31.1.11

Cultura Usada Books lança blog com programação lítero musical

O blog já está no ar, mas ainda em construção. O lançamento oficial será nesta sexta-feira, 04, com programação aberta ao público em sua sede na Av. Assis de Vasconcelos, 485 – Pça. Da República. A festa começa às 17h e conta com a participação  musical de Dand M e JPaulo Lobo; Juracy Siqueira, que recitará trovas e cordéis, além da performance teatral com o ator e  Dario Jaime.

Manter um sebo de livros não é tarefa fácil. Proprietários e frequentadores dos sebos têm em comum a chance comprar e vender livros usados a baixo custo, a paixão pelos livros e a oportunidade de adquirir ou oferecer obras raras. 

É esse amor que faz com que os donos de sebo resistam e persistam aos avanços e facilidades da internet, com opções em primeira mão a preços bem em conta. 

Em Belém, o número de estabelecimentos que sobrevivem da venda de obras usadas está cada vez menor. Os mais antigos já fecharam as portas, outros lutam para manter essa cultura viva, oferecendo raridades ao um custo baixo e diversificando seus negócios.

José Carlos Lima é proprietário daquele que talvez seja o sebo mais antigo, ainda em funcionamento, já que O Econômico, Baú, O Arqueólogo e a Confraria do Livro - fecharam as portas, este último ainda está se desfazendo de seus exemplares.

Professor de filosofia concursado, Carlinhos como é mais conhecido por seus clientes, abriu a Cultura Usada em 1994, bem no centro da cidade, na avenida 28 de Setembro com a Presidente Vagas. Antes disso, vendia já alguns exemplares usados em uma banca de revista na Universidade Federal do Pará, onde estudava.

Movido pela paixão, reuniu algumas obras e foi trabalhar com elas. "Sempre gostei muito de livros, sou um bibliófilo, cheguei a ter uma editora, a Poética e a me aventurar a escrever o meu próprio livro", conta.

(com informações do jornal e O Liberal na edição de 24.01.2011).

Últimos dias para ver a exposição “Grafias”, no Espaço Cultural Banco da Amazônia

Reunindo gravuras de Alexandre Sequeira, Ronaldo Moraes Rêgo, Elaine Arruda, Marcone Moreira, Egon Pacheco, Jocatos, Diô Viana e Antônio Botelho, a mostra encerra nesta quarta-feira, 02 de fevereiro.

A curadoria de Armando Sobral touxe para esta coletiva um apanhado da recente produção da produção de arte nesta linguagem no Pará e seus desdobramentos estéticos, com diferentes conceitos, matrizes e processos de impressão, além dos suportes distintos, apresentando o caráter experimental dos procedimentos e pesquisas com a gravura.

Os artistas foram selecionados a partir de três cidades: Belém, Marabá e Santarém. De acordo com o curador, esta é apenas uma pequena mostra do que vem sendo produzido e a exposição não pretende ser totalizadora. “É um processo de pesquisa. A mostra é um recorte em que se procurou abranger modos e processos peculiares, na dimensão experimental”, explica.

De Belém figuram Alexandre Sequeira, Ronaldo Moraes Rêgo, Elaine Arruda e Jocatos; de Santarém, Egon Pacheco e Diô Viana; e de Marabá, estão Marcone Moreira e Antônio Botelho. Mesmo com a identidade que é possível designar sendo uma “visualidade amazônica”, cada artista apresenta técnicas e procedimentos de criação diferenciados.

Alexandre busca na relação com o outro os elementos para a criação, em uma clara concepção de alteridade. Na vila de pescadores conhecida como Nazaré de Mocajuba, em Curuçá, ele começou a desenvolver as serigrafias da série “Impressões de um lugar”, em que utiliza mantas, toalhas de mesa e redes como suporte para estampar os próprios donos.

A aproximação com o território também é marca de Jocatos, que utiliza utensílios populares, como caixas de feira e latas de manteiga, deslocando-os de suas funções usuais. Em suas pesquisas, os objetos tornam-se matrizes para impressão e também suporte para possíveis estampas.

A natureza, seja em cores vivas de Diô Viana ou nos traços delicados e precisos de Ronaldo Moraes Rêgo, aparece com a força do domínio técnico. Diô explora os matizes vibrantes aliado aos grafismos, tanto em xilogravuras quanto em gravuras em metal. Ronaldo, com a experiência de mais de vinte anos de docência na Universidade Federal do Pará, mostra como o conhecimento denso da linguagem pode ser sinônimo de criação. Além disso, é hoje um dos representantes da escola de Valdir Sarubbi, já que foi com o mestre que Ronaldo começou a estudar gravura.

Antônio Botelho traz para o trabalho artístico conceitos antropológicos, ao utilizar tábuas de cozinha das donas-de-casa de Marabá como matrizes para a impressão das gravuras. “Isso revela o caráter experimental com a utilização de objetos, em pesquisas amplas e diversificadas, ao contrário das práticas tradicionais”, diz o curador.

Em busca da denúncia social e da dimensão política, Egon Pacheco utiliza toras de madeira apreendidas pelo Ibama como matrizes. “Ele utiliza também objetos encontrados na rua para decalcar as estampas, convertendo-os em matrizes”, completa o curador.

Com a proposição de novas escalas, Elaine Arruda busca outras dimensões para a gravura em metal. “Ela vem desenvolvendo uma matéria gráfica intensa, com escalas difíceis de enfrentar”, comenta Armando.

O artista marabaense Marcone Moreira, premiado pela produção de instalações e objetos, utiliza gravura em um processo íntimo com a produção de formas tridimensionais.

Serviço
A exposição coletiva permanece aberta para visitação até o dia 02 de fevereiro de 2011, de segunda a sexta, das 9h às 17h, com entrada franca. Av. Pres. Vargas, em frente à Pça da República.

28.1.11

"À Sombra de Dom Quixote" em cartaz neste final de semana

Quadrinho, cinema, teatro. Tudo isso está no espetáculo “À Sombra de Quixote”, cuja temporada, que iniciou na semana passada, segue agora, nos dias 29 e 30, e encerrará com apresentações nos dias 05 e 06 de fevereiro.

Montado a partir do Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz, o espetáculo é fruto da investigação do coletivo Miasombra em torno do teatro de sombras. Técnicos e atores sombristas trabalharam durante cinco meses para alcançar o resultado que vem sendo mostrado ao público e que para Milton Aires tem sido de um encantamento sem fim.

“Começo dizendo que ver o deslumbramento que o espetáculo causa nas pessoas é o melhor pagamento. Não tem nada que substitua isso. Emociona e também faz pensar. Acho que a palavra que define para mim essa primeira temporada é Impacto”, diz.

Na frente da tela, personagens encantados. Temos nas cenas, uma Dulcinéia e um gigante moicano, o cavalo Rocinante, o próprio Dom Quixote, uma menina que é abandonada na floresta, um menino peixe, uma sereia, um Dom Quixote Caranguejo, além de uma cidade feita com restos de material de sucata de computador.

Por trás, atores sombristas, que protagonizam, com a manipulação de bonecos, fragmentos de histórias inspiradas livremente na obra Dom Quixote de La Mancha, personagem emblemático criado pelo espanhol Miguel de Cervantes há 400 anos.

“Tinha um pouco de noção sobre o que estávamos criando, mas a dimensão exata superou minhas expectativas. E esse impacto é de todos, tanto do público como do coletivo. Até agora, não sei de fato o que o publico vê, pois são situações bem diferentes.

Criar as imagens atrás da tela é uma ação que temos que controlar o tempo todo, o que a plateia vê, de fato, são recortes feitos numa edição ao vivo, é muito inusitado isso. Outra coisa curiosa é o quanto o espetáculo foi crescendo nessas cinco apresentações. Quase uma mutação”, conclui Milton.

Ivi e Iuri nos bastidores dos bonecos, com a atriz Márcia Lima
Mas o que o público vê, gosta. E muito. Na semana passada, Ivi Souza, estudante de dança de Salvador, que estava de passagem por Belém, disse quando viu a matéria sobre a estréia, no jornal, não resistiu. Ela estava no Marajó e chegou em Belém no sábado, indo direto para o Reator.

“Fiquei surpresa de ver esta performance tão elaborada, tridimensionada, com tantos detalhes. Depois, ter acesso aos bonecos por de trás da tela é mais incrível ainda”, diz.

A plateia se encanta mais ainda porque depois de ficar com os olhos presos na tela, onde as imagens em movimento são projetadas em sombras lembrando um filme de animação, é convidada a ver de perto os bonecos confeccionados com sucata de computador, sombrinhas e pequenas peças plásticas.

“É a primeira vez que vi teatro de sombras e achei interessante. Sou cientista ambiental e então essa coisa da reciclagem de um material que seria lixo ir parar dentro do espetáculo é mais interessante ainda. Outra coisa que fascina é que às vezes esquecemos que é sombra, parece que estamos vendo um filminho”, diz Iuri Nunes, de Belém.

Além do patrocínio da Funarte, “À Sombra de Dom Quixote” é realizado em parceria com o Studio REATOR, INTIMIDIA, Usina Contemporânea de Teatro, Companhia de Investigação Cênica e PRODUTORES CRIATIVOS. Apoio Cultural: Restaurante Calamares, Lú Refeições, Refry, Hiléia, Sol Informática e Imagética Filmes.

Para saber mais sobre o espetáculo e o coletivo Miasombra, acesse o blog: http://miasombra.blogspot.com/

Serviço
À Sombra de Dom Quixote. Dias 29 e 30, em janeiro, e 05 e 06 de fevereiro, às 20h30, no Reator – Trav. 14 de Abril, 1053, entre Magalhães Barata e Gov. José Malcher. Ingresso R$ 20,00 com meia entrada para estudantes e artistas. Ingressos podem ser reservados por telefone: 8112.8497 (apenas 30 lugares). 

Livro com artigos sobre a Guerrilha do Araguaia está disponível na blogosfera

Quem estiver interessado, já pode acessar, na internet, o livro “Araguaia-Tocantins: fios de uma História camponesa”, que reúne nove trabalhos sobre a trajetória da luta pela terra no Bico do Papagaio (TO, PA e MA). 

São reportagens e artigos que foram publicados na revista Democracia Viva-IBASE-RJ, Cadernos do 3º Mundo, Ecologia e Desenvolvimento, Gazeta Mercantil (PA) e publicações regionai,s comerciais e algumas consideradas alternativas.

“Achei o arquivo original num CD. Agora disponibilizo na grande rede. A obra foi lançada em 2006 quando cursava o mestrado no Núcleo de Altos Estudos da Amazônia (NAEA-UFPA), com o apoio da rede Fórum Carajás”, diz Rogério Almeida, o organizador da obra. Confira aqui

(com informações de Rogério Almeida

Anima Mundi com inscrições abertas e outras notícias de cinema

Estão abertas até o dia 23 de março as inscrições para o Anima Mundi 2011 - 19º Festival Internacional de Animação, evento que acontece no Rio de Janeiro de 15 a 24 de julho e em São Paulo de 27 a 31 de julho. 

Haverá competição nas categorias curtas (para o público geral), curtas infantis, curtas brasileiros, curtas de estudante, longas, longas infantis e filmes de encomenda (publicidade, videoclipes e sequências especiais para longas-metragens).

As incrições para o concurso de animação para web e celular receberá inscrições a partir de abril. Mais informações no site: www.animamundi.com.br

Cine PE - Enquanto isso, já estão encerrando no dia 31 de janeiro as inscrições para as mostras competitivas de longas e curtas-metragens do 15º Cine PE Festival do Audiovisual. O festival acontece de 30 de abril a 6 de maio, no Centro de Convenções de Pernambuco, em Olinda. Mais infromações e inscrições no site: www.cine-pe.com.br.

CTAV - Já o Centro Técnico Audiovisual recebe inscrições de projetos para o primeiro período de serviços de 2011. Segundo a assessoria de comunicações do Ministério da Cultura, as inscrições podem ser feitas até o dia 15 de fevereiro, e a execução dos serviços será entre 14 de março e 13 de maio. Estão disponíveis serviços de mixagem, empréstimo de equipamentos e transfer 35mm.

A inscrição deve ser feita através de ficha disponível no site do CTAV. O projeto será avaliado por uma comissão. São prioritários os serviços de atendimento aos curtas-metragens, documentários e filmes de baixo orçamento. A inscrição é aberta para pessoas físicas e produtoras independentes. Mais informações e regulamento estão disponíveis no site www.ctav.gov.br

Projeto da Unama recebe fotos e poemas contra a violência urbana

O maior objetivo do projeto Amor Por Belém é combater a violência urbana através da arte e da refexão.  E todos que quiserem poderão participar da programação. Basta enviar para a Unama fotografias e poemas que retratem o tema. Os trabalhos selecionados serão expostos no Varal de Poesia e Fotografia Denúncia que ira acontecer entre os dias 07 e 28 de fevereiro.

Organizada pela Casa da Memória da UNAMA, com o apoio de estudantes de Letras, Comunicação e Artes Visuais, a programação faz parte de um conjunto de ações que serão desenvolvidas pelo projeto “Amor Por Belém”, criado pelo Núcleo Cultural da universidade.

A idéia é realizar debates abertos à comunidade, a fim de promover reflexões e ações educativas que possam contribuir para conscientização e preservação do patrimônio cultural, dos bens culturais móveis e imóveis de Belém. 

De acordo com o regulamento, as fotografias não precisam ser necessariamente de fotógrafos profissionais, mas sim, principalmente, de qualquer amador que tenha um olhar atento e comprometido com a cidade. Ao denunciar, em foto, a agressão que a cidade sofre, todos podem manifesta seu amor por Belém e ajudar a combater a violência.

Os poemas também podem ser enviados por qualquer pessoa, a fim de utilizar a palavra poética para denunciar a agressão que se dá em relação às diversas manifestações e bens culturais da cidade. 

“Quem sabe você não tem um poema assim, guardado na gaveta ? Vamos manifestar o nosso AMOR por BELÉM, participando desta ação para debater o tema proposto numa abordagem crítica, educativa e de interlocução com diversos segmentos da sociedade, intervindo, de forma positiva por meio da linguagem da fotografia e da poética”, diz a professora Célia Jacob, do Núcleo Cultural.

Além do varal também está previsto a realização de palestras, debates e visitas monitoradas por museus e igrejas de Belém. A abertura do projeto será no dia 07, às 19h, no Auditório David Mufarrej, conta com a apresentação do Coro Cênico e palestra de João de Jesus Paes Loureiro, que abordará “O conceito de amor por Belém e pelo seu patrimônio cultural e arquitetônico, diante da escalada da violência urbana. O compromisso da Universidade”. 

Mais informações de como participar, podem ser obtidas pelo telefone (91) 4009-3024 ou pelo e-mail casadamemoria@unama.br.

(com informações do Núcleo Cultural da Unama)

26.1.11

"Antes Charge do que Nunca" ganha relançamento neste sábado

O nome é ótimo e aguça imediatamente a curiosidade quanto ao conteúdo. O livro do designer gráfico Atorres será relançado no dia 29, no Doca Speto.

É lá que, a partir das 19h, Atorres estará a postos para autografar "Antes Charge do que Nunca", que  reúne suas melhores charges já publicadas no jornal Diário do Pará.

O local escolhido está perfeito, já que  o restaurante  já se tornou point de jornalistas, escritores, publicitários e artistas. Atorres é cartunista, premiado nacional e internacionalmente. Atua como chargista e editor de arte, com 22 anos de profissão. 

Trabalhou na extinta “A Província do Pará” como diagramador e iniciou como ilustrador no Diário do Pará em 1994, assinando a charge da capa e produzindo ilustrações e desenvolvendo projetos que revolucionaram o conceito visual dos jornais no norte.

Lembro bem desta época. Trabalhava como editora do caderno de cultura do Diário, cuja capa também era ilustrada por ele em diversas ocasiões. Via sempre Atorres às voltas com notícias e mais notícias até escolher aquela que mais repercutiria na capa da edição do dia seguinte. 

Em 1997, Atorres assumiu o comando da editoria de arte, chefiando a equipe de paginação e assinando os projetos gráficos do jornal. Apesar da jornada quase interminável na redação, ele sempre encontrou tempo para participar de cursos e workshops com os maiores especialistas do mundo na área do design virtual.

É autor de vários projetos gráficos para jornais e revistas paraenses e hoje é um dos profissionais mais respeitados e requisitados do estado. Seu último trabalho, o anuário Pará 2010-2011 é uma excelência gráfica que arrancou elogios de toda a classe política, empresarial e de profissionais de mídia.

Serviço
Noite de autógrafos do livro “Antes Charge do que Nunca”, de Atorres. No próximo sábado, 29, a partir das 19h, no Doca Speto – Avenida Visconde de Souza Franco, 514 - esquina com a Rua 28 de Setembro - Reduto. 3222-4111.

(com informações do site do Atorres)

CineSesc Boulevard traz o tropicalismo e a genialidade de Waly Salomão

Embora ainda estejamos na quarta-feira, já é tempo de se agendar para este final. Em Belém, tudo promete ser mais musical do que nunca. Além das apresentações ao vivo em bares e teatros, o cinema também está contemplado a musicalidade brasileira.

O CineSesc Boulevard exibirá nos dias 28 e 29, às 16h, o filme “Pan-Cinema Permanente”, do diretor Carlos Nader. O longa traz no centro das atenções a trajetória de Waly Salomão, com depoimentos de grandes artistas como Gilberto Gil, Caetano Veloso, Adriana Calcanhoto entre outros. 

O documentário é vencedor da competição brasileira de melhor longa e média-metragem do festival “É Tudo Verdade” - evento dedicado exclusivamente à cultura do documentário na América do Sul. Não é para menos, pois conta a história de um dos maiores artistas baianos de sua geração, Waly Salomão (1943-2003). Poeta, ele foi um dos mais celebrados autores da literatura brasileira. 

Na década de 70, era um dos compositores preferidos de Tropicalistas, como Caetano Veloso, Gal Costa e Maria Bethânia, para quem compôs sucessos como “Mel” e “Talismã”. Universal, a poesia de Waly não tem amarras, extrapola seu trabalho também para as artes plásticas e visuais. Continua, por isso tudo, causando surpresas e delícias aos novos que hoje entram em contato com sua obra.

Waly Salomão - Baiano de Jequié, filho de um sírio muçulmano e uma sertaneja baiana, Waly Salomão (1943-2003) era um artista que se manifestava em múltiplas direções. Formado em Direito, tornou-se poeta, rabiscando os versos de seu primeiro livro numa cela no Carandiru.

Amigo de Hélio Oiticica, aproximou-se dos tropicalistas, tornando-se um dos compositores preferidos de Caetano Veloso, Gal Costa e Maria Bethânia, para quem compôs sucessos como "Mel" e "Talismã". Reunindo extenso material inédito filmado com Salomão, que procurava romper a fronteira entre realidade e ficção, o filme revela algumas das facetas desse incansável caleidoscópio.

Serviço
Pan –Cinema Permanente. Direção: Carlos Nader. Elenco: Waly Salomão, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Maria Bethânia, Gal Costa, Adriana Calcanhotto, outros. Duração: 83 min. Gênero: Documentário. Classificação: Livre. Exibição: 28 e 29/01. Horário: 16h. Local: Centro Cultural SESC Boulevard (Boulevard Castilho França, n°522/523). Informações: 3224-5654/5305 (Centro Cultural SESC Boulevard)/ 4005-9584/9587 (Comunicação). Entrada franca.

(com informações da assessoria de imprensa do Sesc Boulevard)

25.1.11

Brasil: Documentário 'Lixo extraordinário' é indicado ao Oscar

A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas anunciou nesta terça-feira (25), por volta das 11h30 (Horário de Brasília), a lista dos indicados à 83ª edição do Oscar. 

O documentário "Lixo extraordinário", co-produção do Brasil e Reino Unido é um dos indicados para o Oscar de Melhor Documentário, em Longa Metragem.

Vencedor de prêmios de público nos festivais de Sundance e Berlim em 2010, o filme foi dirigido por Lucy Walker, João Jardim e Karen Harley. A co-produção brasileira mostra trabalho do artista plástico Vik Muniz no Rio. Trilha sonora do filme foi composta pelo músico americano Moby.

Gravada ao longo de três anos, a obra acompanha um projeto social do consagrado artista plástico brasileiro Vik Muniz com catadores do lixão de Gramacho, em Duque de Caxias (RJ) - considerado o maior da América Latina e cenário de outro documentário premiado, "Estamira" (2004), de Marcos Prado.

A entrega do Oscar será feita dia 27 de fevereiro no Teatro Kodak, em Los Angeles, e será transmitida ao vivo para mais de 200 países. Os atores James Franco e Anne Hathaway serão os apresentadores da cerimônia. Saiba quais são as outras indicações, aqui.

Fonte: G1 – Portal de notícias da Globo

24.1.11

2º Festival de Cinema Curtamazônia traz novidades

Estão abertas, até dia 31 de março, as inscrições para o 2º Festival de Cinema Curtamazônia, que será realizado no mês de maio, em Porto Velho.

Os filmes podem  concorrer em diversas categorias, desde que sejam em formato de curta  metragem , tendo de 1 a 25 minutos, e que a sua produção tenha sido realizada  a partir de janeiro de 2006.

Este ano todos os curtas irão concorrer ao troféu principal, o “Curtaamazônia”. O troféu “Três Caixas D´Água” será para os homenageados e convidados do Festival. 

Mas o evento traz novidades este ano, aceitando a inscrição de filmes realizados com celular e câmera fotográfica digital. O objetivo é incentivar os novos diretores independentes que estão surgindo e se destacando na produção audiovisual nacional, utilizando o youtube e outras plataformas como ferramenta de produção e divulgação.

O festival também premiará trabalhos na categoria webjornalismo, vídeo reportagem regional e nacional, a fim de valorizar e divulgar os profissionais que fazem jornalismo com credibilidade e criatividade. A temática é livre para todas as produções regionais e nacionais. Filmes internacionais também concorrem. 

Acessem o regulamento e a ficha de inscrição no site do Curtamazônia. A realização do Festival de Cinema Curtamazônia é da Associação Curta Amazônia, com apoio institucional da ABD/RO, ABD Nacional, Maporé. Apoio Cultural: Sítio do Chicão, Mídia Rondoniense e blogs (betobertagna.com, sergioramos.com.br e auroradecinema.wordpress.com).

(com informações da assessoria de imprensa do festival)

23.1.11

Em Ajuruteua: Mais um Cineclube nasce no interior do Pará.

"Maldição", com Zé do Caixão, filmado em Portugal
É o Centro Cultural Cineclube Casa do Professor, que vai funcionar na praia de Ajuruteua, em Bragança.

Além das projeções seguidas de diálogos, o Cineclube pretende discutir meio ambiente e consciência ecológica com a comunidade nas sessões periódicas que acontecerão todo último sábado de cada mês.

O Centro Cultural Cineclube Casa do Professor, dizem os seus organizadores, é uma homenagem a um professor que faleceu enquanto ministrava aulas no município de Bragança.

Coordenada por dois filhos de Bragança (o “apóstolo” e o “carpinteiro”), irmãos em sangue e em poesia, a Casa do Professor pretende fazer parcerias com escolas, postos de saúde, associações de moradores e cooperativas locais no sentido de articular a comunidade para a defesa da praia enquanto espaço social.

As sessões cineclubistas da Casa do Professor acontecerão periodicamente no último sábado de cada mês.
Na primeira sessão, dia 29 de janeiro, serão exibidos filmes realizados por Francisco Weyl (o “carpinteiro de poesia”):

* “UM POETA NÃO SE PEGA”
* “O CHAPÉU DO METAFÍSICO” – Vencedor do grande prêmio do Festival Internacional de Cinema do Porto (em Super-8)
* “MALDIÇÃO” – que tem como ator José Mojica Marins (o Zé do Caixão) - (em Super-8)
* “ANAÍS” (em Super-8)
* “ÉSQUILO” (em Super-8)

A sessão do dia 29 de janeiro será precedida pela leitura de poemas do professor Nonato a quem a CASA homenageia. Os poemas serão lidos pelo poeta CAETÉ (o “apóstolo da poesia”), que também vai recitar poemas próprios. Contato pelo e-mail: cinecasadoprofessor@gmail.com


Iniciativa incentiva o ensino do audiovisual na escola

Durante sua conferência no I Encontro de Cinema da Amazônia, na última quinta-feira, 21, no Teatro Cláudio Barradas, Orlando Senna , ex-secretário do audiovisual (MinC), disse que defende o ensino do cinema  desde o ensino funadamental.

Em Belém uma iniciativa é tomada neste sentido, na Escola Estadual Plácidia Cardoso, onde está sendo realizadao, desde a semana passada, o projeto "Circuito Artístico: Prática Audiovisual".

As atividades, na Escola Plácida Cardoso, têm como objetivo desenvolver o conhecimento e a produção de audiovisual  entre os 60 alunos fazem parte do processo.

Realizado em parceira com a Caiana Filmes,  oprojeto tem apoio financeiro do Ministério da Educaçãoem, a partir do edital Programa Dinheiro Direto na Escola.

As duas oficinas são ministradas pelo realizador João Inácio, trazendo noções sobre a história do audiovisual, uso dos equipamentos, produção de roteiro e informações técnicas integram as aulas que terão como resultado a produção de dois filmes em curta metragem.

"Os alunos são estudantes da 4ª etapa da turma de Educação de Jovens e Adultos (EJA) e da 8ª série da Escola Estadual Plácidia Cardoso, localizada no bairro do Jurunas", diz a professora Lúcia Martins, que leciona a disciplia de Artes e que vem há três anos, integrando a sua disciplina o uso de recursos audiovisuais, através da apresentação de filmes locais e nacionais.

"Esta experiência acabou gerando a realização do Circuito Artístico", explica Lúcia. De acordo com ela, a experiência "vem inentivando o protagonismo dos alunos de um bairro estigmatizado pela violência, além de elevar-lhes a autoestima".

Os interessados em saber mais sobre o curso e contribuir com a ampliação desta iniciativa, podem entrar em contato com aprofessora Lucia Martins (91 88779964), com a escola (91 3224.3093) ou com Caiana Filmes (91 33434252/33434254). 

22.1.11

Em cartaz melhores filmes exibidos em 2010 no Líbero Luxardo

Em dezembro do ano passado uma enquete feitas pelo blog do cine Líbero Luxardo apontou os melhores filmes exibidos em 2010.Agora eles voltam em cartaz.

Por cerca de um mês, os internautas puderam votar nos 17 títulos disponíveis, dos quais os cinco mais votados farão parte da Mostra Melhores das Sessões Regulares de 2010, que começa na próxima terça-feira e termina no domingo, de 25 a 30 de janeiro, sempre às 19 h, com entrada franca. 

Na enquete Foram registrados 267 votos que classificaram os filmes: Tudo Pode Dar Certo, de Woody Allen, em primeiro lugar; O Segredo dos Seus Olhos, do argentino Juan José Campanella, em segundo lugar; o longa francês As Testemunhas, de André Téchiné em terceiro; Abraços Partidos, de Pedro Almodóvar, em quarto, e À Prova de Morte, de Quentin Tarantino, em quinto lugar.

À Prova de Morte
Os filmes escolhidos pelo público pelo blog apontam aos títulos com maior bilheteria na sala do Líbero Luxardo, apesar de este fato não garantir posições de primeiro lugar ao filme mais visto. 

À Prova de Morte, do diretor norte-americano, Quentin Tarantino, por exemplo, foi um dos filmes que obteve maior procura, mas ficou em quinto lugar na enquete.

Além dos títulos mais votados, a Mostra Melhores das Sessões Regulares apresenta A Religiosa Portuguesa, de Eugène Green, indicado como menção honrosa. 

O filme não chegou a entrar na enquete por ter sido exibido no Líbero Luxardo como parte de uma pequena mostra. O destaque que o filme português obteve em listas de melhores do ano, como a que a Associação de Críticos de Cinema do Pará (ACCPA) apresentou, no entanto, fez com que o filme merecesse ser reexibido.

A Testemunha
O Cine Líbero Luxardo pretende realizar a mostra Melhores das Sessões Regulares a cada início de ano como forma de fazer um balanço anual de sua programação e prestar contas com o público freqüentador do cinema que pode rever os filmes que foram destaques no ano, selecionados em júri popular. 

Mostra Melhores das sessões regulares 2010

25/01 - Terça-feira - Menção Honrosa: A Religiosa Portuguesa, de Eugène Green (POR/FRA, 2009); 26/01 - Quarta-feira - 5º Lugar: À Prova de Morte, de Quentin Tarantino (EUA, 2007); 27/01 - Quinta-feira - 4º Lugar: Abraços Partidos, de Pedro Almodóvar (ESP, 2009); 28/01 - Sexta-feira - 3º Lugar: As Testemunhas, de André Téchiné (FRA, 2007); 29/01 - Sábado - 2º Lugar: O Segredo dos Seus Olhos, de Juan José Campanella (ARG, ESP/ 2009); 30/01 - Domingo - 1º Lugar: Tudo Pode Dar Certo, de Woody Allen (FRA, EUA, 2009).

A Religiosa Portuguesa
Serviço
Cine Líbero Luxardo - Av. Gentil Bitencourt, 650, Térreo. Mais informações: (91) 3202 4321| e-mail: cinelibero@gmail.com e http://cineliberoluxardo.blogspot.com.






Mosqueiro e Combu recebem projeto Teatro Comunidade do In Bust

Dois dos espetáculos mais famosos do repertório do grupo In Bust Teatro com Bonecos vão sair da capital e atravessar o rio neste sábado, 22, e na segunda-feira, 24. 

A primeira parada neste final de semana será em Mosqueiro, onde os moradores das comunidades de Caruaru e Itapeuapanema vão assistir “Fio de Pão – a Lenda do Cobra Norato”. A segunda vai contemplar as comunidades que vivem no Combu e arredores daquela região repleta de outras ilhas.

Chegando em Mosqueiro, o grupo segue para o Porto Pelé e pega um barco para chegar em Caruaru, onde fica a localidade de Itapeuapanema. Os atores manipuladores do In Bust Aníbal Pacha, Adriana Cruz, Paulo Nascimento e Cristina Costa, além de Milton Aires e Lucas Alberto, do apoio técnico, pegarão um barco e atravessarão os rios Tamanduacuara e Pratiquara para chegar lá, onde o imaginário amazônico corre solto. 

Vale ressaltar que Caruaru serviu de locação às filmagens de “Matinta”, curta rodado por lá em 2009, tendo no elenco a atriz Dira Paes. O povoado fica há cerca de 30 minutos da área urbana da grande ilha e a travessia dura mais 30.

A comunidade é repleta de espécies da mata de terra firme, como as centenárias castanheiras, a árvore do piquiá, do tento, do umarizeiro e do jutaí. A economia é baseada na pesca do camarão, no plantio da mandioca, na fabricação da farinha e de parte do tucupi e da goma, que são vendidos na Vila do Mosqueiro. Mas a localidade também tem um apelo forte ao turismo.

Já a ilha do Combu é mais conhecida por ficar mais próxima da capital. Para chegar até lá basta esperar uns 10 a 15 minutos numa travessia tranqüila de barco saindo da Praça Princesa Izabel, na Bernardo Sayão. A apresentação será na segunda-feira, 24, às 9h30, no restaurante Saudosa Maloca, com participação dos estudantes que fica na ilha, além das comunidades nos arredores.

Há quase 15 anos atuando no teatro com bonecos, o In Bust escolhe sempre o espetáculo a ser mostrado de acordo com a localidade para onde está indo. Em Mosqueiro é forte a lenda de cobra grande. Nada melhor que levar para lá, “Fio de Pão, a Lenda do Cobra Norato”, que mostra a história de um cobrinha que queria virar gente. A peça encanta crianças e adultos, toda contada e cantada em forma de poesia de cordel.

No Combu, histórias de Curupira não faltam. No roteiro de “Curupira Um Milhão de Nós” enfoca-se fortemente a consciência ecológica. De maneira lúdica e bem humorada, conquista de imediato a platéia que em geral é levada a interagir com os personagens bonecos do moleque curupira e de Seu Jovino, um caçador que não tem a menor consideração com o Meio Ambiente. 

O elenco reúne ainda Dona Menina e Seu Sumano, que fazem muitas confusões até que o caçador se veja “mundiado” e, depois de salvo por um pajé, forçado e mudar suas ações para cuidar melhor da floresta e de seus animais. Em ambos os espetáculos, é diversão na certa!

Encerramento – Estas serão as últimas ações desta etapa do projeto Teatro Comunidade, iniciada em outubro do ano passado, com apresentações realizadas em Belém, na Vila da Barca e no bairro do Jurunas. O grupo chegou ainda em 2010 na Comunidade Quilombola de Igarapé-Mirim, no município do Acará, atendendo comunidades das vilas Santa Luzia, Bacabal, São Miguel, Cruzeirinho, Matinha e Ribeirinhos, envolvendo 138 famílias e no Aurá, na comunidade quilombola de Abacatal.

No sábado passado a quinta apresentação aconteceu em Castanhal, em uma comunidade que trabalha com reciclagem de lixo. O projeto, que vem acontecendo desde 2005, com patrocínio do Banco da Amazônia, tem ainda grandes parceiros, em cada comunidade onde chega, como associações, centros comunitários e prefeituras, além dos apoiadores locais, como a Hiléia e o Refry, sempre parceiros do grupo.

Serviço
Projeto Teatro Comunidade. Dia 22 na Caruaru/Itapeuapanema, em Mosqueiro, às 10h, com o espetáculo “Fio de Pão – a Lenda do Cobra Norato” e, na segunda-feira, 24, no Restaurante Saldosa Maloca, Combu, a partir das 9h30. Entrada franca. Patrocínio Banco da Amazônia. Mais informações: 91 8134.7719.

21.1.11

Orlando Senna diz que indústria audiovisual na região é decisão de governo





O primeiro dia do Encontro Acadêmico de Cinema da Amazônia (I Cinemazon), que iniciou ontem no Teatro Cláudio Barradas, encerrou com  a palestra do cineasta documentarista Orlando Senna que  sintetizou, em uma hora de fala, a história do cinema. 

Orlando Senna trouxe aos calouros e à platéia de críticos, profissionais e professores, a história do cinema desde seu surgimento com os irmãos Lumière, na França, passando pelo americano David Griffith, que introduziu e desenvolveu inovações profundas na forma do fazer cinematográfico, até chegar nos dias de hoje, quando o cinema dá um salto com a utilização das novas tecnologias e o início de uma nova era com a Realidade Virtual, o que já se começa a chamar de 8ª Arte.

Foi um começo de noite memorável, em que se lançou o primeiro curso de cinema da Amazônia. Para Senna, com quem conversei após sua palestra, era estranho que até o ano passado ainda não houvesse um curso desses na região, enquanto que a realidade de todo o resto do país é ter pelo menos uma boa escola de formação.

Jorane Castro
“Era uma coisa fora de propósito, não haver um curso na maior região do país. Por isso, quando se vê isso resolvido só tenho que aplaudir, já era tempo. Outro aspecto é que a Escola está em boas mãos. 

As pessoas que estão à frente, tratando de consolidá-la, são pessoas que tem todas as possibilidades de fazer isso”, disse referindo-se à coordenação do curso por Cláudia Melo e o quadro de professores ao qual se integra, entre outros, a cineasta Jorane Castro.

Orlando Senna diz que a criação do curso vem atender um dos dois fatores fundamentais para a implantação de um mercado cinematográfica na região.

“A formação na região norte é um dos dois elementos básicos para se te um indústria audiovisual na região norte. O segundo fator, que se soma a isso, que na verdade já deveria existir, é o entendimento e a vontade política dos governantes desses estados da região em se formar aqui uma indústria audiovisual. É preciso que se entenda que estamos falando da região mais polêmica e importante do planeta, e que precisa se conectar a maior economia do século 21, que é a indústria da comunicação”, afirmou.





Para ele estas duas coisas são necessárias, a formação e decisão política em ser uma região produtora. A 1ª já está encaminhada, agora falta a segunda.

“Os governantes da Amazônia precisam entender e trabalhar neste sentido, não só com a formação, mas também com a produção. Maravilha que se esteja começando com a formação, mas também tem a produção, e isso é algo de estado. 

Ou você vai esperar que os empresários cheguem pra fazer a indústria audiovisual na Amazônia, na região norte? Não. É uma obrigação, coisa de governo em todo lugar até nos Estados Unidos, que muitas vezes nem precisa fazer isso, mas nós e todos os outros países, precisamos”, finalizou.

O Primeiro Encontro Acadêmico de Cinema da Amazônia (I Cinemazon) segue sua programação nesta sexta-feira, 21, no auditório da Escola de Teatro e Dança da UFPA. 

Ontem se falou em crítica de cinema e formação e estética do ator para o cinema. A atriz, escritora e documentarista Conceição Senna prevista para esta mesa não pode vir a Belém.

A conversa, então foi com a atriz e professora Olinda Charone que relatou sua experiência com o teatro e o cinema, falando das diferenças de interpretar para um público, ao vivo, no teatro, e para a câmera, no cinema.

Hoje, na pauta, aborda justamente o mercado. A programação sexta vai encerrar, às 19h30, com a projeção do documentário “Iracema – Uma transa Amazônica”, de Orlando Senna e Jorge Bodansky (1974), com apresentação de Senna, que continua em Belém.

O I Cineamazon vai até dia 31 de janeiro, no Cinema Olympia, onde será aberta, dia 22, a Mostra “O Cinema dos Primeiros Tempos”, que reúne filmes de Georges Méliès, Luis e Auguste Lumiére, Edwin's Porter, David Griffith, Dickinson e William Heise, Ferdinand Zecca, Emile Cohl, Birt Acres, Abel Gance, Max Linder, Roscoe Arbuckle e Charles Chaplin. 

Serviço
Mostra de filmes do I Cineamazon. De 22 a 31 de janeiro, sempre às 16h30, com a Mostra O Cinema dos Primeiros Tempos. Nesta sexta-feira, 21, teme xibição de Iracenam, Uma Transa Amazônia, às 19h30, com presença do roteirista e co-diretor do filme, Orlando sennna.


20.1.11

Clepsidra retorna aos palcos com a temporada “Independente”

O show, que vai acontecer todos os sábados, sempre a partir das 22h, no bar Municipal, pretende ser um apanhado de canções autorais e versões com a marca do trio, que ganhou notoriedade pela concepção sonora, misturando rock, blues, jazz e elementos da tradicional MPB. 

No repertório autoral, hits radiofônicos como “A Máquina do Tempo” e “Bem Musical”, além de canções do novo CD “Independente”, a ser lançado em 2011.

Entre as versões, clássicos do rock nacional de bandas como Legião Urbana, Ira!, Mundo Livre S.A., Barão Vermelho, Los Hermanos e Mutantes, e também composições de Caetano Veloso, Chico Buarque, Vítor Ramil e Paulinho Moska, entre outros. 

Com isso, o trio pretende mostrar suas influências, e seu poder de fogo ao reinterpretar composições alheias ao vivo. A temporada também apresentará ao público, a cada semana, convidados especiais, entre cantores e instrumentistas.

Na ativa desde 2001, os músicos Renato Torres (vocal e guitarra) e Maurício Panzera (baixo e voz), e Arthur Kunz (bateria) compõem a banda Clepsidra. Com dois discos lançados: “Bem Musical” (Ná Music, 2004) e “Tempo Líquido” (Ná Music, 2006), acumulam experiência junto a diversos músicos da cidade, como Arthur Alves (violoncelo), Trio Manari (percussão) e Toninho Abenathar (sax), além de cantores e compositores como Juliana Sinimbú, Arthur Nogueira, Felipe Cordeiro, Iva Rothe e Henry Burnett. 

Já se apresentaram em eventos importantes, como o Projeto Quinta Cultural do Basa (abrindo para Jane Duboc), Amazônia Arte Mix (abrindo para Arnaldo Antunes), Circuito Cultural Banco do Brasil (abrindo para Ney Matogrosso e Pedro Luís e a Parede), IV Bienal de Arte e Cultura da UNE (Ibirapuera, São Paulo), Projeto Parque Musical (abrindo para Vítor Ramil), Festival Grito Rock – América do Sul, e no Fórum Social Mundial – Belém.

Hoje, além de eventualmente tocar com artistas locais, a banda finaliza seu terceiro CD, "Independente", onde prevalece a sonoridade do trio, baseado em recentes composições, como “Condição” (Maurício Panzera e Renato Torres), “Voragem” (Renato Torres e Larissa Medeiros) e “Serena” (Arthur Kunz e Renato Torres).

Neste sábado, participação especial de Renato Rosas! O Bar Municipal fica na Rua Municipalidade, 1643, com Soares Carneiro, no Telégrafo.

Fonte: Banda Clepsidra

Coletivo reflete a poesia de Dom Quixote através do teatro de sombras

A estreia é nesta quinta-feira, 20, mas ontem já houve uma prévia para convidados. A temporada, no Espaço Reator, vai de 20 a 23, e ainda nos dias 29 e 30, em janeiro, e nos dias 05 e 06 de fevereiro, sempre às 20h30.

O imaginário poético do famoso cavaleiro de uma obra escrita há 400 anos pelo dramaturgo e poeta espanhol Miguel de Cervantes foi o mote escolhido pelo coletivo MiaSombra para construir “À Sombra de Dom Quixote”.

Contemplado pelo Prêmio de Teatro Funarte Myriam Muniz, o trabalho vem sendo desenvolvido há cinco meses pelo coletivo MiaSombra e agora traz ao público um resultado inusitado para o tradicional teatro de sombras, arte praticada milenarmente, tendo como berço o oriente.


Integrando o campo do teatro de animação, o teatro de sombras geralmente utiliza marionetes, bonecos, objetos e máscaras, além de técnicas relativamente simples, tendo uma tela branca onde um foco de luz se acende e sombras de silhuetas de figuras humanas, animais, ou objetos, recortadas em papel, são projetadas em conjunto.


Mas em “À Sombra de Dom Quixote” tudo ficou mais ousado. E através de das várias experimentações realizadas nos meses de agosto, setembro e outubro de 2010, nos laboratórios ministrados por David Matos (dramaturgia), Iara Regina (iluminação) e Aníbal Pacha (cenografia e bonecos para teatro de formas animadas), o espetáculo ganhou uma tecnologia específica, brincando com as cenas como numa montagem audiovisual.


Os bonecos, por exemplo, ao invés de meros recortes em papel, são coloridos e ganharam tridimensionalidade nas invenções do coletivo, coordenado nesta área por Maurício Franco, refletindo resultados a partir do que foi experimentando no laboratório de teatro de formas animadas com Aníbal, que vem do Grupo In Bust Teatro com Bonecos e hoje também é professor da Escolade Teatro e Dança da UFPA - ETDUFPA .

Outra nuance que traz a diferença neste trabalho é o da luz, que no espetáculo é manobrada pelo iluminador Thiago Ferradaes.


Não há apenas um, mas vários focos de luz que se alternam não só no espaço da tela branca, mas em cores, aumentando o grau de encantamento e magia visto na tela, um resultado que vem do laboratório da professora Iara, que integra o quadro docente da ETDUFPA.

David Matos, que participou da fase dos laboratórios e segue com o projeto até este momento, optou por uma dramaturgia que foge completamente ao texto de Cervantes. “No espetáculo, através da livre inspiração em Dom Quixote, estamos também falando de ecologia, da necessidade do ser humano se reconectar ao planeta. Estamos falando de paz, de harmonia", diz  David.

"Este grupo ele tem uma coisa que é intrínseca à obra do Cervantes. Dom Quixote não deixa de perseguir o objetivo dele, passe o que passar, encontre ou não a sua Dulcinéia, ele não desiste de cumprir a missão dele e assim é o MiaSombra”, explica. 

Em cena estão os atores sombristas Milton Aires, que também é o idealizador do projeto; Lucas Alberto, que faz o personagem Monstro Moicano e manipula o boneco de uma menina que é entregue para Dom Quixote cuidar; e Márcia Lima, que é Dulcinéia e manipula, junto com Milton Aires, a maioria dos outros bonecos feitos com material reciclado, sucata de computador, brinquedos coloridos, sombrinhas.

São personagens fantásticos que saltam da imaginação de tantos dons Quixotes espalhados pelo mundo. Estão à sombra do cavaleiro, uma sereia, um menino peixe, um caranguejo e ainda a maquete de uma cidade que não por acaso lembra Belém com seus prédios e palafitas. E claro estão em cena o próprio Dom Quixote e seu cavalo Rocinante, representado por um cavalinho de carrossel. 

 O espetáculo também tem um elemento indispensável, o som. A trilha sonora é assinada por Léo Bitar, que há 20 anos trabalha com teatro.

“Fiz uma pesquisa musical ampla. Busquei obras clássicas que já trilharam Dom Quixote, como o Richard Strauss que já compôs uma peça sobre ele. Fui procurar coisas bem folclóricas espanholas, e com influências francesas e árabes, enfim fiz uma pesquisa abrangente, busquei também bandas novas, tocando músicas tipicamente espanholas”, diz Leo.

Para Milton Aires, estrear o espetáculo é apenas o começo de uma longa jornada. “Costumo dizer que este espetáculo é fruto de um projeto que para mim tem uma vida que independe da vida do grupo. O coletivo pesquisa teatro de sombra e estamos descobrindo que acabamos fazendo um teatro de sombra que não é convencional. A expectativa que temos é de ir aperfeiçoando-o e ao mesmo tempo lhe dando outros desdobramentos”, finaliza Milton.

Coletivo - O espetáculo é uma criação do coletivo MIASOMBRA, artistas de diversos grupos de Belém, reunidos com o interesse comum em investigar o teatro de sombras como matéria prima de expressão cênica. Realizado com patrocínio do Prêmio Funarte de Teatro Myriam Munis – 2009; em parceria com: Studio REATOR, INTIMIDIA, Usina Contemporânea de Teatro, Companhia de Investigação Cênica e PRODUTORES CRIATIVOS. Apoio Cultural:  Restaurante Calamares, Lú Refeições, Refry, Hiléia, Sol Informática e Imagética Filmes.

FICHA TÉCNICA

Atores sombristas: Lucas Alberto, Márcia Lima e Milton Aires
Roteiro e criação: Coletivo MIASOMBRA
Direção: David Matos e Maurício Franco
Dramaturgista: David Matos
Direção de arte: Maurício Franco
Desenho de som: Leo Bitar
Iluminação e operação técnica: Thiago Ferradaes
Costureira: Cláudia Silveira
Produção: Leny Monteiro
Assessoria de Imprensa e fotos: Luciana Medeiros
Coordenação de produção: Milton Aires
Consultoria artística de design gráfico: Nando Lima

Condução dos Laboratórios

Aníbal Pacha – Teatro de formas animadas em sombras
David Matos – Dramaturgia da imagem no Teatro de sombras
Iara Souza – Dramaturgia da luz para o Teatro de sombras

Serviço
À Sombra de Dom Quixote. De 20 a 23, e 29 e 30, em janeiro e ainda nos dias 05 e 06 de fevereiro, às 20h30, no Reator – Trav. 14 de Abril, 1053, entre Magalhães Barata e Gov. José Malcher. Ingresso R$ 20,00 com meia entrada para estudantes e artistas. Ingressos podem ser reservados por telefone: 8112.8497 (apenas 30 lugares). Mais informações: MIASOMBRA - www.miasombra.blogspot.com / 



19.1.11

Cenas curtas de amor invadem Casa da Atriz

O Curta a Cena já virou um bate pronto certo na Casa da Atriz. Todos os meses diretores e atores e diretores de vários grupos paraenses participam desta ação que tem como objetivo proporcionar o exercício de experimentação cênica, envolvendo dramaturgia, encenação, cenografia, iluminação. Foto de Marcelo Lelis.

O Curta a Cena é uma atividade promovida pelo coletivo A Casa da Atriz onde performances com tempo médio de 10 minutos são apresentadas ao público nos diversos ambientes da casa, utilizando-lhe os recursos disponíveis., o Curta a Cena permite o intercâmbio com outros artistas da cidade.

Já participaram de outras edições: Andréia Resende, Astréa Lucena, Henrique da Paz e Monalisa da Paz (Grupo Gruta de Teatro), Mariléia Aguiar, André Mardock e os Palhaços Trovadores, cada um com sua linguagem, sua dinâmica, sua própria forma de fazer teatro que se junta numa imensa e colorida colcha de retalhos que a todos nos abriga, como a casa da família Porto, deste abril último um espaço de paredes movediças e portas escancaradas.

Nesta edição saiba quais são as cenas:

O FUNERAL (calçada em frente à Casa) - A árdua tarefa de sobreviver traz, muitas vezes, situações inusitadas. É quando surge o apego: o veneno do amor. Ruan Octávio, ator residente em Manaus (AM), traz uma cena de clown criada por Luís Fernando Casali, da Companhia do Meu Tio (BA).

EU SEI QUE VOU TE AMAR (Sala Central) - O tempo separa os dias. As ruas separam os corpos. O orgulho separa as almas. Algo grita, chama, exige. O desejo: o alimento do amor. Cleciano Cardoso e Belle Paiva dão vida aos personagens de Arnaldo Jabor a partir do livro homônimo, com roteiro de Hudson Andrade.

SAUDADE DO TEU CORPO (Sala Azul) - Depois de um tempo o cheiro desaparece. Da pele, dos lençóis, da sala, do ar. Fica a saudade: o vazio do amor. O ator Kaio Sézari traz o poema de Antônio Patrício embalado pela canção Ana e o Mar, do Teatro Mágico.

AQUELES DOIS (Sala Central) - Um. Outro. Dois. Um. A vida, lenta, caprichosa, sábia, acaba por cruzar caminhos que vêm de longe. Cumplicidade: o alicerce do amor. Os atores Hudson Andrade e Leoci Medeiros mergulham no universo de Caio Fernando Abreu ao som de Tu me Acostumbraste, de Frank Rodrigues. A adaptação do conto para a cena foi feita por Hudson Andrade.

SEU DESTINO NAS CARTAS E NAS LINHAS (Quintal) - As estrelas, a sorte, a mão esquerda: quem é que traça os caminhos que unem as criaturas? Pergunte ao destino: o ourives do amor. Luciana Porto interpreta Zíngara, inspirada na cigana Ziga de Caravana da Ilusão, de Alcione Araújo, com texto adaptado pela própria atriz. Zíngara também faz a costura cênica desse nosso amor plural.

À MINHA MEMÓRIA QUE SE ARREPIA (Sala Central) - A lembrança de quem ama não é cerebral. Dói no corpo, encurta o ar, acelera o coração.E não há lugar melhor para se contar essas histórias do que numa cama: o palco do amor. Juliana Porto escreveu este texto especialmente para esta edição do Curta a Cena. Lembranças? Realidade? Ou simplesmente, poesia?

Ficha técnica

Direção: Ester Sá. Cenas pré-concebidas por Hudson Andrade. Iluminação: Sônia Lopes. Consultoria para figurinos e cenografia: Néder Charone. Direção de palco: Frank Costa. Contrarregragem: Paulo Porto e Frank Costa. Produção: Paulo Porto e Yeyé Porto. Realização: A Casa da Atriz.

Serviço
Nos dias 19 e 20 de janeiro, às 20h, na Casa da Atriz - Rua Oliveira Belo, 95, Umarizal, entre Generalíssimo e D. Romualdo de Seixas. Ingresso Livre! Entre, assista e decida quanto quer pagar. Mais informações: 91 8199 1322 / 8266 4397 / 8733 2067.

18.1.11

Minissérie paraense produzida para a internet já tem dois episódios

“Nós” é uma websérie transmitida pelo seu canal no youtube. Dois episódios  já estão no ar, com mais de 4 mil acessos. O terceiro episódio será lançado este mês

Ambientada propositalmente em Belém, “Nós” mostra na tela ícones da cultura paraense e pontos turísticos da cidade, com a intenção de também promover o estado e suas características para outros locais, já que a websérie pode ser vista por pessoas de outros estados e, inclusive, de fora do Brasil. 

A intenção principal do projeto é trabalhar temas transversais inseridos na realidade dos adolescentes, despertando assim discussões conscientes e que contribuam com a sociedade.

O primeiro episódio foi lançado ainda em novembro de 2010, trazendo para Belém mais uma inovação no que diz respeito à produção audiovisual, um nicho que na verdade vem crescendo consideravelmente tanto no Brasil quanto no exterior. Ao todo serão produzidos 10 episódios, tendo no elenco e na equipe técnica profissionais locais.

O diretor é Joaquim Araújo, ator e jornalista que passou uma temporada estudando cinema em Hollywood, descobrindo diversas formas de produzir audiovisual que não necessariamente dependa de distribuidoras, editais e grandes produtoras. 

A produção e direção é de Joaquim, que conta com roteiro do escritor Diego Sabádo. No elenco, Luiza Braga é Bárbara, uma mulher de vida sofrida que luta para mudar seu futuro, mas ao mesmo tempo, se sente segura com sua situação, até que uma possível gravidez põe em cheque todos os seus valores e atitudes.

Joel (Ricardo Tomaz) é um homem de meia idade que para fugir de suas responsabilidades, se sustenta no vício do fumo, porém, um forte acontecimento o obriga a mudar de vida. Mas será que ele consegue?

Ofélia (Adelaide Teixeira) é uma adolescente psicologicamente abalada pelas constantes brigas e desprezo de seus pais. Chegando ao seu limite, ela comete um crime e foge de casa, porém, devido ao trauma, começa a sofrer de amnésia.

Mauro (Joaquim Araújo) é um jovem que sofre com um trauma que lhe marcou para sempre, se tornando um segredo ao qual ele é incapaz de contar. Seu caminho lhe guiou para a vida religiosa em busca de salvação, mas isso não evitou sua revolta com o passado.

Interessados em mais informações ou em contribuir com o projeto, podem entrar em contato através dos telefones (91) 8321-3201 (Ricardo ) e 8212-1312 (Adelaide). Apesar de ser uma produção independente, o grupo vai precisar de vários apoios logísticos e culturais para dar vazão aos 10 episódios previstos.

Fonte: Holofote Virtual, com informações do grupo da websérie.