27.2.10

Marton Maués fala de trajetória e pesquisa clown

Após colocarem o pé na avenida e arrebatarem o povo, no desfile campeão da Escola de Samba Bole-Bole, os Palhaços Trovadores aprontam mais uma. E das boas! A estréia de “Mão de Vaca”, novo espetáculo do grupo “Os Palhaços Trovadores”, na última quinta-feira, 25, levou grande público para o Anfiteatro da Praça da República.

A adaptação do grupo para o texto “O Avarento”, arrancou muitas risadas e ganhou a platéia, em delírio. É a prova de que Molière continua atual. Mas a história do homem avarento ganhou outras dimensões ao ser apimentada pela performance dos clowns Trovadores. Vá conferir de perto. O espetáculo ficou em cartaz neste final de semana, até o sábado, 27, mas volta de 04 a 06 de março, no mesmo local, sempre a parti das 20h.

Para 2010, o grupo ainda tem muitos outros planos. Como: o espetáculo que vão montar, experimentando o boneco, num trabalho junto ao grupo In Bust Teatro com Bonecos, e a Casa do Palhaço, sede que o grupo acaba de ocupar e que precisa de apoio e incentivo para colocá-la em funcionamento.

O fundador e diretor do grupo, Marton Maués diz que a vitória da Bole-Bole foi mérito da própria escola, graças à competência da carnavalesca Claudia Palheta. Uma grande homenagem ao grupo. Avisa que “Mão de Vaca” está bem montado e revela que antes de querer ser ator, pensou em se tornar diretor de cinema.

Antes da estréia da peça, logo depois da experiência carnavalesca, Marton Maués respondeu a uma entrevista do Holofote Virtual. Generosamente, conseguiu, à pedido do blog, fotos para ilustrar nosso bate papo. As fotos do “Mão de Vaca”, no anfiteatro da República, são recentíssima. Fiz na última quinta-feira.

O resultado está logo abaixo. Uma deliciosa conversa em que viajamos até os anos 80, quando ele iniciava sua jornada no teatro e falamos do trabalho desenvolvido há 11 anos com os Trovadores.

Ele relembra momentos ao lado de “monstros sagrados”, como Cláudio Barradas, Luiz Otávio Barata, Zélia Amador, Henrique da Paz e Walter Bandeira, além da escola de teatro e sobre a experiência de ter desfilado na avenida do samba. Como professor, que também é, nos dá uma verdadeira aula de clown. Com vocês, respeitoso público, Marton Maués.

Holofote Virtual: Lá se vão 11 anos e vários espetáculos. Entre eles “O Hipocondríaco”, baseado na obra “O Doente Imaginário”, do francês Molière, que parece te apaixonar. É também a partir de outro texto dele, “O Avarento”, que surge o espetáculo “Mão de Vaca”, cuja estréia aconteceu neste final de semana. Alguma afinidade maior com o autor?

Marton Maués: Sim, o Molière é maravilhoso, genial, e como nós (guardadas as devidas proporções), também alimentava seu trabalho com elementos da cultura popular de sua época. Depois de O Hipocondríaco fiquei alimentando a idéia de um segundo Molière. Há tempos, assisti uma montagem de O Avarento, no Rio de Janeiro, com o Rubens Corrêa.

Teve também a montagem recente do Paulo Autran, seu canto do cisne. Li algumas traduções do texto e fui me apaixonando cada vez mais. Fiz projetos, casei a idéia com meu doutorado que começava e estamos agora em cartaz.

Holofote Virtual: Como ficou a montagem?

Marton Maués:
Acho que o espetáculo está muito bom, bem desenhadinho, com uma boa adaptação, sobretudo com elementos próprios da nossa linguagem, da poética dos Palhaços Trovadores.

Holofote Virtual: O espetáculo é resultado de tua pesquisa de doutorado. Quanto tempo vocês levaram neste processo?

Marton Maués: Dia 05 de março comemoraremos um ano de trabalho. Realizamos leituras, treinamentos de improvisação e muitos ensaios abertos ao público. A resposta foi maravilhosa. Muitas cenas, detalhes de cenas, são sugestões dadas pelo público. Agora com as chuvas e a necessidade de intensificar os ensaios, voltamos à sala. De brincadeira, digo aos Trovadores que vamos usar as roupas luxuosas do carnaval para montar mais um Molière: O Burguês Fidalgo.

Holofote Virtual: Os Palhaços Trovadores foi o primeiro grupo em Belém a trabalhar a linguagem do clown. Colocando o pé na avenida, de prima, arrebatou o também primeiro título de Campeã do Carnaval Paraense da Escola de Samba Bole Bole. Como foi viver esta experiência, já deu pra cair a ficha?

Marton Maué: A “ficha” caiu logo no dia seguinte ao resultado. Somos um grupo que trabalha muito, organiza sua rotina, pesquisa, ensaia, se apresenta em diversos lugares, mas temos claramente a dimensão do que somos (pelo menos eu tenho). Somos um pequeno grupo de teatro da cidade de Santa Maria de Belém do Grão Pará. Como o cantor Belchior, sem dinheiro no bolso (ou no banco) e sem parentes importantes.

Nosso trabalho tem um alcance bem limitado ainda, restrito a um centro. Quem ganhou o carnaval foi a Bole-bole, graças a um trabalho competente da carnavalesca Claudia Palheta e sua equipe, que souberam interpretar muito bem para a avenida nossa modesta história.

O carnaval é uma arte mais popular que o teatro. O Guamá é um bairro de tradições populares ricas e merecia comemorar esse título, até porque a escola já vem realizando um trabalho longo com a comunidade. Nós, dos Palhaços, nada fizemos, além de ser e estar de corpo e alma na avenida. O samba do Vetinho é muito bonito, muito bom, e foi cantado com garra e alegria na avenida e, acredito eu, isso deu o título à escola. Carnaval tem todo ano, este foi da Bole-bole e nós curtimos com eles essa vitória.

Holofote Virtual: Sempre foste do samba e do carnaval?

Marton Maués: Essa é boa. Sempre brinquei carnaval sim, desde os bailes infantis, em Macapá, vestido de índio de sarrapilheira. Não diria que sou do samba, não. Adoro samba, principalmente os mais tradicionais (não digo de raiz porque pra mim raiz é macaxeira).

Acho o Cartola um gênio e sou apaixonado pela Mangueira. Acho que a Mangueira não deveria mais concorrer, só se apresentar como atração (hahahaha). Choro ao vê-la pela televisão e prometi a mim mesmo que ano que vem estarei no sambódromo só para ver a Mangueira.
Mas não curto carnaval assim com entusiasmo faz tempo. O grupo, desde sua fundação, vem sendo convidado a sair nas escolas, e nós vamos, com nossas roupas de palhaços mesmo.

Holofote Virtual: Então já tinham saído em uma escola antes ...

Marton Maués: Já saímos no Quenzão (ganhou), no Rancho (ganhou), na Grande Família (ganhou) e este ano também saímos no carro abre-alas da Xodó da Nega e quase ganhamos. Veja só, me disseram que além de pés grandes somos pés quentes. Agora confesso, da avenida mesmo, gosto de sair em carro alegórico, é maravilhoso, eu me sinto. (hahahaha).

Holofote Virtual: Como aconteceu o convite da Bole-Bole?

Marton Maués: Sou amigo da Cláudia Palheta há muito tempo. Não conhecia o lado carnavalesco dela, só ouvia falar muito. Mas quando ela veio a minha casa para falar do enredo para o grupo e consolidar o convite, todos nós nos emocionamos. Estava lindo e ela sabia tudo de nós, leu tudo, conhecia minha dissertação de mestrado, que conta a história do grupo, de cor e salteado (hahahaha). Nós nos entregamos a ela e ao Eduardo, que dividiu o trabalho com a Cláudia.

Para nos aproximarmos da comunidade, que com certeza não sabia quem éramos, realizamos um espetáculo na quadra da escola, num domingo de “arrastão”. Foi nosso espetáculo de carnaval, “Ó, abre alas!” e, de início frio, o público depois brincou a valer conosco e saímos à rua com eles, cantando e dançando. Foi emocionante. Fomos outras vezes, mas não acompanhamos tudo porque estávamos também ensaiando e nos apresentando. Mas no dia do desfile foi pura emoção, vestimos a camisa da escola. Eu chorei varais vezes durante o desfile. Foi lindo!

Holofote Virtual: Vocês participaram de alguma forma nas decisões coreográficas, por exemplo?

Marton Maués: Ali, na comissão de frente, o mérito todo é do coreógrafo, Beto Benone, que foi um dos fundadores dos Palhaços Trovadores, e dos integrantes da comissão, com a carnavalesca, claro.

O que me emocionou, quando assisti um ensaio deles, é que ali estão presentes alunos e ex-alunos e também ex-trovadores, como a atriz Suely Brito, da Cia dos Notáveis Clowns. Essas pessoas, com uma formação acadêmica, dada pela escola de Teatro da UFPA é que fizeram o diferencial.

Eu, como professor da escola, artista de teatro, e amigo deles, fiquei muito feliz e orgulhoso. Só contribuí na escolha dos palhaços ali representados, que são grandes nomes da arte da palhaçaria, como Carequinha, Arrelia, Piolim, Alecrim, Nequinho, Tortel Poltrono, Benjamim de Oliveira, Grock, Annie Fratellini e outros. A ideia também é poética, o garoto que sonha em ser palhaço e é visitado por estes anjos do picadeiro. Estava realmente tudo muito bonito. Um luxo de criatividade.

Holofote Virtual: Vamos sair da avenida e voltar ao picadeiro. De onde tirastes o Tilinho, teu clown?

Marton Maués: Todo Palhaço é, ou deve ser, uma extensão de seu próprio ridículo. O Tilinho sou eu meio infantil, debilóide, parlapatão e brincalhão. É meu lado maluco, cara de pau. Sou muito tímido (acreditem!), mas o Tilinho me joga pra frente, me lança na fogueira. Embora meu barato mesmo seja dirigir espetáculos, dirigir palhaços. O Tilinho fica um pouco contido pelo diretor. O dia em que ele se soltar eu serei um sucesso nacional (hahahahaha)

Holofote Virtual: Como essa linguagem surge na tua vida?

Marton Maués: Vejo circo desde pequeno. A primeira peça de teatro que vi foi em um circo, A Escrava Isaura. Era horrível, e maravilhoso aos meus olhos de menino. Eu cresci em Macapá querendo ser diretor de cinema (já era maluco).

Em Belém conheci a fundo o teatro e me apaixonei. Trabalhei com “monstros sagrados” como Cláudio Barradas, Luiz Otávio Barata, Zélia Amador e Henrique da Paz. Foram meus mestres, minhas escolas. Virei diretor e professor e, apaixonado por folguedos populares e teatro de rua, acabei me deparando com a linguagem do palhaço. Fiz um curso, estudei muito sozinho, pesquisei, juntei o que aprendi sobre palhaço com o que já sabia de teatro, fiz um caldinho e comecei a espalhar esta idéia boa na cidade. Deu no que deu. Está dando.

Holofote Virtual: Não começastes com o Clown. Desde a década de 80 trabalhas com teatro e já atuaste e dirigiste espetáculos com grandes nomes da nossa cena. Como foram estes anos e o que ficou dessas experiências para o palhaço que hoje te guia?

Marton Maués: Ficou tudo. Uma linda história, um grande aprendizado. Devo tudo a eles, principalmente Claudio Barradas e Henrique da Paz. Claudio foi meu primeiro grande mestre, com ele me apaixonei definitivamente pelo teatro, contraí o vírus sem cura. Muita coisa interessante, de contestação e de olhar para o teatro de um modo mais contemporâneo, aprendi com o Luiz Otávio, um visionário.

Agora, o Henrique da Paz foi o grande parceiro com quem exercitei todas as dores e delícias da profissão, o prazer da criação, as minúcias, filigranas. Ainda hoje o considero um grande companheiro de batalha. Ele é um grande ator, um criador teatral.

Holofote Virtual: Como foi a lida direta com o Barradas, no início da tua carreira, na montagem de “O Carro dos Milagres” (conto de Benedicto Monteiro)?.

Marton Maués: Não foi fácil, tudo era novo para mim. Mergulhei fundo naquilo tudo, ensaiávamos de segunda a domingo, horas a fio. Eu só queria saber de teatro. A montagem levou mais de um ano, exercícios minuciosos, o Claudio espremia todo mundo, tirava o que podia de cada um.

Foi um grande aprendizado, sobretudo com relação ao texto, à expressão verbal. Exercitávamos, sem muita experiência, claro, cada detalhe das palavras, suas forças, nuances, entonações, pausas. Era um verdadeiro aprendizado e utilizo muito do que aprendi com ele ainda hoje com meus alunos. Apaixonei-me pelo teatro e por ele.

Holofote Virtual: O que tu destacarias na história do teatro paraense destas ultimas décadas?

Marton Maués: Acho que principalmente a pesquisa acadêmica e o ensino estão dando um salto e impulsionando os criadores e futuros criadores. Alguns grupos estão mais parados, mas em função da academia, a arte do teatro e da dança, tendem a crescer. Estão crescendo.

Holofote Virtual: O que significa a Escola de Teatro e Dança da UFPA para o teatro em nossa região?

Marton Maués: A escola de teatro está dando um salto para o futuro, construindo uma nova história dentro da universidade e dentro da cidade. E isso já faz um tempo. A capacitação dos professores, com mestrado e doutorado, o ingresso de novos professores ligados diretamente à categoria e a criação de novos cursos é parte desse impulso, desse salto, digamos.

A aproximação da academia com os produtores, os fazedores de teatro da cidade foi muito boa, gerou uma série de linhas de pensamento e pesquisas. Novas frentes estão sendo abertas: o teatro físico, antropológico, os clowns, os folguedos. Isso tudo gera mais e mais pensamento, mais questões, idéias e pesquisas.

Muita coisa nova vai aparecer. Temos na escola os cursos técnicos de teatro e dança, cenografia, figurino, as licenciaturas em teatro e dança, a especialização em estudos contemporâneos do corpo e mais o mestrado em artes do Ica. É uma ebulição, uma efervescência que vai gerar muita conseqüência ainda. Quem viver, verá.


Holofote Virtual: Quais as tuas disciplinas no curso?

Marton Maués: Eu dou aulas de clown, corpo e máscara, expressão vocal e também trabalho com teatro infantil, mas no momento estou licenciado para o doutorado.

Holofote Virtual: O Walter Bandeira também era professor da escola. Há um ano, ele se foi. Tinhas uma grande amizade por ele, que também era professor de expressão vocal. Quais as melhores lembranças?

Marton Maués: Eu e o Walter éramos os professores de voz e dicção, que chamamos agora de expressão vocal. Fizemos concurso juntos, ele passou em primeiro lugar – claro – e eu em segundo.

Trabalhamos juntos também em um projeto dele que era O Resgate da Radionovelas, com alunos e ex-alunos. Ele montou um pequeno estúdio. Outros professores estão levando a tarefa em frente.

Conheço o Walter desde o tempo de Cena Aberta. Ele fazia orientação vocal dos atores, estava sempre por lá pelos ensaios. Saíamos do ensaio de quinta-feira e íamos para o Maracaibo ver o Walter cantar. Dedicava sempre músicas “aos meninos do teatro”. Era uma amigão, maravilhoso, inteligente, alegre, amoroso. Conquistava todo mundo com sua graça, beleza e carinho. E ensinava muito bem, sem sonegar nada. Ríamos muito, falávamos muita besteira, o que faz um bem danado para a vida.

Muita gente acha minha voz muito parecida com a dele. Por causa disso vivo dando susto nas pessoas, alunos e funcionários (hahahaha). Alguns loucos me acham inclusive parecido com ele. Acho que temos sim, coisinhas em comum. Sinto muito a falta dele e lembro somente de bons momentos, muito riso e pouco siso.

Holofote Virtual: Os Trovadores também estão com uma sede. Isso é ótimo, pois se torna um espaço de referência para investigação e criação no clown. Em que pé estão as coisas?

Marton Maués: Estamos batalhando a restauração do nosso espaço, uma casa cedida em sistema de comodato a nós pela Santa Casa de Misericórdia. Vai se chamar Casa dos Palhaços e vai abrigar nossos ensaios, treinamentos, guarda de material, uma lojinha da marca Palhaços Trovadores, uma pequena biblioteca.

Bom, estamos sonhando em realizar muitas coisas lá, tornar aquele um espaço vivo, a trabalhar com crianças e adultos. Vamos precisar de muitos parceiros e já temos alguns. Como disse o Caetano Veloso na canção Merda: “Não existe gente como a gente de teatro”. Não existe mesmo. Mas ainda falta muita coisa para que a Casa dos Palhaços comece a funcionar.

Holofote Virtual: Vocês fazem audições para novos clowns? Há como alguém ingressar no grupo?

Marton Maués: Temos um esquema de estágio, que dura de seis a um ano, para quem tem alguma formação em palhaço. Depois desse período a pessoa pode ingressar ou não no grupo, depende dela e de nós, ou até mesmo ter seu período de estágio renovado.

O estagiário vivencia nosso dia a dia, faz os treinamentos, participa de alguns espetáculos, caso seja necessário, carrega o material do grupo e, quando fazemos alguma apresentação remunerada, recebe 50% do valor do cachê de um integrante.

Nos Palhaços Trovadores tudo o que recebemos é dividido igualitariamente, cabendo sempre 20% do arrecadado à manutenção do grupo. Não existem hierarquias. Eu ganho o mesmo que os atores ganham. Quer dizer: todos ganham pouco, mas todos ganham. Bom, no momento o grupo conta com 14 integrantes e está fechado a novas admissões.

Holofote Virtual: Pode parecer simples, mas para fazer um clown, pelo que se vê no “tablado” dos Trovadores, não basta ser engraçado. Como é que o ator situa-se na linguagem do clown? Não deve ser tão fácil.

Marton Maués: É, realmente não é fácil. Tem procedimentos técnicos que são fundamentais. E é importante saber que ser engraçadinho ou engraçado na vida não é o mesmo que ser engraçado no palco. O palco tem sua realidade, suas regras, é preciso dominá-las.

Palhaço não faz gracinha, faz graça! Ouvi muito isso de minha professora. É ela está certa. A linguagem do palhaço é corporal e ele não é um personagem, ele é a dilatação de nossos ridículos, de muito que está em nós e não queremos mostrar, por medo, trauma ou frustração.

Para ser ator, para ser principalmente palhaço é preciso ter coragem de se desnudar, se mostrar por dentro. O olhar do palhaço tem que ser claro, aberto, verdadeiro. Ele não deve mentir ao público, pois o público tudo vê, principalmente o público infantil.

O palhaço tem necessidade de contato com o outro, com o público, mas deve saber fazer isso com o coração aberto. Isso exige verdade e técnica. A verdade do palco se adquire com técnica. O nariz do palhaço é uma máscara, a menor máscara do mundo, mas que não deve esconder quem ele é.

Agora, penso também que cada um é um, cada pessoa tem seu processo e em meio a isso tudo, a esses procedimentos técnicos todos, exercícios etc, tem muito mistério. Mas a vida é cheia de mistérios, né?

Holofote Virtual: Projetos dos Trovadores para 2010?

Marton Maués: Em termos artísticos temos a estréia de “O Mão de Vaca”, o nosso O Avarento. Também um espetáculo que vai unir duas linguagens: o palhaço e o boneco. Vai ser dirigido pelo Aníbal Pacha, grande parceiro do grupo, e se chamará em princípio “O Menor espetáculo da terra”.

Nasceu de uma vontade nossa de investigar a linguagem da In Bust, depois que algumas pessoas do grupo fizeram um trabalho particular com o Aníbal e voltaram empolgadas.

Dei a idéia e escrevi o projeto que foi contemplado com o edital Cláudio Barradas, da Secult. A In Bust é um grupo muito batalhador, de pesquisa e criação profícua. Assemelha-se, de certo modo, com os Trovadores, tanto que nos confundem sempre e vice-versa. Eles e nós nos divertimos com isso. Agora estaremos juntos.

Walter Freitas estréia espetáculo dia 18 de março no Teatro Waldemar Henrique

Os ensaios do Fundo Reino, novo espetáculo do dramaturgo, jornalista, arquiteto e compositor Walter Freitas estão acontecendo na Casa da Linguagem.

A montagem é resultado do Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz e a estréia está marcada para 18 de março, no Tetaro Waldemar Henrique (Veja o cartaz ao lado).

Escrita em versos, transita entre a destruição, o descaso e a banalização da violência, fazendo uma abordagem mítica e lúdica sobre o poder e a Amazônia, numa trama que acontece nas profundezas de suas águas.

Walter, que já foi premiado em 2004 com uma bolsa do Instituto de Artes do Pará, resultando na montagem do “Tambor de Água”, diz que este novo trabalho é uma fábula sobre a sede de poder, calcada em um quadrilátero amoroso.

Entusiasmado com o novo projeto, Walter aguarda o público. "Intriga, sexo, feitiço, traição, morte... Que as pessoas venham ajudar na busca pela chave do Fundo Reino. Ver uma sessão de necrofilia subaquática, mas invertida. Descobrir se o universo feminino prepondera, de fato", diz.

Mais informações: 8134.7719.


26.2.10

In Bust faz apresentações no Casarão do Boneco e no Teatro Maria Sylvia Nunes

Serão as primeiras apresentações abertas do grupo em 2010.

O grupo vinha trabalhando até então internamente, envolvido nas reuniões setoriais de teatro para a Conferência Nacional de Cultura que ocorrerá no mês de maio, em Brasília, e no planejamento de seus próximos projetos.

Com saudades do contato mais direto com o público, para este retorno, o grupo escolheu dois espetáculo clássicos de seu repertório.

Ambos circularam durante o ano de 2009 em várias comunidades de Belém e por municípios paraenses, através dos projetos “Sábado Comunidade” e “Bonecos na Estrada – Em Caravana”.

O espetáculo Fio de Pão, a lenda do Cobra Norato será a atração de sábado, 27, no Casarão do Boneco, a partir das 19h. O espetáculo é uma deliciosa comédia sobre a lenda da cobrinha que quer virar gente. É toda contada e cantada, por uma família nordestina, através do cordel. Além disso, interativo, pois o In Bust praticamente coloca o público na cena.

Este ano, o In Bust alterou um pouco sua agenda de apresentações no Casarão do Boneco. Os sábados, por exemplo, não serão mais alternados. Agora, haverá uma apresentação mensal, aberta ao público, geralmente no último sábado de cada mês.

“A gente precisou reduzir um pouco a atividade frequente e periódica no Casarão, pois estamos com a meta de sair para festivais brasileiros de teatro de formas animadas e não temos como prever as datas, já que estes festivais dependem de apoios para acontecer. Então, a qualquer momento podemos ter confirmações de viagens”, explica Paulo Ricardo, integrante do grupo.

No domingo, 28, “O Curupira – Um Milhão de Nós”, que também provoca risos na platéia, além de um medinho quando o menino dos pés virados pra trás aparece em cena, será apresentado no Teatro Maria Sylvia Nunes, a partir das 17h30. As duas apresentações terão entrada gratuita.

Gravação - A apresentação de O Curupira será gravada em vídeo e fará parte do material que será enviado para os referidos festivais a serem realizados durante este ano em vários estados brasileiros. Por isso, a presença do público é indispensável.

Novo projeto - A partir de março, o In Bust também inicia uma agenda de ensaios do espetáculo “Catolé e Caraminguás”, o mais recente do grupo, montado com apoio do Prêmio Cláudio Barradas – de fomento às artes cênicas da Secult-Pa.

É que nos mês de maio, haverá saídas do grupo rumo aos municípios de Rondon do Pará, Marabá, Cametá e Abaetetuba. É o “Circula Catolé”, projeto vencedor do Prêmio de Teatro Miryan Muniz, da Funarte.

Serviço
Apresentações do grupo In Bust Teatro com Bonecos neste final de semana. No sábado, dia 27: "Fio de Pão - A Lenda da Cobra Norato", às 19h no Casarão do Boneco. No domingo, dia 28: "O Curupira – Um Milhão de Nós", às 17h30, no Teatro Maria Sílvia Nunes, na Estação das Docas. Entrada franca nos dois eventos. Mais informações: 91 8110.5245 ou 91 8134.7719.

25.2.10

Maca Maneschy em noite cheia de bossa no Baiacool Jazz Club

Tom Jobim passou boa parte da vida dele defendendo que a bossa é brasileira e ninguém tasca, mas é o compositor mais tocado pelos músicos de jazz de todo o mundo.

Isso quer dizer que se a bossa nova não era jazz, ela virou jazz. Os próprios jazzistas a adotaram.

Seja lá como for, é numa casa jazzística que o músico e compositor Maca Maneschy inicia hoje uma temporada de show de bossa nova. E Maca é sem dúvida entre os paraenses, o músico que mais assume o estilo em sua carreira.

A temporada seguirá por todo o mês de março, sempre às quintas-feiras, no Baiacool Jazz Club, a partir das 21h.

Maneschy diz que se identifica com o gênero há bastante tempo, na verdade, desde que o início de sua carreira. De tom intimista, o compositor diz que gosta desse estilo justamente porque para interpretá-lo não é preciso gritar.

Para ele, Bossa Nova é um estado de espírito. Canta-se a beleza, o amor e as paisagens. Com um jeito descontraído, Maca também coloca no repertório canções próprias que vão no mesmo tom de banquinho e violão que consagrou a bossa .

No repertório, não vão faltar canções de João Gilberto, Tom Jobim e Vinicius de Moraes, consagrados pelo movimento que surgiu no final da década de 50, na capital carioca, mas que contagiou o país inteiro, tornando-se em seguida um dos gêneros musicais brasileiros mais conhecidos em todo o mundo.

Serviço
Show de Bossa Nova, com o compositor, interprete e violonista Maca Maneschy. No Baiacool Jazz Club, toda quinta-feira, sempre a partir das 21h. Na Mundurucus, 1985, próximo à Dr. Moraes.

Sessão emociona cineclubistas na periferia de Santarém

O cineclubista Mateus Moura, da Associação Paraense de Jovens Críticos de Cinema manda notícias de Santarém, onde estão acontecendo as primeiras sessões itinerantes do projeto Inovacine, cineclube que nasceu da parceria entre a associação e a Fapespa – Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Pará.

Ontem foi exibido um filme de Charles Chaplin. Não era o programado. Estava previsto pra ser mostrado “A Grande Ilusão”, de Jean Renoir.

O espaço onde aconteceu, porém, divulgou a sessão como infantil. Não foi problema. Logo após a sessão que acabou sendo de improviso, Mateus estava emocionado.

“Acabamos de exibir ‘Luzes da Cidade’ para mais de 30 crianças na periferia de Santarém. O equipamento que pertence à Fapespa é garantia de botar sessão onde a gente quiser. A APJCC ainda sonha com essa autonomia e acreditamos que não está longe”, disse.

Enquanto "montavam o circo" Mateus lembra que houve uma discussão. “E então, passar ou não passar o filme do francês? No fim, coincidentemente, um plano B surgiu no meu porta-dvd: Charles Chaplin... Renoir sem dúvida aprovaria a substituição, e se sentaria feliz no meio da criançada”.

Segundo ele, nenhuma das pessoas presentes tinha ido ao cinema, antes. “Só tinham visto filmes na TV. Mudo, preto e branco, várias novidades. A maioria tão nova que não tinha iniciado o bê-a-bá, eu fiquei na condição de leitor dos poucos letreiros do filme”.

Em sua descrição emocionada da cena, Mateus relata “risadas, atenção e maravilhamento... foi um sonho.

No fim, a tentativa de conversa... lona! Como eu tinha imaginado, esse é o último nível do aprendizado, a didática com o público infantil é só pra samurai faixa vermelha mesmo. Um dia a gente chega lá”.

Por isso, o filme não chegou a ser discutido ou analisado. “As crianças só se manifestaram - com um gesto, como Carlitos ensinou - para responder a uma pergunta: Vocês querem mais? mais cinema, mais filmes como esse?". A resposta foi o bom e velho "ok", finalizou Moura.

A itinerância do Inovacine irá até o mês de maio e ainda passará pelos municípios de Ananindeua, Bragança, Altamira e Marabá.


24.2.10

Palhaçoes Trovadores estreiam espetáculo inspirado em obra de Molière

“O Mão de Vaca” é uma livre adaptação do clássico francês “O Avarento”, de Molière.

Fotos:
Janduari Simões


Centrada no universo dos palhaços, com estréia marcada para o dia 25 de fevereiro, quinta-feira, às 20h00, no Anfiteatro da Praça da República.

É a segunda vez que utiliza um texto deste dramaturgo. Em 2006, o grupo já havia montado O Hipocondríaco, adaptado da obra “O Doente Imaginário”.

As propostas se assemelham, na atual montagem a encenação também utiliza como idéia central a chegada de uma trupe de palhaços de um circo decadente com a incumbência de apresentar uma peça de Molière.

Sem muitos recursos, a trupe se utiliza do pouco que tem para a montagem da peça: bancos velhos, roupas gastas, instrumentos avariados.

O personagem principal, Harpagon, é um velho avarento que trata mal seus empregados e animais, e só pensa em economizar seu dinheiro e em querer casar os filhos, Elisa e Cleanto, com pretendentes ricos para acumular mais e mais riqueza. A avareza do personagem principal é evidenciada através da pobreza da trupe de palhaços, há anos na estrada.

O figurino dos palhaços é feito com tecido barato, sem muita variação de tons e estampas. Estão gastos e remendados, dando a medida da pobreza da trupe e da avareza do personagem principal.

O cenário é composto somente de bancos velhos, recolhidos pelo grupo em feiras e pequenos estabelecimentos comerciais, a maioria trocada por bancos novos com os antigos proprietários.

A trupe chega à praça cantando e fica sentada nestes bancos, funcionando como um coro sempre em cena. De lá saem os personagens, cada um a sua vez, para realizar suas cenas e, assim, desenrolar a história.

Em cena - Harpagon, o velho mão de vaca, quer casar com uma jovem, Mariana, mesmo esta não tendo dinheiro para o dote, o que lhe desagrada muito. Seu filho, Cleanto, está apaixonado pela mesma jovem e fala de seu amor para a irmã, Elisa, também enamorada.

Elisa ama Valério, um fidalgo que está à procura da família, perdida em um naufrágio, e que para ficar perto da amada finge-se de criado de seu pai. Mas o velho pão duro pretende casar a filha com um senhor endinheirado, Anselmo, e o filho com uma rica viúva. Instaura-se então um grande conflito entre eles, cheio de quiproquós e peripécias, resolvidos ao final com a ajuda dos empregados.

A poética utilizada pelos Palhaços Trovadores, cunhada durante 11 anos de experimentações e criações do grupo, mescla a linguagem do palhaço a elementos da cultura popular. Como nos folguedos, o grupo sempre introduz o espetáculo com um canto de chegada, uma chegança.

O elenco mantém-se em cena o tempo todo, funcionando como um coro, reagindo ao que acontece no centro da cena com os personagens e também realizando a sonoplastia do espetáculo, composta de sons e canções, todas originais e de autoria do grupo.

Ao final sempre acontece a tradicional “rodada de chapéu”, esta inserida no contexto da peça, e a trupe parte com um canto de despedida, prometendo sempre voltar.

Canções populares e trovas, além de um contato direto com o público também caracterizam o trabalho dos Palhaços Trovadores.

Nas montagens do grupo são os palhaços de cada ator os intérpretes dos personagens das peças. O palhaço empresta, assim, seu próprio jeito de ser e ver o mundo para cada personagem que faz. É o ator que conduz o palhaço que, por sua vez, interpreta o papel.


23.2.10

Festival de Belém do Cinema Brasileiro é adiado para abril

Programada para hoje, a abertura de sua 6ª edição do Festival de Belém do Cinema Brasileiro foi adiada para o mês de abril.

O motivo, de acordo com um dos coordenadores do festival, o produtor Emanoel Freitas, foi a burocracia.

“O festival foi novamente adiado por conta de burocracias na liberação dos recursos junto a Lei Rouanet, por isso adiamos para abril”, diz Freitas que já adianta:

"O lançamento do Circuito Festcine 2010 será nos dias 06 e 07 de março, na Comunidade do Igarapé Combu na Ilha do Combu, a partir das 18h".

Durante esta semana, no período em que seria realizado, de 23 a 28 de fevereiro -, o festival vai apresentar, no Cinema Olympia, a mostra “Melhores do FestCineBelém”. Com entrada gratuíta, sempre as 18h30.


Pesquisadores em artes visuais da Unama realizam encontro com educadores

O projeto “Rios de Terras e Águas: navegar é preciso”, patrocinado pela Petrobras vai realizar no período de 02 a 05 de março encontros com professores, educadores de museus e outros agentes culturais que trabalham na educação formal ou não formal.

São 480 vagas para os municípios de Belém, Abaetetuba, Ananindeua e Santa Izabel, com os quais já entramos em contato com suas respectivas Secretarias de Educação, porém professores de outros municípios do Pará também serão bem vindos.

As inscrições estão sendo feitas pela internet, no site www.riosdeterraseaguas.com.

A iniciativa é dos professoras e pesquisadoras do curso de Artes Visuais e Tecnologia da Imagem da Unama, Janice Lima, Marisa Mokarzel e Simone Moura, que realizaram uma pesquisa sobre os artistas paraenses: Armando Queiroz, Elieni Tenório, Jocatos, Lise Lobato, Mariano Klautau Filho e Paula Sampaio, cujas obras apresentam questões sobre o patrimônio cultural, identidade, memória e gênero.

“Após realizar a pesquisa estamos também publicando um box contendo: um livro (com o resultado da pesquisa e uma proposta educativa), pranchas com imagens das obras e um DVD, cujo lançamento oficial será feito em abril na Galeria da Unama, quando o box será comercializado”, explicam Janice Lima, Marisa Mokarzel e Simone Moura.

Mas os participantes do curso já receberão gratuitamente o box, com todo o material desde que tenham freqüência de 100% à capacitação que se dará em um único dia, das 8h às 12h e das 14h às 18h, podendo ser escolhido entre 2, 3, 4 ou 5 de março.

22.2.10

Rádio Margarida lança portal para defesa da Criança e do Adolescente

A ONG Rádio Margarida está lançando o seu portal na internet. É mais uma ferramenta para divulgar e garantir os direitos de meninos e meninas. O lançamento está marcado para esta quinta-feira, 25, às 19h, no Teatro Gasômetro.

Na programação, entrará em cena o palhaço Claustrofóbico que, aliando informações a brincadeiras, explicará ao público a importância da internet para a promoção dos direitos de crianças e adolescentes.

Em seguida será apresentada a peça teatral “Conectados”, que também aborda o assunto.

O evento contará com a presença de representantes das secretarias de educação, cultura, saúde e assistência social, estaduais e municipais; autoridades jurídicas que atuam na área da infância e adolescência; vereadores; diretores e professores de escolas municipais, estaduais e particulares; organizações não governamentais.

Também estarão representadoas as universidades, faculdades e movimentos que atuam na área da infância e adolescência, além de representantes da WCF - Brasil.

O Portal - No portal, os usuários poderão fazer download gratuito todos os materiais educativos produzidos pela ONG ao longo de seus 20 anos de atuação, na área de vídeo, áudio e impresso, além de materiais de outras organizações, escolas, entidades e movimentos ligados à infância e adolescência.

“A ideia do portal é facilitar o acesso às diversas informações na área da infância. No portal qualquer pessoa pode, por exemplo, assistir um vídeo ou ouvir uma radionovela e se informar sobre temas como violência sexual, trabalho infantil e violência doméstica. Aprendendo sobre os graves problemas causados pelas violações de direitos de crianças e adolescentes, a sociedade se sensibiliza e muda de comportamento, explica o coordenador de vídeos da Rádio Margarida, José Arnaud.


Desta forma, a ferramenta facilitar o acesso dos educadores a conteúdos que poderão ser utilizados em salas de aulas, comunidades e rodas de conversas.

De caráter colaborativo, o portal aceitará artigos, entrevistas, áudios, vídeos produzidos por celular ou câmera caseira, redações feitas nas escolas, ou qualquer outro material com temas relacionados à infância ou adolescência.


A ONG promoverá, também, concursos mensais no portal, e as produções mais criativas receberão prêmios.

“A ideia é despertar a vontade de estudantes, educadores, crianças e adolescentes a produzir materiais, como artigos, redações, vídeos. Essa produção provoca o aprendizado e, ao mesmo tempo, divulga para todos que acessarem o portal diferentes informações sobre a temática da infância e adolescência”, diz a coordenadora da Rádio Margarida, Eugênia Melo.

Outro serviço importante que estará sendo disponibilizado no portal, será a lista de endereços, telefones e informações sobre Conselhos Tutelares, hospitais, delegacias, organizações e entidades, para que a população saiba onde buscar ajuda e denunciar os diferentes tipos de violações dos direitos de meninos e meninas.

O Portal Rádio Margarida em Defesa da Criança e do Adolescente conta com o patrocínio da Petrobras e da World Childhood Foundation (Instituto WCF-Brasil).

Serviço
Lançamento do Portal Rádio Margarida em Defesa da Criança e do Adolescente, dia 25 de fevereiro, às 19h, no Teatro Gasômetro (Parque da Residência, Av. Magalhães Barata, 830). Entrada franca. A partir do dia 25 de fevereiro, acesse: www. radiomargarida.org.br.

Não à divisão do Pará!” reúne obras de mais de 20 artistas

Será aberta amanhã, 23, no Museu da UFPA, a exposição “Não a divisão do Pará”.

Haverá participação da Orquestra de Violoncelos da Amazônia, que sob a batuta do Prof. Áureo de Freitas, abrirá oficialmente a mostra, que estará montada nos altos do Museu da UFPA, a partir das 19h.

A exposição é uma manifestação de 22 artistas em defesa do Estado do Pará, de seu rico patrimônio material e imaterial.

De acordo com o release da exposição enviado à imprensa, a exposição “é uma reação às propostas dos setores mais retrógrados que querem se perpetuar no poder, manter os latifúndios no Estado do Pará, e, de políticos gananciosos que almejam altos cargos públicos: fazem um jogo capcioso, pregando a divisão como solução para os problemas criados por eles mesmos. Prometem melhorias à curto prazo em seus discursos sedutores: ofertando cargos públicos para os que estão cansados de esperar ações que pacifiquem o nosso campo e as cidades”.

Não à divisão do PArá! tem obras dos artistas Mestre Nato, Ruma, Eliene Tenório, João Cirilo, Arthur Leandro, Jaqueline Souza, Márcia Macedo, Lucia Gomes, Luciana Magno, Raphael Moreno, Marisa Mokarzel, Bruno Maneschy, Josynaldo Ferreira, Christian Monteiro, Diego Cordero, Ubirajara Barcelar, Vince Souza, Paulo Paixão, Ricardo Macedo, Victor de la Rocque, Nailana Thiely e Maria Christina.

Serviço
Exposição "Não à divisão do PArá!". Mostra Coletiva de Artes Visuais. Período: 23 a 27 de fevereiro de 2010. Local: Museu da Universidade Federal do Pará (altos). Vernissage: 23/02 às 19:00h. Apoio: MUFPA e Orquestra de Violoncelos da Amazônia (Prof. Áureo de Freitas).

19.2.10

Curtas pernambucanos e bate papo no Alexandrino Moreira

Aproveitando a vinda do cineasta pernambucano Camilo Cavalcante, que chega a Belém na próxima semana para ministrar m curso de direção para cinema, o Cineclube Alexandrino Moreira do Instituto de Artes do Pará (IAP) exibe sete de suas produções.

A sessão acontece nesta segunda-feira, 22, a partir das 19h. com bate-papo com diretor, após o filme. A entrada é franca.

A obra de Camilo pode ser definida como um cinema onde prevalece a máxima “tudo-ao-mesmo-tempo-agora”.

São filmes criados em camadas com histórias secundárias, terciárias e assim por diante, mesmo assim ainda são bastante intimistas.

O cineasta se distribui em personagens, histórias e ambientes para apresentar homens e mulheres únicos e comuns ao mesmo tempo. O Nordeste e sua terra natal são temas recorrentes, mas o que chama a atenção é a forma como o nordestino é retratado.

Em “Leviatã” (1999), um dos filmes desta sessão, confere as angústias de um nordestino recém-chegado à São Paulo. Velocidade, caos, correria e atropelo. Tudo está lá. São sentimentos de quem larga o amor e a vida simples em Pernambuco e parte para a maior metrópole do Brasil e não está preparado para isso.

Já “O Velho, o Mar e o Lago” narra a história de um ex-militar, que mora em uma ilha, acompanhado de suas flores e um antigo farol.

É quase todo um monólogo do senhor com as suas dores, retratado num lugar remoto. Poderia ser um roteiro de um sonho ou um pesadelo sobre solidão e loucura.

Os dois curtas “Ave Maria”, partes de uma trilogia ainda inacabada, mostram o mundo durante a hora do Angelus (18h).

O primeiro “Mãe dos oprimidos” (2003) , retrata a realidade marginal e excluída de Recife. Pessoas que bebem, assistem televisão, andam, dirigem, pedem esmolas, todos ocupados de alguma maneira durante a hora dedicada, na religião católica, à oração.

Existe aí, de acordo com o próprio diretor, uma mescla de imagens documentais e de imagens ficcionais. O mais recente, “Mãe dos Sertanejos” (2009) ganhou os prêmios de Melhor Filme, Melhor Fotografia e Melhor Som na 42ª edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro.

“Rapsódia para Um Homem Comum” (2005) segue a linha onírica de “Leviatã”. Epaminondas é um funcionário público de classe média baixa nos anos 70.

Sua vida é marcada por uma rotina incessante e sua relação com o carimbo e a repetição um dia se encerra quando decidi jogar tudo pro alto e tomar uma atitude brusca. A música e a imaginação aparecem e marcam a história de maneira forte.

“A História da Eternidade” (2003) parece ter sido gravado em apenas um take, mas na verdade se trata de um falso plano-sequência. O curta se debruça sobre os instintos humanos mais cruéis. Cenas e seres bizarros pontuam determinados momentos de forma alegórica. Tudo ali tem significado.

Em “Ocaso” (1997), vemos perfilados, num único movimento de câmera, todos os significados da palavra-título. Cavalcante já esboça aí uma concepção temporal do plano-sequência na qual se aperfeiçoa em seus filmes seguintes.

Serviço
Sessão Camilo Cavalcante no Cineclube Alexandrino Moreira, do Instituto de Artes do Pará (Praça Justo Chermont, nº 236 - Nazaré - ao lado da Basílica). Exibição nesta segunda-feira (22), a partir das 19h, com entrada franca. Realização: Núcleo de Produção Digital Belém (PA). Informações: 4006 2947.

18.2.10

Acidente com o forro não impede concerto para os 132 anos do Theatro da Paz

Um grande concerto será realizado, hoje, a partir das 20h, para comemorar os 132 anos do Theatro da Paz, um dos maiores símbolos da arquitetura e cultura do Pará.

Enquanto isso, os técnicos do Departamento de Patrimônio Histórico do Estado ainda avaliam os estragos causados na última terça-feira na entrada externa, cujo forro desabou.

O parecer técnico ainda não foi divulgado e por isso não há como saber, até o momento, o que realmente causou o acidente.

Na programação desta noite, estarão se apresentando o Madrigal da UEPA & Convidados, o Duo Pianístico da UFPA e Harpia Trio Instrumental, com participação de Dione Colares, Márcia Aliverti, Eliana Cutrim e Lenora Menezes de Brito, entre outros.

No programa, músicas de Tom Jobim, Baden Powell e Villa-Lobos, Wilson Fonseca e Waldemar Henrique , além de Vivaldi, Purcell e Banchieri. Os ingressos esgotaram ainda no início da tarde.

Foto: Agência Pará - SECOM-PA


17.2.10

Em Santarém: sessão cineclubista terá transmissão on line nesta quinta-feira

A cidade de Santarém, no Oeste do Pará, recebe a partir de amanhã a programação do Inovacine, projeto da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Pará, que este ano ganhou formato itinerante e chegará a outras cidades paraenses.

Entre fevereiro e maio ocorrerá nos pontos de cultura e infocentros do programa NavegaPará também em Ananindeua, Bragança, Altamira e Marabá.

Em Santarém, acontecerão dez sessões e as de abertura do evento, nesta quinta-feira, às 16h e 20h, terão transmissão ao vivo, através do site http://www.webtv.pa.gov.br/

A programação acontece no Pontão de Cultura de Santarém, com projeção do filme “Barravento” (Glauber Rocha). Durante a semana serão exibidos também filmes de realizadores paraenses e será realizada uma oficina de formação cineclubista, que abordará aspectos históricos e teóricos da arte cinematográfica.

De acordo com Mateus Moura, da Associação Paraense de Jovens Críticos de Cinema (APJCC), parceira da Fapespa neste projeto, além dos usuários de infocentros, qualquer internauta poderá interagir com a aula online desta quinta-feira e enviar perguntas por um chat moderado pela assessoria de comunicação da Fundação.

“Nós receberemos os questionamentos presenciais e virtuais e de seguida os colocaremos na roda, de forma a radicalizar a democratização do audiovisual, linkando simultaneamente quem está presente na sessão cineclubista, em Santarém, às margens do Tapajós, com todos os amantes do cinema mundial, estejam eles no centro ou em outras margens destes processos”, afirma.

Informações: no site do Inovacine , no blog do projeto ou através do e-mail (inovacine@fapespa.pa.gov.br).

Festival de Belém do Cinema Brasileiro divulga lista de filmes selecionados

A sexta edição do Festival de Belém do Cinema Brasileiro vai acontecer de 23 a 28 de fevereiro de 2010, com programação no Cine Olympia.

A lista de filmes selecionados já foi divulgada. Dez curtas, cinco médias e sete longas-metragens estarão na programação.

O Prêmio Ver-o-Peso do Cinema Brasileiro será entregue, no dia 27 de fevereiro, aos três melhores títulos de cada categoria que serão escolhidos pelo público.

No dia 28, a programação ainda se estende com “O Cinema vai às Ilhas”, na Ilha do Combú, onde haverá uma sessão ao ar livre.

O evento conta com o patrocínio da Petrobras através da Lei Federal de Incentivo a Cultura do Ministério da Cultura, com produção associada da D.Paes Produções e EF Entretenimentos numa realização da Amazônia Imaginária.

Filmes selecionados

Curtas-metragens
3.33 (Ficção / Dir. Sabrina Greve)
A ILHA (Animação / Dir. Alê Camargo)
ATÉ O FIM DO DIA (Ficção / Dir. Gustavo Brandão)
CEDRO DO LÍBANO (Ficção / Dir. Conrado Ferreira Krainer)
ENFIM DOIS (Ficção / Dir. Thiago Vieira)
NEM MARCHA NEM CHOUTA (Documentário / Dir. Helvécio Martins Jr.)
QUINTAS INTENÇÕES (Ficção / Dir. Mauricio Rizzo)
ROSA E BENJAMIN (Ficção / Dir. Cleber Eduardo e Ilana Feldman)
SÃO (Ficção / Dir. Pedro Severino)
TEATRO DA ALMA (Ficção / Dir. Deby Brennand)

Médias-metragens

DOSSIÊ RE BORDOSA (Animação / Dir. Cesar Cabral)
NO TEMPO DE MILTINHO (Documentário / Dir. André Weller)
SERRA PELADA – ESPERANÇA NÃO É SONHO (Documentário / Dir. Priscila Brasil)
SUPERBARROCO (Ficção / Dir. Renata Pinheiro)
UM RIO ENTRE NÓS (Ficção / Dir. Sergio Andrade)

Longas-metragens

ALÔ, ALÔ, TEREZINHA (Ficção / Dir. Nelson Hoineff)
CANÇÕES DE BAAL (Ficção / Dir. Helena Ignez)
GARAPA (Documentário / Dir. José Padilha)
O REI DA MUNGANGA (Documentário / Dir. Carolina Paiva)
QUEBRADEIRAS (Documentário / Dir. Evaldo Mocarzel)
UM HOMEM DE MORAL (Documentário / Dir. Ricardo Dias)
UM LUGAR AO SOL (Documentário / Dir. Gabriel Mascaro)

16.2.10

Desaba forro de gesso da entrada do Theatro da Paz

Era para ser uma semana comemorativa de seus 132 anos, completados ontem, dia 15 de fevereiro.

Mas ao invés de um concerto musical, que aconteceria nesta quinta-feira, nosso Theatro da Paz vai precisar antes consertar o estrago ocorrido na manhã desta terça-feira, 16.

Caiu uma parte do forro de gesso que ficava localizado na entrada do Theatro da Paz (Foto: Keilon Feio).

A notícia foi divulgada pela Secult, no início da tarde desta terça-feira e deixou todos tristes e preocupados em Belém.

Uma das principais causas, pode ter sido a forte chuva que caíu sobre a cidade no ultimo final de semana e que até ontem ainda riscou a paisagem carnavalesca de Belém.

Mas não só a chuva, nossa velha e habitual conhecida. Com o acidente seria bom voltar à velha discussão sobre o trânsito intenso de veículos pesados ao redor e ainda ao barulho exagerado de trios e outros carros de sons no seu entorno. Tudo isso acaba abalando a estrutura de um de nossos maiores patrimônios históricos e culturais.

No Twitter não se fala em outra coisa. Há declarações de indignação e protestos. Não é para menos. O secular Theatro da Paz é um ícone da arquitetura e da cultura paraense.

A Secretaria de Estado de Cultura informou, por meio de sua Assessoria de Comunicação, que a parte que caiu é referente ao forro de gesso colocado na reforma feita em 2002 e que não compõe a parte histórica do Theatro da Paz.

De acordo com a Secult, o Departamento de Patrimônio do Governo foi acionado e enviou uma equipe técnica para avaliar a situação. O laudo, porém, ainda não foi divulgado.

Sem saber ainda como explicar, a Secult diz que a manutenção da estrutura do local é feita, mensalmente, incluindo a descupinização, realizada por uma empresa especializada.

“Informamos que assim que a Secult tiver acesso ao laudo do Departamento de Patrimônio, este deverá ser divulgado oportunamente. Após a avaliação técnica do patrimônio, a administração do Theatro deverá fazer a recomposição do material danificado o mais breve possível”, diz o informe enviado à imprensa.

Fonte: Holofote Virtual com informações da Secult – Assessoria de Imprensa

15.2.10

Odivelas perde mestre da cultura popular

O município de São Caetano de Odivelas chora a perda de um de seus mestres da cultura popular.

Aos 80 anos, faleceu ontem, 14, Mestre Maximiano Monteiro, o Tio Maxico, como era carinhosamente chamado pelos odivelenses.

Maximiano Monteiro era o último dos grandes mestres de música de São Caetano de Odivelas.

Foi um dos grandes compositores de músicas dos bois de máscaras, principalmente, do Boi Tinga e do Boi Mascote.

Durante décadas, foi professor de música da Banda Milícia Odivelense, uma de suas grande paixões, ao lado do boi Tinga. O corpo de Maximiliano foi velado na Igreja Matriz e o sepultamento aconteceu hoje, 15, pela manhã.

Na última semana, "Tio Maxico", ainda compôs suas últimas músicas. Nildo Zeferino, Presidente da Banda Milícia Odivelense e um dos grandes alunos do Mestre, disse emocionado que na semana passada, ele fez um samba. “E eu copiei a última grande obra de meu grande mestre."

Márcio Cardoso, também demonstrou consternação. "Não dá para mensurar o tamanho da perda que São Caetano de Odivelas sofreu".

"Perdeu, São Caetano de Odivelas, perdeu o Estado, perdeu a cultura popular. Foi-se um grande mestre", disse Rondi Palha, coordenador do Boi Faceiro.

Mestre Maximiano foi tema de reportagem especial do Jornal Diário do Pará, há um ano atrás (http://www.diariodopara.com.br/noticiafullv2.php?idnot=34235), e recebeu em junho passado da Câmara Municipal de Vereadores de São Caetano de Odivelas, juntamente com Mestre Dorrês e "Seu" Zé do Lode, o Prêmio "Odivelense Empreendedor".

O prêmio é concedido aos odivelenses que se destacam em suas respectivas áreas, e foi o grande homenageado do III Odivelas Música, quando recebeu uma justa homenagem pela sua grandiosa contribuição para a história cultural odivelense.

Fonte: Blog da Associação Mestre Bené

12.2.10

Glauber Rocha, de Santarém para o mundo

NavegaPará transmite pela web
debate do projeto Inovacine-Fapespa

É o barravento* que se inicia, com a apresentação do filme homônimo de Glauber Rocha.

A pretensão é dinamizar uma oficina de formação cineclubista – visando teoria cinematográfica, história do cinema e prática cineclubista – e a agilização de uma cena forte de sessões durante pouco mais de uma semana, exibindo e discutindo um filme por dia, em diversos pontos de cultura da grande Santarém.

A intenção maior é fortalecer a cultura fraterna e crítica, de formação cultural e existencial, que envolve a área dos amantes de cinema. Uma comunidade que discuta, de forma democrática e enriquecedora, arte e sociedade, regularmente, é o princípio da base cineclubista.

A oficina ocorrerá entre os dias 18 e 20 de fevereiro de 2010, de manhã e à tarde. No dia 18, à noite, acontecerá a inauguração oficial do projeto itinerante, que depois de Santarém, ainda pretende aportar, pela ordem, em Ananindeua e Bragança (março), Altamira (abril) e Marabá (maio).

Como a inauguração trata de todas essas cidades, todas elas estarão participando, através do programa NavegaPará – assistindo; e, através do chat online – discutindo. E não apenas eles, mas o mundo todo poderá participar, entrando no site www.webtv.pa.gov.br, a partir das 20 horas do dia 18 de fevereiro.

Entre os responsáveis pela iniciativa estão o governo do Estado do Pará, as secretarias de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia (Sedect), Cultura (Secult) e Educação (Seduc), a Empresa de Processamento de Dados do Pará (Prodepa), e as ONGs Argonautas Ambientalistas da Amazônia, Poraquê e Saúde e Alegria – de Santarém, além da Associação Paraense de Jovens Críticos de Cinema, APJCC.

A democratização e discussão da cultura audiovisual será massiva, com uma programação que tenta dar a volta ao mundo em 8 dias.

*barravento: momento de violência, quando as coisas da terra e mar se transformam, quando no amor, na vida e no meio social ocorrem súbitas mudanças.

PROGRAMAÇÃO

Dia 18 de fevereiro, 20 horas

– AULA INAUGURAL com transmissão web (www.webtv.pa.gov.br)

“Barravento” (Glauber Rocha)

Instituto Saude e Alegria/Pontão de Cultura - Rua Barjona de Miranda com Sebastião. Bairro Aldeia (Contato: Paulo Lima 93 - 91410052)

Dia 20 de fevereiro, 20 horas

“Sede de sangue (Park Chan-Wook)
Instituto Saude e Alegria/Pontão de Cultura - Rua Barjona de Miranda com Sebastião. Bairro Aldeia (Contato: Paulo Lima 93 - 91410052)

Dia 22 de fevereiro, 20 horas

“Malditos mendigos” (Vicente Franz Cecim) & “Brega S/A “(Wladimir Cunha e Gustavo Godinho)
Associação dos moradores do bairro do Maracanã - Rua Lorena, 191, Bairro Maracanã (Contato: Carol 93 - 9143-0682 / Donaldo Godinho 93 - 3523-8855)

Dia 23 de fevereiro, 20 horas

“A grande ilusão” (Jean Renoir)
FAMCOS - Av. Curuá-Una, Canto com a Av. São Nicolau, n 20, Bairro Diamantino

(Contato: Patrícia/Jorge. Fone: 93 - 35245110 9124-9710)

Dia 24 de fevereiro, 20 hs

“Aurora” (F. W. Murnau)

Associação dos moradores do bairro Conquista - Rua Valni Sarmento, S/N – Conquista

(Contato - Antonio Duarte 93 – 35239823 / 91412626)

Dia 25 de fevereiro, 20 hs

"Pierrot Le fou" (J. L. Godard)
Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Santarém – Rodovia Santarém-Cuiabá, km 3 (Contato Raimundo de Lima Mesquita – 93 – 35241845)

Dia 26 de fevereiro, 20 hs

“A moça com a valise” (Valerio Zurllini)
Fundo de Desenvolvimento e Ação Comunitária – FUNDAC - Rua Frei Rogério, nº 107. Bairro: Esperança (Contato Socorro Peloso – 93 - 35243509/35243009)

Dia 27 de fevereiro, 20 horas

“Santa Marta” (Eduardo Coutinho)
Associação dos moradores bairro Aeroporto Velho - Trav. Tupaiulandia, 545 - Aeroporto-Velho (Contato Lauro Corrêa -93 – 91331858)

Dia 28 de fevereiro, 20 horas

“Bastardos inglórios” (Quentin Tarantino)

Colônia dos Pescadores de Santarém Z-20 - Av. Mendonça Furtado, nº161 - Px. Peixaria Piracatu (Contato Amarildo - 93 – 35221764 / João Nilson – 93 -9122-3963 / 9132-8367)

Fonte: Ascom / Fapespa

11.2.10

Nesta sexta tem Coletivo AfrikaBrasil em novo espaço

Não é mais no Bar do Índio, mas a festa “Black Soul Samba” continua na Cidade Velha. E nesta sexta-feira tem.

A mudança acontece por causa do número de frequentadores que aumenta a cada semana, exigindo um espaço maior.

Agora no Espaço Cultural Cidade Velha, que fica bem ao lado da Praça do Carmo, há dois ambientes, sendo um deles climatizado.

As duas pistas contam com o agito dos DJ´s Residentes: Eddie Pereira, Uirá Seidl, Alex Pinheiro, Homero da Cuíca, Fernando Wanzeler e Kauê Almeida.

”Reverzando entre o Soul,Funk,Reggae, Afrobeat, Samba-Rock, HipHop vai ter também muito Samba, para que não nos esqueçamos que estamos no carnaval”, diz Eddie Pereira, da organização.

Além de muita música, haverá exibição de videos no telão. A Black Soul Samba, rola toda sexta-feira, com entrada free até meia-noite pra todo mundo, depois o ingresso custará R$ 5.

Cine na Memória apresenta clássicos do cinema mudo brasileiro

O Cine Na Memória, do Museu da Imagem do Som (MIS), apresenta nesta quinta a mostra “Aspectos do Brasil”.

Parte do projeto “Resgate do Cinema Brasileiro”, realizado pelo Governo Brasileiro através da Caixa Econômica Federal, Sociedade Amigos da Cinemateca e Cinemateca Brasileira, o projeto reune em uma caixa com quatro DVDs, com “pérolas” do cinema mudo brasileiro, restaurados e reunidos em temas distintos.

Entre os filmes que serão exibidos está “Veneza Americana (1925)”, da Pernambuco-Film (foto). Deste original em nitrato, proveniente do acervo da Fundação Joaquim Nabuco (PE) e enviada para a Cinemateca para trabalhos de preservação, vemos um Pernambuco que cresce.

Chama atenção neste longa-metragem, que nasceu de outros dois originariamente feitos sobre encomenda pelo Governador da época Sr. Sérgio Loreto (1922-1926), o apuro na realização, com impecável qualidade técnica na fotografia e nos firmes movimentos de câmera, belos efeitos de cor obtidos por meio de tingimentos e viragens.

Serviço: A sessão acontece no mini-auditório do Museu de Arte Sacra, ás 19h, com entrada. O projeto, nesta edição, tem o apoio da Cinemateca Brasileira e Fumbel. Museu da Imagem e do Som Pará. Rua Padre Champagnat, s/n - Cidade Velha. CEP 66020-310 - Belém - Pará - Fone/Fax: 91-4009-8817/mis.para@gmail.com.


10.2.10

Música instrumental: Pra dar um rolê por aí...

Temos mais um espaço em Belém para curtir música instrumental, ao vivo. Onde era o antigo café Dali, agora funciona o bar Leblon, na Trav. Quintino entre Mundurucus e Conselheiro.

É lá que toda quarta-feira, se apresenta Toninho Abenatar & Trio, com música instrumental, jazz, Bossa e MPB.

Toninho (saxophonista e flautista) já participou de muitos trabalhos, disco e shows de artistas paraenses.

Em seu estilo passeia pela música brasileira, ritmos latinos e influências da música eletronica e smooth jazz. Hoje tem!

Baiacool - Para quem quiser curitr mais instrumental jazz, a dica é o Baiacool Jazz Club que vai fuincionar normalmente neste carnaval. O espaço já era conhecido do público, mas desde que mudou de endereço, deixou muita gente perdida.

O Baiacool agora finciona de quarta a domingo, sempre a partir das 18h, na Rua Mundurucus, 1985, próx. a Dr. Moraes.

Na quarta-feira tem o tradicional Piano Bar, a partir das 20h. Na quinta-feira, a música é instrumental, com participação de Minni Paulo e músicos convidados.

Na sexta a Bossa Nova pede passagem na voz de Michely Murchio e Trio. E nos sábados, continua em cartaz e sempre trazendo um público maior, a cantora Larissa Wright e grupo MP3. O couvert do bar custa R$ 5,00. Mais informações: 8161.1992.

8.2.10

Homenagem: Max Martins, um ano de saudades

Há um ano, no dia 9 de fevereiro, Belém amanheceu nublada e chuvosa.

Durante àquela tarde, homenagens em forma de poesia foram prestadas no Museu Histórico do Pará, ao poeta Max Martins, cujo corpo era velado por amigos, familiares, escritores e amantes de sua poesia.

Nesta terça-feira, 09, na Casa da Linguagem, que ele dirigiu anos atrás, novas homenagens serão feitas à Max, desta vez no Cineclube Pedro Veriano, com exibição filme “Variações da Rede”, do paraense Diógenes Leal e do americano James Bogan, que focam o hábito característico e estabelecido na Amazônia de repousar sobre uma rede.

O filme faz parte de um DVD que traz uma trilogia de filmes feitos em Belém entre as décadas de 70/80, em parceria entre os dois cineastas. Em Variações de Rede", Max Martins é personagem, que narra sua prórpia poesia. É lindo não deixem de ir ver.

A programação começa cedo, às 17h30, com celebração do padre Padre Lucivaldo Silva, lançamento do documentário Porto Max, sarau com escritores paraenses e abertura da exposição: ‘‘Viva Max Martins’’, com objetos pessoais do poeta. Ainda haverá uma mesa-redonda com Alonso Rocha/ Poeta Wenceslau Alonso Júnior/ Professor – UEPA; Edson Ferreira/ Professor – UFPA.

Já o documentário "Porto Max" é resultado de oficinas ministradas na Fundação Curro Velho, com apoio do laboratório audiovisual do Iesam. A direção é de Rogério Parreira, coordenador audiovisual do Curro Velho.

Segundo Parreira, a produção do filme foi "um processo de realização realmente coletivo de substância cultural significativa para o Pará e para o mundo, já que a contribuição de Max Martins é universal". O curta contou com a participação de alunos da Fundação.

"Porto Max" apresenta depoimentos da neta do Max Martins, Laís Martins, e um diálogo entre o filosofo Edson Ferreira e o professor de literatura e também poeta, Paulo Nunes.

O poeta - Max Martins nasceu em Belém do Pará, em 1926. Após os estudos de Literatura, passou a colaborar em revistas e suplementos, como a revista literária Encontro, publicando os primeiros poemas no Suplemento Literário da Folha do Norte em 1946 e 1951.

Estreou com o livro O Estranho (1952), seguido, entre outros, pelos livros Anti-Retrato (1960), O Ovo Filosófico (1976), O Risco Subscrito (1980), 60/35 (1985), e reunindo seu trabalho no volume Não para Consolar - poesia completa (1992). Max Martins faleceu dia 9 de janeiro do ano passado.

Serviço
Homenagem ao poeta Max Martins. Nesta terça-feira (9), a partir das 17h30, com celebração de missa, exposição, sarau, mesa redonda e videodocumentários na Casa da Linguagem (Av. Nazaré, 31, passando a Assis de Vasconcelos). A entrada é franca.

Fonte: Holofote Virtual com informações da Fundação Curro Velho.

Semana começa com cinema e fórum de teatro

O ótimo “BMW Vermelho” (foto), de Edu Ramos e Reinaldo Pinheiro, e o paraense “Açaí com Jabá”, de Alan Rodrigues, estão na programação de hoje do Cineclube Alexandrino Moreira.

Os dois curtas serão exibidos junto com outros filmes que fazem parte da coletânea de curtas nacionais “Comédias Contemporâneas” da Programadora Brasil.

Não perca. É hoje, a partir das 19h. Em BMW Vermelho, uma família humilde recebe um verdadeiro presente de grego: um carro de luxo, que não pode ser vendido por dois anos. Para piorar a situação, ninguém sabe dirigir. O tempo passa, e o automóvel acaba tendo usos bastante inusitados. No auditório do Instituto de Artes do Pará (Praça Justo Chermont, 236, ao lado da Basílica). Entrada franca. Informações: (91) 4006 2947.

4º encontro do Fórum de Teatro - Além de cinema, a semana também começa com mais um encontro do Fórum Permanente de Teatro, nesta segunda-feira, às 19h, na sede do Sistema Integrado de Teatros - SIT – na Tv. Domingos Marreiros, 728. Entre 14 de março e Generalíssimo Deodoro.

“Nesse encontro iremos analisar o Plano Nacional de Teatro e a proposta apresentada às artes cênicas, que extraí do Plano Estadual de Cultura, para elaborar uma proposta para o
Plano Estadual de Teatro”, explica Paulo Ricardo Nascimento, da In Bust Teatro com Bonecos.

De acordo com Paulo, o quarto encontro deste forum também irá tratar sobre o Conselho de Cultura do Estado, no intúito de escolher uma lista tríplice de representantes de teatro para compor o Conselho e encaminhar para a SECULT. Mais informações: (91) 9941-8071.

Protesto - Na terça-feira, 09, tem protesto contra o aumento da passagem de ônibus em Belém, que desde a semana passada cobra R$ 1,85, tendo como justificativa a renovação da frota e a melhoria do transporte público. Mas não é isso que a população vê e utiliza no trânsito de Belém. Para participar, chegue a partir das 9h, em frente à Prefeitura de Belém, na Poraçla D. Pedro II, Ver-o-Peso.

Música e Dalcídio Jurandir- Inspirado em Dalcídio Jurandir, o cantor e compositor paraense Rafael Lima, apresenta nesta quarta-feira, 10, no Teatro Margarida Schivasappa do Centur,.

A apresentação faz parte do projeto Uma Quarta de Música. O espetáculo “Reinavam” é uma opereta de 30 minutos, onde as personagens Alfredo e Ludica, entabulam um diálogo cantado, à frente de um santuário.

Começa às 20h e, além da opereta, serão apresentadas mais cinco músicas do cancioneiro de Rafael, todas relacionadas à obra de Dalcídio, dividindo o espetáculo em 3 atos.

Um super time de músicos participa: Príamo Brandão (baixo), Ricardo Aquino (vibrafone, marimba, perc.), Lenilson Albuquerque (piano, teclados) e Juçara Abe, que é filha de Rafael, (voz principal), além de rafael (voz/violão).

Na ocasião, Rafael estará disponibiliza seu DVD gravado ao vivo no festival internacional de jazz de Montreux, juntamente com exemplares da revista PZZ, comemorativa de seus 22 anos de carreira internacional.

Memória - Na quinta-feira tem sessão do cineclube Na memória. A partir das 19h, com exibição da coletânea “Aspectos do Brasil”. Num belíssimo projeto de restauro pelo Governo Brasileiro através da Caixa, Sociedade Amigos da Cinemateca e Cinemateca Brasileira, surgiu “Resgate do Cinema Brasileiro”.

Uma caixa com cinco DVDs, contento “pérolas” do cinema mudo brasileiro, restaurados e reunidos em temas distintos. Nesta quinta, será exibido o programa “Aspectos do Brasil”, com duração de 118 minutos. Dia 11 de fevereiro de 2010, às 19h, Mini-auditório do Museu de Arte Sacra (Rua Padre Champagnat, s/n, Cidade Velha). Informações: 4009-8817/ www.cineclubenamemoria.blogspot.com

Bolsas e curso:
Concurso de Bolsas para Pesquisa, Experimentação e Criação Artística do Instituto de Artes do Pará. Inscrições abertas para projetos de Artes Visuais, Teatro, Música e Dança de 8 de fevereiro até 31 de março, de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 14h, na sede do IAP (Praça Justo Chermont, 236, ao lado da Basílica de Nazaré). Mais informações nos sites www.iap.pa.gov.br/blog, www.pa.gov.br e www.secult.pa.gov.br.

Oficina de Realização em Direção, com o cineasta Camilo Cavalcante. De 22 a 27 de fevereiro, das 14h às 22h de segunda a sexta e das 9h às 15h no sábado. Inscrições abertas de 8 a 12 de fevereiro, de 8h30 às 14h, mediante apresentação de currículo, no IAP (Praça Justo Chermont, nº 236 - Nazaré - ao lado da Basílica). Realização: Núcleo de Produção Digital Belém (PA). Informações: 4006 2947.