livro e das Multi Linguagens. Pois bem, é tradição também que os Pássaros sejam cuidados por núcleos familiares e assim, após o falecimento de Iraci, em 2017, o Ararajuba passou para a guarda da sobrinha delas, a Rosa Oliveira.

“Ela já tinha esse pássaro lá em Mosqueiro, e pela falta de brincantes lá no Pássaro, ela me pediu ajuda, aqui em Belém, para mobilizar outros brincantes, porque a gente também já vem de uma tradição folclórica com outros grupos, outras instituições, como o Iaçá, que eu sou coordenadora. E aí eu comecei a ajudá-la nesse sentido. Quando ela veio a falecer em 2017, a familia veio e disse ‘olha, Rosa, não tem jeito, vais ter que assumir o Ararajuba'”, e assim foi!

Ferramenta para a educação ambiental 

Déia Palheta e músicos do grupo Ararajuba
No espetáculo "O Tupinambá", a banda toca ao vivo e, desde 2010, tem Déia Palheta, como autora da trilha sonora. Após a apresentação ela me contou que vive a tradição como compositora das trilhas, desde 2005. 

“Comecei com o Pássaro Pavão, que hoje está nas mãos do guardião Carlos Oliveira. Aí depois eu vim pro Ararajuba, já por volta de 2010. De lá pra cá fui me envolvendo cada vez mais, até que a Rosinha passou a ser a guardiã”, conta.

Déia se refere e defende o Pássaro Junino como uma ferramenta de educação. “É importante que exista uma política pública para o Pássaro Junino que, na minha opinião, além de ser uma tradição cultural, é também uma das primeiras escolas de Educação Ambiental do Brasil. Se você for ver, desde o início do século XX, que essa tradição vem trazendo em suas manifestações o olhar sobre o meio ambiente. Na minha concepção, o Pássaro Junino é um programa de educação ambiental”, acredita.

Escola de brincantes com anos de tradição

Tem Tem: Inês Ribeiro e Olinda Charone 
Outra característica do Teatro de Pássaro é a encenação com não atores, embora de uns tempos pra cá, vários profissionais, como pesquisadores, professores e alunos da Escola de Teatro e Dança da UFPa, venham se envolvendo com a encenação, seja por meio de seus estudos e pesquisas, ou como brincantes apaixonados pelo gênero.

É o caso do Tem Tem, Pássaro Junino que também se apresentou no mesmo dia, no finalzinho de junho, na Sala Vicente Salles, no Memorial dos Povos, fechando a programação junina realizada pela Prefeitura de Belém. Não tenho aqui toda a ficha técnica mas posso citar as professoras, atrizes e diretoras Inês Ribeiro e a Olinda Charone, que pesquisa o Pássaro Junino, enxergando-o também como uma escola formadora de brincantes. 

“O povo do teatro trouxe novidades e nova roupagem aos dramas, e foram muito bem aceitos pela nossa comunidade do Guamá”, diz  Mariusa Amaral, guardiã do Tem Tem, emocionada, lembrando sua mãe, Dona Raimunda Amaral, falecida recentemente. “Ela esteve por 25 anos à frente do Pássaro”, comenta a filha que recebeu dela a missão de manter viva uma tradição que está na família há 94 anos.

Revoadas de Pássaros

Suindara, a nossa Rasga Mortalha
Todos os anos com muita resistência, os Pássaros Juninos vem se mantendo e difundindo esta arte. O Suindara, conheci ano passado, também dentro da programação do arraial junino municipal, e me impressionou muito a dramaturgia, a trama bem amarrada. Este ano não foi diferente. 

O tema trazido pelo grupo foi "Tragédia no Seringal", ambientada na Amazônia da Belle Époque. E por aí vai! O Teatro de Pássaro segue essencial, educando e encantando novas gerações. É preciso, porém, um olhar mais cuidadoso, política pública e espaços de apresentação.

11.7.24

Basa dá início aos trabalhos com a Rouanet Norte

O Banco da Amazônia anunciou os três primeiros projetos que serão patrocinados pela instituição pelo edital Rouanet Norte. O evento realizado nesta manhã de quinta-feira, 11, contou com a presença da Ministra Margareth Menezes, outras autoridades, artistas e produtores culturais; e encerrou com apresentação surpresa do Boi Pavulagem. 

A iniciativa inédita, que destina recursos da Lei Rouanet exclusivamente para projetos e produtores da região Norte, representa uma conquista histórica. Em mais de 30 anos desde a criação da lei, é a primeira vez que um edital como este é realizado. 

Estiveram presentes no dispositivo da cerimônia desta manhã, além da ministra da Cultura, Margareth Menezes e do presidente do Banco da Amazônia, Luiz Lessa; o titular da Secretaria de Economia Criativa e Fomento Cultural do Ministério da Cultura, Henilton Menezes e a gerente da Central de Marketing e Comunicação do Banco da Amazônia, Ruth Helena Lima e a presidente da Fumbel, Inês Silveira. 

Ao todo, 125 projetos foram selecionados, com um aporte de 24 milhões de reais, sendo 6 milhões de cada uma das estatais envolvidas: Banco da Amazônia, Banco do Brasil, Correios e Caixa. 

“Queremos mostrar que é possível alterar a realidade das instituições centralizadas historicamente em apenas dois estados brasileiros. A partir desse ato,  a Rouanet está de fato nacionalizada. Fazendo assim, com que todos tenham acesso à esses recursos. A Região Norte precisa ter acesso à oportunidade de fomento para que o setor público cultural cresça. Essa região surpreende o Brasil por cada ação de cultura e artística que a gente reconhece e mostrando a diversidade e potência da criatividade do nosso povo, com as suas particularidades”, pontua a ministra da Cultura, Margareth Menezes.

Os três primeiros projetos patrocinados são:

Esse Rio é a Minha Rua: Proposto pelo grupo Palhaços Trovadores, levará espetáculos, oficinas e formação teatral para Breves, Curralinho, Portel e Afuá, na Ilha de Marajó.

Rodando com Carimbó: Idealizado por Joanna Gwendolyn Denholm, promoverá a circulação do carimbó por 10 municípios paraenses, valorizando e disseminando esse patrimônio cultural.

Tó Teixeira - Mergulho na Vida e Obra: Proposto pela Kamara Kó Fotografias Ltda, será uma exposição híbrida sobre o compositor negro paraense Tó Teixeira, no Museu da Imagem e do Som (MIS) em Belém.

São 14 iniciativas do Amapá, 33 do Pará, 14 do Acre, 20 do Tocantins, 14 de Roraima, 15 do Amazonas e 15 de Rondônia. O formato bem sucedido aqui no Norte, será aplicado “também nas regiões Nordeste e Centro Oeste”, afirmou Margareth Menezes.

Centro Cultural do Basa inaugura em 2025

Luiz Lessa, presidente Banco da Amazônia deu uma outra boa noticia para o setor cultural, a criação do primeiro centro cultural do banco, que também vai manter espaços culturais em diversas outras agencias espalhadas pela região. 

A inauguração do Centro Cultural Banco da Amazônia está prevista para 9 de julho de 2025, celebrando o 83° aniversário da instituição. "E estará localizado no prédio sede, na Avenida Presidente Vargas, um dos principais corredores culturais de Belém", ressalta Lessa. 

10.7.24

Show com acessibilidade em Belém e Mosqueiro

O cantor e compositor com deficiência Márcio Moreira está de volta a Belém para mais duas apresentações. Nesta quarta-feira (10), às 20h, no Teatro do CCBEU. E na sexta, 12, abrindo os trabalhos do final de semana no Coreto da Vila, em Mosqueiro, às 21h. O show promete ser um esquenta para o verão na Ilha. Com a pegada de trio elétrico, sucessos como “A Luz de Tieta” e “Beleza Rara” já estão garantidos no repertório.

A vinda do paraense, que hoje mora no Rio de Janeiro, à terra natal, também é motivada pela gravação do clipe da música “Areia”, uma composição de Ricardo Rocha produzida por Luiz Lopez. Este é o primeiro Carimbó da carreira do artista, que escolheu Ver-O-Peso, Estação das Docas e Praça do Relógio, entre outros pontos turísticos, como cenários do clipe. 

“É um desejo de mostrar para o Brasil as belezas da minha cidade. Quero apresentar a minha Terra para o resto do País. Um Brasil que o Brasil desconhece”, destaca Márcio. Para fomentar a inclusão, o clipe traz também um casal de dançarinos com Síndrome de Down como protagonistas. O pré-lançamento da música já está garantido nos shows desta temporada pela cidade.

 Inclusão por meio da música

O Show Interno apresenta um trabalho que tem a acessibilidade como ponto focal. A proposta é levar as Pessoas com Deficiência (PcD) para dentro de espaços culturais e proporcionar uma experiência acessível para todos os públicos, uma bandeira de luta do artista. 

Cheio de poesia e swing, a apresentação terá como convidados as pessoas com deficiência intelectual e múltipla da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de Belém e da Associação Paraense das Pessoas com Deficiência (APPD) e Associação de Surdos de Ananindeua (Asan). 

Ao público, Márcio apresenta um repertório com canções poéticas e autorais, músicas do seu primeiro disco (“Repartir”), clássicos paraenses, além do resultado da mais recente parceria musical de Márcio Moreira com o cantor João Cavalcanti: a música “Desacato à Geografia”, dedicada aos amigos que estão longe. Outro destaque do show é a banda composta exclusivamente por mulheres, bem como as vozes femininas de Camila Barbalho, Gigi Furtado e Iva Roth, como participações especiais no show.

Para fomentar ainda mais a proposta de ocupar lugares de arte com deficientes, o show contará com acessibilidade arquitetônica, por meio de rotas acessíveis, com espaço de manobra para cadeira de rodas, rampas e elevadores adequados. Além disso, durante todo o espetáculo, haverá intérpretes da Língua Brasileira de Sinais (Libras) e recepcionistas para auxiliar na mobilidade dentro do espaço no teatro. Também foram contratados profissionais com deficiência e profissionais especializados em acessibilidade cultural.

O show Interno tem fomento cultural do Governo Federal, por meio do Ministério da Cultura; da Prefeitura de Belém, por meio da Fundação Cultural de Belém (FUMBEL) e da Lei Paulo Gustavo.  O apoio é da Fundação Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa (Fadesp).

Equipe Técnica 

Produção Geral: Márcia Tupinambá

Assessoria de Comunicação: Ize Sena 

Designer Gráfico: André Butter

Fotógrafo: Matheus do Nascimento Souza

Intérprete Libras: Tatiana Brito Mota, Ana Catarina Pinheiro Miranda

Recepção Acessibilidade: Stefanie Azevedo Maciel

Assessoria Contábil: Patrícia Passos da Costa Nascimento

Técnico de áudio e Som: Silvio Amorim

Serviço

Márcio Moreira apresenta o show INTERNO

Data: 10 de julho, quarta-feira

Horário: 20h

Local: Teatro do CCBEU

Endereço: Tv. Padre Eutíquio, 1309 

Ingressos gratuitos: https://www.sympla.com.br/evento/show-interno/2490855

Data: 12 de julho, sexta-feira

Horário: 21h

Local: Coreto da Vila

Endereço: Praça da Vila, Mosqueiro

Aberto ao público

5.7.24

Banda Floramor apresenta "Florescer Sagrado"

Fotos: Marilinda Barros
Manifesto em forma de canção que celebra a força e a beleza do feminino na música, no cenário autoral e do reggae paraense, a banda apresenta o show nesta sexta, 5 de julho, às 21h, na Kasa Mazé, em Belém.

Composta por Mayara Coimbra, Diogo Craveiro, Charles Santana, Ricardo Silva e Dayvid Campos,a banda traz um repertório que exalta a musicalidade paraense e o reggae, convidando o público a refletir sobre a importância e o poder das mulheres na música e na cultura local.

Mayara Coimbra, vocalista da banda, destaca a importância do empoderamento feminino na música, especialmente na cena autoral e reggae de Belém. "A música, principalmente esses gêneros, ainda é um universo majoritariamente masculino. Este show é uma forma de quebrar esse estigma e mostrar que as mulheres têm um lugar essencial e poderoso nesse cenário. Queremos inspirar outras mulheres a se expressarem através da música e a reivindicarem seus espaços."

Diogo Craveiro, guitarrista da banda, compartilha suas expectativas para o show e o que o público pode esperar. "Estamos muito animados para essa apresentação. O público pode esperar uma noite de muita energia, emoção e reflexão. Nosso repertório foi cuidadosamente selecionado para celebrar o feminino e o poder transformador da música. Será um momento de conexão e celebração para todos."

Ricardo Silva, baterista da Floramor, fala sobre a importância de os homens abrirem espaço para que mais mulheres possam adentrar no universo musical. "Nós, homens, temos um papel fundamental em apoiar e incentivar a participação feminina na música. É essencial reconhecer que, muitas vezes, as mulheres têm um destaque ainda maior que os homens, mas precisam lutar duas vezes mais para mostrar o seu talento. Estamos aqui para ajudar a mudar essa realidade e garantir que mais mulheres tenham a oportunidade de brilhar."

O show terá participação especial de Melyssa Albuquerque, cantora e compositora de música romântica e black music nacional e internacional. Natural de Marabá, Melyssa se apaixonou pela música ainda criança e atua profissionalmente desde 2022, apesar de estar envolvida com projetos artísticos desde os 13 anos. Ela se destacou no Festival de Música Popular Paraense em 2019 e no reality show "A Voz da Noite" em 2021, onde mostrou seu talento e dedicação à música.

Adriana Guedes, conhecida como Lady Dri, também será uma das estrelas da noite. Cantora de Belém desde 2005, Lady Dri iniciou sua carreira como Drika Guedes, passando por bandas como Naticongo e Tropical Reggae. Em 2019, lançou o projeto Lady Dri e, em 2021, iniciou uma parceria com a Marambaroot's, trazendo sua voz marcante e presença de palco para o evento.

A animação da festa ficará por conta da DJ France Almeida, uma artista que promove o empoderamento feminino e celebra a cultura reggae através de sua música e eventos. France deixa sua marca por onde passa, garantindo uma noite vibrante e inesquecível.

O evento "Florescer Sagrado" é realizado pela Floramor, com patrocínio do edital Cultura Livre, via Fundação Cultural do Pará e Governo do Estado. Os ingressos são colaborativos, com valor mínimo de R$ 5,00, permitindo que todos possam participar desta celebração única.

Serviço

Evento: Florescer Sagrado

Data: 5 de julho

Hora: 21h

Local: Kasa Mazé, Padre Eutiquio 2374, Entre São Miguel e Fernando Guilhon (Batista Campos) 

Ingressos: Colaborativos, valor mínimo de R$ 5,00

4o Marahu Lab abre inscrições para projetos

Reforçando a importância das Narrativas Amazônidas contadas pelos próprios habitantes da região, a 4ª edição do Marahu Lab ocorrerá de 24 a 27 de setembro de 2024, no Centro de Cultura e Turismo Sesc Ver-o-Peso, em Belém. As inscrições para o seu Laboratório de Desenvolvimento de Projetos são gratuitas e podem ser realizadas online até 28 de julho de 2024 no site marahu.com

O evento promete ser um espaço de formação, conexões e trocas de saberes entre os profissionais do audiovisual do Norte do Brasil.  Desde sua primeira edição em 2019, o Marahu Lab tem se dedicado ao desenvolvimento de projetos de ficção e documentário de realizadores da região Norte, oferecendo também programações abertas ao público através de painéis e masterclass, além de oportunidades de networking. 

O evento deste ano, que será totalmente presencial, visa a ser um propulsor para que novos participantes tragam suas histórias, sonhos e narrativas únicas, aprimorando ainda mais o cenário audiovisual amazônico. O objetivo do Marahu Lab é fornecer as ferramentas necessárias para que essas histórias ganhem vida e visibilidade, contribuindo para a valorização da cultura local. 

Com o apoio do Sesc Ver-o-Peso e do Projeto Paradiso, a 4ª edição do Marahu Lab se consolida como uma iniciativa essencial para o aperfeiçoamento profissional do setor audiovisual na região Norte, promovendo o desenvolvimento e a formatação de projetos de cinema e televisão. O evento é organizado pela produtora independente Marahu Filmes e patrocinado pela Secretaria de Cultura do Estado Pará (Secult). 

Serviço

Sesc Ver-o-Peso receberá a 4ª edição do Marahu Lab 

Inscrições: até 28/07/2024 no site marahu.com 

Data de realização: 24 a 27/09/2024 

Local: Centro de Cultura e Turismo Sesc Ver-o-Peso (Boulevard Castilhos França, 522/523 - Campina) 

Informações: (91) 3084-0472 (Centro de Cultura e Turismo Sesc Ver-o-Peso) 

Site: sesc-pa.com.br 

3.7.24

Inscrição para programa de gestores encerra sexta

Encerra nesta sexta-feira (05.07) o prazo de inscrições para o “Gestores em Movimento” em Belém. O programa visa à capacitação de músicos, estudantes de música e administradores da área cultural em gestão de teatros, orquestras e salas de concerto. As inscrições são gratuitas e os interessados podem realizar a inscrição no site www.gestoresmovimento.com.br. O resultado será divulgado no dia 15 de julho.

O programa oferece 30 vagas para aulas presenciais e online. O primeiro módulo será presencial, no período de 25 a 30 de julho, na Fundação Amazônica de Música, localizada na Av. Governador Magalhães Barata, 1022, no bairro de Nazaré.

Idealizado e coordenado pelo maestro e compositor João Guilherme Ripper, o programa associa conhecimentos musicais, programação artística, administração, planejamento artístico e orçamentário, produção e pós-produção. “Em cada lugar que vamos, adaptamos a capacitação à realidade local. Em Belém, consideramos as várias instituições, como escolas de música e teatros, além das diversas manifestações musicais e culturais. Incorporamos esses elementos nas nossas discussões, juntamente com outras questões trazidas pelos participantes, para que o ‘Gestores em Movimento’ seja o mais proveitoso possível”, destaca o maestro.

O “Gestores em Movimento” tem o patrocínio do Instituto Cultural Vale, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, e é dividido em três módulos, abrangendo temas como produção cultural, escolha de repertórios, planejamento artístico e orçamentário, formatação de projetos nas Leis de Incentivo, comunicação, captação de recursos, noções básicas de economia da cultura, entre outros.

No primeiro módulo, que será realizado no próximo mês, serão realizadas palestras, culminando na divisão dos participantes em equipes para a criação das salas-oficinas. O segundo módulo, previsto para agosto (05 e 23/8), de forma online, será dedicado à tutoria e ao acompanhamento das salas em seu trabalho de elaboração, programação e produção dos concertos que serão apresentados na conclusão.

Já o terceiro e último módulo, denominado "Festival Gestores em Movimento", proporcionará aos participantes a aplicação prática dos conhecimentos adquiridos durante a capacitação. Eles serão responsáveis pela organização dos concertos, incluindo programação, produção, divulgação e condução do evento. O Festival Gestores acontecerá nos dias 30 e 31 de agosto e 1º de setembro de 2024 em Belém, encerrando a segunda edição do programa Gestores em Movimento na capital paraense.

Para maiores informações visite o site www.gestoresmovimento.com.br e o Instagram @gestores.em.movimento.

Serviço

O que: Inscrições gratuitas para o Programa Gestores em Movimento em Belém

Quando: até 05 de julho de 2024.

Onde: www.gestoresmovimento.com.br

Público-alvo: músicos, estudantes de música e administradores da área cultural.

Esse é o do encerramento das inscrições.

(Informações da assessoria de imprensa)

2.7.24

"As Origens da Lambada" no canal de Youtube

O documentário conta o nascimento da Lambada no Pará durante a década de 70, um gênero musical que ganhou fama mundial. O projeto, patrocinado pelo edital Natura Musical, através da lei estadual de incentivo à cultura do Pará (Semear), com apoio da Fundação Cultural do Pará e do Governo do Pará, estreia na internet nesta quarta-feira, 03 de julho.

Após ser exibido no festival internacional de documentário musical In-Edit 2023 e na TV aberta, o filme de Félix Robatto e Sonia Ferro será lançado online às 9 horas. Dirigido pelo guitarrista e pesquisador musical Félix Robatto e pela jornalista e produtora cultural Sonia Ferro, o documentário narra um capítulo significativo da música brasileira, acompanhado pelas músicas de Robatto.

O documentário inclui cenas gravadas em outubro de 2019 durante o Festival Lambateria em Belém do Pará.  “O projeto inicial era o meu DVD e teríamos entrevistas sobre a Lambada como extras. Quando percebemos a riqueza dos depoimentos dessa história que ainda é muito desconhecida, decidimos transformar o DVD em um documentário e usar minhas músicas para embalar o filme”, explica Robatto. 

O filme apresenta depoimentos de figuras fundamentais da Lambada, incluindo técnicos de som, produtores e músicos como Pinduca, conhecido como o Rei do Carimbó e o primeiro a lançar uma música do gênero, o produtor musical Jesus Couto, o radialista Waldo Souza, e o baiano Luiz Caldas.

"Este documentário vai além de registrar nossa cultura; ele dá crédito aos mestres que criaram a Lambada, contada por quem realmente viveu a época," diz Sonia Ferro. "Foi incrível ver as histórias se complementando e esclarecendo o surgimento da Lambada, com informações valiosas das fichas técnicas dos discos."

"As Origens da Lambada" já foi exibido no Festival In-Edit 2023 e na TV Cultura do Pará e agora está disponível no canal do YouTube do artista. O documentário foi selecionado pelo edital Natura Musical, junto a projetos como Azuliteral, Daniel ADR, Raidol e Festival Elas no Comando. Até 2021, a plataforma apoiou mais de 75 projetos no Pará, incluindo Manoel Cordeiro, Dona Onete, Pinduca e Thaís Badú.

Félix Robatto é fundador da banda La Pupuña em 2004, produtor musical, que assina o CD "Treme" de Gaby Amarantos, indicado ao Grammy Latino 2012, e o quarto CD de Lia Sophia. Fez a direção musical do primeiro DVD do Mestre Vieira, criador da Guitarrada. Seu álbum solo "Equatorial, Quente e Úmido" foi lançado em 2015, seguido de "Belemgue Banger" em 2016. O músico também criou a festa Lambateria e fundou o Clube da Guitarrada, em 2018. Em 2022, dirigiu o álbum "Gaby Amarantos canta Tecnoshow", vencedor do Grammy Latino 2023 de Melhor Álbum de Raiz em Língua Portuguesa.

Serviço

Lançamento do documentário “As Origens da Lambada”. No Canal de Youtube Félix Robatto. Nesta quarta, 03 de julho de 2024 (quarta-feira), às 9 horas. Mais informações: @felixrobatto e @lambateria

1.7.24

Dica: workshop “Produzindo Podcast com Celular”

Rodolpho Sanchez ministra um workshop de podcast produzido com celular, nos dias 2 e 3 de julho, no Sesc Ver-o-Peso. Inscrições  gratuitas no Sesc Ver-o-Peso - Boulevard Castilho França - Bairro da Campina. Os encontros acontecerão das 18h às 21h. 

O podcast tem se mostrado uma nova mídia social, um meio de informação e entretenimento. O Brasil é um dos países que mais ouve o formato no mundo segundo o Global Web Index, empresa de pesquisa de público. 

“Uma das principais plataformas de áudio, o Spotify, disponibiliza de forma gratuita a possibilidade de ter um canal no seu site. Hoje em dia todo mundo tem um celular com acesso a internet, então o custo é zero pra começar a compartilhar suas ideias e visão de mundo”, comenta o radialista e produtor Rodolpho Sanchez. 

O workshop além de mostrar como gravar, editar e disponibilizar o conteúdo nas principais plataformas de áudio, também abordará o processo de criação, da produção do roteiro a divulgação nas redes sociais. 

Rodolpho Sanchez é radialista, criou e apresentou por três anos, junto com a jornalista Lohana Assunção, o “Égua do Programa” na Rádio Sorriso FM em Icoaraci, periferia de Belém. Ministrou aula no curso técnico de Rádio e TV da Escola de Comunicação Papa Francisco, no Projeto Cenas de Paz da Fundação Paraense de Radiodifusão – FUNTELPA. Atualmente mora em São Paulo onde concluiu o curso de locução pelo SENAC e Educomunicação pela USP.

Serviço

Workshop Produzindo Podcast com Celular - Importante: É necessário levar celular e fone de ouvido. 

Local: Sesc Ver-o-Peso (Boulevard Castilho França, 522/523 – Campina)

Data: 02 e 03 de julho (terça e quarta-feira). 

Hora: 18h às 21h.  

Mostra a céu aberto para ficar perto do Olympia

Olympia de Rua em junho
Fotos: Oswaldo Forte
As obras de requalificação iniciaram em março e a expectativa para a reinauguração aumenta, mas isso só vai ocorrer em 2025. Enquanto isso, a ideia é levar o público para perto do cinema, oferecendo uma nova experiência, neste domingo, 7 de julho, a partir das 18h.

O Olympia de Rua é iniciativa da Prefeitura de Belém e do Instituto Pedra. Até 2025, antes da reinauguração do cinema, serão realizadas 10 sessões gratuitas, na rua, bem em frente ao cinema, que fica próximo à Presidente Vargas e do Theatro da Paz. É neste lugar que o público vai conferir, neste domingo, mais cinco filmes de diretores de Belém, com a curadoria de Marco Antônio Moreira, presidente da Associação de Críticos de Cinema do Pará – ACCPA. 

A sessão abre com o vídeo clipe “Arraial Do Pavulagem – Boi Da Estrela” (2024), com argumento e direção de Leandro Moreira e Junior Soares. Depois vamos curtir as animações “Contos Mirabolantes – O Olho Do Mapinguari”, de Andrei Miralha e Petronio Medeiros; e “Apoptosis” (2023), de Brenda N. L. Bastos; além de “Ribeirinhos do Asfalto”, de Jorane Castro;  e “Olhares do Norte Pará – Episódio 1 - Miguel Chikaoka”, documentário de Fernando Segtowick. 

Faça lua ou chuva, na dúvida leve sua cadeira

A primeira mostra foi realizada no domingo dia 9 de junho, mesmo debaixo de chuva. As 100 cadeiras disponibilizadas foram ocupadas. Nesta segunda edição, que inicia às 18h, também haverá 100 lugares disponíveis para sentar, por isso se atrasar, a dica é levar a sua própria cadeira. O público também terá à disposição uma estrutura coberta, banheiros químicos, equipe de segurança e primeiros socorros, intérprete de LIBRAS, além de sistemas profissionais de projeção e som. 

O evento contará com representantes da Prefeitura de Belém, do Instituto Cultural Vale, do Banco da Amazônia e do Instituto Pedra, instituições parceiras do projeto. “Além de ser um ótimo programa cultural e uma oportunidade de conhecer mais sobre a cinematografia paraense, esses encontros serão uma forma de manter o público belenense e todos os fãs do cinema por dentro das atualizações do processo de restauração. O retorno do Olympia em 2025 já é uma realidade e todos estão convidados a participar desse processo”, ressalta Luiz Fernando.

A requalificação do Cinema Olympia

Visita à obra em 24/04, 112 anos do Olympia
Foto: Holofote Virtual/LM
Várias frentes compõem esse trabalho, entre eles a restauração e modernização tecnológica do espaço – incluindo medidas de acessibilidade –, a elaboração de um plano de manutenção, gestão e programação cultural, além da realização de um programa educativo com visitas monitoradas e a produção de um videodocumentário sobre a história do próprio Cinema Olympia.

A gestão do projeto de requalificação do Cinema Olympia é feita pelo Instituto Pedra, em parceria com a Prefeitura de Belém, por meio da Fumbel – Fundação Cultural do Município de Belém, e apoio do IPHAN, com patrocínio master do Instituto Cultural Vale e copatrocínio do Banco da Amazônia, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. O projeto também foi selecionado pelo edital Resgatando a História, do BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento.

Serviço

Mostra de Cinema Olympia na Rua

Quando: 2ª edição será domingo, 7 de julho de 2024, às 18h

Local: Rua Arcipreste Manoel Teodoro, 918, Campina (em frente ao Cinema Olympia)

Entrada: gratuita e por ordem de chegada

Lotação: 100 pessoas sentadas

Intérprete de LIBRAS: sim

Classificação: Livre