26.6.14

Entre os pássaros e as cores de Michelle Cunha

“Como um sol no meu quintal” é o nome da mostra, em que desponta uma série de desenhos de pássaros e outros trabalhos, que resultam de um momento especial na vida da artista. Michelle Cunha montou um atelier, na ilha de Mosqueiro, distante uma hora de Belém, onde se inspira todos os dias. O trabalho pode ser visto a partir desta quinta-feira, 26, na Galeria Gotazkaen (Rua Ó de Almeida, 755). A exposição fica aberta ao público até o dia 26 de julho.

Ao todo, são 50 trabalhos, nem todos produzidos aqui, a maioria sob papel, além de telas e latinhas de spray, que ela usa em suas incursões na rua e depois recicla, as pintando. A obra de Michelle reflete sua vivência, é dela que a artista se nutre e nos comove. Quando a conheci, ela era a proprietária do Café Alma Zen, um espaço feito pra reunir gente boa e arte, principalmente, mas que nos arrebatava com ótimos petiscos e bebidinhas criativas. 

O lugar fechou e deixou saudade em Belém. Ficava ali na Rua Campos Sales, próximo da Gama Abreu, depois que saiu do porão de uma casa estilo sobrado, que Michelle Cunha morava, na Rua Ferreira Cantão. A moça começava a se despedir de Belém. Para viajar e arrumar recursos, promoveu um brechó, convidou uns amigos, que levaram umas cervejas e que enfim, plantaram a semente do Café Alma Zen, lugar  que se tornou emblemático, já no segundo endereço. 

Michelle demorou um pouquinho para partir, mas quando foi, passou oito anos circulando pelo eixo Centro-Oeste/Sudeste do país, pintando e propondo ações em Goiás e estados próximos à Brasília, sua base, como São Paulo e Minas Gerais. De volta às terras paraenses, montou um ateliê na Ilha de Mosqueiro, onde mantém as portas abertas para um ininterrupto intercâmbio de ideias e vivências com outros artistas e o público

A exposição, inédita, reúne trabalhos dedicados ao desenho e a ilustração, incluindo particularidades como cadernos de esboço, objetos, gravuras e registros de trabalhos feitos na rua – habitat onde a artista se sente em casa.  

Na série de pássaros, sua mais recente produção, assim como nas corujas, a cor e o tema não buscam qualquer intenção retórica, mas indicam uma postura aberta ao puro prazer do gesto, a volúpia da imagem, que pode acontecer tanto sobre o papel quanto nas ruas, nos muros. Seu deslumbramento pela rua como suporte surge junto com a opção por uma vivência quase nômade.

Durante a carreira, Michelle já experimentou técnicas e linguagens das mais diversas. Foi da xilogravura ao grafite, do lambe-lambe ao desenho digital, da colagem à estamparia, tornando evidente, como faz questão de reforçar, “sua ânsia e voracidade por assuntos, territórios, espaços e tempos diversos”.

Em tudo que ela vem produzindo, porém, percebe-se a necessidade de falar dos afetos e do modo amoroso e até romântico com que olha o mundo.  “Costumo dizer que a cidade é de quem ama, então minhas ações na rua, por exemplo, falam desse meu envolvimento afetivo com os lugares e pessoas que cruzam meu caminhar”, diz. Michelle. 

A artista, que enquanto abre esta exposição, já trabalha na próxima, em grandes formatos para a Galeria Theodoro Braga (Centur), concedeu, ontem, uma entrevista ao blog, diretamente de seu atelier, em Mosqueiro, antes de pegar a estrada e aportar em Belém. 
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Holofote Virtual: É tua primeira exposição de inéditos, desde chegastes a Belém? 

Michelle Cunha: É primeira, depois da temporada de oito anos em Brasília. Boa parte dos trabalhos, que serão mostrados, foram iniciados em Brasília, alguns produzidos também em São Paulo, na última temporada em que estive lá, trabalhando no Atelier de um amigo paraense (Arieh Wagner). 

Holofote Virtual: Então a exposição está repleta de referências a estas andanças...

Michelle Cunha: Essa fase traz muito da vivência quase nômade por estes lugares onde andei (Pirenópolis, Minas, SP e Brasília) onde minha produção se aproxima mais da arte gráfica, pela vivencia trabalhando numa Editora, fazendo capas de livros e ilustrando e também elementos da arte de rua, pois foi nos últimos três anos que comecei a interagir mais com o espaço urbano, no inicio com pinceis, depois com a técnica de graffiti.

Holofote Virtual: Há laços afetivos nesta exposição... 

Michelle Cunha: Acho que tudo que venho produzindo vem de uma necessidade de falar disso, dos afetos, do modo amoroso e até romântico que olho o mundo. Costumo dizer que a cidade é de quem ama, então minhas ações na rua, por exemplo, falam desse meu envolvimento afetivo com os lugares e pessoas que cruzam meu caminhar. 

Crio histórias através dos desenhos que as pessoas acolhem com afeto e elas muitas vez vem me dizer o que isso significa p elas, então daí surgem outras histórias, num diálogo constante costurado por afetividades.

Holofote Virtual: Já vi muitas corujinhas tuas por ai, imagens no facebook, de tuas incursões por Brasília, e em Belém, no Casarão do Boneco (sede do In Bust Teatro com Bonecos), em Mosqueiro... Por onde passas, deixas tuas marcas. O que significa pra ti esta série, como ela surgiu e repercutiu ou repercute nos lugares onde passas?

Michelle Cunha: Surgiu com a necessidade de levar meu trabalho pra rua, da vontade de interagir com o espaço urbano, com quem passa e vê. As corujinhas surgiram quase por acaso, mas quando comecei a leva-las pra rua percebi que elas tinham muito a ver com a Brasília, com o cerrado, pois lá nos deparamos com corujas buraqueiras em todos os lugares que tem verde, é como se elas fossem uma espécie de guardiãs do lugar. 

No momento em que comecei a pichá-las na cidade as pessoas começaram a manifestar muito carinho por elas e identifica-las como uma espécie de símbolo da cidade. Agora elas acabam se tornando uma espécie de assinatura, sempre deixo uma por onde vou, por aqui também, embora não tenham a cara de Belém, acho que agora elas tem a minha cara. Além delas, tenho outros personagens que também levo pra rua.

Holofote Virtual: Conheço uma parte da tua produção, lembro da série ‘bicicletas’, e estou curiosa para ver de perto teus outros pássaros...

Michelle Cunha: Os pássaros foram surgindo. Acredito que isso se deve ao fato de ficar vários dias sozinha trabalhando em Mosqueiro, num atelier que é quase dentro do mato, onde a presença deles é muito forte, então eu sento embaixo de uma arvore e os observo, observo a forma, as cores, os movimentos e também o canto. Eles dizem muita da leveza e das coisas simples, me trazem de volta lampejos de infância, como numa frase do Câmara Cascudo, vejo neles "a inexplicável alegria das coisas suficientes"

Holofote Virtual: Sim... estás morando em Mosqueiro. Como vem funcionando tua vida profissional, entre a ilha e a cidade?

Michelle Cunha: Estou numa temporada aqui, aproveitando o silêncio, a calmaria, a vida no mato para dedicar todo meu tempo à pintura. Esse é um tempo que sempre quis ter, não ter que sair para trabalhar fora, em outras atividades que não seja essa, trabalhar apenas no que eu gosto, no que acredito ser o que tenho de melhor a fazer. 

Não é uma fase para ganhar dinheiro, pois a ilha me isola do movimento que existe em Belém, onde as pessoas circulam mais e onde se consome arte. Então vivo aqui uma vida simples, apenas com o necessário e com o mais precioso que é ter Tempo de criar e isso é algo que me coloca num outro ritmo, onde não estou muito focada em resultados imediatos, mas em me dedicar a minha arte. 

Às vezes penso que é um tipo de sacerdócio, um envolvimento que vai além das coisas do mundo material. No entanto, para distribuição do meu trabalho preciso sair daqui, expor em nos espaços que surgem na cidade, sejam institucionais ou não, produzindo na rua também e sempre mostrando algo pela rede.

Holofote Virtual: Esse tempo fora daqui, o que te trouxe, pra onde te leva?

Michelle Cunha: Talvez tenha trazido um pouco mais de confiança, de poder acreditar que posso voar sempre que sentir vontade e que tenho um lugar para onde sempre posso voltar, que é Belém. O contato com pessoas diferentes, com outras paisagens me fez ver o mundo é minha casa e que com meu trabalho posso ir onde quiser e que é através dele que a maioria das minhas relações acontecem, então em cada lugar um pouco mais de aprendizado, de trocas, de perdas e de ganhos, de saudade que fica, de vontade de seguir um pouco mais além.

Holofote Virtual: Algum projeto novo em desenvolvimento? Tens entrado em editais, buscado apoios, como está este lado da produção?

Michelle Cunha: Fui convidada para expor em agosto na galeria do Centur, ainda estou produzindo uma série de telas em grandes formatos (180x100cm), numa exposição diferente desta que levo pra Gotazkaen. Não consigo colocar projetos em editais peque tenho uma certa dificuldade de pensar projetos que não sejam em grupo, mas tenho buscado proximidade com pessoas com quem tenho afinidades e tenho algumas ideias para vídeo arte que é algo que ainda não experimentei, mas que me encanta. Por enquanto minha fonte de renda é a comercialização de reproduções e painéis em paredes que faço por encomenda.

Holofote Virtual: Vives de arte? 

Michelle Cunha: Só sei que tenho vivido, porque sempre crio um modo de viver que não precisa ser dentro dos modelos que nos são impostos por essa lógica de mercado, de consumo. Belém precisa olhar mais para seus artistas, ainda não descobri um jeito de distribuir melhor meu trabalho aqui, por isso entrei num ritmo menos acelerado neste sentido. 

Brasília ainda é o lugar onde consigo comercializar melhor meus trabalhos por enquanto, mas eu não entendendo muito dessa lógica de mercado e gosto de pensar que vivo das vendas que eu mesma faço, onde meu maior público ainda são os amigos. 

É sempre estranho pensar a parte financeira do que faço, talvez por isso eu não consiga me encaixar num sistema mais mercadológico. Gosto de pensar que o dinheiro é consequência e não a principal motivação.

Cacau Novais é "Corpo e Alma" no Sesc Boulevard

A cantora busca inspiração na música negra norte-americana, referência que começou a absorver ao ter contato com as músicas executadas em igrejas. Em seu mais novo show, que acontece nesta sexta, 27, no Centro Cultural Sesc Boulevard, Cacau bebe na fonte dos grandes mestres a clássicos do jazz.

“Corpo e Alma” já traz no nome a referência ao jazz – é a tradução para Body and Soul, uma canção popular dos compositores Heyman, Greene e Sour. 

A música, que é uma balada tradicional de jazz, fala do sofrimento em uma história de amor vivida de corpo e alma. Para acompanhar Cacau nessa apresentação, Robenaro Marques assume o piano, Régis Patrick o contrabaixo e Zeca Sagica a bateria.

A esse novo show, Cacau adiciona todo o olhar e referências adquiridas por ela ao longo de sua trajetória musical. A cantora já estudou Canto Lírico no Conservatório Carlos Gomes, além de ter participado em várias óperas pela cidade. Entre suas performances, destacam-se o musical Ópera Profano (2010), Sophisticated Lady (2005), além de apresentações na Dinamarca em 2012, enquanto esteve em temporada no país. 

Serviço
Cacau Novais apresenta “Corpo e Alma”. Nesta sexta, 27, às 19h, com entrada franca. No Centro Cultural Sesc Boulevard - Av. Boulevard Castilho França, 522/523 - em frente à Estação das Docas.

(Texto enviado pela assessoria de imprensa do Sesc Boulevard)

24.6.14

Aíla se despede da circulação "Trelelê" em Belém

O cartaz do show, criado por Roberta Carvalho
Quem ainda não viu, talvez não tenha outra chance igual. O show desta sexta-feira, 27, às 20h30, no Teatro Margarida Schivasappa, encerra um ciclo da carreira da artista e traz surpresas.  Os ingressos já estão nas lojas Na Figueredo e no dia do show, na bilheteria do teatro, uma hora antes do show - R$ 20,00 a inteira e R$ 10, a meia entrada.

Aíla guarda em segredo as surpresas, mas revela que no repertório, além das músicas do Trelelê, o primeiro álbum, vai rolar palhinha do que virá no próximo CD, que ela começa a produzir em agosto. 

Aíla, em seu visual multicolorido
“Será um show completo, como pensei desde o início da circulação do Trelêlê, mas que nem sempre foi possível. E minha última apresentação em Belém foi em janeiro. Fiz Show de abertura para o incrível Nando Reis, no Hangar, foi maravilhoso, mas já sinto saudades de tocar de novo”, diz Aíla.

Entre Belém e São Paulo, desde fevereiro, Aíla quer matar saudades. Da cidade, dos amigos e do público. No palco, ela será acompanhada pelos músicos Léo Chermont (guitarra), Gleidson Freitas (guitarra), Rafael Azevedo (baixo), Bruno Habib (teclados),  Kleber Benigno Paturi (percussão), Arthur Kunz (bateria), Delatuche (trompete)  e  Jó (trombone).  

O cenário multimídia, visualidade que já caracteriza seus shows, traz inovações nas projeções assinadas por Roberta Carvalho, algumas criadas especialmente para este show, outras, que são improvisadas, ao vivo, na cena.

"O cenário da Aíla está sempre em construção, à medida que experimentamos, vamos discutindo juntas ideias, mantendo algumas e alterando outras. A ideia é que algumas músicas tenham personalidade e identidade visual, uma coisa complementando a outra, num jogo de relações poéticas e imagética. Fora que muita coisa eu deixo para o ao vivo, são edições feitas em tempo real, o que confere ao trabalho sempre uma nova cara”, explica Roberta Carvalho.

Cena de "Proposta Indecente" (Foto: Bruno Régis)
Aíla traz como referências, sotaques que vão do brega ao pop, da guitarrada ao carimbó, da cúmbia ao zouk Love. Vem ganhando espaço na mídia nacional, em publicações como a Folha de S. Paulo, O Globo (RJ) e Revista Billboard Brasil. 

O Clipe de estreia, “Proposta Indecente” (foto acima), foi exibido em canais como MTV Brasil e Vh1. O segundo “Preciso ouvir música sem você” também vem trilhando este caminho. Em sua primeira Turnê, Aíla levou seu trabalho a grandes Festivais pelo Brasil, como Conexão (PA), Feira da Música (CE), Festival LÁ DO PARÁ (SP) e Levada Oi Futuro (RJ), que destaca os novos nomes da música brasileira.  Recentemente, foi artista convidada do Prêmio da Música Brasileira, e dividiu o palco com grandes ícones da música nacional, como João Bosco, Zélia Duncan e Adriana Calcanhotto.

Cantora comemora novo momento da carreira
Holofote Virtual: O Trelêlê, teu primeiro álbum está há dois anos em circulação. Este show vem selar esta trajetória, como ela tem sido?

Aíla: Na circulação de um primeiro trabalho sempre é tudo muito novo, né? Você vai aprendendo uma porção de coisas, (re) descobrindo o sentido de cada música no palco, sentindo o calor do público em cada cidade, e percebe o quão diferente um disco pode ser de um show. É algo encantador. A estrada é uma escola incrível. 

Aproveitei bastante esse trabalho para circular e amadurecer muitas ideias, passamos por Belém, Breves, Bragança, Macapá, Manaus, Fortaleza, Rio de Janeiro, São Carlos, Araraquara, Piracicaba, Sorocaba, São Paulo e tantas outras cidades maravilhosas, que foram muito receptivas e calorosas com o nosso som. Eu não fiz circulação do show fora do Brasil, mas sei que a minha música chegou a rádios da Argentina, Itália, Portugal, Estados Unidos, e pretendo, com o próximo disco, chegar pessoalmente em todos esse países.    

Holofote Virtual: Música, imagem e tecnologia. Em meio aos shows, você vem gravando videoclipes, ferramenta importante pra divulgar o trabalho de um artista. É também, um filão para a produção musical e audiovisual. Nos seus por exemplo, reuniu uma equipe de criação, técnicos, outros artistas... 

Aíla: Se eu pudesse lançaria um novo clipe a cada mês, mas como sabemos que isso não custa tão barato e demanda um tempinho para produzir, essa minha vontade não foi possível, risos. Sobre o novo clipe,  o "Preciso ouvir música sem você", estamos tendo uma repercussão maravilhosa, e ele já está estreou essa semana nos canais MTV (Programa Playlist Brasileira) e VH1 (Programa Kaos Brasilis). Em breve lançaremos em outros canais, como Multishow e Bis.

Projeções sempre fizeram parte dos cenários
O roteiro e direção do clipe é assinado pela paraense Carol Matos. O clipe foi todo gravado em São Paulo, e mobilizou uma equipe formada por 17 pessoas, quase todos paraenses. Eu estou muito satisfeita e feliz com o resultado, o clipe consegue captar as minhas referências visuais/pessoais (de figurino, palco, postura, personalidade) e relaciona tudo isso, de forma bem criativa, com várias vertentes da arte contemporânea.

Holofote Virtual: O show fecha o ciclo "Trelêlê", enquanto você já pensa no segundo disco. O que vem por aí?

Aíla: Estou com saudades de cantar em Belém e ainda mais no Teatro Margarida Schivasappa, que foi palco do meu primeiro show, tenho certeza que será uma noite especial. Essa questão de encerrar um ciclo, é que pretendo iniciar a pré-produção do novo disco início de agosto, e talvez este seja o último show em Belém antes disso. 

Sobre o novo CD, acho que ainda é muito cedo pra falar qualquer coisa. Eu ainda estou no processo de pensar a estética que quero pra ele, estou pesquisando repertório, escrevendo algumas letras, então o que posso adiantar é que vamos lançar semestre que vem, risos.

Cena de "Preciso ouvir música sem você"
(Fotos: Ítalo Brito)
Holofote Virtual: E sim.. a vida em SP, como tem sido a experiência...

Aíla: Pois é, uma mudança de casa sempre é uma coisa bem difícil, sair de Belém, a cidade que eu vivo há 25 anos, e deixar meu tucupi, meu jambú, minha farinha de todos os dias não foi fácil. Mas eu já ansiava esse novo porto há algum tempo. 

Lembro da primeira vez que eu pisei em São Paulo, em 2010, senti que minha alma estava conectada com esse lugar, era estranho, mas eu já me sentia daqui, risos. Percebia que eu poderia realizar novas coisas nessa cidade, e isso me trazia uma vontade enorme de mudar, experimentar. Minha relação com São Paulo ainda está só no começo, eu ainda me assusto um pouco com a imensidão da cidade, mas sei que estou pronta pra encarar essa nova fase.

Um papo sobre a ação educativa do Prêmio Diário

Foto: Irene Almeida
“Olhos de Assombro” abre um debate sobre a ação de mediadores que atuam na Ação Educativa no 5º Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia, mesclando as trocas entre teoria e prática. A roda de conversa será nesta sexta, 27, das 14h às 18h, no Museu da UFPA. A entrada é franca.

Durante o período vivido nos espaços culturais (Casa das Onze Janelas e Museu da UFPA), os mediadores tiveram contato com diferentes tipos de público, diferentes obras fotográficas e diferentes leituras. A ação educativa é uma grande troca, e foi isso que os mediadores perceberam nesses dois meses de exposição. A cada nova escola que visitava as mostras, novas leituras e novos conceitos de artes eram trabalhados.

No encontro com o público, a Equipe do Educativo mostrará, através da experiência deste ano, que a interação e inserção em diferentes contextos educacionais contribuem para o ensino e para uma vivência artística. A mesa será constituída por André Vitor Silva Lima, Paula Fernanda Silva de Almeida, Silvia Cruz Peixoto, Vanessa Malheiro Moraes, Ala Lúcia dos Santos Ribeiro, tendo a mediação de Adriele Silva da Silva.

A ação objetiva proporcionar um debate entre os estudantes de Artes Visuais, professores e educadores a sobre arte, fotografia, patrimônio e reflexões sobre a cultura. Um novo olhar sobre os espaços expositivos que possibilitaria uma maior interação e aproveitamento dos conteúdos educacionais proposto pelo educador a partir do Museu, espaço alternativo e complementar à escola.

O Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia é uma realização do jornal Diário do Pará, com patrocínio do Shopping Pátio Belém e Vale, apoio institucional da Casa das Onze Janelas, do Sistema Integrado de Museus/ Secult-PA, Sol Informática, Instituto de Artes do Pará (IAP) e Museu da Universidade Federal do Pará (MUFPA).

Serviço
Diário Contemporâneo convida para bate-papo com Equipe do Educativo. Data: 27 de junho de 2014. Horário: 14 às 18h. Local: Museu da UFPA (Av. Governador José Malcher (esquina com Generalíssimo Deodoro). Informações: Rua Aristides Lobo, 1055 (entre Tv. Benjamin Constant e Tv. Rui Barbosa) - Reduto. Contatos: (91) 3355-0002; 8367 -2468 e http://www.diariocontemporaneo.com.br.

Arhtur Espíndola lança novo CD no Schivasappa

Fotos de divulgação
O show conta com as participações de Juliana Sinimbú, Keyla Gentil (Gang do Eletro) e Renato Torres.  Durante o show, o cantor vai apresentar o novo clipe da faixa “Maliciosa”, que tem a participação da cantora Gaby Amarantos.

"Tá Falado" é o segundo CD da carreira. O novo trabalho vem produzindo há três anos. São doze faixas autorais, com participações de Felipe Cordeiro, Luê Soares, Gaby Amarantos, Mestre Curica, Velha Guarda da Mangueira e também de Gaby Amarantos.

Gravado em Belém, mixado na Estúdio Casa do Mato e masterizado no estúdio “Post Modern Mastering”, no Rio de Janeiro, o CD tem direção musical do cantor e compositor Renato Torres. A essência do disco é contribuir para a musicalidade paraense e redescobrir o samba que nasce ao Norte brasileiro, o qual na voz de Arthur Espíndola se consolida através dos instrumentos regionais que compõe a nova geração do samba no Brasil.

Espíndola fez uma pesquisa aprofundada dos ritmos regionais já com essa tendência musical direcionada para o samba, com as raízes nos ritmos paraenses. 

“Eu sentia a sintonia dos arranjos musicais de estilos diversos, que podiam dialogar muito bem e que o resultado seria muito bom”, afirma o artista. Foi a partir da criação das músicas do álbum “Tá Falado”, que o compositor se encontrou, definitivamente, nesse novo estilo ao qual chama de “samba amazônico”.

Carreira - Arthur Espíndola tem 29 anos e desde a infância, aos 10 anos é músico. Começou no conservatório Carlos Gomes nas aulas de musicalização e atualmente é multi-instrumentista, compositor e produtor musical. O cantor e compositor já morou no Rio de Janeiro e lá teve contato com grandes nomes do samba, fazendo parcerias e gravando com os sambistas cariocas. 

Arthur tem várias músicas gravadas durante a carreira e já produziu uma web série chamada “Amazônia Samba”, cujo projeto tem como objetivo pesquisar e divulgar os sambas autorais amazônicos.

A série é resultado de uma bolsa de experimentação do Instituto de Artes do Pará (IAP). Em 2012, Arthur foi o vencedor do festival de música paraense, promovido pela Rede Brasil Amazônia de Comunicação (RBA). Também já participou do projeto Música na Estrada e da edição 2013 do Terruá Pará.

Serviço
“Show de lançamento do segundo CD de Arthur Espíndola”. Dia 26 de junho, às 20h, no Teatro Margarida Schivasappa – Centur (Av. Gentil Bittencourt, 650). Ingressos a R$ 10,00. Disponível para venda na bilheteria do Teatro e nas lojas Ná Figueiredo. Informações: (91) 8091-8324.

19.6.14

VKTrio faz apresentação única no Cosanostra Café

Canhão (batera), Vadim (piano) e Saulo (baixo)
Rússia, Amazônia, São Paulo - Moscou, Belém, Atibaia. As três identidades e culturas, tão distantes, estão reunidas no trabalho do VKTrio, grupo que se apresenta nesta sexta-feira, 20, a partir das 21h, no Cosanostra Café. 

Formado pelo russo Vadim Klokov (piano), pelo paulista Saulo Rodrigues (Baixo Fretless) e pelo paraense Carlos “Canhão” Brito Jr. (Bateria), VKTRIO traz um estilo que ainda soa como algo sem gênero e nome definidos.

Traz influências, à primeira vista, antagônicas e paradoxais: Stravinsky dançando Carimbó, Bach fugindo da própria Fuga, através do Progressivo, e entrando na cadência da Vanguarda Acadêmica.  Às vezes é Jazz, outras Rock suave, ou ainda um Blues tonto. Tudo isso quer ser óbvio, sem camuflagem, mas as personalidades dos três músicos revelam texturas e sonoridades que refletem um trabalho em constante pesquisa.

Príamo Brandão é convidado
O show desta sexta-feira, 20, terá Vadim Klokov (Piano) e Carlos “Canhão” Brito Jr. (bateria), o contrabaixista convidado Príamo Brandão, músico convidado, uma vez que Saulo não pôde vir a Belém, além da participação especial do saxofonista Marcos Cardoso.

O VKTrio foi formado em São Paulo, em 2010, quando o músico estava fazendo uma temporada de apresentações na capital paulista para divulgar o CD Jivelox, na época, recém lançado pelo selo do produtor musical Na Figueredo.

“Encontrei o Vadim tocando com samples, e depois de umas conversas resolvemos montar um trio, (para tocar as composições dele)”, explica o baterista “Canhão”, que tinha acabado de se mudar para São Paulo, também com sua a banda, hoje extinta, A Euterpia.  “Ele ficou morando em São Paulo e gravamos um CD demo com quatro músicas. Fizemos algumas apresentações por lá, e esta será a segunda vez que tocaremos em Belém”, completa o baterista que voltou a residir na capital paraense.

"Tocamos em alguns espaços até que eu voltei para a Rússia em 2012. Mas esta é a segunda vez que o trio toca em Belém. A primeira foi em 2010, na capela e São José Liberto, dentro do programa timbres, da TV Cultura do Pará”, conta Vandim.

Marcos Cardoso é participação especial
De volta ao Brasil - Vadim Klokov estava há dois anos sem vir ao Brasil. Em curta temporada por Belém, neste mês de junho, ele já se apresentou na Igreja da Sé, em um concerto, como convidado do Festival de Música da Fundação Carlos Gomes, e fez uma apresentação no Sesc Boulevard, em duo com a pianista Anna Borisova.

Nascido em Moscou, ele iniciou seus estudos em música com apenas 8 anos, mais tarde tendo o fagote como instrumento de formação, aos 14, estudou na Escola de Música Primária do S.Rakhmaninov. 

Entre os trabalhos desenvolvidos na Europa, o músico integrou a Orquestra Sinfônica de Moscou e apresentou-se em orquestras de câmara na Espanha e Inglaterra.  

Em 1994, Vadim foi convidado pelo Governo do Pará a lecionar o fagote na Fundação Carlos Gomes e por aqui acabou ficando por doze anos, entre 1994 e 2006.

“Aqui em Belém integrei a Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz e também lecionava no curso de música da UEPA. Depois me mudei para o Rio de Janeiro, onde atuei na Orquestra Sinfônica do Municipal”, conta Vadim.  “E é sempre um prazer estar de volta a esta cidade, encontrar os amigos e poder tocar muito”, finaliza Vadim.

Serviço
Apresentação do VKTrio. Nesta sexta-feira, 20, a partir das 21h, no Cosanostra Café. O show terá os músicos Vadim Klokov (piano), Carlos “Canhão” Brito Jr. (Bateria) e Príamo Brandão (baixo). Participação especial de Marcos Cardoso (sax). Couvert: R$ 5,00. Mais informações: 91 8097.9424 e 91 8066.7894.

18.6.14

Comédia do Grupo Cuíra no fim de semana do Sesc

“As Gêmeas Sedentas de Sexo” invadem o palco do Centro Cultural Sesc Boulevard. Comédia de grande sucesso do grupo Cuíra, a peça estreia nesta sexta-feira, 20, e fica em exibição até domingo (22), sempre às 19h, com entrada franca. A classificação etária é de 16 anos.

Escrito e dirigido por Edyr Augusto Proença, o espetáculo traz no enredo duas irmãs que resolvem abrir um negócio nada usual para descolar aquele dinheiro e sair das dívidas – uma empresa de telesexo.  As gêmeas, desesperadas, acabam vendo a iniciativa fracassar. Até que um vendedor bate à porta delas e a situação dá origem a uma série de acontecimentos inesperados.

As gêmeas Baby e Cleópatra, encenadas por Juliana e Luciana Porto, têm personalidades bem distintas – a primeira é extrovertida, enquanto a segunda é mais retraída. As duas armam um plano para tirar dinheiro do vendedor vivido por Paulo Morat, mas não contavam ter que lidar com as várias personalidades que ele apresenta. Começa então um jogo de reviravoltas bem-humoradas, que prometem arrancar gargalhadas da plateia.

Serviço
“As Gêmeas Sedentas de Sexo”, com Grupo Cuíra. Nos dias 20,21 e 22 de junho de 2014 (sexta a domingo), no Centro Cultural Sesc Boulevard (Boulevard Castilhos França, 522/523). Sempre às 19h . Classificação: 16 anos. Entrada franca, com distribuição de ingressos no local uma hora antes do espetáculo.
Informações: (91) 3224-5305 / 3224-5654.

(Texto enviado pela assessoria de imprensa do Sesc Boulevard)

13.6.14

Exposição no Sesc retoma os "Bailes da Saudade"

O clima de baile da saudade invade o salão de exposições do Centro Cultural Sesc Boulevard. Tudo porque as pessoas vão poder conferir a instalação “Sonoro Diamante Negro”, da fotógrafa e jornalista paraense Suely Nascimento, que inaugura às 20h. 

Os visitantes terão acesso a fotografias, audiovisual e performances de dança, ao som dos clássicos que imperam nos famosos bailes da saudade. A instalação faz parte da ação Percurso, do Sesc Boulevard.

 O projeto “Sonoro Diamante Negro” foi iniciado em 1997 e apresenta a história de uma das aparelhagens mais antigas do Pará, fundada por Sebastião Nascimento, no ano de 1950, no bairro Marambaia. Nas fotografias em preto e branco de Suely Nascimento, estão retratadas cenas como a chegada e a montagem da aparelhagem em sedes sociais de Belém e bailes da saudade. 

Em 2010, o audiovisual “Sonoro Diamante Negro”, que reúne registros fotográficos de 1997 a 2003, integrou a exposição “Indicial – Fotografia Paraense Contemporânea”, do Sesc Boulevard. Em março deste ano, Suely Nascimento lançou o blog do projeto - http://www.sonorodiamantenegro.com.br/blog/, onde são encontrados textos, imagens e vídeo, que ajudam a preservar a história do “Diamante Negro”. 

A instalação que inaugura nesta quarta, faz parte da ação Percurso, idealizada pelo Sesc Boulevard para que artistas dividam com o público seu processo criativo. 

A abertura do “Sonoro Diamante Negro” contará com a apresentação de dançarinos do Grupo Coreográfico Experimental do Thiganá Studio Dança, do professor e coreógrafo Marcelo Thiganá. A entrada será gratuita. 

Serviço
Abertura da instalação “Sonoro Diamante Negro”, de Suely Nascimento. No dia 18 de junho às  20h, no Centro Cultural Sesc Boulevard (Boulevard Castilhos França, 522/523 - em frente à Estação das Docas). Visitação: 10h às 21h - terça a sábado. Aos domingos, de 9h às 13h e de 15h às 21h. Crédito das fotos: Suely Nascimento. Entrada gratuita. Mais informações: 91 9994-2204 (Suely Nascimento) e (91) 3224-5305 / 3224-5654 (Márcio Campos – Artes Visuais – Centro Cultural SESC Boulevard).

12.6.14

"Certas Transas" pauta a performance de gênero

Música, vídeo, teatro, dança, sexo e performance. A proposta parece uma bagunça, mas a cena deixa tudo “divino, maravilhoso”, como já disse Caetano Veloso. Certas Transas está em temporada, dias, 14 e 15, na Casa Dirigível e, 21 e 22, no Espaço Waldete Brito, sempre às 20h.

Certas Transas, dos performers Carlos Vera Cruz e Dário Jaime, se encaixa enquanto um musical experimental, onde a música desperta as imagens, narrativas e experiências dos performers-intérpretes que serão desnudadas em cena. É um compartilhamento público das experiências destes dois artistas que incitam, em sua vida-obra, questões de gênero e o trânsito livre das suas sexualidades.

O espetáculo é permeado de várias referências que vão de Caetano Veloso a Dzi Croquetes, passando por Vital Lima, a pesquisadora Judith Butler e o nosso grande Walter Bandeira. A música excita o teatro, a dança, o audiovisual, o teatro com bonecos e a literatura, a construir uma obra promiscua em suas possibilidades de leitura e recepção.

O performer Carlos Vera Cruz acredita que a sua relação com Dário Jaime e com o espetáculo é de cumplicidade e entrega. “Essa paixão latente pela música me levou ao Certas Transas. Eu e Dario há muito queríamos realizar um trabalho juntos. 

Amigos, ambos atores, mas nunca tínhamos trabalho juntos, como atores, numa produção. Até que a performance de gênero nos uniu”, afirma. Além dos dois participam do espetáculo o músico Tom Salazar Cano e o percussionista Rodrigo Ethnos, que dão o norte musical a esta obra onde o sexo é música de ordem.

Sobre a performance de gênero no espetáculo, ele é enfático sobre a importância dela no espetáculo e no cotidiano. “A importância de sempre estarmos incitando e sensibilizando sobre as questões de gênero, para nós, é grande. Ainda hoje ficamos discutindo sobre se iria ou não rolar o beijo gay em tal novela?! Tantos casos de homofobia, pessoas sofrendo violências pelo fato de amarem. Repito, amarem. Os rótulos, enfim. Certas Transas surgiu para falarmos e rompermos essas amarras”.

O espetáculo realizou sua estréia na Casa da Atriz na semana passada e seguirá temporada durante dois finais de semana de junho em espaços experimentais da cidade, outra marca de subversão da estética desta performance.

Com a intenção de ser um espetáculo onde vida, arte e gênero são conduzidos pela música, Certas Transas convida o público a exercer livremente a sua sexualidade junto aos intérpretes. E cada um é convidado especial.

Ficha Técnica

  • Elenco – Carlos Vera Cruz e Dario Jaime
  • Violão, guitarra e direção musical – Tom Salazar Cano
  • Percussão – Rodrigo Ethnos
  • Participações – Dauana Parente e Fabricio Sousza
  • Iluminação – Thiago Ferradaes
  • Vídeo Mapping – Kauê Lima
  • Produção – Andréia Rocha
  • Bonecos e Baú – Antônio Segtowich
  • Produção de Figurinos – Nanan Falcão
  • Assessoria de Imprensa e Redes Sociais – Leandro Oliveira
  • Fotografia – Roberta Brandão e Renata Aguiar
  • Direção – Carlos Vera Cruz


Serviço
Espetáculo “Certas Transas”. Dias 14 e 15 de junho, na Casa Dirigível (Travessa Padre Prudêncio, 731 - Próximo à OAB). Dias 21 e 22 de junho, no Espaço Experimental de Dança Waldete Brito (Rua Domingos Marreiros, 1775, entre as Travessas 14 de Abril e Castelo Branco - Próximo à Unimed). Sempre às 20h, Ingressos: R$ 20,00. Informações: 8113 2675 | facebook.com/CertasTransas.

11.6.14

Se Rasgum 2014 anuncia finalistas da etapa Belém

Esta semana o Se Rasgum anunciou as finalistas da etapa Belém para as Seletivas de 2014. Mais de 80 bandas foram inscritas e avaliadas pela comissão de jurados, que escolheu 16 artistas. As apresentações serão nos dias 19 e 20 de junho, no Hotel Gold Mar, junto ao show de encerramento de Tiago Iorc e Bidê ou Balde.

Esse ano, o pré-juri foi formado pela produtora e jornalista de Recife Tathianna Nunes, pela cantora e professora de música Marisa Brito e pelo produtor Marcel Arêde. 

Eles ouviram mais de 80 bandas inscritas para a etapa de Belém e escolheram, através de notas, os 16 artistas que se apresentarão nos dias 19 e 20 de junho, no Gold Mar, com encerramento dos shows de Tiago Iorc e Bidê ou Balde. Em 2014, as Seletivas foram contempladas pelo Programa Amazônia Cultural 2013, com apoio do Ministério da Cultura.

As bandas que se apresentarão nos dois dias de Seletivas Se Rasgum 2014 serão: +Amor, A República Imperial, Café N'Amour, Camila Honda, Crisantempo, Dharma Burns, Enfim Nós, Itinerário Boomerang, Iza, Juliana Sinimbú, La Orchestra Invisível, Marcel, Meio Amargo, Rádio Ativa, The Tump! e UltraNova. As apresentações serão definidas por dia e ordem através de sorteio.

Tiago Iorc
Das 16 bandas, 4 se apresentarão no 9o Festival Se Rasgum, além da banda vencedora na etapa Bragança. 

A primeira colocada na Seletivas de Belém também ganhará um programa especial no “Conexão Cultural” na TV Cultura, produção de um ensaio fotográfico profissional com o fotógrafo Thiago Araújo, seis horas de ensaio no Fábrika Estúdio, confecção de um release de imprensa profissional pela Se Rasgum Press Confecção de arte gráfica para CD pela designer Anna Leal, além de um cachê de R$ 700,00.

As apresentações nos dias 19 e 20 de junho, no Hotel Gold Mar também contarão com um corpo de jurados formado por três profissionais diferentes, também relacionados diretamente com o cenário musical. As bandas selecionadas devem confirmar sua participação pelo email producao@serasgum.com.br até às 18h de segunda-feira, dia 9 de junho. Caso haja alguma desistência ou impossibilidade de participar das Seletivas, os primeiros colocados da lista de suplentes serão selecionados (de acordo com a ordem da lista).

Jurados

  • Tathianna Nunes - Produtora e jornalista de Recife. Foi uma das idealizadoras do Festiva Coquetel Molotov, responsável pela vinda de grandes nomes do indie mundial no Brasil, como Dinosaur Jr, Teenage Fanclub, Peter Bjorn and John, etc. Atualmente trabalha na produção e assessoria de imprensa do Rec Beat, além de estar envolvida em outros projetos culturais do Pernambuco.
  • Marcel Arêde - Um dos fundadores do Festival Se Rasgum. Atualmente está a frente de sua empresa Ampli Criativa, de produção cultural e booking de alguns dos grandes nomes da nova música paraense, como Gang do Eletro, Felipe Cordeiro, Jaloo e Dona Onete, além de ter sido um dos maiores responsáveis pela popularidade de Gaby Amarantos.
  • Marisa Brito -  Cantora. Em Belém fez sucesso como vocalista da cultuada banda A Euterpia. Atualmente, Marisa mora em São Paulo, onde terminou pós-graduação em Canto Popular. Ela leciona Canto e Desenvolvimento da Expressão e da Musicalidade no Conservatório Souza Lima, na capital paulista. Marisa também está na pré-produção de seu primeiro disco solo. 


Finalistas – etapa Belém:

  • +Amor
  • A República Imperial
  • Café N'Amour
  • Camila Honda
  • Crisantempo
  • Dharma Burns
  • Enfim Nós
  • Itinerário Boomerang
  • Iza
  • Juliana Sinimbú
  • La Orchestra Invisível
  • Marcel
  • Meio Amargo
  • Rádio Ativa
  • The Tump!
  • UltraNova

Suplentes:

  • Blind For Giant
  • Blocked Bones
  • Renato Menezes & O Ministério Imaginário
  • Zeromou
  • MadeMoiselle          
  • Os Grileiros
  • Groover
  • Estrela do Norte
  • Lucas Guimarães
  •  Mount Peel
  •  Casa de Folha
  •  Enquadro
  •  Vinyl Laranja
  •  Lauvaite Penoso
  •  Larissa Leite
  •  Helder Herrera

Etapa Bragança ainda recebe inscrições

As inscrições para artistas da região Nordeste do Estado do Pará ainda estão abertas até o dia 20 de junho. A etapa Bragança será no dia 5 de julho, com encerramento das bandas Gang do Eletro e Molho Negro.  As inscrições podem ser feitas no site www.serasgum.com.br/seletivas, onde há a relação das cidades que podem participar.

Serviço
Seletivas Se Rasgum 2014. DiaS 19 E 20 de junho, no Hotel Gold Mar. Shows: Tiago Iorc, Bidê ou Balde + 16 bandas selecionadas. Informações: www.serasgum.com.br/seletivas. Ingressos: Ná Figueredo. R$ 15 (antecipado). R$ 20 (na hora).

10.6.14

NPD lança Web TV e catálogo virtual de produtos

Mais de 290 filmes do acervo da Mostra Pará ficam disponibilizados ao público. O lançamento será nesta terça-feira, 10, às 17h, com exibição dos curtas “All You Need Is Love”, de Wagner Depintor (SP) e “Custo do Progresso”, de Carlos Alexander (Canaã dos Carajás – PA), no teatrinho do IAP, com entrada franca.

O Núcleo de Produção Digital Pará – NPD Pará, localizado no Instituto de Artes do Pará, apresenta ao público sua Web TV e o catálogo de títulos do seu acervo, com destaque às produções paraenses que fazem parte da “Mostra Pará”, compilação com mais de 290 filmes e vídeos produzidos no Estado. 

A publicação digital engloba ainda as mostras “Parazinho” e “Pirilampo”, com animações infantis - sendo esta última uma parceria com a Fundação Curro Velho - além de outros 300 títulos de obras nacionais e internacionais, sendo a maioria já exibidos no Cine Alexandrino Moreira e parcerias pelo Estado.

Dentre os 295 títulos que compõe as Mostras Pará e Parazinho, são encontradas produções das cidades de Santarém, Santarém Novo, Canaã dos Carajás, Castanhal, Vigia, Marabá,Chaves, Bragança, Anajás, Santa Isabel, Parauapebas, Capanema, Marapanim, Gurupá, Ponta de Pedras, Monte Alegre, Salvaterra, Cachoeira do Arari, Óbidos e Mosqueiro.

Além das produções realizadas no Pará, o catálogo disponibiliza ainda o acervo nacional e internacional, com mais de 300 produções de várias regiões do Brasil e de países latino-americanos como Cuba, em parceria com a Escola Internacional de Cinema e TV de Cuba - San Antonio de los Baños.

Foi no final de 2012 que o NPD Pará iniciou o processo de catalogação das produções fílmicas realizadas em todo o Estado. Em quase dois anos, foram catalogados mais de 290 títulos, entre animações, ficções e documentários, de média e curta duração, dando origem à Mostra Pará, uma programação que circula por diversas cidades, em parceria com prefeituras, associações e a sociedade civil organizada em projeções ao ar livre, em apresentações que geraram um público de mais de 10 mil espectadores em cerca de 100 cidades paraenses, e sempre de forma gratuita.

A receptividade das ações de exibição do IAP através do NPD Pará levou a criação do catálogo virtual, onde o público encontra todos os filmes disponíveis no acervo. Por sua, importância a “Mostra Pará” ganhou espaço especial, incluindo fotos, sinopses e contatos dos realizadores. Na “Mostra Parazinho” estão as diversas produções independentes do cinema de animação, além da “Mostra Pirilampo” da Fundação Curro Velho, e das animações vencedoras do CulturAnimação e episódios do Catalendas (Funtelpa), que estão incorporadas à “Mostra Parazinho”.

De acordo com Afonso Gallindo, gerente do NPD Pará, o catálogo surgiu a partir da necessidade de sistematizar as produções que fazem parte do acervo, do aumento da demanda por conteúdo pelos municípios e consequentemente pelos filmes enviados por realizadores para compor as mostras. 

“O catálogo comprova que existe produção em grande parte do território paraense e o grande esforço destes realizadores para superar as dificuldades e produzir, surpreendendo pela diversidade de gêneros, tempos e temas abordados. Isso rompe definitivamente com o paradigma de que não existe demanda para a produção audiovisual no Pará”, afirma o gerente.

Além do catálogo com as Mostras Pará e Parazinho, a Web TV chega como mais um suporte de divulgação. Nela estarão disponíveis os resultados de oficinas e cursos oferecidos pelo NPD, assim como alguns curtas do acervo. “A Web TV é um projeto em implantação, onde teremos mais um recurso de apoio ao audiovisual”, explica o gerente.

Sobre o NPD - Implementado em 2006 no Instituto de Artes do Pará - IAP, o NPD Pará – Núcleo de Produção Digital do Pará, foi criado como programa da Rede Olhar Brasil, com a finalidade de incentivar à produção, o desenvolvimento de estudos e pesquisas na área do audiovisual em suas diversas linguagens, suportes, formatos e plataformas.

O formato do Núcleo foi criado pela Associação Brasileira de Documentaristas – ABD Nacional, que o propôs para a Secretaria de Audiovisual – SAV do Ministério da Cultura, o viabilizou em edital, direcionado à todas as capitais brasileiras. No Pará, o Núcleo foi implementado através da parceria como Governo do Estado, sendo gerido pelo IAP e a Fundação Paraense de Radiodifusão – Funtelpa, tendo como co-gestores o Instituto de Ciências da Arte – ICA/UFPa, Associação Fotoativa e Associação Brasileira de Documentaristas e Curta-Metragistas / ABDeC - Pa.

Dentro do NPD, o incentivo às produções locais se desenvolve por dois caminhos: o de fomento à criação, com cessão de equipamentos de captação/edição de imagem e som para produtores independentes de todo o Estado, gratuitamente; e ainda proporcionando o aperfeiçoamento técnico e artístico de profissionais na área de audiovisual com realização de cursos, oficinas e outras atividades de qualificação. 

Neste ponto, o Núcleo de Produção Audiovisual do Pará conta com parcerias importantes, como por exemplo, a do Centro Audiovisual Norte-Nordeste (CANNE-FUDAJ) de Pernambuco. Hoje o NPD Pará é um dos principais responsáveis pela difusão das produções realizadas e busca construir outras parcerias. As oficinas propostas pelo NPD também são gratuitas, direcionadas ao aperfeiçoamento dos profissionais do cinema e audiovisual.

Com estrutura de equipamentos para captação e edição de som e imagem, o NPD disponibiliza ao público seu Edital de Pauta para utilização dos equipamentos. O edital fica disponibilizado no endereço virtual do IAP: iap.pa.gov.br  e permite inscrições entre os meses de fevereiro e dezembro de cada ano.

Para utilização dos equipamentos podem se candidatar obras audiovisuais autorais e artísticas que não tenham finalidade publicitária, institucional ou político-partidária e que se enquadrem nos seguintes gêneros: documentário, ficção, clipe, videoarte, experimental e animação. As inscrições para uso dos equipamentos são gratuitas e devem ser realizadas com no mínimo 15 (quinze) dias antes do período solicitado. O edital está aberto à pessoas físicas residentes no Pará há pelo menos dois anos.

Alguns dos títulos presentes da Mostra Pará são resultado direto da parceria de seus diretores com o NPD-Pará, seja em caso de utilização de equipamentos, seja através das equipes que se formaram durante os cursos oferecidos pelo Núcleo no IAP, dentro de sua missão. “Nossa intenção com os editais, cursos e as discussões propostas pelo NPD Pará é de que mais pessoas produzam audiovisual em nosso Estado”, informa Afonso Gallindo.

Serviço
Lançamento da Web TV e Catálogo do NPD-Pará: Mostra Pará e Mostra Parazinho. Exibição dos curtas “All You Need Is Love”, de Wagner Depintor (SP) e “Custo do Progresso”, de Carlos Alexander (Canaã dos Carajás – PA). Nesta terça-feira, 10 de junho de 2014, às 17h. Entrada franca. No Teatrinho do Instituto de Artes do Pará – Praça Justo Chermont, 236.

(texto enviado pela assessoria de imprensa)

“Quem vai levar Mariazinha para passear” no Sesc

Filmado em 2011, no Teatro Cláudio Barradas e na Praça da República, em Belém do Pará, "Quem vai levar Mariazinha para Passear", a obra audiovisual da Desabusados Cia, estreia nesta quarta, 11, às 19h, no Sesc Boulevard. Entrada franca.

A antiga simpatia da bonequinha de papel que tem o poder de cessar chuvas e trovoadas serviu de inspiração para o curta que acaba levando o espectador para uma viagem pelos mitos da Grécia Antiga, onde havia uma princesa chamada Psiquê que era tão linda que os homens começaram a comparar sua beleza com a de Afrodite, a Deusa do Amor. Esta, sentindo-se afrontada, planeja destruir Psiquê, enviando-a para que se case com um monstro feroz. 

A deusa também manda seu filho Eros, o cupido, até o rochedo onde Psiquê espera resignada por seu destino, para que a faça apaixonar- se pelo monstro. Porém, Eros, o Deus do amor, ao ver Psiquê, se encanta com tamanha beleza e se apaixona por ela, levando-a para seu palácio e dando-lhe tudo que ela queria ter, menos o direito de ver o seu rosto. 

O roteiro, assinado pela atriz e produtora Ester Sá, foi um dos 13 selecionados para a produção audiovisual, dentre mais de 600 projetos enviados ao Ministério da Cultura no Edital Curta Criança do MINC/TV Brasil, em 2010.  Adaptação do espetáculo homônimo que conta esta mesma história, encenada pela Desabusados Cia, o curta é o primeiro trabalho audiovisual da Desabusados Cia.

“Foi um desafio, mas confesso que isso dá até um gostinho especial de olhar agora e dizer ‘olha’, conseguimos!  Nos lançamos ao desconhecido, com a coragem e o frisson da aventura, pois da companhia, só o André Mardock já trabalhava com o audiovisual, mas também foi sua primeira direção. Creio que conseguimos um bom resultado, hoje olhamos o filme com orgulho de tudo que ele foi como processo, e é como resultado”, diz Ester Sá. 

“Tivemos a parceria de profissionais que foram importantíssimos para essa caminhada, e nem é bom citar nomes pois foram muitos...mas poderíamos ressaltar a figura do Andrei Miralha, que assina a direção de animação, ele abraçou o filme, somos gratos pela amizade e parceria de tantos, pois acreditamos no trabalho da arte feito com e por amor, e se conseguimos isso na equipe que está fazendo, isso vai para o resultado e chega nas pessoas”, continua.

O filme utiliza a mesma estrutura de personagens narradores do espetáculo, que nasceu bem antes, em 2006. Os anjos 001 (Ester Sá) e 002 (Maurício Franco) descem à Terra curiosos por conhecer os homens. Eles iniciam a brincadeira manipulando personagens recortados em papel, que logo em seguida ganham vida própria e conduzem o espectador para seu universo fantástico.

Ao se jogarem do céu, os anjos caem dentro de um teatro em Belém do Pará e quando olham pela janela, há chuvas e trovoadas.

Para tentar fazer com o temporal passe, e eles possam sair, os anjos fazem uma Mariazinha de papel, e prometem que se ela conseguir cessar a água que está caindo do céu, eles a levarão para passear.  Mas a chuva demora e eles se divertem fazendo outros bonecos de papel, retratando a história de Eros e Psiquê.

A opção pelo papel para personagens e cenários vem do elo com a boneca Mariazinha, o que dá ao trabalho unidade estética e conceitual. “O papel é um material muito próximo ao dia-a-dia da infância. A ideia é instigar as crianças com esta visualidade, permitindo que ela brinque de construir suas próprias histórias”, conclui Ester Sá.

Além da direção de André Mardok, o filme conta a direção de arte de Aníbal Pacha e figurino assinado por Maurício Franco. A maquiagem é de Plínio Palha, a direção de fotografia, de Marcelo Rodrigues; a direção de produção, de Luciana Medeiros e Cristina Costa, além da composição e efeitos, de Thiago Souza; a finalização de som, de Leo Bitar e a trilha sonora original e sonoplastia, de Fabio Cavalcante. A preparação de ator foi de Adriano Barroso e a edição, de Robson Fonseca, mas a ficha técnica é bem maior.

Tem ainda, entre outros, o som direto de Mário Ribeiro, Maquinária Produções (Anderson Conte e Marcus Leal Sapinho), a continuidade de Luciano Lira, o eletricista Aldo Lima e na assistência de direção Lucas Escócio e os assistentes de produção Paulo Ricardo Nascimento, Andrea Rocha e Sandra Perlin.  A maquiagem é de Plínio Palha, com assistência de Nara Reis, na arte Cláudio Bastos e Malu Rabelo (assistentes), Ribamar Oliveira (cenotécnico), a costureira Cláudia Silveira e os estagiários de fotografia Marina Mota e Mateus Moura, e de arte, Malu Rabelo.

Serviço
Curta de animação "Quem vai levar Mariazinha para Passear?". Estreia dia 11 de junho, às 19h, no Sesc Boulevard - Av. Boulevard Castilho França, em frente a Estação das Docas. O espetáculo, homônimo, que deu origem ao curta fica em cartaz nos dias 15 e 22 de junho, às 11h. Tudo tem entrada franca.

8.6.14

The Tump é banda de rock sem riffs de guitarra

Eles São loucos por contrabaixo e fazem música "do jeito que dá", utilizando apenas sintetizadores, contrabaixos e aplicativos de celular.  Alex Lima e Bárbara Lobato formam a  The Tump, trazendo um som de "batidas dançantes e baixos poderosos", influências de grupos como New Order, The -B52s, The Cigarretes, Stone Temple Pilots, entre outros. Ainda não viu? Então anota. Hoje, às 13h30, a dupla é uma das atrações da programação de inauguração da loja Discosaoleo.

A guitarra é praticamente sinônimo de rock’n,roll, mas este instrumento não integra a carpintaria instrumental das composições autorais que a banda vem distribuindo e divulgando pela internet. Parece que o fator inusitado tem dado certo, e a dupla vem se apresentando em diversos festivais organizados em Belém. 

É difícil mesmo de pensar em uma banda de rock sem os solos de guitarra e até dizem por aí, que todo baixista é um guitarrista frustrado... É verdade?  “São as más línguas (risos)”, brinca Bárbara. “Os guitarristas, normalmente, (com varias exceções, claro) são chatos (risos). São exagerados, sempre aumentam “só um pouquinho” os volumes... (risos)”, continua ela, se divertindo. Mas o que no início era uma “zoação”, depois se tornou “um lance ideológico (risos)”, afirma ela.

A The Tump teve origem em 2012, com o objetivo de fazer apenas gravações caseiras e disponibilizá-las na internet. As primeiras músicas foram gravadas ainda em Peixe- Boi (PA), cidade da Bárbara. “Não sabíamos que estávamos fazendo ‘algo novo’. Pra gente, era mais uma banda de ‘rock’, fazendo ‘rock’, como tantas outras por ai”, diz a baixista.

“Só depois de um tempo é que começamos a divulgar na internet, para os amigos e a nos inscrever em festivais, pra ‘divulgar o som’, segundo o Alex, ‘rodado’, na cena rock local. E foi um susto quando os e-mails começaram a chegar, indicando que havíamos sido selecionados. Foi legal! (risos)”, continua.

A The Tump foi selecionada para o Grito Rock de Belém (também este ano), Cuiabá e Castanhal, além de ter participado das Seletivas Se Rasgum e do Rock Rio Guamá, e também foi finalista do CCAA Fest, tudo em 2013. “Foram experiências incríveis. A Seletivas do Se Rasgum, em 2013, foi a primeira vez que tocamos  em Belém. Para nós, um evento de ‘grandes’ bandas”, comenta Bárbara.

Além de Bárbara (contrabaixo/ voz) e Alex (contrabaixo/ voz), a The tump conta Paulo Evander (programações). Pergunto se há possibilidades de convite a participações, não sendo de um guitarrista, claro... 

“Então... (risos), deixamos fluir.. Não descartamos o lance de  fazer participações... Desde que o ‘participante’ encare nossa onda. Estamos felizes assim, fazendo, como diz o Alex,  a nossa ‘grande sacanagem dançante’, reforça a contrabaixista.

Morreu - É fácil encontrá-los no facebook, onde assinam Bárbara Morreu e Alex Morreu. Qual é a brincadeira, quero saber. “O sobrenome ‘Morreu’ foi roubado de um cara chamado ‘Fernando Morreu’, ele tem uma banda de eletro em Minas. Num momento de stress, risos, perguntei se havia problema usar e ele disse que não. Então, adotei como um ‘nome artístico’. Logo depois, o Alex. Somos um casal, ele exclamou! (risos)”, conta Bárbara. 

Bárbara era da banda “Octoplugs” e Alex, integrou a “Destruidores de Tóquio”. Ela é de Peixe Boi, ele de Capanema. “Mudamos há pouco tempo pra Belém. Estudos, trabalhos e afins. O Alex já viajou bastante, circulou bastante por festivais, eu também já toquei em alguns festivais, com a minha antiga banda”, diz Bárbara.

Os dois se conheceram casualmente. “Eu estava tocando  com  minha antiga banda, na cidade da Bárbara. Ela foi assistir.  Ao final do show, ela me cumprimentou e pediu que eu desse um desconto na compra de um disco. E eu não dei! (ela carrega essa mágoa, nem entendo, até hoje, porque fiz isso – risos). 

Nos encontramos muitos meses depois nos palcos. Bárbara já havia se tornado vocalista da única banda de rock de sua cidade. Por motivos semelhantes, algum tempo depois, saímos de nossas bandas e a Bárbara propôs montar uma dupla”, conta Alex. “Sem guitarristas , né? Rimos, e daí surgiu a The Tump”, arremata o baixista.

Desde então eles fazem música “adoidado”. Muitas vezes em plena madrugada, como surgiu uma das composições mais recentes “Lucine”. “Não nos prendemos a nada. Acordamos em dias de folga e fazemos música. Normalmente, Alex faz uma bateria, ligamos os instrumentos e começamos a tocar. De repente, e não mais que de repente,  Alex faz uma melodia base, eu faço os riffs /“pianinhos” , letra e melodia vocal. Um dia de gravação.  E bum! Musica nova no soundcloud (risos)”, manda Bárbara.

Para eles estar nesta cena rock, fazer música independente em Belém, não é coisa fácil. “É difícil fazer musica independente, em qualquer parte do país, todos sabemos. 

Em Belém é igualzinho. Faltam espaços, falta apoio, falta estrutura, mas o que nos assustou um pouco foi a desunião entre os músicos (há exceções), uma espécie de competição, que a gente ainda não entendeu muito bem. E prefere continuar  sem entender”, diz Alex.

Assim, a The Tump vai compondo e entre as músicas que Alex e Bárbara mais curtem, citam “Diasepan”, “Inferno Particular” e “Made in Veja”. “Não pensamos muito no futuro (bem clichê). Queremos continuar tocando em festivais, fazendo nosso sonzinho, e o que acontecer, em consequência disso, sei lá, será lucro (risos)”, diz a dupla.

Atualmente, além das breves tocadas em Belém, a The Tump está se articulando para fazer alguns shows fora do estado. “Vamos lançar material físico muito em breve, e vamos continuar gravando nossos sons e disponibilizando os para download na internet”, concluem.

Onde ouvir - A The Tump toca hoje, às 13h30, na inauguração da loja de discos do Leo Bitar, a Discosaoleo, espaço para quem curte um som em e de Belém. Tô indo lá pra ver, anotem o endereço: Travessa Campos Sales, 268, no bairro da Campina. A programação começa às 11h30, com a banda Zeromou e às 13:30, com - The Tump. Em seguida, às 15h30, tem Molho Negro e às 17h30, Ana Clara.