30.8.10

Curso intensivo ensina como captar recursos para projetos culturais

Está na hora de tirar aquele projeto da gaveta e se preparar para executá-lo. É preciso identificar as formas de conseguir captar recursos financeiros, seja em nosso estado ou nas oportunidades apresentadas por empresas brasileiras.

Por isso o curso “Captação de Recursos para Projetos Culturais” é tão procurado. Nesse semestre acontecerá nos dias 04 e 05 de setembro, no CCAA da Gama Abreu.

O objetivo do curso é auxiliar artistas, produtores e agentes culturais a perceber quem são, onde encontrar e como chegar aos patrocinadores; como se conquistar parceiros e se relacionar com financiadores; como identificar fatores de risco na mobilização de recursos, além de elaborar um plano de ação para o sucesso. Com isso será possível viabilizar as iniciativas culturais dos mais diversos segmentos artísticos.

O curso será ministrado por Carmen Ribas, produtora, pedagoga e especialista em Gestão com Responsabilidade Social, que traz na bagagem inúmeros projetos viabilizados em mais de 20 anos de atuação na área cultural.

Serviço
Curso Intensivo “Captação de recursos para Projetos Culturais”, com Carmen Ribas. Dias: 04 e 05 de setembro (9 as 12 h e 14 as 18 horas). Local: CCAA – Rua Gama Abreu, 1202. Informações: 81565311 / 88732285.

29.8.10

Cia. Madalenas leva Corpo Santo à Praça dos Estivadores

A próxima apresentação do espetáculo "Corpo santo", da Cia de Teatro Madalenas, vai ser na sexta-feira, 03 de setembro, a partir das 19h, na Praça dos Estivadores, em frente ao prédio histórico do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal, o SINDIFISICO.

Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz, o espetáculo estreou em maio deste ano, no Teatro Universitário Cláudio Barradas.

Mas quem foi ver na época, pode assistir novamente, pois a nova versão deve trazer várias adaptações para acontecer ao ar livre.

A iniciativa parte da parceria entre a companhia e o SINDIFISCO, que pretende transformar o local em um grande corredor cultural. Por isso, além do espetáculo, o espaço também será palco de outros tipos de manifestações culturais.

“Corpo Santo” aborda o sincretismo religioso, presente nas pesquisas do grupo. As simbologias afro-brasileiras marcam o espetáculo, na personificação da figura de Ogum, orixá correspondente a São Jorge na tradição da cultura negra brasileira, reverenciado na umbanda, no candomblé e no tambor de mina.

Em cena, a atuação e o trabalho de corpo do ator Rodrigo Braga, na composição dos personagens.

Para chegar aos resultados alcançados, o ator fez uma intensa pesquisa de expressividade corporal, do estudo do corpo do ator em cena, constituindo a "mímica dramática" que ilustra, de forma poética e simbólica, a figura do santo.

No espetáculo, ele se torna um contador de histórias, que narra a vida inusitada de um homem chamado Jorge.

“Corpo Santo” é “metáfora que perpassa pelos valores populares ligados a São Jorge e cria uma reflexão sobre os desafios que a vida nos desvela, pontuando de forma sutil a presença do mostro e do herói existente em cada um de nós, um eterno construir de novos desafios para desbravar outros caminhos”, disse Rodrigo.

“Escolheu-se a matriz de São Jorge sincretizado em Ogum, pois existe uma relação muito forte deste com os elementos da natureza, com a terra, com as nossas origens. Porém o espetáculo demarca muito bem as passagens de São Jorge e de Ogum, seja através de um canto, de uma oração ou mesmo no corpo do ator em cena”, afirmou o diretor do grupo Leonel Ferreira, em entrevistas à época da estreia.


Há nove anos - A Companhia de Teatro Madalenas surgiu em 2001, formada um ano depois da estreia de “Paixão Barata, Madalenas”, de onde vieram os atores que a integram até hoje.

Montado como resultado do curso técnico de arte cênica da Escola de Teatro e Dança da UFPA (ETDUFPA), o espetáculo causou impacto e atraiu a atenção da imprensa e do público de Belém, ao se inspirar na via-crúcis de Cristo, para tratar temas polêmicos e de intensa crítica político-social.

Teve roteiro de Luiz Otávio Barata, adaptação e direção de Karine Jansen e Wlad Lima, ambientação cênica de Nando Lima, iluminação de Iara Souza, sonoplastia de Fábio Cavalcante e concepção e projeção de imagens, de Patrícia Gondim.

A companhia Madalenas pode-se dizer, é fruto de um momento importante e de consolidação ETDUFPA, que se afirma definitivamente com o curso de graduação em dança e teatro. É hoje a principal formadora de artistas cênicos paraenses.

Não por acaso, a companhia segue sua trajetória buscando, no teatro, um meio de comunicação, de encontro e de troca, focando uma reflexão mais crítica sobre o seu fazer artístico. Além de Corpo Santo, o grupo também montou, em 202, "Aurora da Minha Vida" e "À Flor da Pele"que, em 2003, ocupou e foi apresentado em outro espaço histórico, o Palacete Bolonha.



28.8.10

É hoje, no Bocaiúva Café!

Para os que estiverem em casa no domingo

Regatão Cultural da TV Cultura do Pará exibe programa sobre Mestre Laurentino, músico paraense considerado o mais velho roqueiro do mundo.

Natural do Marajó, José Laurentino da Silva foi ainda criança para Vigia. Mas logo veio para Belém onde foi acolhido pela família Palmeira. No novo lar, descobriu os encantos da música.

Chegou a frequentar festivais de auditório realizados por rádios paraenses, onde, autodidata, começou a mostrar o seu talento. Foi em um desses eventos que conheceu Edu da Gaita e o instrumento que até hoje lhe acompanha: a harmônica de boca.

Mas para sustentar a família, Laurentino precisou deixar a música um pouco de lado e teve que trabalhar com construção civil, aviação e até comércio. Com os filhos criados, insistiu no talento musical.

Em um festival de música independente se apresentou com uma jovem banda, a Manga Beso, que viria a se tornar o Coletivo Rádio Cipó. Aí começou o namoro com o rock e uma longa história de shows, reconhecimento e sucesso.

Serviço
O programa vai ao ar neste domingo, 29, às 14h, na TV Cultura do Pará. Quem preferir pode ainda assistir o programa na TV ao Vivo, no Portal Cultura (www.portalcultura.com.br).

27.8.10

Arquivo Público do Pará recebe documentos inéditos da Guerrilha do Araguaia

Em breve o público e pesquisadores em geral terão acesso a uma parte ocultada e negra de nossa história. O Arquivo Público do Estado do Pará receberá, neste sábado (28), durante a XVI Feira Pan-Amazônica do Livro, documentos referentes à Guerrilha do Araguaia.

Trata-se de arquivos históricos da época, uma documentação rara, que será entregue por Paulo Fontelles Filho, representando o Governo do Estado, para o diretor do Arquivo Público, João Lúcio.

A cerimônia de entrega será realizada no stand da Secretaria de Estado de Cultura (SECULT), que fica no centro do pavilhão de exposições do Hangar Centro de Convenções e Feiras da Amazônia. Serão entregues três documentos de extrema importância, referentes à Guerrilha.

Uma certificação que permitia os barqueiros trafegarem nos rios Araguaia e Tocantins, pertencente a um dos camponeses da guerrilha, é o único original e foi expedido em maio de 1972. O segundo diz respeito à incineração de processos referentes a título de terra, feita pelo exército, que queimava os processos de quem fosse suspeito. O documento descreve ações dos anos de 1973, 1974 e 1975.

E por fim, o terceiro, doado pelo Ministério da Defesa é um documento secreto que diz respeito a Operação Sucuri, exercida pelo exército. Expedido em abril do ano de 1973, é um levantamento feito pelas forças armadas, dos participantes da guerrilha.

Estarão presentes na entrega Pedro Marizette, Vice Presidente da Associação dos Torturados da Guerrilha do Araguaia (ATGA), Sezostrys Costa, tesoureiro da Vice Presidente da Associação dos Torturados da Guerrilha do Araguaia, Ronaldo Fontelles, advogado e componente do Instituto Paulo Fontelles, e Paulo Fontelles Filho.

A Guerrilha do Araguaia foi um movimento guerrilheiro existente na região amazônica brasileira, ao longo do rio Araguaia, entre fins da década de 60 e a primeira metade da década de 70.
Criada pelo Partido Comunista do Brasil, dissidência armada do Partido Comunista Brasileiro, tinha como o objetivo derrubar o governo militar, fomentando um levante da população, primeiro rural e depois urbana, e instalar um governo comunista no Brasil.

A grande maioria dos combatentes, formada principalmente por ex-estudantes universitários e profissionais liberais, foi morta em combate na selva ou executada após sua prisão pelos militares, durante as operações finais, em 1973 e 1974.

Segundo Paulo Fontelles Filho, a entrega desses documentos, até então inéditos, reforça a visão do estado da dimensão da repressão política da Ditadura Militar.

“Esses documentos mostram a visão das forças armadas da esquerda brasileira em relação à repressão militar”, afirma Paulo, que também ressalta a presença de documentos originais. “Dessa vez a gente conseguiu um documento original de um dos camponeses que participaram da Guerrilha”, pontua Paulo.

Serviço
Entrega de Documentos da Guerrilha do Araguaia ao Arquivo Público do Estado do Pará. Sábado (28) às 16h no Hangar Centro de Convenções e Feiras da Amazônia (Stand da SECULT). Mais informações 91. 9144-9218.

Fonte: Assessoria de Comunicação da Secult

No IAP: Lincoln Antônio, do grupo A Barca (SP),ministra duas oficinas

O músico, compositor e arranjador, Lincoln Antônio, formado em Composição e Regência pelo Instituto de Artes da Unesp, ministra em Belém duas oficinas direcionadas a artistas e pesquisadores da cultura popular.

As inscrições são gratuitas e podem ser feitas no local da oficina, na sede do Instituto de Artes do Pará, que fica em Nazaré, ao lado da Basílica.

Lincoln é músico e produtor do grupo A Barca, que desde 1998 realiza um amplo trabalho de criação de espetáculos, documentação, arte-educação e produção cultural, com dois CDs gravados (“Turista Aprendiz” e “Baião de Princesas”), além das caixas “Trilha, toada e trupé” (2006, 3 CDs e DVD) e “Coleção Turista Aprendiz” (2007, 7 CDs e DVD).

As atividades serão realizadas entre os dias 30 de agosto e 6 de setembro. A primeira oficina, de 9h às 12h, será “Batuques Brasileiros: uma aproximação com a cultura popular”, que tem como objetivo o estudo e a prática musical por meio de duas manifestações populares do Brasil: o coco e o jongo, presentes no Nordeste e no Sudeste, respectivamente.

Lincoln Antônio explica que o termo “batuque” abrange as diversas manifestações populares que têm em comum a formação em roda, o canto responsorial (solista e coro), o uso de instrumentos de percussão e a dança aos pares. Nestas manifestações, música e dança entrelaçam-se como num jogo. Coco, samba de roda, tambor de crioula, carimbó e jongo são algumas das brincadeiras que possuem estas características, cujas origens estão na África.

Durante a oficina, os participantes irão trabalhar três aspectos: o canto (repertório, cantar sozinho, cantar em conjunto, improvisar), o toque (percepção rítmica e percussão: ganzás, pandeiros, caixas e tambores) e a dança (o jeito do corpo, passos, variações, dinâmica das rodas, improviso). Também serão compartilhados filmes, gravações e textos sobre o assunto.

Para esta oficina serão inscritos até 20 participantes, que devem levar ao IAP seus próprios instrumentos, como ganzás, pandeiros, caixas e tambores de mão (atabaque, tambor de carimbó, congas e similares).

A segunda oficina chama-se “Turista Aprendiz: Convívio, documentação e diálogos com a cultura popular” e será realizada no mesmo período, de 15h às 18h. O objetivo é discutir as formas de aproximação e contato com a cultura popular tradicional, os meios de aprendizagem e vivência, a importância dos mestres tradicionais e da oralidade, o registro documental, o diálogo e a recriação artística.

A partir da experiência de campo do grupo A Barca, que trabalha com a documentação e recriação artística de diversas manifestações brasileiras, e da apreciação do trabalho pioneiro do escritor Mário de Andrade nos anos 20, a oficina atualiza a questão da cultura popular tradicional e sua relação com a contemporaneidade. Para esta oficina serão inscritas até 30 pessoas.


No teatro, como diretor musical, compositor e arranjador, trabalhou com Marco Nanini e Bibi Ferreira, entre outros. Com a Cia. do Latão, desenvolveu por vários anos um trabalho de criação e interpretação musical com os atores, que resultou na música ao vivo de diversos espetáculos.

Serviço
Oficinas “Batuques Brasileiros: uma aproximação com a cultura popular” e “Turista Aprendiz: Convívio, documentação e diálogos com a cultura popular”, com Lincoln Antônio, do grupo A Barca (SP). De 30/08 a 06/09, de 9h às 12h e de 15h às 18h, no Instituto de Artes do Pará (Nazaré, ao lado da Basílica). Inscrições gratuitas, até dia 30/08, na Gerência de Artes Cênicas e Musicais do instituto. Informações: 4006-2913.

Fonte: Assessoria de Comunicação - IAP

25.8.10

No Bocaiúva Café: show para celebrar encontro da música com a poesia

Fotos: Ana Flor

O livro “Retruque”, do poeta Paulo Vieira, que traz encartado o CD “Retoque”, de Henry Burnett e Banda Clepsidra, acaba de ser lançado também em Santarém e em Goiânia

E neste sábado, 28, depois da apresentação no Teatro Margarida Schivasappa, no mês de julho, o show de lançamento do Livro/CD “Retruque/Retoque” volta à cena em Belém, desta vez, no Bocaiúva Café.

É o mesmo show, só que “mais pop e mais porrada, pedra!”, como define o cantor e compositor, Henry Burnett, que musicou, no CD Retoque, junto a banda Clepsidra, 12 poemas do livro “Retruque”, de Paulo Vieira, produzido a partir do Prêmio Criação Literária da Funarte.

A intenção no Bocaiúva é fazer um show que traga para o público o lado mais dançante do CD, assim como momentos mais instigantes, a partir das leituras dos poemas, que serão todas feitas ao vivo e a cores pelo poeta.

O projeto tem, de um lado, Paulo Vieira, um poeta acima de tudo, mas engenheiro florestal com mestrado sobre o cotidiano de vida na floresta amazônica. Do outro, Henry Burnett, músico e pós-doutor em Filosofia pela Universidade de São Paulo (USP), compositor que tem na música um exercício de pesquisa e educação.

Além deles, no meio e na base de tudo, a banda Clepsidra. Formada pelos músicos Renato Torres (violão e guitarra), Maurício Panzera (baixo) e Arthur Kunz (bateria), privilegia a experimentação e entra no projeto como uma grande parceira. “Vamos incluir no repertório, as músicas ‘Comum Acordo’, ‘Dentro da Madrugada’ e ‘Balanço de Onda’”, avisa Henry.

O livro Retruque e o CD Retoque, juntos, são uma obra inteira, que traz poemas, cifras das músicas, fotos de estúdio e texto de apresentação, onde Henry narra o processo de criação de Retoque. Estará disponível para venda neste sábado, 28.

Retoque, produzido pela Mundiando Music em co-produção com o selo Na Music, tem ainda participações especiais de Rodrigo Ferreira, nos efeitos eletroacústicos e teclado, e ainda Léo Chermont, na segunda guitarra. Iva Rothe fez participações vocais na gravação dos poemas "Bagagem Merencória" e "Guamargo".

O projeto vem percorrendo outros palcos. Nesta última quarta-feira, 25, foi lançado em Santarém, à beira do Tapajós, como Paulo Vieira já havia previsto em entrevista aqui mesmo. Foi mostrado em Goiânia-GO, por Henry, na sexta-feira, dia 20.

Isso tudo na base da carreira solo, o que não acontecerá neste sábado, no Bocaiúva, quando poeta e compositor se reencontram com a banda Clepsidra novamente. No domingo, 29, eles ainda participarão da programação da Feira do Livro, às 17h30, no Hangar, em uma versão mais light.

Serviço
Show Retruque/Retoque, neste sábado, 22h30, no Bocaiúva Café - Trav. Quintino Bocaiúva, 1086. Mais informações 3241.5928/8134-7719/e-mail: bocaiuva.contato@gmail.com. Ingresso R$ 10,00, ou R$ 5,00, meia entrada.

A vez do audiovisual no Salão Internacional de Humor da Amazônia

Com objetivo de estimular o poder de síntese e a habilidade de mostrar um conceito sobre ecologia em apenas 60 segundos, o 3° Salão Internacional de Humor da Amazônia, abriu espaço para a inscrição de vídeos, que serão exibidos em mostra competitiva, com premiação em dinheiro, durante a realização do evento, que acontecerá de 17 a 27 de setembro, com programações no Espaço São José Liberto e no Instituto de Artes do Pará.
Justificar
Os interessados em participar da mostra competitiva que ocorrerá durante a realização do evento, de 17 a 27 de setembro, devem enviar seus trabalhos, com duração de 01 (um) minuto, em qualquer formato digital, inéditos e produzidos no biênio 2009/2010, até dia 31 de agosto. Caso o vídeo não seja de nacionalidade brasileira, a legenda em português é obrigatória.

A tecnologia fica em segundo plano. A preocupação do júri centrará em torno da história e da mensagem dos vídeos. O Planeta Minuto é um formato que privilegia novas mídias, com conteúdos dinâmicos produzidos a baixo custo. O regulamento pode ser acessado no site oficial do salão: http://www.salaohumordaamazonia.com/regulamento/

As obras devem ser enviadas em DVD, com postagem até o dia 31, para Central de Produção – Cinema e Vídeo na Amazônia – III Salão Internacional de Humor da Amazônia, na Av. Magalhães Barata no. 695 – sala 205 – Bairro São Brás – Belém- Pará – Brasil – Cep.66023-240.

O 3° Salão Internacional de Humor da Amazônia- Ecologia no Traço pretende inserir-se no calendário de eventos de humor do Brasil e do mundo, com o objetivo de estimular e divulgar a produção dos humoristas gráficos.

“É importante que este salão de humor seja uma tribuna gráfica para mostrar o talento e a crítica de todos os cartunistas e videomakers preocupados com os problemas ecológicos que afligem o nosso planeta, particularmente a Amazônia”, explica Márcia Macedo, da Central de produções.

Além da premiação de melhor vídeo Planeta Minuto, o Salão também ainda premiará trabalhos de cartunistas inscritos em outras três categorias.

Na categoria Ecologia, o salão aceita cartuns inéditos que versem sobre os problemas ecológicos e que não tenham sido premiados em outros eventos. Serão selecionados 70 trabalhos.

Na categoria Livre, devem ser enviados cartuns inéditos sobre qualquer tema e que não tenham sido premiados em outros eventos. Serão selecionados 50 trabalhos.

E na categoria Caricatura, os trabalhos também devem ser inéditos, revelando qualquer personalidade reconhecida e que não tenham sido premiados em outros eventos. Serão selecionados 30 trabalhos.

Com patrocínio da Oi, através da Lei Semear, apoio cultural do Hilton Hotel (via Lei Tó Teixeira) e Oi Futuro, e apoio institucional do Espaço São José Liberto, a edição de 2010 distribuírá R$ 13.500,00 em premiação.

Serviço
3° Salão Internacional de Humor da Amazônia. Inscrições abertas até 31 de agosto. As obras inscritas em qualquer categoria (Ecologia, Livre, Caricatura e Vídeo) devem ser enviadas para Central de Produção – Cinema e Vídeo na Amazônia – III Salão Internacional de Humor da Amazônia – endereço: Av. Magalhães Barata no. 695 – sala 205 – Bairro São Brás – Belém- Pará – Brasil – Cep.66023-240. Mais informações: http://www.salaohumordaamazonia.com/regulamento/

24.8.10

Café Fotográfico discute a obra amazônica de Paulo Santos

Foram mais de duas décadas sem expor, mas sua produção de 30 anos de carreira agora está reunida, para quem quiser ver, na exposição “Amazônia – Estradas da Última Fronteira”.

Aberta desde o início deste mês no Museu Histórico do Pará, a obra do fotógrafo Paulo Santos estará em foco, nesta quarta-feira, 25, no Café Fotográfico da FotoAtiva, que acontecerá, especialmente, na Galeria Antônio Parreiras, do MHEP, a partir das 19h30.

Para debater, com público e artistas, a diversidade de visões em torno da obra fotográfica de Paulo Santos, será formada uma mesa redonda, com participação da curadora da exposição, a crítica de arte Mariza Mokarzel, e do mestre e doutor em Filosofia (PUC-USP), Ernani Chaves, e de Roberto Araújo, que assinam os textos da mostra.

Nascido em Belém, Paulo Santos disse ao jornalista Lucas Frasão, do Globo Amazônia, em São Paulo, que a exposição pretende dar aspecto documental à realidade da Amazônia.

"Um peão que mora no interior da mata, por exemplo, não come se não derrubar um pedaço de pau.

É fácil falar em defesa dessa região quando sua subsistência não depende diretamente dela. Quero crer que esse trabalho vai levar as pessoas a terem esse tipo de questionamento".

Até o fim do ano, a exposição deve passar por São Paulo e Brasília, além de incluir o lançamento de três livros com fotografias da Amazônia.

Serviço
Café Fotográfico do FotoAtiva. Nesta quarta-feira, 25, às 19h30, na Galeria Antonio Parreiras, do MHEP – Praça D. Pedro II, s/n. Saiba mais sobre a exposição “Amazônia – Estradas da Última Froneira”, no blog do projeto, aqui.

3ª edição do Salão Internacional de Humor da Amazônia prorroga período de inscrição

A 3ª Edição do Salão Internacional de Humor da Amazônia vai acontecer entre 17 e 27 de setembro, mas quem quiser participar enviando trabalhos, ainda o poderá fazer, até dia 31 de agosto.

O prazo foi prorrogado pela Central de Produção Cinema e Vídeo na Amazônia, que realiza o evento, abrindo mais uma oportunidade aos interessados.

Aliás, este ano, tem novidades. Dentro da programação acontecerá uma mostra competitiva de vídeos de até 1 minuto, que podem ser realizados em qualquer suporte digital, tendo como tema a ecologia. As inscrições também seguem até dia 31. Entre no site e leia o regulamento: www.salaohumordaamazonia.com.

“O interessante é que o vídeo pode ser feito em qualquer formato. O que vamos premiar será a idéia”, diz Márcia Macedo, da Central de Produção.

Este ano, o salão acontecerá em dois espaços: no Complexo São José Liberto, onde ficará a exposição, e no IAP, onde será exibida a mostra competitiva do Minuto Planeta e oficinas.

O evento vai homenagear o jornalista Euclides Bandeira, o Chembra, também chargista e sambista. Mas enquanto os preparativos são feitos em Belém, esta semana, o salão está realizando sua primeira mostra itinerante, em Santarém.

A exposição reúne vários trabalhos de cartunistas brasileiros e internacionais que participaram de suas duas primeiras edições. Ficará aberta até dia 27 de agosto, no Terminal Fluvial Turístico do município, com horário de visitação das 15h às 21h. A entrada é franca.

Na abertura da itinerância, o idealizador do projeto, o cartunista paraense Biratan Porto enfatizou a importância de levar o Salão para grandes centros e socializar os trabalhos gráficos através do humor ecológico.

Com patrocínio da Oi, através da Lei Semear, apoio cultural do Hilton Hotel (via Lei Tó Teixeira) e Oi Futuro, e apoio institucional do Espaço São José Liberto, a edição de 2010 traz muitas novidades. Ao todo, serão distribuídos R$ 13.500,00 em premiação.

Os vencedores do tema Ecologia receberão R$ 4 mil (1º lugar) e R$ 2 mil (2º lugar). No tema livre, o 1º colocado receberá R$ 2 mil e o 2º, R$ 1 mil. Na categoria Caricatura, a premiação é de R$ 2 mil (1º lugar) e R$ 1 mil (2º lugar). Na categoria vídeo, sai um vencedor, como prêmio de R$ 1.500,00.


Programação e convidados - Dentro da programação de formação e socialização, o evento terá mesas de debates e workshops. Entre os convidados está o cartunista Jal (José Alberto Lovetro), jornalista que começou a carreira na Folha de São Paulo, em 1973, trabalhou em diversos jornais, revistas, TV, rádio e hoje é presidente da Associação dos Cartunistas do Brasil.

Jal vai ministrar a palestra "Como utilizar o humor gráfico e quadrinhos na sala de aula", direcionado a professores e educadores. O cartunista paraense J. Bosco, já premiado em importantes salões de humor no Brasil e no exterior, vai realizar, dentro da programação, sessões de caricaturas ao vivo.

O 3º Salão Internacional de Humor da Amazônia também contará com a presença do artista gráfico e cartunista gaúcho, ilustrador de O Analista de Bagé, Edgar Vasques.

Serviço
As inscrições para o 3º Salão Internacional de Humor da Amazônia - Ecologia no Traço podem ser feitas até o dia 31 de agosto, pelo site www.salaohumordaamazonia.com. O Evento vai acontecer se 17 a 27 de setembro, no Espaço São José Liberto e no IAP. Mais informações: 91 8134.7719.

Cineclube Pedro Veriano exibe curtas realizados em fotofilmes

Em 1895, o cinema ‘brota’ da fotografia. Sendo assim, é natural que, quase cem anos depois, a foto se aposse da linguagem cinematográfica em oito exemplares nacionais do formato conhecido como fotofilmes, exibidos na tela do Cineclube Pedro Veriano nesta terça-feira, dia 24.

Vê-se a vitrola que toca uma tenebrosa música sem parar, deixando uma menina assustada e fascinada com o que acontece à medida que a agulha arranha o vinil do disco.

Um baú de registros fotográficos reconta a história de amor de um casal. Morto, o cachorro não pode se defender contra o ataque cruel que sua carne sofre, ao passo que outras fotografias dão movimento ao assalto à um banco de sangue.

Imagens do Arpoador ilustram a tela, o mar e o céu - espaço onde a gaivota costuma voar -, ave que acaba no prato de um homem. Pequenos frames de histórias que desenvolvem uma estética, não necessariamente fílmica, mas se utilizam de recursos de câmera e usam poderosamente o som para dar vida e vazão as imagens que são projetadas num fluxo narrativo.

Fios de histórias presentes em oito obras criativas de cineastas brasileiros (os chamados fotofilmes) que partem de fotos still para uma edição cinematográfica, ganham uma dimensão audiovisual legítima.

Filmes - Aqueles Dias (Gustavo Nasr, RJ, 2004); Arpoador (Fernanda Ramos, RJ, 2005); Banco de Sangue (Luiz Montes, SP, 1998); Gaivotas (Cristian Borges, RJ, 1997); Jugular (Fernanda Ramos, RJ, 1997); Juvenília (Paulo Sacramento, SP, 1994);
Para Sempre Assim (João Carlos Lemos e Róger Carlomagno, MG, 2001);
Vinil Verde (Kleber Mendonça Filho, PE, 2004).

Serviço
Sessão Fotofilmes, nesta terça-feira, 24, às 18h30, no ponto de exibição - Cineclube Pedro Veriano, que fica na Avenida Nazaré, prédio da Casa da Linguagem, s/n, esquina com Avenida Assis de Vasconcelos.

Grafismo corporal indígena em destaque hoje no Saber da Fonte

“Grafismo Corporal Aikewára: a dança das identidades escritas com jenipapo e urucum” é o tema da palestra de Ivânia Neves, doutora em Antropologia (Unicamp) e professora da Unama, nesta terça-feira, 24, às 18h30, no Auditório do Instituto de Artes do Pará (IAP).

Sobre a palestra: Os índios Suruí-Aikewára vivem atualmente no Sudeste paraense e somam pouco mais de 300 índios. Depois de uma forte depopulação vivida no final dos anos de 1960, os 33 índios sobreviventes assumiram como principal compromisso de suas vidas conservar sua cultura.

Neste processo de reestruturação social, em que precisaram negociar muitos de seus valores tradicionais com a cultura ocidental, as representações artísticas, que se constituem com os processos culturais e históricos por que passaram esta sociedade, representaram um dos mais significativos espaços de resistência.

Em suas narrativas orais, suas músicas, nas pinturas corporais, na plumagem colorida, na confecção de suas redes tradicionais, das saias de algodão, dos maracás, dos arcos e flechas sobreviveu a tradição Aikewára. O objetivo da pesquisadora é mostrar a importância do grafismo corporal na afirmação da identidade Aikewára, analisando como os desenhos também passaram por um processo histórico de transformação.

O Saber da Fonte promove diálogos sobre a cultura amazônica a partir da difusão de estudos e pesquisas acadêmicas, todas as terças-feiras, sempre às 18h30, no auditório do IAP (Nazaré, ao lado da Basílica). Entrada franca.

23.8.10

Inovacine exibe "Brás Cubas", de Julio Bressane, no auditório do Iphan

Texto: Miguel Haoni, da APJCC

Machado de Assis foi, e aínda é, o maior romancista do Brasil. Suas obras punham a nu o mito do "bom brasileiro" ao retratarem a cretinice, o egoísmo e a covardia do povo.

"Memórias Póstumas de Brás Cubas" é seu testamento poético. Ao recapitular a vida e morte de um legítimo e vazio burguês perdido na côrte, Machado analisa com humor e coragem o espírito humano em seus aspectos mais pífios e embaraçosos.

Julio Bressane é o fauno do cinema underground brasileiro. Erotismo e ironia são os ingredientes principais na sua experimentação cinepoética. "Matou a Família e Foi ao Cinema", um dos maiores filmes da história do cinema brasileiro, é uma cuspida audiovisual no olho da mediocridade. Seu rigor cênico e seu despojamento são a prova cabal de que é possível realizar obras-primas sem dinheiro nenhum. Uma verdadeira lição aos pseudo-cineastas pobres, ricos e de classe-média.

O encontro do grande mestre com o pequeno gênio resultou em um filme bestial. "Brás Cubas" é um orgasmo de experimentação, ousadia e lirismo. Machado de Assis sadomasoquista encontra a sacanagem demolidora do grupo teatral "Asdrúbal Trouxe o Trombone" e do epidérmico Luís Fernando Guimarães. O filme em si revela o olhar de Bressane sobre o Rio de Janeiro ao retratar em Brás Cubas o primeiro garotão da Zona Sul, e o Paço Imperial como palco da pornochanchada realista.

"Brás Cubas" é a releitura cinestética de (quase) todos os capítulos do livro. Um filme gigantesco de baixíssimo orçamento que escorre arte dentro do acuado cinema brasileiro dos anos 80.

Serviço
“Brás Cubas”, de Julio Bressane, quarta-feira, dia 25 de agosto, 18:30H, no auditório do IPHAN, Travessa Rui Barbosa, esquina da Avenida Governador José Malcher. Realização: INOVACINE. Apoio: IPHAN. Informações: 8813-1891.


Pesquisa revela a história do livro e dos gabinetes de leitura em Belém

Às vésperas da abertura da XIV Feira Pan-Amazônica do Livro, que acontecerá de 27 de agosto a 05 de setembro, no Hangar, com entrada franca, homenageando a África que fala português e tendo como patrono, o escritor e poeta Bruno de Menezes, uma pesquisa chama atenção, ao revelar que o Estado do Pará foi o quarto maior importador de livros vindos de Portugal para o Brasil, no século XIX.

A afirmação é da pesquisadora Izenete Nobre, em seu trabalho de mestrado intitulado “Leituras a Vapor: a cultura letrada na Belém oitocentista”, apresentado nesta última sexta-feira, 20, dentro da programação do I Seminário de Bolsistas da Fundação de Amparo à Pesquisa do Pará – FAPESPA, que integrou a programação da 3ª Feira Estadual de Ciência e Tecnologia, no Hangar Centro de Convenções da Amazônia.

A pesquisa de Izenete foi um dos 34 trabalhos de mestrado ou doutorado que foram realizados nas diversas áreas do conhecimento, através de bolsas da Fapespa, cujo edital é publicado desde 2007. Até este ano de 2010, já foram concedidas 438 bolsas, sendo 307 de Mestrado e 131 de Doutorado. A pesquisa de Izenete faz parte de um projeto maior, coordenado pela Professora Germana Sales (UFPA), que estuda a História do Livro e da Leitura no Pará.

O foco inicial da pesquisadora era comprovar a existência de um sistema literário em Belém organizado por um tripé defendido por Antonio Candido em sua obra “A Formação da Literatura Brasileira”. Mas o levantamento feito a partir dos textos produzidos por autores paraenses e divulgados nos jornais do XIX, acabou apontando um outro caminho de investigação que chegou à circulação de Romances em Belém e sua divulgação na imprensa.

Imprensa e mercado livreiro - Izenete conta que a imprensa foi, durante todo o processo de fixação estrangeira e de urbanização da cidade de Belém, a principal responsável pela divulgação do que se pensava e lia em todo o Império. De acordo com a pesquisadora, as folhas periódicas foram o veículo difusor de cultura e de leitura durante toda a segunda metade do século XIX. Através de suas páginas, eram anunciadas as modificações sociais e a fundação de espaços democratizadores da leitura como as livrarias e os gabinetes de leitura.

“Sabe-se que a leitura possui uma história e essa História é definida por maneiras de apropriação que definiam uma identidade cultural. Segundo Robert Darnton, o ato de ler constitui ‘um fenômeno social’, no qual as diferentes maneiras de ler e se expressar estão presentes. Nesse sentido, o crescimento do mercado livreiro e o surgimento de espaços voltados para leitura funcionaram como vulgarizadores de uma cultura letrada, cujo representante estaria em uma Europa dita civilizada”, cita Izenete.

Assim ela investigou de que forma o incremento livreiro (o mercado livreiro) se tornou responsável por modificações sociais e culturais numa cidade onde o discurso de carência foi uma constante durante toda a primeira metade do século.

“Verifiquei que, com a chegada de novos livros e homens influenciados por idéias capitalistas e, ao mesmo tempo, iluministas, a implementação no sistema educacional tornou-se uma das principais reivindicações na cidade de Belém, conquanto era, na educação do povo, que estaria a “evolução” e inserção da província no contexto intelectual do império, uma vez que, economicamente, já era importante para as rendas do tesouro imperial”, diz.

Gabinetes de Leitura - Uma vez evidenciada a expansão do mercado livreiro, a pesquisa evoluiu para a investigação dos espaços onde o livro pudesse circular como produto de civilidade e cultura, chegando a informações sobre a fundação de gabinetes de leitura em Belém, iniciativa que os portugueses já haviam tido, também em Recife e no Rio de Janeiro.

A pesquisa revelou a existência de um Gabinete Português de Leitura fundado em 1857, antes mesmo do afamado Grêmio Literário Português, de 1867. Apontou, ainda, equívocos já publicados por estudos historiográficos sobre a origem e fixação da colônia portuguesa no Pará, como os de Eugênio Leitão de Brito e Geraldo Mártires Coelho, entre outros.

Tais estudos dizem que o Grêmio Literário e Recreativo Português teria sido o quinto Gabinete de Leitura a ser instalado no Brasil, sendo a segunda associação criada por portugueses em Belém, depois da fundação da Sociedade Beneficente Portuguesa, e a primeira biblioteca de Belém, composta por meio de aquisição de livros do Rio de Janeiro e de Lisboa. Mas de acordo com Izenete, as datas estão incorretas.

“A Biblioteca Pública de Belém data de 1839, com sua instalação em 1840 em uma das salas do Colégio Paraense, além do Gabinete Português de Leitura, em 1857, fundado vinte anos depois da criação do Real Gabinete Português de Leitura no Rio de Janeiro e não trinta como afirmam aqueles estudiosos. Assim sendo, contrariamente ao que afirma Leitão e Coelho, a segunda associação portuguesa no Pará foi o Gabinete Português de Leitura fundado em 1857 e não o Grêmio Literário Português”, diz.

Pesquisa - Para chegar a estas conclusões, Izenete pesquisou em várias bibliotecas de Belém, na Biblioteca Nacional e encontrou, n a internet, projetos resgatando a memória da leitura e do Livro espalhados pelo Brasil.

“Apoiei-me bastante na pesquisa em Jornais e em periódicos, enfim, utilizei de tudo quanto foi fonte possível desde jornais, folhetos, livros de história, inventários, testamentos, livros antigos digitalizados e impressos. Também mapeei alguns livros publicados por impressores e tipógrafos locais”, justifica. A pesquisa foi de tal forma envolvente que a pesquisadora foi levada por caminhos que sequer havia imaginado.

“Constatei que a maioria dos impressores era de origem estrangeira e, por isso, tive que estudar a história da navegação e liberação pelos Rios da Amazônia. Pesquisei até coisas que não imaginava, pois como não tinha nada sistematizado por estudo nenhum tive que eu mesma procurar fazê-lo”, ressalta.

O trabalho dela vem servindo como base de leitura para os novos trabalhos feitos na área, auxiliando outros estudos sobre a construção da intelectualidade paraense bem como para se estudar como ocorreu ou ocorre a formação de leitores no XIX no Pará.

Para ela, é necssário mais espaços de leitura em Belém. “Temos poucas bibliotecas e essas não tem um acervo muito grande. Falta maior incentivo ao gosto pela leitura. Nossa memória de leitura parece estar sendo esquecida, assim , como se esqueceu o Gabinete Português de Leitura do Pará, espaço destinado a congregar pessoas em torno da leitura e da cultura”, diz.

Depois do Mestrado, que fez como bolsista da Fapespa, Izenete está tentando vaga no Programa de Doutorado da Unicamp. “Já enviei meu projeto e espero que seja aprovado. Pretendo expor o que consegui descobrir, ou melhor, descortinar durante a minha pesquisa e quem sabe atrair novos pesquisadores para este campo de estudo”, finaliza.

21.8.10

Entrevista: Usina estreia seu mergulho em Dalcídio Jurandir

No início desta semana, Alberto Silva Neto, diretor do Grupo Usina Contemporânea de Teatro, convidou jornalistas, amigos e artistas que quisessem assistir os ensaios de “Eutanázio e o princípio do mundo”, que estreia hoje (21), e fica em cartaz até setembro, aos sábados e domingos, sempre às 20h, no Instituto de Arte do Pará, com entrada franca.

Era um ensaio corrido, com início marcado para o meio dia. O convite, aqui, foi aceito e a alma, alimentada. Na sala de dança, a concepção visual de Nando Lima; a iluminação de Sonia Lopes; o desenho de som de Cláudio Melo e a dramaturgia de Paulo Faria, paraense radicado em São Paulo, colocam o público em um cenário de atmosfera amazônica e marajoara.

As sessões são para, no máximo, 45 pessoas. Entrando no espaço cênico da nova montagem do Usina, sente-se logo o remanso da maré e a velocidade do tempo, na ilha do Marajó, testemunhas dos conflitos de Alfredo, personagem interpretado pelo ator Milton Aires, e das histórias de Eutanázio, contadas por Felícia, Raquel e Irene, interpretadas por Nani Tavares, Valéria Andrade e Vandiléia Foro.

Com o patrocínio do Ministério da Cultura, o projeto propõe uma versão cênica para algumas histórias narradas pelo romancista Dalcídio Jurandir em seu primeiro livro, “Chove nos campos de Cachoeira”. A realização conta com apoio cultural de Instituto de Artes do Pará, Academia de Danças Ana Unger, Hotel Regente.

A ideia de levar à cena o universo de Dalcídio está nos planos do Usina há 12 anos. A oportunidade veio com o prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz, da Funarte, em 2009.

Além da montagem do espetáculo, a ação incluiu pesquisa de campo no Marajó, e realização de oficina e apresentação de “Parésqui”, espetáculo anterior, no município de Ponta de Pedras.

Foram meses de trabalho, com ensaios e um seminário, o ponto de partida de tudo, ainda em fevereiro deste ano. “Fizemos um longo mergulho. Em certos momentos parecia que não íamos aguentar. Mas estamos aqui, prontos pra mostrar, em carne e osso, a que chegamos”, diz o diretor do espetáculo, Alberto Silva Neto.

Pergunto a ele como lhe fica agora a obra de Dalcídio, depois deste mergulho profundo. O diretor me diz que "a obra do escritor é um abismo para dentro do ser humano”, e que ele continua se sentindo como um leitor apaixonado, que sempre terá diante de si um infinito a desvendar.

O espetáculo é delicado, suave e, ao mesmo tempo, impactante sob o ponto de vista estético, denso sob o da dramaturgia. “Espero que nosso espetáculo contribua para aproximar esse genial escritor paraense de mais e mais pessoas. Precisamos ler Dalcídio Jurandir”, enfatiza.

Depois da temporada de estréia, a expectativa do grupo é circular com o espetáculo. Anda não há nada previsto mas, na intenção de viajar com a peça, o grupo projetou uma estrutura simples, pensada pra facilitar os deslocamentos e se adequar aos mais variados espaços, sem perder sua poesia.

Após os últimos ensaios, e na expectativa da estreia, Alberto Silva Neto respondeu a entrevista que segue abaixo, realizada pelo Holofote Virtual para seus leitores. Saiba um pouco mais sobre como o encanto amazônico dalcidiano se projetou na encenação do Usina.

Holofote Virtual: O universo de Dancídio Jurandir, em Chove nos Campo se Cachoeira, está muito presente nesta montagem, ma sé difícil imaginar como conseguistes condensar desta maneira um texto tão denso quanto extenso...

Alberto Silva Neto: Buscar inspiração num romance pra criar a cena teatral é fazer escolhas. Não dá pra abarcar a complexidade de um romance em uma hora de espetáculo. Decidimos, primeiramente, que iríamos contar duas histórias paralelas, a do menino Alfredo e a de Eutanázio.

O primeiro sonha com o futuro, o segundo é atormertado pela lembrança do passado. Pensamos, também, que a história de Alfredo poderia ser contada por ele mesmo, enquanto a de Eutanázio seria narrada por três mulheres de sua vida: Raquel, Irene e Felícia.

A ausência dele se faria presente. Assim, o elenco mergulhou na obra e extraiu dela aquelas palavras que gostaria de fazer também suas. Como eu posso "me dizer" pelas palavras de Dalcídio?

Depois veio a participação importante do Paulo Faria, como dramaturgo, que ajudou a organizar essas falas pessoais numa estrutura, que no fim contou com a colaboração de todos. Acho que o resultado de todo esse processo faz com que o universo dalcidiano povoe, de certa forma, o espaço cênico.

Holofote Virtual: Em pouco mais de uma hora, o espetáculo parece dar conta do romance, foi a sensação de uma primeira impressão que tive. Como vocês chegaram a isso? E do que sentirias falta, ainda no texto, na encenação?

Alberto Silva Neto: Nem sei dizer quantas versões diferentes fizemos dessa dramaturgia. Todo dia mudávamos frases de lugar, trazíamos novas ou jogávamos fora cenas inteiras. Foi o jogo da criação cênica que definiu o que seria dito. E a potência de gerar imagens ricas a partir dos fragmentos escolhidos. Hoje, sinceramente estou satisfeito com o resultado. Tenho convicção de que essa é a nossa melhor versão para a obra que escolhemos para induzir essa criação. O que não significa que não pensarei diferente amanhã.

Holofote Virtual: Há um recorte de vida pessoal do ator Milton Aires, que faz um paralelo do tempo da infância de Alfredo. Qual foi teu intuito em utilizar esta linguagem no espetáculo?

Alberto Silva Neto: No caso do trabalho com o ator Milton Aires, que nasceu no Marajó, escolhi revelar, em cena, as histórias pessoais que foram contadas, como exercício para buscar experiências de vida dele que pudessem servir ao trabalho.

O resultado é que na dramaturgia final ora ele narra Alfredo, ora conta histórias de vida reais, que no final das contas se parecem muito com a ficção dalcidiana. Nesse sentido, é muito corajosa a atitude do Milton, de se contar assim, é comovente de tão delicado o trabalho dele.

Holofote Virtual: Pude ver em “Eutanázio”, um pouco das linguagens utilizadas também em Parésqui, Mandrágora e o Solo do Marajó, todos dirigidos por ti. Fala um pouco sobre esta construção, como um traço ou uma marca de direção tua.

Alberto Silva Neto: De fato há semelhanças, e percebo que existe um fio estético unindo essas encenações. Ainda não sei falar muito disso. Mas posso dizer que uma referência muito forte são os conceitos de espaço e objetos vazios, de um encenador inglês chamado Peter Brook.

A cena é um espaço como uma folha em branco, na qual você vai escrever as cenas ressignificando o tempo todo o corpo do ator e os objetos cênicos. Já a presença dos atores em cena assume a função de mostrar que os criadores são também testemunhas do ato dos companheiros de criação.

É muito bonito ver um ator assistindo ao colega enquanto ele atua, e também saber a hora de desaparecer, mesmo estando o tempo inteiro ali, presente.

Holofote Virtual: Ao ver o resultado de um projeto, que levou meses de preparação, penso nos obstáculos naturalmente impostos pela longa duração do processo e que só podem ser vencidos se o trabalho de todos os envolvidos for feito em conjunto e com certa paixão. Como é que tu vês isso como o diretor?

Alberto Silva Neto: O teatro é uma arte coletiva. Quem não compreender isso está perdido. Cedo ou tarde descobrirá o erro. E nós, no Usina, temos isso como premissa: todos são criadores.

Foi assim que tivemos, além do Milton, as atrizes Nani Tavares, Valéria Andrade e Vandiléia Foro, todas mergulhadas em desafios pessoais na relação com o trabalho, muito guerreiras, muito decididas, muito apaixonadas.

Depois a equipe, com Nando Lima na concepção visual, Cláudio Melo no desenho de som, Sonia Freitas na iluminação, e outros tantos parceiros cenotécnicos, operadores, produtores, que foram e são, todos eles, fundamentais pro resultado final.

Teatro é assim: muitas falas convergindo para uma única concepção cênica, que deve ser capaz de abarcar, ao mesmo tempo, a unidade e a multiplicidade desses muitos olhares. Esse talvez seja o grande desafio dos encenadores.

20.8.10

Ricardo Smith em noite acústica toca clássicos do rock no Bocaiúva Café

Além de música o bar está abrindo espaço ao teatro, cinema e artes plásticas. No domingo, funcionando para o almoço, tem cardápio de comidas regionais.

A noite desta sexta-feira, 20, no Bocaiúva Café, será para dançar. O show “Ricardo Smith Acústico” traz o repertório delirante dos anos 80 e 90.

“O show é basicamente feito de rock clássico de todas as épocas, com músicas que geralmente as pessoas conhecem, como The Beatles, Credeence, Stones, U2, The Police, Dire Straits, The Smiths (foto), The Cure, Red Hot Chili Peppers, Per Pearl Jam, Nirvana, Legião Urbana, Capital Inicial”, diz Ricardo Smith que estará acompanhado por Leonardo Machado (bateria) e André Beltrão (baixo).

O músico tem um trabalho mais conhecido na área da música instrumental, mas desde que retornou a Belém, há três anos, voltou a tocar rock. Eclético, na verdade, sua carreira começou com a banda Soledad, de heavy metal, que fez certo barulho por aqui nos anos 90.

“Sim, sou eclético. É preciso, mas não vendo a alma para o diabo. Pagode , axé, sertanejo, nem pensar. Estou tentando também engrenar minha carreira autoral”, diz.

Pode-se conhecer alguma coisa desse lado autoral do artista no site http://palcomp3.com/ricardosmith/. Ricardo gravou todos os instrumentos em seu Home Studio.

“Fiz tudo só, todos os instrumentos. Meu pai (Ricardo Smith também) cantou umas que estão neste site, que eram para o CD dele, e pretendo ainda este ano começar a organizar melhor esse lado da carreira autoral, talvez acertar uma distribuição do Cd com um selo daqui da cidade”, explica.

Ricardo diz que optou por fazer o CD digital por ser mais prático para colocá-lo à disposição do público.

“O CD físico demanda muita burocracia e trabalho para a sua produção e distribuição. Eu só queria fazer música e não ter que me preocupar com esses detalhes', explica Ricardo Smith.`Mas enquanto o CD não sai da virtualidade, Ricardo propõe esta noite acústica de muito rock, pra curtir e dançar.

Além do show de Ricaro Smith, neste final de semana, ainda tem, também nesta sexta-feira, 20, show de música brasileira, com Rogério Almeida (voz e violão), Bruno Benitez (Guitarrista) e Bruno Mendes (Percucionista). No sábado, 21, tem banda Tio Nelson, com música pop e rock, num show eletrizante. O couvert dos músicos custa R$ 5,00. O Bocaiúva Café fica na Trav. Quintino Bocaiúva, 1086 (endereço do extinto Café Imaginário). Mais informações 3241.5928/8134-7719.

Na próxima semana, antecipo que haverá, no dia 28, a volta do show “Retruque/Retoque", (Na foto de Ana Flor, ao lado) de Hnery Burnett, Paulo Vieira e banda Clepsidra.

Praticamente inédito em Belém, foi realizado em julho, no Teatro Margarida Schivasappa do Centur. Agendem-se, é imperdível, além de música, a noite também será de poesia.

Atenção - O Bocaiúva Café é um novo espaço para a música, o cinema, artes plásticas e a performance teatral em Belém. Os interessados em apresentar mini espetáculos, stand ups, shows e mostras de arte e curta metragem, etc devem enviar um e-mail com a proposta aqui para o Holofote Virtual (holofotevirtual@gmail.com), parceiro deste projeto. Uma nova programação está sendo agendada para temporadas para os meses de setembro, outubro, novembro e dezembro.

Domingo - O Bocaiúva também abre aos domingos para o almoço, a partir das 11h. No cardápio, peixes, comidas regionais e novidades como uma pissa de maniçoba e linguiças de jambú, entre outros. O Bocaiúva Café fica na Trav. Quintino Bocaiúva, 1086 (endereço do extinto Café Imaginário). Mais informações 3241.5928/8134-7719.

19.8.10

Desabusados Cia. desafia o olhar do espectador em “Por a Caos”

Uma provocação ao olhar do espectador. Poderíamos definir assim, de forma simples, “Por a Caos”, a segunda montagem do grupo, que estréia nesta sexta-feira, no Bar Le Marchand. As fotos são de Thiago Araújo.

Mas não é tão fácil assim, não. Na encenação, as decisões dos personagens ou eventos do acaso interferem diretamente no rumo que a história vai tomar. “Existem muitos finais para esta trama...”, avisa Ester Sá, a diretora.

A idéia das múltiplas possibilidades está na maneira como a montagem oferece ao espectador, o olhar para o espetáculo, pois as cenas acontecem concomitantemente em dois diferentes espaços do local de apresentação.

“O espectador optará por um espaço, e verá apenas um dos pontos de vista, pois na vida as coisas são assim, não damos conta de ver tudo nem de viver tudo, há sempre algo inexoravelmente perdido nas decisões que não tomamos, e essa teia, impossível de ser trilhada por inteiro nos causa fascínio, pois trás a sensação das vidas que não pudemos viver”, explica Ester.

A linguagem do cinema-vídeo fez parte tanto do processo de pesquisa e experimentação para a composição do espetáculo como é parte importante na encenação.

“No processo de pesquisa raciocinamos e ensaiamos em time-line (linha do tempo) e as sequências foram ensaiadas fragmentadas e sem linearidade, o que é uma característica do cinema.

Os atores compunham as interpretações das sequências e depois juntávamos, fazendo uma espécie de montagem como se estivéssemos numa ilha de edição. Isso foi um grande exercício para todos na equipe”, continua.

Nos vídeos os personagens terão estética de HQ. E no corpo do espetáculo, incorporado como o ponto de encontro entre os dois ambientes, o vídeo ganha transmissão.

Ora está ao vivo, ora em projeções de desenhos onde o grupo mostra os personagens e seus destinos, seis anos depois do que acabará de acontecer na trama. Fundada em 2006, o grupo estreou com “Quem vai levar Mariazinha para passear?”, o espetáculo que já percorreu diversas temporadas em Belém.

Foi apresentando em teatros e outros locais alternativos e este ano ganhou edital do Curta Criança do Ministério da Cultura e vai virar cinema! Mas o espetáculo foi mostrado também no Festival Territórios de Teatro (2008), Encena Sesc (2007), Festival Brasileiro de Artes Cênicas (2008).

Em 2008 e 2009, os desabusados investiram em projetos individuais de onde nasceram os trabalhos Iracema Voa, de Ester Sá, Miniteatroambulante, de André Mardock e a produção do Núcleo de Atores Independentes, de Maurício Franco.

FICHA TÉCNICA

Direção e Encenação– Ester Sá e Maurício Franco; Dramaturgia em processo colaborativo - Ester Sá, Maurício Franco e elenco; Elenco: Ana Marceliano, Patrícia Kossissi, Paulo Marat, Pedro Olaia e Sandra Perlin; Composição de Luz – Iara Sousa.

Operação de Luz – Malu Rebelo; Montagem de Luz – Tarik Coelho; Cenografia – Nando Lima; Figurinos– Maurício Franco; Confecção de figurinos – Cláudia Silveira.

Desenhos em HQ – André Mardock e Maurício Franco; Pós-produção em vídeo- André Mardock e Robson Fonseca; Operação de áudio e vídeo – André Mardock e Eddie Pereira; Trilha Sonora – Renato Torres; Preparação corporal – Patrícia Almeida; Camareira/ass. de produção – Marisa Sousa; Produção – Evanha Vieira.

Serviço
O espetáculo estréia nesta sexta-feira, 20 e fica em temporada nos dias 21, 26, 27 e 28 de agosto, e nos dias 04, 05, 11, 12, 18, 19, 25 e 26 de setembro, sempre às 19:30h. No Bar Le Marchand - Braz de Aguiar, próx. a Quintino. Ingressos: R$ 20,00 e R$ 10,00 para estudantes de carteirinha.


Homenagem à escritora paraense, “Ô Abre Alas... Eneida vai passar!”

O Japiim, um grupo de teatro de Castanhal, se apresentará no palco principal da 3ª Feira de Ciência e Tecnologia, nesta quinta-feira, 19, a partir das 17h. Entrada franca.

Formado por crianças e adolescentes, o grupo impressiona pelo trabalho que apresenta.

Vale ir ver este belo exemplo de como se utilizar o teatro na educação, aprimorando o fazer artístico e, ao mesmo tempo, despertando o prazer das descobertas através da leitura.

Já tive oportunidade de vê-los em cena lá em Castanhal. O espetáculo é de qualidade, em interpretação, figurino e cenário. O grupo costuma trabalhar obras da literatura, neste caso, da grande Eneida de Moraes, fundadora do Museu da Imagem e do Som do Pará, carnavalesca e parte do movimento literário do país.

Aliás, no ano que vem, um curta metragem paraense será realizado em sua homenagem, com roteiro de Adriano Barroso, baseado no texto “Promessa em Azul e Branco”, premiado pelo MinC.

Eneida - O Grupo Japiim se veste e reveste das lembranças de Eneida de Moraes, paraense, de Belém, jornalista, escritora, plena de encantamentos, amor, voz forte, poderosa, admirada, cantada em versos e reversos.

Modelo de resistência consciente contra todo modo de restrição às expressões da vida: resistiu contra preconceitos, contra o fanatismo, contra a dor e mesmo contra a morte O carnaval, que ela tanto amou, é um símbolo dessa alegria e superação.

“Ô Abre Alas... Eneida vai passar!” deseja realçar Eneida, sempre livre... Eneida , sempre em Flor, Eneida, sempre viva... Eneida, sempre amor e antes de tudo – Mulher! Mulher Paraense!

“Ô Abre alas” para a emoção, a magia e a liberdade da Arquiteta do lirismo histórico-político, do folclore paraense, das injustiças sociais, das dores humanas.

“Ô Abre Alas” abre espaço para a atmosfera onírica que envaidece o acervo dos imortais escritores. São Marchinhas e Sambas, costurando ideias fortes. Magia e cores na delicadeza de Aruanda (terra livre e bela – país do Amor).

O país de sonhos que trazemos dentro de nós perfumado por Banho de Cheiro, desejos de paz para Tanta Gente, em uma esquina qualquer ou na Conversa de Mulher muito mais do que Promessa em Azul e Branco porque felicidade, paz, alegrias em todas as nuances dessa Companheira(s) para sempre!

O Grupo Japim - Os Contadores de Histórias é um Programa de Incentivo à Leitura, da Rede Municipal de Ensino (SEMED) que, desde 2004, assumiu o compromisso de revitalizar as Salas de Leitura.

É um Programa lítero-musical e cênico, com o objetivo de “despertar” a paixão pelas descobertas e “contagiar” leitores pelo prazer de ler, ouvir e interagir com as histórias encontradas nos mais diversos tipos de literatura. A preocupação é demonstrar como esse hábito pode ser interessante e divertido!

São momentos de estudos e pesquisas que ampliam o sentido de ler, chamar a atenção para os detalhes e lançam luz, sobre os textos!

Pelos resultados significativos na formação de leitores, autores e atores, o Programa Grupo Japim: OS Contadores de Histórias, através dos contos dramatizados, tem apresentado aspectos surpreendentes da força imaginativa, da criação verbal e da inovação em Arte Educação.

Essa Experiência da Rede Municipal de Ensino está fundamentada no acervo bibliográfico – Literatura Diversificada de autores clássicos e contemporâneos.

Ênfase para a literatura regional: autores como Dalcídio Jurandir, Eneida de Moraes, Benedito Monteiro entre várias expressões do acervo bibliográfico da Amazônia com atividades específicas da mediação de Leituras, contatos com ritmos, mistérios, personagens, sentimentos universais, que dialogam com os contadores mirins e a plateia, tocando o coração.

Cultura e Ciência - O espetáculo faz parte da mostra sócio-cultural da 3ª Feira de Ciência e Tecnologia, evento que faz parte da Semana Nacional DE C&T, que segue até esta sexta-feira, no Hangar Centro de Convenções da Amazônia.

Além da programação cultural, vários estandes apresentam trabalhos científicos de estudantes do ensino fundamental e médio, além de experiências da institutos de pesquisa paraenses que colocam a ciência mais próximas de nós. Não deixem de visitar, tem muita coisa interessantes, só até esta sexta-feira, 20.

Este ano, a Escola de Teatro e Dança e de Música da UFPA estão presentes. É possível encontrar nos estandes, publicações com informações preciosas sobre os trabalhos desenvolvidos pela instituição, além de assistir vídeos de apresentações eruditas. Um deleite.

Maria Christina expõe “Álbum de Família e Outras Histórias”

Um álbum de fotografias é sempre um território onde se depositam delicadezas: lembranças de momentos que se quer guardar, como um documento para eternizar pessoas que nos são caras. Família, amigos, amores... conjuntos da memória tornados elementos agrupados em páginas marcadas por afetos inesquecíveis.

“Álbum de Família e outras histórias” decodifica o desejo contido das relações, e em forma de retratos, desvenda o universo íntimo da autora, e tendo-a como referente, cria uma cartografia de afetos sob os mais diversos laços, sejam de parentesco, sejam de amizade, sejam emocionais, estabelecendo um diálogo com o espectador, provocando-o e às lembranças, trazendo à tona suas memórias e suas imagens submersas.

Cerca de vinte e cinco imagens comporão um relato visual da fotógrafa Maria Christina, que neste projeto propõe uma conversação sobre relações, extrapolando o ambiente familiar para provocar sentidos, instigar novas proposições dentro do campo da arte, que sempre mais é um terreno de convivência coletiva.

Com curadoria do artista visual e pesquisador Jorge Eiró “Álbum de Família e outras histórias” inaugura nesta quinta-feira, 19h, no Espaço Cultural do Banco da Amazônia, a partir das19h e ficará aberto até o dia 24 de setembro.

Serviço
Exposição Álbum de Família e outras histórias. Espaço Cultural do Banco da Amazônia - Av. Presidente Vargas, esquina da Rua Carlos Gomes. O vernissage é hoje, 19 de agosto, a partir das 19h. A exposição ficará aberta ao público até 24 de setembro.

Exibição de filmes e oficinas de formação cineclubista em Belém e Igaraé Açú

Na próxima semana, o Inovacine realiza sua oficina de Formação Cineclubista em Belém. O limite de vagas é a lotação do Cine-Teatro Líbero Luxardo (80 vagas). De 23 a 27 de agosto, das 9h às 12h, os inscritos participarão de uma oficina que tem como conteúdo a instrumentalização prática de se tocar um cineclube (da pré à pós produção) e o aprofundamento na teoria cinematográfica através de sua História.

Das 14h às 18h, também complementando as aulas da manhã, mas sendo um evento a parte, a programação de filmes escolhida seguirá o viés da maldição. Sabemos que um dos papéis que este profissional (cineclubista) deve assumir perante a sociedade é o de trazer à luz obras raras.

Serão exibidos o clássico noir “Anjo do Mal”, do 'contrabandista' Samuel Fuller; o vanguardista, “Limite”, do brasileiro Mário Peixoto; o onírico “Lisa e o Diabo”, de Mario Bava; “Café Lumiére”, de “Hou Hsiao-Hsien” e uma sessão paraense de curtas, com o documentário de denúncia “Dezinho”, de Evandro Medeiros e a ficção “Matinta Perera”, de Jorge Vidal.

A inscrição é gratuita, a conversa é franca. O Inovacine, projeto criado numa parceria entre a Fapespa e a APJCC, tem como norte, neste segundo semestre, manter uma regularidade de pelo menos uma ação a cada 15 dias, em Belém, e uma viagem, todo mês, a outras cidades do Estado.

Antes do evento no Centur, nos dias 20, 21 e 22 de agosto o Inovacine estará na UEPa, em Igarapé-Açú. Na programação, o gênero do fantástico será privilegiado. Além da sessão paraense, que exibirá o premiado “Chama Verequete”, de Luiz Arnaldo e Rogério Parreira, serão exibidos a ficção científica “2001: Uma Odisséia no Espaço”, de Stanley Kubrick, e o terror “O despertar da besta”, de José Mojica Marins.

Serviço
As inscrições podem ser feitas por e-mail (comunica@fapespa.com) com o assunto Inscrição, e, no conteúdo, apenas o nome completo e o contato telefônico. Qualquer dúvida ligar para 91 8114-8146. Oficinas: Em Belém, no Cine Líbero Luxardo (Av. Gentil Bittencourt, 650, Térreo), nos dias 23, 24, 25, 26 e 27 das 9h às 12h e das 14h às 17h. Em Igarapé-Açú, no campus da UEPA, nos dias 20, 21 e 22, das 9h às 12h e das 18h às 21h. Entrada franca.