27.12.16

Nelson Carvalho abre a 1a exposição de desenhos

O arquiteto, professor e desenhista abre sua primeira exposição individual, “Fronteiras Cambiantes”, nesta quinta-feira, 29 de dezembro, às 19h, na Casa do Fauno. O vernissage conta com a música instrumental do Trio Jazzvairado, formado por Bob Freitas (guitarra), Cássio Lobato (bateria) e Mário Jorge Garcia (baixo), trazendo no repertório, jazz e musica brasileira. Na Rua Aristides Lobo, 1061, Belém - PA.

Feliz quando soube que o Nelson Carvalho iria fazer uma exposição. Muitos dos amigos acabam vendo nascer seus desenhos. A cidade tanto como inspiração quando de atelier. Já tinha visto outros desenho dele postados nas redes sociais. Os traços chamam atenção. Fui encontrá-lo para uma entrevista.

Assim que cheguei, no apartamento do 14º andar, no Manoel Pinto da Silva, para um bate papo sobre a exposição, Nelson Carvalho me disse que estava tenso e ansioso, mas feliz. “Fronteiras Cambiantes vem fechar um ciclo. Isso levou muito tempo para acontecer, poderia até ter acontecido antes, mas enfim, acho que é o momento legal e estou curtindo a ideia”.

Era sábado, 17 de dezembro, 13h.  O artista estava na cozinha preparando ele mesmo uma deliciosa caldeirada para o almoço. Habilidades com as mãos não apenas para o desenho, mas também para a gastronomia.

Ele continua. “Faz muito tempo que desenho. Há dez anos, eu diria que de forma mais consistente. Eu já desenhava antes disso, mas agora é diferente, existe uma questão de honestidade do traço que se manifesta de um jeito muito verdadeiro. Uma verdade construída, a partir do meu contato com a arquitetura, que se mostra evidente no meu desenho, ela é real”.

Um mapa sentimental da cidade 

Já na varanda do apartamento... Vento forte, tendo a frente, no campo de visão, o rio Guamá, o Theatro da Paz, a Praça da República e os túneis vultuosos de mangueiras nas avenidas Presidente Vargas e Nazaré, como não se inspirar, penso.

Nelson desenha de memória. Em seus desenhos surgem fachadas antigas, visões de um patrimônio arquitetônico e praças, tudo riscado a nanquim, um emaranhado de imagens traçadas, traduzindo a cidade sob o prisma de um olhar privilegiado.

A exposição reúne mais de vinte imagens que se remetem às andanças dele pela orla, nas entranhas dos bairros históricos ou pelo centro da cidade, em que foi percebendo as edificações em contextos arquitetônicos e paisagísticos que o estimularam a desenhar.

“Eu me meto pelos becos, pealas ruas mais estranhas, não são lugares que o turista vai, mas que o viajante vai e faz uma imersão. Essa Belém que desenho hoje é aquela de quando eu moleque andava de skate, pela cidade. É ela que te produz e te alimenta, ela te captura, é um personagem. É o meu mapa sentimental com essa cidade, é meu olhar curioso. São as minhas fronteiras, que estão sempre mudando e me permitindo experimentar cada vez mais”, diz o artista.

“Fronteiras Cambiantes” traduz, a bico de pena, as expressões arquitetônicas e oníricas de uma cidade filtrada pelo olhar do artista, desde a infância. Nascido no Piauí, veio para Belém ainda criança.

“Belém me construiu como pessoa, é minha referência, é vital para minha existência, ela que me faz existir como arquiteto, artista e alguém que olha para a cidade tentando traduzir o que vê. É o que vai aparecer nos desenhos”, diz o artista.

Na adolescência, entre as décadas de 80 e 90, percorria as várias ruas da cidade, descobrindo cada canto, como até hoje. “Existem umas fronteiras que estou visitando agora, mas que já visitava desde moleque, quando podíamos andar livres pela cidade. Eu olhava pra dentro da casa das pessoas, tentando reconhecer minha própria casa, dos amigos, dos vizinhos. Não conseguia compreender o que eu estava fazendo, era curiosidade, olhar e reconhecer o outro, as pessoas”, lembra.


Arquitetura, patrimônio, desenhos

A carreira de arquiteto de Nelson Carvalho foi impulsionada no final dos anos 1990 com a menção honrosa recebida em concurso nacional para reforma do complexo do Ver-o-Peso. 

“Não levamos o primeiro lugar, mas fomos o único projeto classificado na região norte”, comenta o arquiteto que acabou trabalhando na implantação do projeto vencedor, que até hoje está vigorando", conta.

Foi a partir daí também, que ele acabou sendo levado a trabalhar em vários projetos na área do patrimônio. Nelson atuou também como arquiteto nas obras do Memorial dos Povos, Palacete Bolonha, Palacete Pinho, Ver-o-Rio, enfim, em obras da prefeitura situadas do Tucunduba ao centro da cidade de Belém do Pará.

“Isso tudo que obviamente vem bater na minha memória e no meu encontro com a cidade. Desencadeia um olhar diferente que, de forma intuitiva, somado a outros momentos, resultam, com habilidade de traço, nestes e muitos outros desenhos”, reflete.

Sobre suas influências, para além da arquitetura, Nelson Carvalho diz que são vastas. “PP Condurú, Paulo Ponte Souza, Emmanuel Nassar, Emanuel Franco. Vou ver o trabalho dos meus amigos, estudo filosofia, fotografia. E fico pensando que o desenho que faço é resultado do meu encantar com tudo, e consegui compreender que posso me apropriar de Belém e dizer mais dela, através do meu traço”.

O arquiteto, na Casa do Fauno

Nelson Carvalho já morou no Bairro do Reduto por três vezes. “Adoro esse bairro, diz muito sobre Belém”, comenta como quem está de volta ao Reduto, agora, não só pelas caminhadas que ainda costuma fazer ou pela exposição que ficará aberta à visitação até fevereiro, mas porque há um traço dele a mais na Casa do Fauno, um casarão localizado na Aristides Lobo, bem no coração do bairro.

O arquiteto, professor e desenhista, depois de formado, trabalhou produzindo, por dez anos, arquitetura de interior. “Uma micro arquitetura, experiência que durante um tempo foi fundamental pra mim, até que não quis mais e resolvi mudar o rumo das coisas. O que faço hoje, neste sentido, vem de escolhas minhas, como a de fazer a Casa do Fauno”, comenta.

Inaugurada há três meses, no dia 29 de setembro, a Casa do Fauno passou por um processo de ressignificação, um trabalho arquitetônico de interior conduzido por Nelson Carvalho, em parceria com Cleide Cunha, proprietária da Casa do Fauno, e Clodoaldo Cunha, engenheiro responsável pelas obras. Nada mais justo do que fazer a primeira exposição neste espaço.

“Imagina pegar uma casa antiga e fazer uma transformação naquele ambiente, e propor uma retomada de uso, dando a ele outro sentido e socializando o lugar. É uma casa lindíssima, um lugar fantástico. Fui um facilitador do que tinha que ser feito ali, e isso me enche de orgulho. É um lugar que eu recomendo, e tem tudo a ver com o que as pessoas vão ver na exposição, só que com a lógica do desenho”, continua Nelson Carvalho.

O desenho como assinatura 

Nelson conta que olhar arquiteturas do sec XVII, XVIII, XIX, convivendo ali numa simbiose, lhe remete à liberdade que tanto lhe interessa e que está refletida na exposição.  “Talvez a gente não reconheça de cara, nem todos os desenhos são tão evidentes, alguns são muito livres, meio malucos”, brinca.

“Alguns são abstração pura, mas também são exercícios para uma gramática de desenho, uma assinatura de desenho, um jeito de dialogar com meus demônios”, reflete, enquanto vai me mostrando alguns desenhos.

Olho ao redor. Acompanham a entrevista o artista plástico e amigo Paulo Ponte Souza, o músico Carlos Canhão Brito, além da namorada de Nelson, a Tarsila, e os filhos de Nelson, Pedro e Caio. Nas paredes obras de P.P. Condurú, do próprio Paulo, de Miró. Na estante há livros de filosofia e arte, arquitetura e música, discos. Seriam estes seus demônios? Melhor não perguntar. 

Quero saber se ele espera receber muitos amigos que com certeza acompanham a trajetória dele, principalmente agora, com os compartilhamentos que tem feito pelas redes sociais. “Convidei meus alunos, pessoas do meu universo próprio e que me veem desenhando sempre, por aí. Quero ganhar abraços de todos . É real, podem vir que vou adorar”, decreta.

Serviço
“Fronteiras Cambiantes”, exposição de Nelson Carvalho. Abertura às 19h. Show do Trio Jazzvairado, a partir das 22h. Happy Hour das 17h às 20h. Casa do Fauno - Rua Aristides Lobo, 1061, entre Benjamin e Rui Barbosa. Entrada para os shows ao vivo: R$ 10,00 (na conta). Informações e reservas: 91 9 9808-2322.

21.12.16

André Macleuri mostra novo trabalho em 2017

André Macleuri, com o Guitarada Açu, no RJ
(Fotos: acervo do artista e do blog)
André Pereira de Souza e Souza, 37, músico paraense, mais conhecido no meio musical de Belém, como André Macleuri, está se preparando para dois grandes momentos em 2017, ser pai e lançar o primeiro disco solo. Ao vê-lo tocando, mais recentemente, num espaço cultural de Belém, para o qual foi convidado a apresentar seu trabalho autoral, percebi que havia algo de novo no horizonte do músico. O músico, multi instrumentista, ele bateu um papo com o blog e falou de sua trajetória e de sua pesquisa sobre guitarrada, que o levou a desenvolver a obra “Suite Guitarradas Amazônicas”.

O projeto, contemplado com bolsa de pesquisa, criação e experimentação artística do hoje extinto Instituto de Artes do Pará, em 2009, traz os estudos sobre a guitarrada, que aproximaram André Macleuri do maior ícone do estilo, o músico guitarrista Joaquim de Lima Vieira, conhecido do início dos anos 2000 pra cá, como Mestre Vieira. 

Em 2009, eu e Macleuri nos encontramos em uma das apresentações mais emocionantes do guitarreiro, em um domingo de setembro, na Praça Batista Campos. Descobrimos um interesse em comum. Fazíamos registro de Vieira para nossos projetos e pesquisas desenvolvidos com a guitarrada. Tem um vídeo campeão de audiência no Youtube, acessem aqui.

Ensaios de Mestre Vieira e Conjunto, Fábrika Studio (2015)
Desde então sempre estivemos em eventos ligados a guitarrada até que em 2012, André participou da gravação do “DVD Mestre Vieira 50 Anos de Guitarrada”, no Theatro da Paz. 

Em 2014, entrou para abanda de Mestre Vieira, em um concerto realizado antes da primeira viagem do grupo intitulado Mestre Vieira e Seu Conjunto Musical. André acompanhou o mestre no Porto Musical, em Recife (PE) e no lançamento do CD Guitarreiro do Mundo, em 2015, em Belém e no Rio de Janeiro, além da apresentação realizada em setembro do ano passado, em Brasília. 

André Macleuri agora tenta focar em seu trabalho. E entrando em cena o artista solo, sai de cena a Guitarrada-açu, banda que chegou a circular e participar de shows em outros projetos como o Música na Estrada em 2011 e Mostra Terruá Pará,  além dos shows no Samba Rock Café no Rio de Janeiro e na Black Soul Samba, em Belém. “A banda Guitarrada-Açu surgiu, a partir do projeto mencionado anteriormente e já está algum tempo em recesso, provavelmente não darei mais continuidade”, diz.

Para a produção de um álbum solo, André diz que não faltam músicas. Depois de ter passeado pelo universo da guitarra, tanto pelo viés da pesquisa, quanto da prática, o músico diz já ter muitas prontas, o problema agora seria escolher quais entram e quais ficam de fora.

Guitarrada Açu em ação
“Tenho uma produção musical muito diversificada, penso que seria mais fiel comigo mesmo e com o público fazer um trabalho com meu próprio nome e sem distinção de gênero musical, tudo junto e misturado mesmo, é um processo que estou amadurecendo”, comenta.

André produz em casa num home stúdio, onde vem trabalhando gravações novas e mixagens de músicas já gravadas, além de estudar estratégias de divulgação. “Componho e produzo minhas músicas de forma individual, mas ter um trabalho com uma banda para tocar minhas músicas é uma meta”, alerta. “Também tenho trocado arquivos e opiniões com pessoas que também fazem suas produções e divulgações independentes para chegar a melhor conclusão do que fazer”, diz.

O músico conta que tem um processo criativo variável. “Às vezes levanto de manhã ou de madrugada já com uma melodia ou a música toda na cabeça. Em outras, induzo o processo criativo a partir de uma pesquisa”, comenta.  

Pergunto sobre suas influências e ele acha que é uma resposta difícil de dar, pois são muitas. “Acho que o mais importante numa música é o que ela lhe causa. Também houve várias fases de interesse, uma pelo jazz, outra pela bossa, acho que o que me marcou bastante foi o hard rock e o rock progressivo”, confessa.

André Macleuri
Holofote Virtual: Quando foi a primeira vez que a vontade de ser músico te chamou atenção?

André Macleuri: Quando eu já conseguia acompanhar muitas músicas à “bateria”, que na época era um jogo de vasilhas para mantimentos como tambores e um escorredor de louças como prato, depois substituídos pelo sofá.




Holofote Virtual: Tocas vários instrumentos, mas podemos dizer que teu ‘xodó’ é a guitarra?

André Macleuri: Creio que não, por ter sido o primeiro instrumento, o xodó é a bateria, depois vieram violão, baixo e guitarra, respectivamente.

Holofote Virtual: A gente se conheceu por causa de um interesse em comum, o Mestre Vieira. Quando inicia a tua pesquisa tendo-o como referencia?

André Macleuri: Só fui descobri de fato a importância de Mestre Vieira na pesquisa que realizei em 2009 sobre guitarradas, chamado Suíte Guitarradas Amazônicas, cujo resultado foi uma obra composicional composta por sete músicas, gravadas e escritas em partituras e textos que descrevem o processo.

Ele é, sem dúvida, o mais importante e mais influente ícone da Guitarrada. Posso dizer que 80% de referência para as composições de Guitarrada que fiz, bem como de conteúdo de pesquisa, vem de e sobre Mestre Vieira, e acho que isso foi algo natural, porque ele possui maior produção e, portanto, mais história nesse universo musical. 

Entre LPs, Mestre Vieira, Bruno Rabelo e Canhão (Na 
Discosaoleo, durante ensaio para um show de bolso - 2014)
Holofote Virtual: Porque você escolheu a guitarrada...

André Macleuri: Existe todo um repertório de guitarrada da década de 1980 que me causa um saudosismo muito bom: há músicas que onde quer que eu ouça me congelam, me remetendo a memórias e paisagens daquela época; lembranças da infância. Esse sentimento, que me levou naturalmente a curiosidade de conhecer melhor a história, aliado ao BOOM da guitarrada que estava acontecendo em Belém, isso tudo me fez desenvolver o projeto sobre a Guitarrada.

Este projeto, não apenas me conduziu a compreender melhor a história da guitarrada, como conhecer seus atores, suas produções, suas influências e etc. Também fiz um levantamento discográfico. Ouvi e analisei uma grande quantidade de álbuns, dentre eles quase todos os do Vieira. Para facilitar a “portabilidade” da audição, digitalizei os álbuns.  

Guitarrada Açu
Holofote Virtual: Como tem sido difundido teu trabalho?

André Macleuri: Isso faz parte das estratégias mencionadas na resposta anterior. Sabe como é, hoje temos muitas possibilidades, muitas redes sociais, é preciso pensar qual a melhor para o trabalho que você faz. 

Por enquanto tenho atendido a solicitações de pessoas que entram em contato comigo para tocar minhas músicas em rádios. Ontem, por exemplo, foi executada meia hora só com músicas minhas na www.rstradiorock.com.br. Há duas semanas, outra foi tocada no programa “Os Progressivos” da Radio Cultura do Pará.

Holofote Virtual: Cenário da música paraense. Qual a tua análise desta cena em Belém, a partir da tua observação e envolvimento com mesma? Quais teriam sido os momentos mais efervescentes?

Passagem de som para o show "Mestre Vieira 50 anos de 
guitarrada.
André Macleuri: Dentro da minha compreensão do termo "cena" e pelas minhas pesquisas, entendo que Belém teve a cena do carimbó, na década de 1970. A lambada, a guitarrada e o brega, na década de 1980. 

Como cena mais underground, reconheço o Rock e Metal no final dos 80's e início dos 90's. Creio que essas cenas são referências para grande parte do que vem surgindo desde o início desse século. Eu tenho minha opinião particular sobre a produção musical paraense, e os álbuns que mais ouvi são os três do Guilherme Coutinho e o do Walter Freitas. 

Holofote Virtual: Para fecharmos o que te define 2016 e quais expectativas para 2017, com uma filha chegando aí?

André Macleuri: Considerando aspectos intra e interpessoais, foi um ano maravilhoso, apesar da recessão do País. Mas não posso deixar de sentir que o ano está terminando com uma atmosfera sombria. Já a filha foi a melhor das coisas nesse ano de 2016, ela é um grande impulso para se viver melhor e também uma grande inspiração. Já fiz cinco músicas a ela em pouco mais de uma semana. Em 2017, a ideia é começar o ano colocando em prática os projetos de divulgação dos trabalhos.

Casa do Fauno traz shows diversos em seu quintal

Albery Albuquerque
"Música Plural", de Albery Project (22), "Gito", de Antônio Novaes (23), a diversidade do Trio JazzVairado (29), com Cássio Lobato, Bob Freitas e Mário Jorge, e o show "América Libre", do Mundo Mambo (30), que encerra a programação musical do ano, na Casa do Fauno, com a festa Noite Latina, regada a cúmbia, merengue, salsa e suas fusões com ritmos paraenses, e um cardápio especial. A partir das 22h, na Aristides Lobo, 1061, entre Benjamin e Rui Barbosa.

Albery Project traz ao palco da Casa do Fauno nesta quinta-feira, 22, o show “Música Plural”, com Albery Albuquerque, músico compositor, que será acompanhado por Thiago Albuquerque, nos teclados e samplers; Tom Salazar Cano, na guitarra; Príamo Brandão, no contrabaixo, e Carlos “Canhão” Brito Jr, na bateria. O repertório reúne parte da obra do violonista, com direito a inéditas do CD homônimo, em fase de gravação.

Entre as composições já conhecidas estão Encandeado, Canto da Semente, Tucano e Trancelim de Tucano, compostas a partir do canto natural do Tucano, um trabalho desenvolvido pelo músico há mais de 30 anos, em que ele adapta à estrutura musical, as manifestações sonoras de animais.

Além do caráter inovador no campo da teoria musical, o trabalho de Albery Albuquerque traz em sua verve o comprometimento com a ecologia, incentivando o olhar e a aproximação com a natureza. Dentro da universalidade da música instrumental, o também professor graduado em Licenciatura Plena com Habilitação em Música pela Universidade do Estado do Pará (UEPA), nos leva ao universo sonoro amazônico, em todas as suas cores, formas e belezas.

“Gito” na ante véspera da Noite de Natal

Antonio Novaes
Antonio Novaes apresenta “Gito”, na sexta-feira, 23, antevéspera de Natal. O músico será acompanhado por Daniel Pinheiro, na bateria, Rafael Azeedo, no baixo, e Nego Jó, no trombone. O trabalho, experimental, reúne elementos sonoros e poéticos que mesclam afrobeat, música caribenha, jazz, tango, música paraense, formam o universo musical do artista, que integrou por 11 anos a banda A Euterpia.

Nascido em Belém do Pará, onde iniciou seus estudos musicais (graduando-se em música pela Universidade Federal do Pará), Novaes sempre buscou fundir elementos sonoros, e com a maturidade, vieram a linguagem do jazz e das artes cênicas, além de outras mudanças. De Belém, foi para São Paulo, onde iniciou carreira solo. Migrou do violão para o piano e teclados e acrescentou timbres eletrônicos ao seu trabalho. Algum tempo depois, mudou-se para Milão e lá viveu por dois anos, o que lhe trouxe uma definitiva influência da música tradicional italiana.

Hoje, de volta a São Paulo onde lançou o primeiro trabalho solo, o EP Gito, o músico revela ao público o resultado de suas andanças, poesia e trajetória com alma brasileira, certamente, mas, sobretudo, como homem do mundo.

Jazz e música latina na  pré-virada

Mundo Mambo: Noite Latina
Na semana em que 2016 vai acabar, a Casa do Fauno traz um show versátil com os músicos veteranos do Trio Jazzvairado, atração da quinta-feira, 29, já em clima de virada. 

Estimulado pelo aquecimento do mercado regional, o produtor, músico e compositor, Cássio Lobato desafiou o contrabaixista Mário Jorge Garcia e o guitarrista Bob Freitas a formatarem um produto diferenciado, surgindo assim um trabalho marcante, rico e eclético, executado através de arranjos exclusivos, formatados na sofisticada timbragem “chord-melody”. 
O repertório traça um extenso panorama musical que abrange desde a sutileza da bossa e do jazz ao vigor do samba, do baião, do afoxé e do que há de melhor na MPB e no nosso carimbó até os mais belos temas de Hollywood e da Broadway.

A banda Mundo Mambo, com Bruno Benitez, nos timbales e vocais; Davi Benitez, no piano; Bruno Mendes, na percussão; Harley Bichara, no Saxofone e Beto Taynara, no Contrabaixo, faz a trilha ao vivo da “Noite Latina”, o pré-reveillon da Casa do Fauno, que será realizado na sexta-feira, 30, com um cardápio especial para brindarmos juntos a virada que se aproxima. 

Serviço
Shows no mês de dezembro: Música Plural", de Albery Project (22), "Gito", de Antônio Novaes (23), a diversidade do Trio JazzVairado (29), com Cássio Lobato, Bob Freitas e Mário Jorge, e "América Libre", do Mundo Mambo (30). Além das apresentações musicais, o espaço oferece opções para presentes na livraria sebo e em seu brechó. Abre às 9h e a música ao vivo inicia sempre às 22h. Casa do Fauno. Rua Aristides Lobo, 1061, entre Benjamin e Rui Barbosa. Entrada para os shows ao vivo: R$ 10,00 (na conta). Informações + reservas: 9 9808-2322. 

Barbara Müller apresenta nova coleção de jóias

Fotos: José Carvalho
Esta é a primeira exposição individual da designer que vem representando o Brasil em eventos internacionais. A designer Barbara Müller lança “Abismo entre o ceú e o mar”, nesta quinta-feira, 22, a partir das 15h, no salão Manuella Hair Club. A coleção de jóias é inspirada nas experiências pessoais da artista e procura retratar a liberdade que o céu e o mar trazem e o mistério que liga os dois, além de Saturno, planeta que rege o ano de 2017 e que foi objetivo de pesquisa da artista. 

Saturno é regente geral de um novo ciclo de 36 anos que se inicia em 2017, e trata de etapas evolutivas da humanidade, num âmbito mais amplo e no coletivo. 

Toda essa energia e misticismo do sistema solar é o que Barbara procura expressar nas peças feitas em prata, gema natural lapidada e bruta, madrepérola e ouro, entre outros materiais utilizados. As joias seguem a linha slow fashion, peças artesanais, feitas pelas mãos de lapidários, artesãos e ourives, com conceito de exclusividade e poucas tiragens.

A exposição traz peças de concha, brincos modernos e espaciais, braceletes com Druza bruta, peça com detalhes de encrustração paraense azul turquesa e detalhes de estrelas de ouro e, pela primeira vez, a designer lançará uma bolsa de mão: uma clutche inspirada no mar e esculpida a mão em cedro, madeira nobre.

Barbara também mistura de forma original e moderna, metal nobre (prata e ouro) com matéria-prima natural, que saem do denominador comum e produz joias contemporâneas diferenciadas que se comparam à verdadeiras obras de arte.

“Abismo entre o céu e o mar” é o primeiro lançamento de coleção independente da artista em Belém, que expôs pela última vez nas passarelas do Rio Moda Rio à convite do estilista Dudu Bertholini, fazendo as joias do desfile da marca de pret a porter do Rio Martu.

O lançamento da nova coleção inicia cedo, a partir das 16h30, com a cantora Juliana Sinimbú, programação musical que já faz parte do calendário de quinta no salão Manuella Hair Club. Também será exibido o fashion filme da coleção, produzido por José Carvalho, Jonathan Camelo e Amanda Pris, que também desenvolveram as fotos das peças. Além da exposição “Abismo entre o céu e o mar”, que estará montada uma vitrine com peças de outras coleções da designer.

Ao misturar material natural com metais nobres, entre eles madeira, chifre, cupuaçu, ouro, prata e gemas minerais, inspirando-se em sua biodiversidade e na modernidade urbana, Barbara trabalha uma temática que comunica, em cada detalhe, esse desejo de harmonia entre homem e a natureza. Com design contemporâneo, o trabalho autoral de Barbara Müller tem essa relação direta com o mix cultura-cidade-floresta e vem se destacando no cenário da moda internacional.

Novos horizontes na trajetória da artista

“A exposição será muito importante para minha carreira em Belém porque, apesar de morar aqui, a maior parte do meu público é fora: Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília. Este trabalho será muito bacana para conhecer mais o público de Belém, que é uma terra que me criei e que amo” conta Barbara, natural de Roraima.
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​​Formada em Design de Produtos pela Universidade do Estado do Pará (UEPA), Barbara já teve suas criações exibidas em quase todos os continentes, em eventos realizados em países como França, Itália, Londres e Portugal, seja por meio de convite, por iniciativa própria ou em parceria com empresas e com o Programa Pólo Joalheiro do Pará, e IGAMA- Instituto de Gemas e Joias da Amazônia (Igama), onde, além de participar com exposições e capacitações profissionais, também trabalhou como consultora do programa. 

Já expôs no "Vogue Fashion's Night Out", que ocorreu no Rio de Janeiro, em 2013; suas peças foram publicadas em sites e revistas londrinas, por meio de parceria estabelecida com a empresa Caipora Jewellery de Londres UK (2013-2014), e na Rio +20, no Copacabana Palace, em 2012, quando também participou de uma exposição em Roma. ​

Barbara teve duas criações, referendadas no Preview Design de Joias e Bijuterias 2014, último caderno de tendências lançado pelo Instituto Brasileiro de Gemas e Metais Preciosos (IBGM). Ela foi a única designer paraense a ter peças nesta edição do catálogo do IBGM, que teve como tema “Chiques Trópicos, o Charme Brasileiro”.

​​​Em 2014, a designer de joias e acessórios de moda recebeu menção honrosa no "Artistar Jewels EXHIBITION", evento internacional realizado na Itália, por suas joias que comunicam a diversidade cultural da Amazônia e repertório contemporâneo.

“Mesmo em tempos de crise o mercado criativo continua aquecido. O design fala da beleza, do se sentir bem e de soluções sensíveis e inteligentes para os problemas, acho que, por isso, sempre vai ter um cenário bom, sou bem otimista”, reflete.

Serviço
A exposição “Abismo entre o ceú e o mar”, de Barbara Müller, estará aberta à visitação no salão Manuella Hair Club (Rua dos Pariquis, 2509 - Cremação) nesta quinta e sexta-feira, 22 e 23 de dezembro, das 14h às 20 horas. Informações: (91) 98026-1595.

(Holofote Virtual com informações da assessoria de imprensa)

"Letras que Flutuam" chega ao universo da moda

O “Letras Q Flutuam”. do Mapinguari Design, mostra, até esta sexta-feira, 23, na Casa das Artes, exposição de bolsas trabalhadas com a estética dos abridores de letras de barcos. A renda será reinvestida na criação de um núcleo criativo.

A mostra é o resultado do desdobramento do projeto "Letras que Flutuam", contemplado pelo Prêmio Seiva da Fundação Cultural do Pará. O objetivo foi trabalhar com abridores de letras e  mulheres costureiras. O talento artístico deles e a habilidade não menos artística e manual da confecção, delas, devem ampliar o mercado de trabalho em ambos os setores

Os abridores são homens comuns, ribeirinhos, também influenciados não só pelo fluxo do rio como pelo fluxo constante das imagens e informações midiáticas da atualidade. Abrir letras de barco é um saber popular tradicional existente em muitas localidades amazônicas, especialmente naquelas ligadas aos rios e ainda hoje, além dos barcos, pode ser encontrada nas fachadas comerciais de municípios ribeirinhos. 

Entretanto, ainda que seja uma tradição de longo tempo, é um aspecto da cultura popular ainda pouco documentado e conhecido e, por consequência, permanece marginal e invisível. A partir desta contatação surge o projeto "Letras que Flutuam", realizado junto aos artistas que abrem letras em embarcações na região, e que entre outras inúmeras ações de repasse de saberes, vem também desenvolvendo coleções de bolsas ecológicas, a partir da reutilização de lonas vinílicas de descarte de shows e eventos culturais.

Ideia pretende gerar renda e compartilhar saber

A exposição na Casa das Artes é resultado da oficina realizada com internas da Superintendência do Sistema Penitenciário do Estado do Pará - SUSIPE  e artistas ribeirinhos.

O público mais atento às nossas margens e janelas para o rio, perceberá novos significados à tradição de pintar letras em embarcações. Na Casa das Artes, a exposição traz bolsas que foram recicladas, confeccionadas e pintadas artesanalmente pelos participantes da oficina. 

O projeto premiado no SEIVA, havia projetado uma oficina de capacitação, que acabou nem sendo necessária. “Quando pensamos nas bolsas, a ideia foi capacitar algumas costureiras, mas numa conversa com uma pessoa da Susipe, soubemos que a instituição já contava com uma cooperativa de capacitação de costureiras. Aí foi juntar as duas coisas e deu muito certo. Agora estamos avaliando a possibilidade de continuar um trabalho com elas”, explica Sâmia Batista, do Mapinguari Design.

Ela conta que o projeto com os artistas ribeirinhos já tinha em vista um processo de se expandir em produtos de moda e design. “Depois que começamos o Letras que Flutuam, muita gente sugeriu de usarmos a estética dos barcos em artes para camisetas, brindes, souvenirs, mas não queríamos fazer nada que não favorecesse também o abridor de letras, porque se quiséssemos só nos inspirar dos elementos dos barcos, já teríamos feito isso até mesmo sem os artistas”, explica Sâmia Batista.

Em busca da produção criativa e constante

A confecção e exposição das bolsas tem como objetivo melhorar a renda dos abridores de letras e também gerar postos de trabalho para cooperativas de costureiras. A venda das bolsas, após o termino da exposição, será reinvestida para a formação de um núcleo produtivo. 

“A ideia é que a gente tenha aí, uma constância de produtos e com a customização dos abridores, pretendemos gerar renda tanto para costureiras, mulheres, pois isso também nos interessa, como para os abridores de letras porque essa arte vem desaparecendo e o nosso interesse maior é continuar gerando renda pra eles”, conclui a desing. Para adquirir as bolsas envie um e-mail: letrasqflutuam@gmail.com

Letras que Flutuam - O projeto “Letras que Flutuam” deu origem a uma expedição que identificou 41 abridores de letras em Belém e em mais três cidades do interior do Pará: Barcarena, Abaetetuba, e Igarapé-Miri. Tudo foi registrado em vídeo que caiu na internet e no gosto de muita gente de outros países. Fernanda Martins e Sâmia Batista são designers e decidiram divulgar essa manifestação da cultura amazônica. O Escritório de Design atua na Amazônia, com foco no design estratégico e para a sustentabilidade. 

Serviço
Exposição de bolsas recicladas do projeto Letras Q Flutuam. Em exposição até esta sexta-feira, 23, na Casa das Artes (Praça Justo Chermont, 236 – antigo IAP), ao lado da Basílica de Nazaré. Das 9h às 18h. Entrada franca. Informações: 98232-7429 / 98169-2942.

Dand M de volta com novo show e canções inéditas

Dand M. com Olivar Barreto, no registro de Bruno Pellerin
"Tudo que somos" é um novo show. O poeta e cantor Dand M apresenta composições inéditas, com participações especiais de Juliana Sinimbú e Olivar Barreto. Na banda, a nova e potente formação conta com Renato Torres (guitarra), Vinícius Leite (violão), Príamo Brandão (baixo), Cássio Lobato (bateria) e Alexandre Pinheiro (sax). No Espaço Cultural Apoena, nesta quarta-feira (21), às 21h.

Dand tem a poesia como ponto de partida, mas antes da palavra já dizia um outro poeta, veio o som que, dentro de sua obra, reverbera suas letras nas vozes de intérpretes como Vital Lima, Olivar Barreto e Andréa Pinheiro. Jovens artistas como Arthur Nogueira e Felipe Cordeiro também encontram nas composições de Dand uma fonte vigorosa de versos, e hoje são os principais parceiros de Dand, ao lado de Paulo Lobo. 

O repertório do show desta noite traz ainda parcerias com Vinicius Leite, Renato Torres, Juliana Sinimbú, Tina Moreira e Pedrinho Callado. Sempre com uma mistura singular de poesia, escracho e ritmo, "Tudo que somos" apresenta quatro novas canções: “Cavalo de Cazuza”, “Estado do Mundo”, o new brega “Beijo me Liga” e “Carimbó Pamplona”.

"A música que componho está sempre agregada à poesia e na maioria das vezes temperada com raízes do rock, jazz, samba, reggae, hip-hop, tropicalismo, jazz e fusion, com dose dupla da culinária sonora do Pará", diz Dand.

Nas letras de Dand, as palavras transitam pela noite, becos, vícios e solidão. Viés mundano à flor da pele. "A poesia está injetada em mim como uma transfusão de versos livres e profanos com a inspiração em seres noturnos e abençoados pelos semi-deuses", diz.

Sua carreira como poeta iniciou-se em 1985, quando participou pela primeira vez de um concurso literário na Academia Paraense de Letras, sendo vencedor por unanimidade, com o livro "Do nu ao infinito", e foi premiado pelo IAP com as obras “Flores da Campina” (2002) e “Branco” (2006). Em 2009, lançou o livro de poemas “ Possuído ou a Diluição de Lorena”. Em 2013, venceu a primeira edição do Prêmio de Poesia Belém do Grão Pará, com o livro “Antmor ou a morte de maio”.

Serviço
Show "Tudo que somos", de Dand M, nesta quarta-feira, 21, às 21h, no Espaço Cultural Apoena, localizado na avenida Duque de Caxias. A entrada custa R$ 15. 

(Holofote Virtual com assessoria de imprensa - Gil Sóter)

16.12.16

Afinidades e talentos musicais no palco do Fauno

Olivar Barreto (voz), Renato Torres (voz e violão/guitarra) estarão juntos, nesta sexta-feira, 16 de dezembro, no quintal da Casa do Fauno, acompanhados pelo percussionista João Paulo Pires. A apresentação começa às 22h. Na Aristides Lobo, 1061, entre Benjamim Constant e Rui Barbosa.

Da MPB a mais ousada música pop, os dois artistas, com carreiras solos distintas, se encontram na música com influência do samba, bossa-nova, tropicalismo e  jazz.

O repertório é recheado de canções imortais. Gil, Caetano, Tropicália, Sérgio Sampaio, o lado B da música brasileira. Não é pra menos, o show desta noite reúne além de talento, muita afinidade musical. Aos 13 anos, Renato Torres já escrevia poemas e com 17 aprendeu a tocar violão. Olivar Barreto é apaixonado por música brasileira desde a infância. Estudou canto popular na Pró-Arte, no Rio de Janeiro, onde morou entre 1988 e 1993. 

Renato Torres (Foto: Yan Belém)
Já Renato Torres, não fica parado nunca, está sempre criando uma nova banda, tocando nas noites de Belém do Pará, fazendo voz e violão, produzindo um CD, arranjando trabalhos de inúmeros parceiros, escrevendo pensamentos poéticos no blog “A Página Branca”. E muitas vezes, até, ele faz tudo isso ao mesmo tempo, acreditem. 

Olivar Barreto, durante o período que morou em Paris, de 2003 a 2009, entre outros trabalhos, fez parte de show comemorativo ao Ano do Brasil na França. Isso foi em 2005. A carreira de Renato Torres completou 27. Montou a primeira banda em 1989. Entre outras, fez enorme sucesso nas quebradas da cidade, com a Jardim Elétrico (1995), que trouxe ao palco uma grande parceira, a cantora Sônia Nascimento, e a “Florbela Spanka” (1996), que marcou época no lendário Go Fish.

Olivar Barreto (Foto: Sérgio Malcher)
O primeiro CD de Olivar Barreto é de 2002. Renatinho gravou com sua banda Clepsidra, que lançou em 2004, o CD “Bem Musical” (Ná Records). O músico está em fase de gravação de novo disco para 2017. 

Em 2013, Renato Torres e Olivar Barreto se juntam para fazer o show “Geléia Geral” e em 2016, seguiram se apresentando com o show “Tropicália”, do qual também participaram Joelma Kláudia (voz), Príamo Brandão (baixo), Jó Ribeiro (teclados), André Macleuri (bateria).

Olivar Barreto é um caleidoscópio de impressões. Apresenta novos compositores e homenageia consagrados poetas. Renato é um grande compositor e interprete. Também poeta, instrumentista, produtor e diretor musical, ele cria timbres para canções onde a poesia tem a primazia. A noite promete deleite em momentos de boa música e energias tropicais.

Expoentes na cena musical de Belém, eles celebram a noite de hoje (16), com as canções que marcam suas trajetórias artísticas, além de trabalhos autorais e, quem sabe também, com o que mais o público pedir.

Renato Torres no violão e voz, e Olivar Barreto no vocal chamaram para compor o show, o percussionista João Paulo Pires, o JP, conhecido por seu trabalho que mistura ritmos brasileiros e contemporâneos, sem perder a linguagem amazônica que seus instrumentos emitem.

O músico está há mais de 15 anos na estrada, trabalhando musicalmente com vários artistas paraenses, como Arthur Espíndola, Nilson Chaves e Zimba Groove.  

Serviço
Olivar Barreto (voz), Renato Torres (voz e violão/guitarra) + João Paulo Pires (percussão). Nesta sexta-feira, 16/12, no quintal da Casa do Fauno. A partir das 22h. Na Aristides Lobo, 1061, entre Benjamim Constant e Rui Barbosa. Entrada R$ 10,00.

14.12.16

Fotografia e Performance encerra o ano do Reator

Foto: Dudu Lobato
“Insulada: O Ato de se Transformar em Ilha", projeto contemplado pelo Prêmio de Experimentação, Pesquisa e  Difusão Artística da Fundação Cultural do Estado do Pará - SEIVA 2016. A instalação fotográfica e performática sensorial poderá ser vista neste final de semana, de 15 a 17 de dezembro, das 19h às 22h, encerando a programação anual do Estúdio Reator.

O processo criativo dos performeres Pedro Olaia e Rosilene Cordeiro e do fotógrafo Dudu Lobato teve inicio nas ilhas insulares à frente de Belém, quando visitaram Cotijuba, Combu e Ilha das Onças. Foi nestas regiões que se desenvolveram os trabalhos artísticos definidos como fotoperformances. 

Dudu Lobato, que fotografa performances, configurou a câmera para as melhores possibilidades de captura da efemeridade das ações que acontecem no espaço-tempo em que Rosilene e Pedro estão imersos, tendo como indutores as encantarias da Amazônia e as proteções ambientais, contadas através da oralidade dos antepassados e experienciadas, ainda hoje, por muitos que estão mais próximos do que não vemos, e que os cientistas denominam como matéria escura.

"Todos nós que habitamos esta região de grande mata e rios conhecemos muitas histórias de cobras grandes, curupiras, matintas, iaras, entre outros seres de luz. 

Insulada é um trabalho que busca aproximar-se deste universo e, através da fotografia, traduzir o que foi sentido fisicamente no corpo destes artistas preocupados com a nossa essência natural que nos faz únicos e ao mesmo tempo uno na mesma energia moldados da mesma matéria complementos dos outros seres rios matas terras e céus", diz Pedro Olaia. 

Espaço configurado para mergulhar no projeto

Os três ambientes do estúdio (hall de entrada, teatro e terraço) estão ambientados de forma que o público sinta-se mergulhado em um espaço-tempo que remete às vivências dos artistas nas suas experimentações performáticas nas ilhas.

No hall de entrada estão expostas as fotografias impressas em papel e um video-registro descrevendo o processo criativo. Dentro do teatro, a exposição das fotografias impressas em tecido ambientadas sonora e visualmente remete aos espaços e experiências vividas pelos performers e fotógrafo. 

No terraço, dá para se acomodar, escutar uma música ambiente e degustar sabores que remetam ao processo criativo. É também lugar para conversar sobre as construções coletivas, o fazer artístico na Amazônia, as vivências, viagens de barco, fotografias na lama, esforços corpóreos, distanciamentos e estreitamentos com o nativo e antepassados, causos e mistérios dos rios e das matas, vivenciados durante o trabalho. 

Ficha Técnica
Performances: Pedro Olaia e Rosilene Cordeiro
Fotografias: Dudu Lubato
Câmera: Alesson Barros
Edição de Vídeos: Pedro Olaia e Nando Lima
Ambiente e Iluminação: Nando Lima
Produção: Pedro Olaia e Nando Lima

Serviço
Estúdio Reator. Tv. 14 de Abril, 1053, próximo à Av. Gov. José Malcher (em frente ao estacionamento do Yamada Plaza). Entrada franca.

(Holofote Virtual com informações do Reator)

"Enredar" traz o encontro de linguagens artísticas

Fotos: Débora Flor
Enredar é um experimento cênico resultado do projeto “De Redes e Anseios Inundada” proposto pela intérprete-criadora Marina Trindade, integrante do grupo Projeto Vertigem. Contemplado com o Prêmio de Experimentação, Pesquisa e Difusão Artística 2016 do Programa SEIVA, o projeto será mostrado ao público nesta sexta-feira, 16, a partir das 20h, na Casa das Artes. Entrada franca.

Em cena vemos um aparelho pendurado que lembra uma rede de pesca, uma mulher e uma rede de dormir que juntos se transformam em uma dança. A partir de técnicas circenses e da dança contemporânea, Marina Trindade, faz mergulhar em um universo lúdico de nossas memórias, afetos e gestos.

Formada pelo curso de graduação em Dança da UFPA, a quatro anos veem experimentando as técnicas circenses em diálogo com outras artes. Dentro de processos coletivos e colaborativos com o grupo Projeto Vertigem que permitem a produção de diversos produtos como vídeos, poesias, performance. 

Este processo de criação colaborativo mistura linguagens artísticas, fazem parte Débora Flor, com registro audiovisual, edições de vídeo e fotografias. Rafael Café com a pesquisa sonora e composição musical de Armando de Mendonça. Imagem e som são elementos que estiveram presentes durante todas as improvisações realizadas em laboratórios de criação.

A pesquisa  teve várias etapas de vivências entre os pesquisadores, dentre elas uma ida ao convívio do cotidiano de um senhor conhecido como Tio Ré, na ilha de Jutuba, que conserta e faz redes de pesca. 

Oficina de trançados de macramê com a dançarina e viajante chilena Camila Paz. Exercícios de criação da imagem fotográfica e de escuta de paisagens sonoras.

Marina Trindade também convidou artistas para a tessitura de textos em uma vivência imersiva a partir do contato com o trabalho ainda em processo, Mayara La-Roque, Inaê Nascimento, Dayane Ferreira e Ana Carolina Marceliano, trazem suas tessituras com palavras para a cena e em uma instalação que convida o público a mergulhar no universo desse processo de significações do objeto rede.

Serviço
A cena e a instalação artística "Enredar" serão apresentadas na próxima sexta-feira, dia 16 na sala de dança da Casa das Artes, às 20h. Com entrada franca - Praça Justo Chermont, 236. 

Trio Chamote mostra novidades na Casa do Fauno

Foto: Mariza Miranda
O show chama-se “Amazônia Instrumental”, mas a apresentação que o Trio Chamote vai fazer nesta quinta-feira, 15, na Casa do Fauno traz, como surpresa, músicas do novo trabalho que está sendo desenvolvido pelo grupo, intitulado “Banjo Loko”. Quem já estiver pelo espaço para curtir o happy hour, a partir das 17h, pode conferir a passagem do som aberta, às 20h, no quintal, e ficar para a apresentação, que inicia às 22h - Rua Aristides Lobo, 1061, entre Benjamin e Rui Barbosa.

A proposta é rodar a saia e confraternizar com Charles Matos (bateria), Luizinho Lins (banjo amazônico) e Sílvio Barbosa (flautas e sax), músicos pesquisadores que possuem projetos pioneiros sobre instrumentos e ritmos regionais amazônicos.

O som do grupo já vem causando repercussão principalmente pela pesquisa de instrumentos feitas pelos músicos. Para quem não sabe, Chamote é um processo milenar utilizado na fabricação de peças cerâmicas, consiste na reutilização de fragmentos de peças antigas, misturada ao barro natural “novo”, para confecção de novas peças dando-lhes resistência e durabilidade. Conceito transposto ao trabalho sonoro que o grupo faz com o ritmos regionais e seus temas autorais.

“Amazônia Instrumental” traz no formato a sonoridade que da cultura popular, duas notas musicais e temas curtos que se repetem, mas o trio acrescenta um pouco de suas ideias, de acordo com as músicas viradas e solos de bateria.

“A ideia básica é fazer um som dançante, refrescante”, diz Luizinho Lins. Além disso, o Trio Chamote prepara um novo trabalho intitulado “Banjo Loko”. 

Já gravaram cinco composições em estúdio e agora estão iniciando a produção para lançamento de um EP. O público que estiver presente no show desta quinta já vai ouvir, em primeira mão, algumas das músicas que estão sendo ensaiadas para a apresentação de um novo show.

“Fiz uns experimentos e adicionei um captador no banjo e utilizo pedais. Estamos começando a montar um material além do acústico, que será um pouco mais elétrico digamos assim. Vamos mostrar o trabalho instrumental na Casa do Fauno mas também vamos já divulgar o trabalho do Banjo Loko”, revela Luizinho Lins.

O Trio Chamote vem ganhando o mundo, com releituras de ritmos regionais como carimbó, o lundu e outros. O grupo entende que a cultura popular na Amazônia sempre esteve entre as que mais se destacam no Brasil, tanto pelo pioneirismo quanto pela rica diversidade de manifestações culturais.

“O Batuque é a nossa raiz que desencadeia toda a rítmica que o Brasil percussivo e popular possui hoje, o carimbó, lundu, xote, banguê, samba e outros ritmos, são todos conectos ao batuque, bem como aos tambores e as mãos africanas. A características do fauvismo já fervia entre esses ritmos bem antes do próprio movimento ser declarado por Louis Vauxcelles em Paris como veremos no tópico BIO”, comenta Luizinho.

Músicos buscam a experimentação

Luizinho Lins é historiador, pesquisador e musico autodidata, desenvolve pesquisa sobre banjo amazônico com ritmos paraenses, atuando como musico e coordenador musical do “Balé folclórico da Amazônia”, com o qual já realizou turnê pela França, Espanha, Portugal, Bélgica, México e Canadá. 

Atuou também como banjista dos grupos parafolclóricos Tamba-Taja, Asa Branca, Vaiangá, Arte Marajoara; e dos grupos musicais: Curuperé (2006) e Mundé Qultural (2007-2009).

Musico idealizador do grupo de carimbó “Cobra Coral”, desenvolveu projeto de tambores de cerâmica. Trabalha na coordenação de eventos do espaço cultural “Coisas de Negro”, que há 13 anos realiza a roda de carimbo mais tradicional de Belém do Pará. Ele  também criou e coordena a “webtv Coisas de Negro” realizando transmissões online todos os domingos (www.livestream.com/coisasdenegro).


Silvio Barbosa iniciou sua atividade artística aos 13 anos como flautista autodidata tocando em grupos folclóricos da cidade de Belém, participando assim dos principais festivais folclóricos do Brasil (Piauí, São Paulo, Rio Grande do Sul,...) e do Mundo (México, Espanha, Portugal, Suiça, França,...), sempre mostrando o que há de melhor na música paraense, dando ênfase no estudo dos ritmos folclóricos e de flautas regionais construídas de forma artesanal tendo o carimbó como maior referência.

No ano de 2007 foi contemplado com a bolsa de estudo/pesquisa ofertada pelo Instituto de Arte do Pará (IAP) com o nome de “Flautas Artesanais em Estudo” onde fez um levantamento e registro das diferentes flautas tocadas no carimbó de Belém e do interior, como resultados da pesquisa foram realizados shows, palestras e exposições com as flautas. Músico integrante do regional “Carimbó de Icoaraci”, conjunto que faz a roda de carimbó do Espaço Cultural Coisas de Negro com 13 anos de existência na cidade de Belém.

Charles Matos iniciou sua carreira profissional em 1991 participando de festivais de rock em Belém e Icoaraci, como o Rock 24 horas e o Fest Rock Icoaraci. 

Entre 1994 e 1995, trabalhou com nomes consagrados da música paraense como Jaceli Duarte, Andréa Pinheiro e Floriano, Albinha Sena, Olivar Barreto, Ziza Padilha e Deize Adário, Tadeu Pantoja, Simone Almeida, Maria Lídia, Gisele Greeze, Eduardo Dias, Luiz Girard, Pedrinho Calado, Walter Freitas, Poli dourado, Ester Sá, Eloi Iglesias, entre outros com quem trabalhou e trabalha ainda hoje.

A partir de 97 intensificou seus estudos, passando a integrar trabalhos instrumentais com: Yuri Guedelha, Delcley Machado, Mauro Prado, Quinteto Combo, Juista Kzan, Poli Dourado, Quarteto Sincopado, Ziza Padilha, Príamo Brandão, Luiz Pardal, Tinoco Costa, Leonardo Coelho, entre outros. 

No ano de 2003, através da bolsa de incentivo à criação artística do IAP., desenvolveu o trabalho de pesquisa que deu origem ao livro / método “BATUQUES AMAZÔNICOS”, método este que trata não só do ensino de diversos ritmos existentes no Estado do Pará, mas também, da divulgação dos municípios de origem de cada um desses ritmos e dos principais folcloristas que trabalham por sua preservação.

Serviço
Show “Amazônia Instrumental” – Trio Chamote. Quinta-feira, 15 de dezembro, a partir das 22h, na Casa do Fauno – Rua Aristides Lobo, 1061, entre Benjamin e Rui Barbosa. Entrada R$ 10,00. Estacionamento ao lado, promocional para clientes.

Casa do Gilson reabre para comemorar os 30 anos

Samba e choro para celebrar a Casa do Gilson, que surgiu numa barraca de palhoça reunindo amigos em rodas com bandolim, pandeiro e cavaquinho. Foi no quintal de uma residência no bairro do Condor, que de sonho e resistência, o espaço floresceu. Prestes a completar 30 anos de muitas histórias, acordes e afetos, o maior reduto dos ritmos originais da música brasileira na capital paraense reabre as portas após seis meses de reforma. A programação de aniversário é extensa, reúne mais de 30 artistas, a partir desta sexta-feira (16), seguindo até domingo (18), e nos dias 20 e 27 de janeiro de 2017.

O espaço cultural abriga e contribui para a preservação e apresentação do patrimônio musical brasileiro, o Choro. Em 2015, a Casa do Gilson foi contemplada pelo prêmio Funarte de Programação Continuada para a Música Popular, passou por uma completa renovação e agora volta a receber o público. O músico e artista plástico Gilson Rodrigues, proprietário do imóvel e principal responsável em manter o espaço em funcionamento por esse longevo período, comemora o momento. 

"Acredito que é um reconhecimento pela nossa resistência por continuar realizando um movimento em torno da nossa cultura e preservar a nossa música. Conseguimos muitas coisas, as amizades, discos que já gravamos. É uma casa que tem alma. A gente vai tocar por aí, mas nada é como estar na casa, é onde a gente se sente à vontade", comenta o proprietário e articulador cultural responsável por manter o espaço, ao lado da família, por quase 30 décadas, completados em 2017.

A esposa de Gilson, Dona Luzia, relembra que o irmão mais novo de Gilson, Geraldo Rodrigues, mais conhecido como Neném, incentivou o casal a manter o espaço, predizendo que faria muito sucesso. “Ele disse assim: ‘presta atenção sobre o que vou te dizer. Essa casa ainda vai ser famosa, até fora do Brasil, e vai se chamar Casa do Gilson'. E eu disse ‘com certeza’, gozando. Nunca esqueço disso”, relembra a companheira de vida e de labuta. 

Música - A programação musical foi pensada a partir da relação entre os músicos, o público e a própria casa. 

“Convidamos artistas que acrescentaram com sua história à história da casa, para fortificar relação entre casa e público e artista. 

Todos que compõem frequentam a casa. Sei que não conseguimos contemplar a todos que vêm aqui, mas teremos um recorte importante dos artistas da casa”, diz Carla Cabral que assina a direção artística do projeto. 

A programação inicia na sexta-feira (16), com um encontro de gerações. Às 20h, os alunos do projeto Choro do Pará apresentam o álbum “Choro Paraense”, lançado em 2009. O show é dirigido pelo violonista Diego Santos e conta com os alunos: João Gabriel (clarinete); Silene Trópico (flauta); Leandro Monteiro (cavaquinho); Denys Lee (violão 7 cordas); Simãozinho Jatene (violão 7 cordas) e Fernando Gomes (pandeiro), com participação de Eduardo Pádua (bandolim). O evento comemora também os 10 anos do projeto que tem a missão de formar novos chorões.

A noite seguirá com o tradicional grupo "Gente de Choro", com Yuri Guedelha e Ronaldo do Bandolim, integrante do mais importante grupo de choro do Brasil, o Época de Ouro, como convidados. Formado por Adamor do Bandolim (bandolim), Paulo Borges (flauta), Carlos Meireles (cavaquinho), Cardoso (violão), Carlinhos Gutierrez (violão 7 cordas), André Souza (pandeiro) e Emílio Meninéa (percussão), possui mais de 35 anos de trajetória e é a maior referência do gênero no estado. No repertório transitam entre nomes consagrados da escola, assim como impulsionam composições de seus membros.

Para Adamor do Bandolim, é um momento muito significativo. Ele relembra que o grupo passou a se reunir na casa sem nenhuma pretensão. 

“E já são 38 anos de estrada. A semente está germinando e esse fato para nós é muito positivo. Estamos à frente e com muito ativismo. Quando virarmos estrelinha, a semente estará plantada", diz Adamor, do alto de seus 74 anos.

Já no sábado (17), o evento inicia às 16h, com uma gostosa roda de choro com músicos que têm a casa como berço do seu despertar artístico. A roda é um marco na perpetuação do gênero e participam: Jade Guilhon (bandolim); Tiago Amaral (clarinete); Diego Xavier (violão e bandolim); Carla Cabral (cavaquinho); Diego Santos (violão 7 cordas); Bruno Miranda (pandeiro e percussão); Gabriel Ventura (pandeiro). Eles têm passagem em diversos grupos e CD’s produzidos no estado, com participação efetiva na Casa, a partir do início dos anos 2000.

A bandolinista Jade Guilhon afirma que o espaço tem um significado imenso na sua história de vida. “Desde a barriga da minha mãe eu já frequentava a Casa. depois, quando criança, íamos almoçar aos domingos, e lá pelos meus 10, 11 anos fazia aula de violino, mas lá me encantei pelo bandolim. Aprendi muito com a velha guarda do choro e para mim é mais que especial ver a casa nova, um local que acolhe chorões do estado e do Brasil inteiro”, comemora.

O domingo (18) encerra a programação deste ano com Trio Lobita e os três elementos, com Andréa Pinheiro, Hélio Rubens e Olivar Barreto, além de Marcelo Ramos e André Souza como convidados. Formado em 2009, o Trio Lobita possui músicos com performances de altíssimo nível: Paulinho Moura (violão 7 cordas); Cardoso (violão) e Tiago Amaral (clarinete), juntos desenvolvem composições e arranjos que destacam o trabalho e o indicam com um dos mais importantes da cena contemporânea paraense. Para alimentar o time de instrumentistas, Marcelo Ramos ex-integrante do Lobita e músico de destaque da região, participará com seu bandolim, assim como no pandeiro chega André Souza, músico com cadeira cativa na Casa.  

Programação

16 de dezembro | Sexta-feira | 20h
Alunos do projeto Choro do Pará apresentam álbum Choro Paraense
Gente de Choro convida Yuri Guedelha e Ronaldo do Bandolim

17 de dezembro | Sábado | 16h
Roda de Choro
Galo Garnizé

18 de janeiro | Domingo | 20h
Trio Lobita e os três elementos: Andréa Pinheiro; Hélio Rubens e Olivar Barreto
Convidam Marcelo Ramos e André Souza

Serviço
Reabertura da Casa do Gilson. Nesta sexta-feira, 16, às 20h, com entrada gratuita. Av. Padre Eutíquio, 3172, bairro da Condor, Belém. Informações: 3272-7306 / 3271-0295.