28.10.19

Mestre Vieira faria 85 e vai ter festa em Barcarena

Em 2017, no seu aniversário de 83 nos
Joaquim da Lima Vieira, Mestre Vieira, completaria 85 anos nesta terça-feira, 29 de outubro, data que deve se tornar o Dia Municipal da Guitarrada, em Barcarena, onde ele já era considerado patrimônio cultural. O dia de seu nascimento será comemorado pelos 8 filhos e familiares, seu fã clube, vários amigos, músicos e artistas paraenses,  com um sarau cultural na casa em que ele viveu.

Mestre Vieira faleceu em fevereiro do ano passado, aos 83 anos, mas continua vivo através de sua obra, um legado que segue reverberando na Música Brasileira. À exemplo disso, recentemente, em pleno Rock In Rio, ele foi citado e reverenciado por Lucas Estrela, guitarrista da mais nova geração de músicos influenciados pela Guitarrada. 

Não à toa, o fã clube do músico em Barcarena, representado pela Professora Betinha, reivindicou junto a Câmara Municipal, que a data 29 de outubro seja instituído o Dia Municipal da Guitarrada, ritmo já decretado Patrimônio Cultural e Artístico de Natureza Imaterial do Estado do Pará (Lei de n° 7.499, de 10 de março de 2011). O requerimento já foi feito pelo vereador Laurival Filho e aprovado pelos demais vereadores. Aguarda-se que se torne decreto de Lei, a ser sancionado pelo prefeito em exercício. 

A programação desta terça-feira iniciará pela manhã, na Biblioteca Municipal, às 9h, com a exibição a animação, "Os Dinâmicos", para estudantes da rede pública de educação. De tarde, às 17h, a série de 13 episódios inspirada nas músicas do grupo Vieira e Seu Conjunto, gravadas em LPs dos anos 1970 a 1990, também abrirá a programação que será realizada na Casa do Mestre, em Barcarena.  Após a sessão que receberá mais estudantes do município, haverá apresentação de atrações locais, com a participação de músicos do Clube da Guitarrada, que irão de Belém, tendo à frente o músico Bruno Rabelo, do blog “Lambada das Quebradas”. 

Vão se apresentar os grupos “Os Dinâmicos – Raízes da Guitarrada”, formado por músicos que gravaram os LPs Vieira e Seu Conjunto, “Filhos do Mestre”, que traz na formação entre outros músicos, três filhos músicos do guitarrista, Waldecir Vieira (baterista), Wilson Vieira (tecladista) e Waldir Vieira, (percussionista), além de Mestre Curica, Aldo Sena e Mestre Solano, que confirmaram presença. Também haverá participação de vários grupos locais, será apresentado ao público o projeto “Memória Viva Mestre Vieira” e haverá sorteio do DVD 50 Anos de Guitarrada, gravado em 2012 no Theatro da Paz.

Obra do músico passa por Inventário cultural


Os LPs, parte do legado do músico
Em vida, Mestre Vieira lançou em vida treze discos em formato LP e cinco em formato CD, considerando o CD que ele produziu Os Dinâmicos e Mestre Vieira, de 2015, e no qual também gravou. O segundo LP Lambada das Quebradas Vol. 2, um dos maiores sucessos de venda, nos anos 1980, principalmente no Nordeste, teve relançamento na Inglaterra, com uma capa bem diferente da original, que mostra os músicos em cima de um barco. 

Mestre Vieira é autor, ainda, de músicas feitas para os álbuns dos Mestres da Guitarrada e o compacto duplo da cantora Mirian Cunha, que ele produziu e lançou como Rainha da Lambada nos anos 1980.  

Informações mais precisas sobre a vida e obra do músico estão sendo levantadas pelo projeto “Inventário Mestre Vieira”, que foi selecionado pelo Rumos Itaú Cultural 2017/2018 e visa a produção de um Songbook com 30 músicas do artista e a renovação de seu site, que entre outras coisas, terá vídeos, textos e fotografias inéditas produzidas nos últimos 10 anos em que trabalhamos junto a sua carreira, além de reunir links e outros trabalhos nos quais ele esteve envolvido ou em que sua obra seja citada. O lançamento está previsto para abril de 2020.

Ícone da cultura paraense


Vieira e Seu Conjunto, a identidade secreta de Os Dinâmicos
Joaquim de Lima Vieira, que ficou conhecido como Mestre Vieira, o criador da guitarrada, nasceu em 1934, em Barcarena-PA, cidade onde ele se criou e viveu até sua morte, em 02 de fevereiro de 2018.  Ícone da cultura paraense, o músico autodidata, foi considerado um exímio guitarrista brasileiro. Ganhou de presente sua primeira guitarra desmontada e mesmo assim a colocou para solar, usando cordas de violão e um amplificador caseiro criado por ele mesmo. 

Descoberto por um produtor musical representante da antiga gravadora Continental, lançou o primeiro LP em 1978, o clássico Lambada das Quebradas Vol. 1, e não parou mais de produzir. Nos anos 1990, período em que a Lambada ganhou outros rumos com o Grupo Kaoma e Beto Barbosa, Mestre Vieira ficou esquecido pela mídia, mesmo sendo o percussor de tudo isso, injustiça que tem uma reviravolta que começa no início dos anos 2000.

Naquele ano, Mestre Vieira inspira o surgimento dos Mestres da Guitarrada, ao lado de Aldo Sena e Mestre Curica. O grupo, produzido por Pio Lobato, guitarrista responsável pela “redescoberta” de Mestre Viera, foi abraçado pela Funtelpa, se tornando o projeto que recolocou a Guitarrada no circuito musical Nacional, além de ter provocado o novo boom da música paraense que, a partir daí, retoma sua visibilidade no cenário musical do país, com artistas como Gaby Amarantos, Lia Sophia, Gang do Eletro, Felipe e Manoel Cordeiro. 


O quarto do músico, em sua casa em Barcarena
Foto: Otávio Henriques
Depois disso, já encontrei o músico às voltas com o lançamento do primeiro disco independente, o CD “Guitarrada Magnética” (2009), e em seguida gravamos o primeiro DVD dele, em 2012. Mais tarde gravou o segundo CD, também de forma independente, editado pela Na Music. Lançamos “Guitarreiro do Mundo", com shows em Belém, Rio de Janeiro e Brasília. Em 2016, antes da descoberta da doença, um câncer de próstata, ainda gravamos o curta metragem “Passe de Mestre”, para o projeto Sonora Pará, da TV Cultura do Pará onde ele falou de duas grandes paixões nesta vida, a música e o futebol. 

Em tratamento, ele ainda voltou a tocar no ano seguinte, em 2017, fazendo shows em Niterói e Rio de Janeiro, onde também gravou um clipe de sua música “Lambada Portuguesa”, com o grupo Noites do Norte.  Em Belém, fez shows no Festival do Abacaxi, em Barcarena, e no Teatro do Sesi, onde foi apresentado o show “Acordes do Círio”, ao lado de Sebastião Tapajós, Mestre Solano e Mestre Laurentino.

A última apresentação em público foi no seu aniversário de 83 anos. Já em dezembro, após uma recaída da doença, o músico passou por internações, sendo a última, no final de janeiro de 2018, vindo a falecer no dia 02 de fevereiro de 2018. Ficou a saudade e seu legado musical, que não o deixarão cair no esquecimento.

Para ver e curtir

No Terruá Pará - 2006
Os Mestres da Guitarrada 

Making Of do DVD - 2012
50 anos de guitarrada 

No lançamento do CD "Guitarreiro do Mundo" - 2015
Caixa Cultural

No Teatro do Centro de Artes da UFF, Niterói-RJ– 2017.
Territórios da Arte 

Trailer da animação - 2016
"Os Dinâmicos" 

Serviço
Sarau Cultural em homenagem a dia de nascimento de Mestre Vieira, que faria 85 anos, nesta terça-feira, 29 de outubro de 2019, a partir das 17h, na Travessa Santo Antônio, 1282, em Barcarena. De Belém, é possível chegar de barco a cidade da guitarrada, pelo Porto Foca no Ver o Peso ou Arapari na Siqueira Mendes, ou pela estrada de carro (Alça Viária) ou pegando ônibus na Rodoviária. Mais informações 91 8134.7719.

Café Fotográfico com Miguel Chikaoka e Luiz Braga

Ícones da fotografia no Pará, pela primeira vez, têm seus trabalhos reunidos numa exposição: “Encontro das Águas”, aberta na Casa das Onze Janelas, com curadoria de Armando Sobral. O Café Fotográfico é nesta terça-feira (29), às 19h, na Casa das Onze Janelas.

A história relata que no século XIX, após a revolução burguesa, as cafeterias francesas se constituíram como lugares cativos aos encontros e diálogos entre artistas, comunicadores e profissionais liberais. Já o imaginário brasileiro, traz o café como um momento para a reflexão, aquela pausa necessária na rotina dedicada ao convívio cotidiano.

Desse pensamento surge o Projeto Café Fotográfico, criado em 2008 pela Associação Fotoativa, que se constitui em um momento de debate, intercâmbio e um espaço para a livre manifestação de ideias, indagações e exercício conjunto sobre a fotografia. Desta vez, a ideia é abordar a produção e a trajetória dos dois fotógrafos, velhos conhecidos desde os anos 80, mas que somente agora tiveram a oportunidade de exporem juntos.

Armando Sobral, explica que a exposição surgiu primeiramente pelo nome, “Encontro das Águas”, que segundo ele, traduz a ideia de reunir dois grandes ‘afluentes’ da fotografia contemporânea na Amazônia. A partir da coleção dos fotógrafos no acervo do Governo do Estado, o curador se deparou com obras em preto e branco de Luiz Braga (mais conhecido pelo trabalho com luz e cores) e fotografias coloridas de Miguel Chikaoka (que trabalha mais na poética do preto e branco), um  contraste entre os dois trabalhos.

“Essa é uma exposição emblemática, já que os dois artistas nunca expuseram juntos. Assim, eu fiz a montagem na perspectiva de um espelho invertido, com um recorte bastante atípico na obra dos dois artistas”, conclui.

Para o café fotográfico, Miguel Chikaoka propõe falar sobre as percepções que os artistas guardam de seus processos a partir dos encontros e vivências que se produziram, notadamente no período que abrange os anos 1980 e 1990. Já Luiz Braga comenta que será antes de tudo um encontro de amigos de longa data. 

“Miguel foi até minha segunda exposição, Portfolio 80. Recém chegado da França. Estive na primeira mostra dele aqui. Atuamos juntos no Grupo Fotopará. Cada um à sua maneira contribuiu para a fotografia paraense ser reconhecida e valorizada”, relembra Luiz Braga. “O mais curioso é ser a primeira vez que participamos de uma mostra só os dois! E feita somente com o acervo do Estado”, completa.

Luiz Braga tem mais de 200 exposições no Brasil e exterior

Fotografia de Luiz Braga
Luiz Braga nasceu, vive e trabalha em Belém. Graduou-se em Arquitetura, mas nunca a exerceu a profissão. Trabalha com fotografia desde 1975. Suas primeiras exposições (1979 e 1980) eram compostas de cenas de dança, nus, arquitetura e retratos. Após essa fase, descobre as cores vibrantes da visualidade popular da Amazônia e viaja pela região aprofundando sua pesquisa sobre a cultura da periferia.

Sua abordagem passa ao largo das visões estereotipadas e superficiais sobre a região e junto com o domínio da cor o transformaram em referência na fotografia brasileira contemporânea. Realizou mais de 200 exposições entre individuais e coletivas no Brasil e no exterior. 

Suas obras estão presentes em importantes acervos privados e públicos. Em 2009, representou o Brasil na 53ª Bienal de Veneza. Sua exposição Retumbante Natureza Humanizada foi premiada pela APCA- Associação Paulista de Críticos de Arte, como a melhor de fotografia de 2014. Recentemente foi agraciado com Prêmio Chico Albuquerque de Fotografia.

Chikaoka abre o diálogo coletivo da fotografia no Pará

Fotografia de Miguel Chikaoka
Miguel Chikaoka é de Registro (SP), vive e trabalha em Belém desde 1980, onde iniciou um movimento em torno do fazer e pensar coletivo da fotografia cujo desdobramento resultou na criação da Fotoativa. 

Fotógrafo independente, atuou junto ao Jornal Resistência da Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos e colaborou com a Agência F4, cobrindo fatos e eventos que envolveram organizações populares e o movimento nos anos 1980 e 1990. Em 1991, junta-se a outros fotógrafos e funda a Agência Kamara Ko Fotografias.

Como autor participou de diversas exposições individuais e coletivas no Brasil e no exterior. Suas obras transitam entre imagens, instalações e objetos de caráter conceitual, pautados na experiência de religação dos sentidos. Em 2012, recebeu o Prêmio Brasil de Fotografia e a Comenda da Ordem do Mérito Cultural (MINC) por sua contribuição à cultura. 

A programação do Café Fotográfico valoriza tanto a participação de autores locais, para divulgar as suas obras, como o diálogo com produtores de outros lugares, o que permite a articulação com o que é pautado nas discussões realizadas em outras regiões do país. São convidados artistas, curadores, editores, estudantes e profissionais da área de Arte, mas também é aberto a qualquer interessado na prática e discussão sobre fotografia e produção audiovisual na região amazônica.

Serviço
O Café Fotográfico com Miguel Chikaoka e Luiz Braga acontece nesta terça-feira (29), às 19h, no Espaço Cultural Casa das Onze Janelas, localizado na Rua Siqueira Mendes, s/n - Cidade Velha. A entrada é gratuita.

(Holofote Virtual, com informações da assessoria de imprensa do SIM)

22.10.19

Show e campanha solidária em apoio a Rafael Lima

Divulgação do Amazônia Visceral, em junho de 2019
Foto: Cláudio Ferreira
Allan Carvalho e Nilson Chaves, as cantoras Ju Abe, Lucinnha Bastos, Simone Almeida, Shayra Mana Josy e ainda os compositores instrumentistas  Marcos Puff, Salomão Habib, MG Calibre, Minni Paulo Quarteto Equilibrium e Kim Freitas, além dos meninos do projeto Violão Cidadão e ativistas do MST, estarão com Rafael Lima, em um grande show, nesta terça-feira, 22, a partir das 20h, no Teatro Gasômetro, no Parque da Residência. O ingresso custa R$ 25,00 e tudo que for arrecadado será repassado ao músico que precisa de R$ 10.000,00 para fazer um tratamento de câncer, diagnosticado em abril deste ano.

“Estou muito grato a todos que toparam e estão colaborando. As coisas foram encaminhadas pela professora e jornalista Viviane Mena e o palco ficou até pequeno, porque as coisas precisavam ser divulgadas, e não deu para entrar mais participações, foi muita solidariedade”, diz Rafael Lima, músico, cantor, compositor, professor e ativista, que bateu um papo com o blog ontem (21), poucas horas antes de sair para outra entrevista, na TV Cultura do Pará, ao programa Sem Censura Pará. 

Além dos cantores e músicos compositores haverá participação de integrantes do MST – Movimento dos Sem Terra farão a mística de abertura, uma parceria que existe há muito entre as artes evolvidas. Foram inúmeras as vezes em que Rafael também se apresentou em atos do movimento. 

“Tenho até um título de Amigo do MST, e é uma honra isso. E os meus meninos do projeto Violão Cidadão também estarão presentes e serão protagonistas. Vão subir num palco pela primeira vez, veja que ironia. Vamos fazer juntos seis canções. Alguns vão tocar, mas a maioria vai cantar. Eles vão cantar o Reggae comigo”, conta o artista. 

Também foi lançada, na semana passada, a Campanha de Arrecadação em Apoio à Rafael Lima. Qualquer pessoa pode ajudar, depositando qualquer valor na conta: Banco do Brasil - Ag: 3702-8 - C/C: 1817-1 - CPF: 043.949.762-00 - Rafael Tadeu dos Santos Lima. 

“Eu nunca passei por uma experiência dessa, vivendo, né. Pois quando fizeram um show para mim quando estava internado em coma, eu não estava sabendo de nada, mas agora eu estou vivendo com isso, e vendo as pessoas que estão fazendo esse show e movendo esta campanha. Eu nunca tive isso. Estou sem palavras”, diz Rafa quem em 2016 fez um quadro de pneumonia aguda, ficando internado por muito tempo no Barros Barreto. Na ocasião, vários músicos também se mobilizaram para ajudá-lo.

Diagnóstico veio em meio  dois projetos

Show Amazônia VIsceral
Foto: Cláudio Ferreira
Em abril deste ano, Rafael Lima estava iniciando o projeto Violão Cidadão Por uma Cultura e Paz, aprovado em um edital da prefeitura de Belém, e se preparando para a apresentação do show “Amazônia Visceral”, que estávamos produzindo para celebrar os 40 anos de música e parceria entre ele e Minni Paulo. 

A doença foi confirmada após uma biópsia, já no finalzinho de abril. No início, poucos amigos souberam, e Rafael se manteve silencioso, dando continuidade a tudo que já estava fazendo.

“Fiquei na fila da oncologia para conseguir um leito no Barros Barreto, onde já tinha cadastro, e iniciar o tratamento, mas adiei naquele momento, por causa do projeto. Pode ter sido um erro meu, mas disse que deixaríamos pra resolver em julho. O problema é que não resolveu, e agora já está chegando no natal. Espero que resolva então”, comenta.

Naquela ocasião, as aulas do Violão Cidadão estavam a pleno vapor, com uma turma de 50 que puderam, então, finalizar na oficina que, neste segundo semestre, já possui mais três turmas, com, ao todo, 77 alunos matriculados. “Tenho apenas 20 violões e às vezes é muito difícil dar aula faltando instrumento, mas a gente leva em frente. Dou aulas às terças, quartas e quintas das 14h às 19h, nas segundas e sextas, pela manhã, das 9h30 às 11h30, é em uma escola no Guamá”.

O compositor, pai da cantora Ju Abe que também estará no show desta noite, diz que em relação à doença, vai levando. “A vida muda, claro, mas eu até brinco e chamo o CA de Carlos Alberto. As pessoas riem, me olham como se eu fosse um maluco, mas é assim que tenho tentado encarar, com humor, porque a primeira coisa que pensei é que eu teria que parar de cantar, mas não é isso, eu vou continuar trabalhando fazendo o que gosto de fazer, enquanto eu puder. E não abro mão dos meus meninos. Essa é a melhor terapia que há. Tocar e fazer eles tocarem. Por isso eu não abro mão do Guamá, e continuo indo lá”, diz Rafael Lima.

4 décadas, uma obra e o jeito marcante de cantar

Rafa, no camarim do Gasômetro - Show Amazônia Visceral
Foto: Cláudio Ferreira
Rafael Lima tem maneira rápida de cantar, refletindo o linguajar do caboclo Amazônida. Ao longo de 40 anos de carreira possui 6 Cd gravados e uma enorme gama de outros trabalhos inacabados ou inéditos. 

“Tem as Ladainhas do Glorioso São Sebastião , de Cachoeira do Arari, que fiz em 2016, que é muito bacana, tem registro em áudio, mas não finalizei e nem lancei. Fiz a partir de um edital do extinto IAP (atual Casa das Artes). Fui no Marajó, pesquisei e até trouxe os caras aqui para se apresentarem no Jacofest” lembra o músico e também produtor do festival. “Acho que tenho cerca de 100 músicas, nunca fui gravado por nenhum cantor ou cantora, acredito que seja porque é difícil cantar em 5x4, ritmo ímpar, como eu faço”, diz Rafael.

O músico iniciou a carreira como vocalista do lendário Sol do Meio Dia, grupo que também reunia Minni Paulo, Albery Albuquerque, Zé Macedo, Magrus, Arythanan, entre outros, incluindo, acredite, o próprio Odorico, que tocava guitarra, e hoje cede o som para o show do amigo. Em 1984, Rafa saiu de Belém e se jogou no eixo sudeste, fazendo shows entre São Paulo e Rio de Janeiro. Em São Paulo foi convidado para fazer o projeto Pixinguinha em tournée nacional dividindo o palco com o saudoso Belchior. 

Rafael Lima e Waldemar Henrique - "Foi boto sinhá"
Foto: Cláudio Ferreira
Depois ganhou o mundo. A partir do Canadá, pra onde se mudou no final de 1986, Rafael foi convidado para tocar em festivais de "jazz music", chegando a ser considerado pela crítica especializada local, como "The best latin jazz band de Toronto". 

Em 1994, já radicado na Suíça, tocou no Festival Internacional de Jazz de Montreux, onde inaugurou a "Miles Davis Hall"; uma sala de concertos para 3 mil pessoas, onde Miles Davis tocou pela última vez em vida. Depois foi ao Canadá, a Suíça, Europa e mundo afora. 

Voltou a Belém ainda na primeira metade dos anos 1990, quando viveu um encontro memorável, com o Maestro Waldemar Henrique. Gravou com ele "Foi oto Sinhá", com o próprio ao piano um registro  mágico e que acabou norteando a criação artística e produção do show "Amazônia Visceral", que celebrou, no ultimo dia 7 de junho, os 40 anos de carreira e amizade entre Rafael Lima e Minni Paulo, acompanhados pelos músicos Robenare Marques, Thiago Belém e Elias Coutinho.

Serviço
O show é nesta terça-eira, 22, às 20h, no Teatro Estação Gasômetro. Ingresso à R$ 25 à venda na bilheteria do teatro Gasômetro - Parque da Residência - Av. Magalhães Barata, com entrada também pela Trav. 3 de Maio. Maiores informações: (91) 98309 3649.

17.10.19

Trio Manari celebra com show chegada do 1º DVD

Fotos do show: Alan Soares
A essência musical e a performance do Trio Manari registrada no primeiro DVD da carreira do grupo. “Sons da Floresta” será lançado com show homônimo neste sábado, 19, às 20h, no Teatro do Sesi. Os ingressos estão à venda na bilheteria do teatro ou on line (http://bit.ly/Trio_Manari).

O show de lançamento conta com as 8 músicas do DVD, sendo seis delas, inéditas. “Dançando no Rio”, que está no primeiro CD do grupo, foi regravada, trazendo uma nova roupagem. “A gente está mergulhando mais no universo percussivo nesse momento, fomentando mais a percussão aqui do Norte para que seja mais vista lá fora do Brasil”, diz Kleber Paturi.

“São peças de percussão realmente grandes, com todo mundo fazendo partes diferentes, compartilhando mesmo dos tambores. Os últimos trabalhos que a gente fez foram em cima das músicas das outras pessoas, trabalhamos mais para acompanhar outros artistas, e agora não, agora estamos voltando às nossas raízes. Os tambores estão na frente”, diz Marcio jardim.

Para Nazaco, o DVD traz uma soma de tudo que o grupo já fez. “As ideias, as técnicas e outras coisas bacanas acumuladas nesses anos de carreira. Nas composições do DVD minha parte é mais dos graves, mais da levada. As quebradas ficam mais para o Márcio (Jardim) e o Paturi (Kleber Benigno)", diz Nazaco. 

"É muita figura junto e o grave embola se ele estiver quebrando junto, então a gente decidiu fazer só a levada mesmo para não embolar. Não é uma coisa que em um ensaio a gente possa tocar, é uma coisa complicada pra tocar. Faremos quatro peças só nós três no palco, só a percussão”, complementa.

Participaram da gravação e estarão no show de lançamento, os músicos Marcelino Santos (banjo), Wesley Jardim (baixo), William Jardim (guitarra), Daniel Serrão (sax tenor), Felipe Ricardo (sax alto), Lulu Bone (trombone) e Gerson Levy (trompete). O jornalista e radialista Edgar Augusto, do programa Feira do Som, na Rádio Cultura do Pará, também fez uma participação, apresentando o Trio Manari ao público que esteve na lateia de gravação do DVD.

Um dos projetos selecionados pelo Rumos Itaú Cultural de 2017/2018, o DVD tem direção de Caco Souza, com produção executiva de Aline Vieira, direção musical do Trio Manari e direção artística de Carlos Canhão Brito. Além do patrocínio do Rumos Itaú Cultural, o projeto teve apoio cultural da Pro Music, Loja Rosário - Soluções em Áudio e Música, Reator Cultural Socioambiental, Loja Tambores Zé Benedito.

Referência da percussão na região norte

Gravado em Belém, em dezembro do ano passado, no Teatro Waldemar Henrique, “Sons da Floresta” traz a identidade raiz do Trio Manari, que numa trajetória que tem reconhecimento internacional e se mantém como uma das maiores referências da percussão na Região Norte. 


Márcio Jardim, Nazaco Gomes e Kleber Benigno pesquisam, há 20 anos, a percussão de sonoridades amazônicas, além de instrumentos próprios como o curimbó, feito de madeira rústica e de couro de boi. Isso instigou a produtora cultural Aline Vieira, que propôs ao grupo a realização do projeto. Ela ouviu falar do trabalho dos percussionistas em uma oficina de oferecida pela Escola de Música da UFPA, em 2010. 

“A essência instrumental da Amazônia foi o que mais me instigou a querer saber mais esse processo de desenvoltura do grupo, como conseguem atravessar as barreiras dos sons da natureza e transpor para o instrumento. Logo entendi que para se ter aquele som, o meio de transmissão era a floresta, através dos instrumentos feitos dela, seja o curimbó, seja um ganzá, ou até mesmo a voz como instrumento de fala do nosso cotidiano amazônico”, diz Aline Vieira.

O Trio Manari tem apenas um CD lançado em 2002, com o qual, em 2004, foi premiado em duas categorias no I Prêmio Cultura de Música da Funtelpa e Governo do Estado - melhor CD e melhor CD Instrumental Erudito. Em 2005, esteve no “Ano do Brasil na França”, além de shows em Nancy e do Festival de Jazz de Caiena. 

Entre outras apresentações, em abril de 2006, o show Manari Naná reuniu ao Trio, no “Encontro de Tambores”, realizado no Theatro da Paz, o músico Naná Vasconcelos, um dos maiores percussionistas do mundo. A última turnê foi em 2009, quando o Trio viajou em turnê pela Europa passando por países como Inglaterra e Portugal. 

Kleber Benigno iniciou sua carreira nos anos 1990, com o grupo Mosaico de Ravena. Inicialmente como roadie e depois como percussionista. O músico tem influência do rock e da música latina - estudou dois anos com o músico uruguaio radicado em Belém, Daniel Benitez -, da Música Popular do Brasil e a Cultura Popular da Amazônia. Atualmente cursa licenciatura em música e o técnico em percussão na Emufpa.

Percussionista nascido em família de músicos, Marcio Jardim conheceu a percussão nas rodas de samba em sua casa e passou e logo se identificou com o pandeiro, seu primeiro instrumento. Iniciou os estudos no conservatório Carlos Gomes, em percussão clássica. Hoje cursa  Graduação em Música na UFPA. 

Nazaco Gomes vem atuando em grupos folclóricos de Belém desde os 09 anos de idade; começou seus estudos com o professor de percussão popular Arythanan Figueredo, posteriormente passou estudar no curdo livre de percussão do Conservatório Carlos Gomes. Pesquisador de ritmos brasileiros atrelando sua musicalidade ao estudo dos ritmos e tradições da história do Brasil, tem ênfase nos tambores e ritmos Amazônicos, Latino-Americanos e Africanos. 

MÚSICAS/DVD
  1. Fornada – Trio Manari e Netinho Bass / arranjo: Trio Manari
  2. Suite Percussiva – Márcio Jardim e Netinho Bass / arranjo: Trio Manari e Netinho Bass.
  3. Correndo da Chuva – Nazaco Gomes / arranjo: Trio Manari (Poema “Nós somos da mesma Aldeia” - Eliaquim Rufino).
  4. Titurito – William Jardim / arranjo: Trio Manari e Netinho Bass
  5. Jardins – William Jardim e Wesley Jardim / arranjo: Davi Amorim
  6. Dançando no Rio – Adelbert Carneiro e Trio Manari
  7. Orquestra dos Sapos – Manasses Malcher e Trio Manari.
  8. Sambarimbó – Dj MAM e Marco André/ arranjo Trio Manari 
FICHA TÉCNICA
  • Trio Manari – Os percussionistas Kleber Benigno (Paturi), Marcio Jardim e Nazareno Gomes (Nazaco).
  • Músicos Convidados: Wesley Jardim (Baixo), Willian Jardim (Guitarra), Marcelino Santos (Banjo), Felipe Ricardo (Sax Alto), Daniel Serrão (Sax Tenor), Gerson Levy (Trompete), Lulu Bone (Trombone).
  • Direção: Caco Souza.
  • Direção Musical:  Trio Manari.
  • Direção Artistica: Carlos “Canhão” Brito.
  • Roadie: Elias Pinheiro.
  • Equipe de Som: Silvio Amorim (Técnico De Pa), Júlio Negão (Técnico De Gravação), Sérgio Brito (Auxiliar Técnico De Pa), Herison Williams (Auxiliar Técnico De Gravação).
  • Corte e Edição: Publikmusic, por Hélio Ton Silva.
  • Finalização e Mixagem: Júlio Silva (Negão).
  • Equipe de Luz e Cenário: Patrícia Gondim (Desenho de Luz), Lauro Matos (Cenotécnico), Da Mata (Cenotecnia).
  • Fotografia: Alan Soares | Estúdio A2Ateliê.
  • Produção: Luciana Soeiro.
  • Assistente de Produção: Brena Gama, Raffael Grande.
  • Produção Executiva e Coordenação: Aline Vieira.
  • Comunicação: Cleo Maués (Redes Sociais), Luciana Medeiros (Assessoria De Imprensa).
  • Design Gráfico: Vilson Vicente.
  • Equipe de apoio: Paulo Henrique Andrade, Leandro Souza Ratis, Wyhud Menezes.
Serviço
Lançamento o DVD “Sons da Floresta”, do Trio Manari - Projeto selecionado pelo Rumos Itaú Cultural de 2017. Os ingressos estão à venda na bilheteria do teatro ou no sita de www.eventim.com.br (http://bit.ly/Trio_Manari).

15.10.19

Evento reúne rede paraense de Pontos de Cultura

Direcionado a produtores culturais, mestra ou mestre de cultura, ativista sociocultural, gestora ou gestor público, e lideranças comunitárias em bairro ou Ponto de Cultura, o I Encontro da REDE AJURICABA – Rede Paraense de Pontos de Cultura traz o tema “Mecanismos de Fomento e Financiamento da Cultura: política, economia, criatividade e desenvolvimento”. De 17 a 19 de outubro, em Belém, no auditório do NAEA – UFPa e encerramento na ilha de Caratateua.

O encontro pretende discutir e responder questões sobre como realizar um projeto cultural, buscar sustentabilidade econômica, entender as políticas e mecanismos de financiamento da cultura e as novas práticas de economia colaborativa e criativa, como funcionam e quais são as possiblidades.

Formada há 10 anos, a Rede de Pontos de Cultura do Pará congrega também outros produtores e fazedores de cultura popular e comunitária do estado. Dentre as metas da organização estão a rearticulação de uma política estadual de Pontos de Cultura, a implantação do Sistema Estadual de Cultura (CPF da Cultura); debater mecanismos de financiamento da cultura; contribuir para a popularização da Política Nacional de Cultura Viva e promover vivências estéticas que permitam imersões no ambiente e no imaginário poético amazônico. 

O I Encontro da REDE AJURICABA acontece de 17 a 19 de outubro de 2019, em três locais diferentes, e não simultâneos: no NAEA/UFPA (as exposições e rodas de debates), e nos Pontos de Cultura Ninho do Colibri e Casa Preta (as vivências estéticas), ambos na ilha de Caratateua.

“Temos uma quantidade limitada de inscrições que serão subsidiadas com apoio de alimentação, transporte intermunicipal e hospedagens (para quem vive fora de Belém), e translado para ilha de Caratateua no dia das Vivências Estéticas”, diz José Maria Zehma, da organização. “A intenção é reunir no encontro cerca de 50 representantes de movimentos, coletivos e projetos culturais do estado, bem como também de Pontos de Cultura de todas as regiões do Pará” complementa.

Como se inscrever: Envie seu nome, idade, município em que reside, telefone de contato, com DD, se for de fora de Belém e o nome do coletivo, iniciativa, movimento cultural ou Ponto de Cultura do qual faz parte, para o e-mail redeajuricaba2019@gmail.com  ou WhatsApp (34) 98808-7785 (Louriene Ataíde – produtora) e (91) 98014-0475 (Zehma). Coloque no assunto/título da mensagem: “Solicitação de inscrição I Encontro da REDE AJURICABA” e aguarde a confirmação da participação.

Mais informações: 
https://www.facebook.com/Rede-Ajuricaba-Rede-Paraense-de-Pontos-de-Cultura-503407866484970/ - Créditos de imagens: Louriene Ataide, e acervo Ponto de Cultura Casa Preta e Rede Ajuricaba.

PROGRAMAÇÃO

QUINTA-FEIRA, 17 DE OUTUBRO
Local: Auditório Prof Armando Mendes NAEA/UFPA
  • 8h30 - Abertura do I Encontro da REDE AJURICABA - Participação de gestores públicos, parlamentares, coordenação da REDE AJURICABA, e apoiadores.
  • 9h30 - Roda de debates “Mecanismos de Financiamento e Fomento da Cultura” – com representantes do Ministério da Cidadania – Secretaria Nacional de Cultura/Regional Norte (Lei Rouanet e politica de fomento do governo federal) ; da SECULT (Politica de fomento cultural da SECULT – Editais e ações de fomento da Secretaria), FCP (Lei Semear) e Banco da Amazônia (Política de Apoio e Incentivo Cultural do Banco da Amazônia)
11h – Debate

12h - Intervalo para o almoço

14h - Roda de debates “Por uma Economia Criativa e Colaborativa da Amazônia”, com:
  • Valcir Santos - Ativista cultural, professor universitário e pesquisador. Membro do Forum de Culturas do Pará. Coordenador do projeto “Economia Criativa, Cultura e Território”.
  • Fernanda Martins - Designer, produtora cultural, professora e pesquisadora. É fundadora do projeto “Letras que Flutuam”. Foi representante nacional do Design no CNPC do Ministério da Cultura.
  • Tainá Marajoara - Realizadora Cultural e Chef de Cozinha. Atua a partir de uma nova epistemologia da Cultura Alimentar para o reconhecimento desta como expressão cultural brasileira. É fundadora do Ponto de Cultura Alimentar Lacitata e membro da RAMA - Rede Amazônia que Alimenta a Amazônia de Cultura Alimentar.
  • Preto Michel - Educador social, escritor, gráfico, militante do movimento negro e microempreendedor. Criador das grifes “Nega Neguinha” e “PRETITUDE nus Panos”. Coordenador do projeto “Escambo Literário”.

Mediação de José Maria Reis (zehma): Produtor cultural, professor e pesquisador. Há 10 anos se interessa pelo tema da Economia Criativa na Amazônia. Ganhador do Prêmio “Economia Criativa” do Ministério da Cultura em 2012. Articulador da REDE AJURICABA.

15h30 Debate 

16h - Roda de debates - “Sistema Estadual de Cultura: o CPF da Cultura do Pará em pauta”, com representantes da SECULT, Fórum de Culturas do Pará e ALEPA.

17h - Debate

SEXTA-FEIRA, 18 DE OUTUBRO
Local: Auditório Prof Armando Mendes NAEA/UFPA

8h30 - Palestra “Arte e Cultura Comunitária: como mudar a realidade de sua ‘quebrada’ com um projeto cultural”, com Lilia Melo.
  • Formada em Letras pela UFPA; é professora da rede pública de ensino, premiada como a melhor professora do Brasil em 2018, no ensino médio, pelo Prêmio “Professores do Brasil” do MEC. Idealizadora dos projetos “Juventude negra periférica - do extermínio ao protagonismo”, e “CineClube TF”. 
9h30 - Debate 

10h30 - Formação dos Grupos de trabalhos:
  • SisCult Pará; 
  • Política Cultura Viva e Pontos de Cultura do Pará; 
  • Sustentabilidade Financeira e Cultural, onde cada grupo terá como tarefa pensar, propor e gestar colaborativamente estratégias e ações para cada uma dessas áreas.
12h - Intervalo para o almoço

14 h - Intervenção Artística: Amazônia, imaginário e poesia

15h - Trabalho de relatoria do GT’s - exposição dos resultados dos GT’s, contribuições da plenária do I Encontro, e aprovação final das estratégias

17h - Encerramento dos trabalhos.

SÁBADO, 19 DE OUTUBRO
Local: Ilha de Caratateua

8h30 -  Vivências Estéticas na ilha de Caratateua – PA

9h30 - Acolhida e café da manhã regional no Ponto de Cultura Ninho do Colibri
Manhã de vivências com o Pássaro Colibri do Outeiro.

12h - Almoço no Ponto de Cultura Casa Preta
Tarde com a Sambada da ilha do Coletivo Casa Preta

16h - Mística de encerramento do I Encontro da REDE AJURICABA

(Holofote Virtual com informações da Rede Ajuricaba - Programação sujeita a mudanças e confirmação de nomes dos representats das insctituições convidadas)

Artista de Ponta de Pedras mostra pinturas na Fox

André Art expõe suas pinturas na Livraria da Fox. A curadoria é do poeta Marcos Samuel, conterrâneo de André, e da escritora Miriam Daher, que ao entrarem em contato com as obras do artista, resolveram trazê-las para Belém com o intuito de divulgá-las por meio de uma exposição.

A exposição é composta por telas criadas com as técnicas óleo sobre tela e óleo sobre madeira e que ficarão expostas na livraria Fox, por tempo indeterminado. 

Carlos André Fagundes dos Santos, 32, artista plástico natural e morador da cidade de Ponta de Pedras, ou André Art, já ganhou vários concursos de pintura no seu município, mas é a primeira vez que ele expõe suas obras  fora do Marajó (PA). 

A intenção, além da divulgação, é viabilizar a comercialização das mesmas, uma vez que André vive com poucos recursos financeiros e faz bicos diários para sustentar a família – formada pela esposa e quatro filhos. Ele não terminou o ensino fundamental e, nas  artes plásticas, é autodidata. Apaixonado por traços e pintura, busca informações em livros de arte e na internet.

Em Ponta de Pedras, mora numa casa pequena, localizada próxima à zona rural do município. Em frente à residência, há um pequeno jardim, onde ele expõe vários de seus trabalhos. “Suspeito que os quadros tragam vida e cor para aquelas vidas tão sofridas”, diz Marcos Samuel. “As pinturas de André apresentam traços abstratos e cubistas, com requinte de originalidade”, avalia.

Serviço
A exposição de pinturas de André Art está aberta para visitação na Livraria Fox (Tv. Dr. Moraes, 584 – Nazaré), das 09h às 21 horas. (91) 4008-0007.

10.10.19

Auto da Lua Crescente apresenta novo espetáculo

Fotos:  Fabrizio Rodriguez
Teatro, dança e música. O Auto da Lua Crescente estreia "O Círio das águas e do tempo", com apresentações neste sábado, 12, às 8h, no Curro Velho, e às 17h, na Casa da Linguagem. O grupo também se apresentará no dia 16, às 9h, no Hospital Ophir Loyola, e no dia 20, às 20h, na Feira Livre do Centur.

O espetáculo "Círio das Águas e do Tempo" vem contando a história de Seu Raimundo, um pescador que sofre um naufrágio, e quase perde a vida. Ao ser salvo, se torna um promesseiro de uma fé inabalável. Em sua promessa se compromete, durante o Círio, atravessar as pessoas em sua embarcação sem cobrar passagem, em forma de gratidão a Nossa Senhora de Nazaré.

O espetáculo fala do destino, das muitas travessias que fazemos na vida. Das escolhas que fazemos e de onde chegamos através delas. Motivados pela nossa fé, crentes de que tudo está entregue nas mãos do divino, mas nós estamos fazendo nossa parte, guiando nossa embarcação. O plácido encontrou a Santa? Ou a Santa encontrou o plácido? ... Nós achamos nosso destino ou o nosso destino nos achou? Ou esse encontro se dá em cada passo que dou?

Neste mês, há quatro  oportunidades para ver o espetáculo, este ano dirigido pela tri e diretora contadora de histórias, Ester Sá. Outros diretores também já foram convidados pelo grupo para fazer a direção de seus trabalhos, que t~em origem em um sonho antigo do fundados do Auto da Lua Crescente, o ator, também diretor de teatro, Mika Nascimento.

Um sonhos que alimenta outros pela cidade

"Sempre sonhei em ter um grupo onde os atores pudessem: Cantar, dançar e atuar", diz Mika, que em 2015 resolveu procurar a coordenação da Fundação Curro Velho, na qual era funcionário. E assim surgiu o grupo, em parceria com o músico Muka de Souza. 

O elenco foi formado por ex-alunos do Curro, que se dedicaram a um ciclo de laboratórios de artes cênicas e cultura popular, que contou com a participação dos idealizadores e também do músico cantor e compositor Allan Carvalho que foi convidado para compor a equipe. Deste resultado, então nasceu às margens da baía do Guajará, em junho de 2015, o grupo Auto da Lua Crescente.

Desde então, o grupo começou a compor espetáculos que reúnem as linguagens do Teatro ,Dança e Música,nos períodos de Junho, Outubro Novembro e Dezembro, nas temáticas Junina, do Círio, Consciência Negra e Natalina respectivamente, e com estes trabalhos circula apresentando pela cidade, atendendo a demandas de apresentações artísticas que o Curro Velho recebe para se fazer presente. 

O Auto da Lua Crescente se denomina um grupo de teatro brincante: Estudantes e pesquisadores que viajam sobre o tempo trazendo lembranças e tradições populares. Preservando a memória em cada espetáculo, contracenando nas danças e no canto. 

O grupo é autoral e compõe o texto, as músicas e a cena. Mika Nascimento ficou dirigindo o Grupo de 2015 até 2017, e atualmente,o grupo recebe também outros diretores de teatro da Cidade, que dialogam com o mesmo e colaboram no processo, enriquecendo o fazer.

Diretores como Alexandre Luz e Ana Marceliano já estiveram junto com o grupo, e este ano, o trabalho que estreia dia 12 de outubro, conta com a direção colaborativa de Ester Sá.
O elenco já teve algumas alterações desde seu início, mas ainda conta, em boa parte com os que iniciaram o sonho.O grupo AUTO DA LUA CRESCENTE agradece a cada um que passou,e sonhou junto, ajudando a fazê-lo criar asas. Este é o 14º espetáculo que fazemos, e como os demais, queremos nos emocionar, deixando parte de nós, semeados nos corações e na memória do público

Levando teatro pela cidade e instituições

O Auto da Lua Crescente vem sendo um grupo que leva o Curro Velho artisticamente para a cidade, pois seus espetáculos são pensados para circular: os elementos cênicos são pensados para se adaptarem e funcionarem em diversos espaços, independente de caixa cênica. 

Por este pensamento os espetáculos podem ser apresentados em quaisquer lugares, como hospitais, escolas, etc... Desde 2015 já realizou apresentações em instituições como Hospital Ophir Loyola, Hospital Gaspar Viana, Hospital Barros Barreto, Abrigo João de Deus, Pão de Santo Antônio, APAE, Unipop, Casa de Plácido, Tribunal Judiciário, Igreja do Perpétuo Socorro, Casa das Artes, Casa da Linguagem, Casarão do Boneco, Concha Acústica do CAN, Teatro Waldemar Henrique, Teatro Margarida Shivazappa,   além de diversas escolas públicas, e na Comunidade da Vila da Barca, dentre outros.

FICHA TÉCNICA

Elenco – Anny Alves, Renan Ventura, Paulo Pensador, Derick, Taynara Garcia, Rafael Mendes, Jany Silva, Julliana Matemba
Músicos – Pawer Martins, Muka de Souza, Pablo de Souza, Gabriel Nascimento, Rogério Silva
Dramaturgia – Paulo Pensador e Derick
Músicas - Instrumental Guitarra Beira de Rio(Pawer Martins e Auto da Lua Crescente) / Amocariu (Saint Clair Du Baixo e Nilson Chaves) Rio Belém(Jany Silva/ Muka de Souza e Auto da Lua Crescente /Naveguei (Paulo Pensador/ Muka de Souza e Auto da Lua Crescente)/Lavadeiras (Muka de Souza e Nóis na Fita)/ Maria Nazinha do Tempo (Paulo Pensador/Muka de Souza/ Pawer Martins/ Rogério Silva e Auto da Lua Crescente)/ Vóis Sois o Lírio Mimoso (Domínio Público)/Um conto de Proa (Derick)
Concepção e criação visual – Geovane Silva Serra 
Fotografias – Fabrizio Rodriguez
Arte Gráfica – Cleyson Oliveira de Oliveira
Costureiras – Nete Ribeiro, Izabel Ribeiro, Sônia Garcia,
Equipe técnica da FCP – Leiliane Carvalho e Vanda Lopes
Logística - Ester Souza
Direção – Ester Sá e Auto da Lua Crescente

PROGRAMAÇÃO

Dia 12 de outubro - Sábado
8h- Espaço Cultural Curro Velho
17h - Casa da Linguagem, até a Passagem da Santa.

Dia 16 de outubro 
09h - No Hospital Ophir Loyola 

Dia 20 de outubro
20h - Feira Livre do Centur

9.10.19

Festival Lambateria no Círio chega a sua 3ª edição

Félix Robatto, idealizador da Lambateria
Gaby Amarantos em novo show com Waldo Squash e Maderito. Tem Warilou, Vingadores do Brega, Arthur Espíndola e Félix Robatto que vai gravar DVD com participação de Lia Sophia e Mestre Solano. O festival também oferece uma feirinha gastronômica para mergulhar na cultura do Estado. Nesta sexta, 11, no Insano Marina Club.

Criada em junho de 2016, a Lambateria completou 149 edições, quase ininterruptas (a festa parou apenas quando se mudou do Fiteiro para o La Musique e do Lamusique para o Ouriço, onde realizou sua última temporada). Ao longo desses três anos, mais de 1.000 artistas já se apresentaram para um público de mais de 20 mil pessoas. Além de música, a festa apresenta clipes e trabalhos de artistas visuais paraenses nos telões da casa para que o público possa se aprofundar na cultura do Estado.

O festival é realizado sempre no período do Círio e, em sua terceira edição, segue misturando diferentes gerações da música paraense, como o show que traz no mesmo palco Warilou e Rebeca Lindsay. Este ano, em um único dia, 26 atrações se apresentarão no Insano Marina Club e dividirão em três palcos montados no espaço. Os Djs Bruno Caveira (GO), Raul Bentes, Rebarbada e Zek Picoteiro se dividem na discotecagem. 

Viviane Batidão
Na abertura da noite, vindo de Vila Silva, Marapanim, o grupo Sereia do Mar. Formado em sua grande maioria por mulheres, mostrando a força e representatividade feminina da cultura popular na música paraense. Logo em seguida, a banda Na Cuíra e seu repertório repleto de Brega e Cumbia recebe o sax do Mestre Pantoja do Pará. 

O terceiro show da noite traz o samba paraense de Arthur Espíndola que contará com participação do grupo de Carimbó também formado por mulheres Tamboiara. O quarto show da noite é do barbudo Félix Robatto que irá gravar seu primeiro DVD, de nome “As Origens da Lambada” (Natura Musical/Semear), que contará com participações mais que especiais de Lia Sophia e Mestre Solano. 

A noite segue com os sucessos da banda Warilou que vai receber a voz marcante de Rebeca Lindsay. A pedido do público, teremos novamente Gaby Amarantos, desta vez mais cedo, apresentando o novo show com DJ Waldo Squash e Marcos Maderito, feat que resultou nos hits “Cachaça de Jambu” e “Ilha do Marajó”. Para encerrar a noite, já amanhecendo, quem sobe ao palco é a irreverência dos Vingadores do Brega, banda que fez seu primeiro show na Lambateria em 2018.

Gravação de DVD – O show de Félix Robatto no Festival deste ano tem um sabor especial: ele será gravado para o primeiro DVD do artista. Logo se você vai, desde já concorda em ser filmado. “As Origens da Lambada” tem patrocínio da Natura Musical, via Lei Semear/Governo do Estado, e é dedicado ao gênero criado no Pará na década de 70 e uma continuidade do trabalho de pesquisa que o músico começou em Belemgue Banger, seu segundo disco solo. 

Além do show do festival, que contará com participações de Lia Sophia e Mestre Solano, o DVD trará um documentário com entrevistas de quem participou de fato do surgimento da Lambada no Pará e que será lançado ainda este ano.  No dia, será gravado o DVD “As Origens da Lambada”, de Félix Robatto, sendo assim, ao comparecer ao evento, você concorda, autoriza e cede o uso gratuito de sua imagem, nome e voz.

Programação
Sexta-feira, 11 de outubro

18h - DJ Rebarbada
19h - Sereia do Mar
20h - DJ Raul Bentes
21h - Na Cuíra convida Pantoja Do Pará
22h - DJ Bruno Caveira (GO)
22h30 - Arthur Espíndola convida Tamboiara
23h - Félix Robatto convida Lia Sophia e Mestre Solano
01h - Warilou convida Rebeca Lindsay
02h - Gaby Amarantos + Waldo Squash + Maderito (Gang do Eletro)
03h - Vingadores Do Brega
04h - DJ Zek Picoteiro

Serviço
O Festival Lambateria no Círio Ano 3. Nesta sexta-feira, 11, no Insano Marina Club (Rua São Boaventura, 268 - Cidade Velha). Ingressos para o dia 11/10 (sexta): Lote relâmpago: R$ 20 (esgotado), Lote promocional a R$ 30,00 (esgotado), 3º lote: R$ 40, 4º lote: R$ 50 (começa a vale nesta sexta) e ingresso inteiro a R$ 60. Meia-entrada a R$ 30. Vendas antecipadas no Sympla (https://www.sympla.com.br/lambateria) com taxa do aplicativo. Vendas de camarotes, áreas lounge e vip e ingressos físicos em breve.  Informações: (91) 98883-5125 / www.lambateria.com.br

8.10.19

Casa das 11 Janelas de volta aos holofotes da arte

O Museu de Arte Contemporânea Espaço Cultural Casa das Onze Janelas reabre nesta quarta-feira, 9 de outubro, a partir as 19h,  com música, projeção de filme, vídeo instalação e exposições que reinauguram as salas Valdir Sarubbi, Gratuliano Bibas e Ruy Meiira. O restaurante volta a funcionar e também será lançado o edital Prêmio Preamar de Cultura Popular. Tudo a partir das 19h, com solenidade e presença do Governador Helder Barbalho. 

Depois de três anos de polêmica e movimento artístico em defesa de seu uso e até ameaça de extinção, o mais importante museu de arte contemporânea da região Norte do Brasil, a Casa das Onze Janelas, estará de volta à cena artística da cidade nesta semana, sem perder sua característica principal, a arte contemporânea, mas também assumindo as novas funções gastronômicas. Por meio de sua assessoria de imprensa, a Secretaria de Cultura informou que além do rico acervo em exposições, a Casa vai abrigar um restaurante, que precisou de adaptações, como informou a secretaria. 

Fechado desde 2016, o espaço precisava de reparos em suas instalações, desde a elétrica e de ar condicionado - uma vez que seus equipamentos estavam apresentando defeitos devido ao longo período de utilização sem manutenção adequada - até reformulações estruturais e de segurança. O Sistema de Prevenção e Combate a Incêndio, por exemplo, foi atualizado e todos os extintores mudados de água para CO², a sinalização de emergência foi implantada com placas indicativas de emergência e detectores de fumaça instalados, visando a preservação da vida e do patrimônio histórico.

Com o intuito de aprimorar o modelo de ocupação da área, está sendo construída uma cobertura - a maior intervenção realizada na obra - que vai possibilitar o uso da varanda Guajará em períodos de chuva e sob o sol da manhã. Uma estrutura de metal e vidro será instalada, independente da edificação de alvenaria existente, respeitando, porém, as alturas e características do prédio antigo, de forma a não conflitar com o bem cultural.

Os banheiros já existentes também sofreram pequenas reformulações e foi criada uma área de serviço independente da cozinha. Será reinstalado o quiosque próximo ao píer, a fim de se ter mais uma possibilidade de comércio e degustação de comidas típicas no local. Também foram realizados reparos no trapiche flutuante e na cobertura da Corveta Solimões nas instalações elétricas e de ar condicionado.

O Espaço Cultural Casa das 11 Janelas se configura como um bem arquitetônico onde funciona o Museu de Arte Contemporânea do Estado do Pará - o mais importante museu de arte contemporânea da região Norte do Brasil - e reabre suas portas com quatro exposições montadas a partir do riquíssimo acervo do Estado.

De acordo com Úrsula Vidal, secretária de Estado de Cultura era um dever desta gestão  devolver a Casa das Onze Janelas à população. A Secult também aposta na reabertura nesta época do Círio, quando Belém recebe um número enorme de visitantes que também poderão usufruir da produção artística do Pará e do Brasil. 

“O Espaço Cultural Casa das Onze Janelas é extremamente simbólico para a população de Belém, por se tratar de um museu dedicado à arte contemporânea e por ter sido alvo de polêmica durante o seu fechamento. Reabriremos com quatro exposições e é uma alegria disponibilizar aos paraenses a extroversão deste acervo riquíssimo que o SIMM tem em sua reserva técnica”, diz Úrsula Vidal.

O objetivo é apresentar “às novas gerações de estudantes de artes plásticas, artes visuais, museologia, história e à população em geral, obras que há mais de 10 anos não eram expostas. As exposições têm linhas curatoriais cuidadosas que nos convidam a repensar os dilemas desse momento que vivemos no Brasil. Estamos cheios de expectativa de que esse será um espaço de fruição, não só do acervo, mas de todo o complexo arquitetônico e museal do centro histórico de Belém”, finaliza a secretária.

As exposições

Sala Ruy Meira - “Percursos na Arte Brasileira” - Curadoria do Sistema Integrado de Museus e Memoriais. A exposição traça um panorama da arte brasileira, das primeiras décadas do século XX aos dias de hoje, na qual os artistas da geração moderna dialogam com a produção artística contemporânea paraense. 

Sala Valdir Sarubbi - “Dilemas 2019” - curadoria de John Fletcher. A proposta expositiva ressalta o potencial crítico da arte sobre a realidade atual, a partir de Dilemas pessoais e coletivos, de modo a criar um roteiro capaz de nos fazer agir sobre este período de grande crise que vivemos hoje.

Sala Gratuliano Bibas - “Encontro das Águas – Luiz Braga e Miguel Chikaoka” - Curadoria do Sistema Integrado de Museus e Memoriais - Texto de João de Jesus Paes Loureiro. A mostra apresenta um olhar sobre a Amazônia através do encontro de dois grandes representantes da fotografia paraense: Luiz Braga e Miguel Chikaoka. Dois rios fluentes de histórias pessoais que a invenção, a originalidade, a ética, o humanismo e o compromisso com as atitudes da dimensão artística da fotografia, não afugentou a prática de intensa reflexão por imagens sobre o homem na Amazônia integrado em suas circunstâncias histórico-culturais.

Sala Laboratório das Artes - “Indizível” - Curadoria de Nando Lima - Vídeo instalação que propõe uma experiência imersiva no universo simbólico de Andara, a Amazônia distópica de Vicente Cecim.

Prêmio Preamar de Cultura Popular 

Pensando no acesso democrático ao fomento das práticas culturais, durante a cerimônia de reabertura da Casa das 11 Janelas, o Governo do Pará, por meio da Secult, lança o edital Prêmio Preamar de Cultura Popular, oferecido aos proponentes de projetos culturais que estejam em plena atividade e desenvolvimento há pelo menos um ano.

O edital vai premiar em 2019, com o valor bruto de R$ 20.000,00 (vinte mil reais), a atuação de até quarenta e sete fazedores e fazedoras de cultura, por reconhecimento à criação, à transmissão e à difusão de práticas culturais referenciadas nos valores da cultura paraense.

Cumprindo a diretriz de política pública do Governo do Pará, que estabelece como prioritária a descentralização das atividades para o interior do Estado, o Edital vai premiar projetos nas 12 (doze) regiões de integração e nos 7 (sete) territórios de vulnerabilidade social, integrantes do programa Territórios pela Paz (TerPaz). No total serão contemplamos 14 (quatorze) nos Territórios pela Paz e 33 (trinta e três) nas Regiões de Integração.

Programação

19h - Projeção do filme Círio de Nazaré (Direção: Alan Kardek  Guimarães)
Local: Aldeia das Onze (Praça da Fonte)

19h30 - Apresentação do grupo musical Quarteto PA
Local: Varanda da Casa (Térreo)

20h - Reabertura da Casa das Onze Janelas (com obras do acervo):

Percursos na Arte Brasileira/ Acervo do Estado
Local: Sala Ruy Meira

Dilemas
Local: Sala Valdir Sarubbi

Encontro das Águas – Miguel Chikaoka e Luiz Braga
Local: Sala Gratuliano Bibas

Indizível – Vídeo instalação da obra audiovisual de Vicente Cecim
Local: Laboratório das Artes.

(Holofote Virtual com informações da assessoria de imprensa da Secult-Pa)
Fotos: Blog da Casa das Onze Janelas / G-1 Pará