29.11.13

Mais tempo pra inscrever projetos no Oi Futuro

O prazo de inscrições agora vai até 12 de dezembro para iniciativas de todas as regiões e áreas artisticas, incluindo mobile art. Também serão selecionados projetos voltados para a programação dos centros culturais Oi Futuro, no Rio e Belo Horizonte. 

O destaque desta edição é o foco em projetos que utilizem a tecnologia de forma inovadora, com a criação da categoria Mobile Art (arte feita para dispositivos móveis como celulares e tablets) e também a valorização de projetos que prevejam a produção de conteúdos digitais integrados, favorecendo a circulação da produção cultural brasileira e a democratização do acesso à cultura.

Podem se inscrever iniciativas das categorias Artes Cênicas, Artes Visuais, Audiovisual, Cultura Popular, Dança, Intermídia (convergência de linguagens), Música e Pensamento, além de Tecnologia e Novas Mídias (criação de jogos eletrônicos e aplicativos culturais) e, novidade no Edital deste ano, a categoria Mobile Art (produções artísticas e interativas à distância que se valem de dispositivos móveis como celulares, tablets e outros aparelhos com conexão sem fio).

O resultado será divulgado no site do Oi Futuro, em data a ser definida. Desde sua primeira edição do edital de patrocínios da Oi, a seleção é orientada para estimular novas linguagens artísticas, apoiando criações que promovam o cruzamento entre arte, ciência e tecnologia e a convergência de meios, e valorizar projetos mobilizadores de público e que fomentem a formação de plateias, dialogando especialmente com o público jovem.

Além disso, o edital seleciona projetos artísticos para se apresentarem nos três centros culturais do Oi Futuro (dois no Rio e um em Minas Gerais), que receberam em 2012 cerca de 240 mil visitantes. Entre as exposições realizadas este ano estão, por exemplo: Expo® Godard, Universo Bordallo Pinheiro e FILE, no Rio, e Fluxus e Videoarte 2013, em Belo Horizonte, além de projetos musicais como o Festival Novas Frequências e o Levada Oi Futuro, e de peças de teatro de sucesso como “Edukators” e “Cine Monstro”.

Serviço
As inscrições podem ser feitas por meio do site www.oifuturo.org.br. O instituto de responsabilidade social da Oi disponibiliza o número de telefone 0800-0300805, para esclarecimentos de dúvidas dos produtores e artistas, também interessados, de segunda a sábado, das 9h às 21h.

27.11.13

Waldemar Henrique vira palco de formatura

Não estranhe. É uma formatura recital, reunindo alunos do Bacharelado em Música da Fundação Carlos Gomes/Uepa. Músicos talentosos e atuantes no cenário da música na cidade, eles vão apresentar resultado de suas pesquisas na área de arranjo e composição. Vai ser show! Dia 5 de dezembro, 20h, no Teatro Waldemar Henrique. 

Quando cria, o compositor se liberta. Manipula sons que fazem a música pulsar. Tece uma arte feita de ideias, texturas e ritmos. O arranjador interpreta, com uma liberdade outra dá vida e a própria personalidade à canção. Brinca, redefine, reinventa. É isso que vivem e experimentam concretamente os músicos Augusto César Meireles, Leonardo Venturieri, Marcelo Fernandes (Marcelo Pyrull), Hezir Pereira e Luis Balieiro. 

Alunos do Bacharelado em Música, com habilitação em Arranjo e Composição, eles integram a terceira turma do curso, realizado pela Fundação Carlos Gomes em parceria com a Universidade do Estado do Pará, que assumiram um desafio maior. Querem realizar a partir desse festival, um Festival de Composição. Tomara que dê certo!

“Será um festival de cunho contemporâneo com ciclos de estudos, master class e apresentações com premiação, etc. A cada ano um compositor paraense será homenageado. É uma excelente oportunidade de conhecer o outro lado da moeda”, comenta Marcelo Fernandes, que dividiu durante quatro anos a sala de aula com a agenda de shows da banda Arraial do Pavulagem, onde assume a guitarra. 

Por enquanto, o Festival é um projeto embrionário, pois o foco do momento é a formatura, quando as composições e arranjos desenvolvidos ao longo do período serão avaliados por uma banca de professores.

Para Hezir, compor é criar algo novo sem existir nada. "Arranjo é criar algo novo no que já está escrito. O prestígio depende do trabalho, isso sim posso dizer que, em Belém, não existe trabalho para nós dessa escola de composição de Belém. Acho que falta divulgação formal e informal. Em Belém, quase não temos bandas sinfônicas ou muitas orquestras pra escrever. Temos que tomar esta atitude sozinhos. Nosso recital vai ser um marco de divulgação das nossas possibilidades profissionais pra trabalhar com qualquer que seja o publico, seja coral, quartetos, quintetos”, defende o compositor.

Policial militar, Hezir começou aos 13 anos de idade, de forma autodidata, os estudos musicais. Aos 15, 16 anos, tocava violão, guitarra e baixo. Depois partiu para os sopros. E foi tocar em grupos de música como saxofonista e guitarrista. Em 2010, resolveu se redefinir como profissional. Entrou para o curso superior em Música da Fundação Carlos Gomes. “Na verdade o que aprendi hoje, eu já fazia, porém não sabia que era”, comenta. E havia a necessidade. “De ter uma formação comprovada para valorizar meus talentos como arranjador e compositor. Claro que também quero entrar no mercado de trabalho, entre outras coisas que o certificado me proporcionará”, avalia.

O momento também é de balanço para os formandos. Tempo de recordar conquistas, encontros e aprendizados. “Música é uma atividade inerentemente coletiva, entretanto sua escrita, sua factura é muito pessoal. Estudar a música e a técnica de compositores como Debussy, Stravinsky e outros de tendências mais contemporâneas é um privilégio imenso. É um passeio pelos períodos da história da música, onde nos debruçamos com minúcias às obras dos grandes compositores. Analisar suas composições e agregar conhecimento às nossas potencialidades criativas é um presente”, avalia Marcelo.

Serviço
Recital de Formatura Bacharelado em Música da Fundação Carlos Gomes\Uepa - Habilitação em Arranjo e Composição. Dia 5 de dezembro, às 20h, no Teatro Waldemar Henrique. Entrada Franca.Apoio Fundação Cultural do Pará Tancredo Neves.

Fé Cênica de volta a Belém com dois espetáculos

A Cia de teatro, que atua em São Paulo, está aqui pela segunda vez, este ano, para apresentar dois espetáculos no Sesc Boulevard, "Lendas, Para Que Te Quero!”, em sessões neste sábado, 30, e domingo, 1º de dezembro, sempre às 11h; e “Fogo Cruel em Lua de Mel”, que inicia temporada nesta sexta-feira, 29, ficando em cartaz até domingo, às 20h30. Tudo entrada franca.

O público adulto temo nova oportunidade para ver “Fogo Cruel em Lua de Mel”, peça escrita por Nazareno Tourinho, situada na noite de núpcias de Gil e Elza, que se casaram após onze anos de namoro.  O que poderia ser uma noite de amor acaba se tornando o momento em que as personagens discutem as diferenças de personalidade.

Um incêndio no hotel e a possibilidade da morte fazem com que Elza e Gil revejam os seus valores, o que muda o rumo de toda a peça, com final surpreendente. Com muito humor, o texto de Nazareno Tourinho provoca reflexão sobre a brevidade da vida e a maneira como as pessoas administram seu tempo e sonhos. Esta montagem já foi apresentada pelo grupo, em Belém, no primeiro final de semana deste ano em somente duas sessões.

Em São Paulo, a peça esteve em cartaz em diversos teatros desde o ano de 2007. “Gostamos de manter nossas montagens por períodos longos, acreditando que, assim, podemos amadurecer nosso trabalho. É a primeira montagem do grupo e sentimos muito carinho pelo autor Nazareno Tourinho, que sempre foi parceiro”, diz Claudio Marinho, diretor da peça, que tem no elenco os atores Viviane Bernard e Geraldo Machado.

Já o público infantil vai curtir “Lendas, Para Que Te Quero!”, que conta a história de Apoema, um pequeno índio que se isola numa floresta e recebe a missão de manter viva na memória das pessoas as histórias da mitologia amazônica. O texto, escrito pelo paulistano Geraldo Machado, reúne personagens conhecidos, como a Mãe D’água e o Curupira. 

Lendas da Amazônia - Para criar a peça, o autor incluiu personagens que poucas pessoas ouviram falar: Poré, o pai dos raios e trovões; Querpimanha, a mãe dos sonhos, são alguns personagens que mostram traços da cultura brasileira e estão na trama. 

Apoema não se sente apto para assumir as tarefas dos adultos em sua tribo e, por isso, decide se isolar na floresta. Ele cresce na mata, sem se dar conta, e continua com atitude infantil, até que recebe a visita de Querpimanha, a mãe dos sonhos.

Querpimanha propõe uma missão para Apoema, que precisa recuperar um pote onde ela guarda todas as lendas e que foi levado por Poré, o pai dos raios e do arco-íris. “Apoema vive uma aventura, encontra diversos personagens do lendário amazônico e descobre, na superação de cada desafio, que tem a missão de proteger as lendas do esquecimento”, explica Geraldo Machado, que é criador da Cia Fé Cência ao lado do paraense Claudio Marinho, que dirige e atua na peça infantil.

Para trabalhar na peça, o ator recorreu às recordações de infância, fase em que visitava com frequência a casa da avó Guiomar Marinho, localizada no meio de uma floresta no município de Peixe-Boi. “Não havia energia elétrica e nem outras crianças para fazer companhia. A brincadeira predileta era fazer cocar com penas de patos e galinhas e entrar na mata sozinho, como se fosse um índio. Sumia no mato, colhia frutas e entrava no igarapé. Era tudo muito normal”, conta Claudio, que divide a cena com Viviane Bernard e Geraldo Machado.

Para atuar e dirigir ao mesmo tempo, Claudio tem a parceria de Sonia Lopes, conhecida em Belém por seus trabalhos de iluminação cênica. Na peça “Lendas, Para Que Te Quero!”, além de assinar a iluminação, Sonia faz também assistência de direção. “Convidamos a Sonia Lopes para vir à São Paulo e participar do processo criativo. É fundamental ter alguém para olhar de fora e discutir sobre as cenas, já que fico no palco o tempo inteiro. Temos muita cumplicidade e conversamos sobre este projeto há mais de um ano”, comenta. 

Fichas Técnicas 

Fogo Cruel em Lua de Mel
Texto: Nazareno Tourinho
Elenco: Viviane Bernard e Geraldo Machado
Cenário: Sandra Rodrigues
Sonoplastia: Oiram Bichaff e Edu Gomes
Operação de som: Sergio Alexandre Nunes
Iluminação: Sonia Lopes
Figurinos: Viviane Bernard
Design gráfico: Reinaldo Elias
Ilustração: Arnaldo Menezes (Puga)
Fotos: Brends Nunes
Produção local: Sue Pavão
Direção de produção: Claudio Marinho e Geraldo Machado
Direção: Claudio Marinho

Lendas, Para Que Te Quero! 
Texto: Geraldo Machado
Elenco: Viviane Bernard, Claudio Marinho e Geraldo Machado
Assistência de direção e iluminação: Sonia Lopes
Cenários virtuais e animação: Alê Bocci
Música original: Claudio Hodnik
Operação de som e fotos para programa: Sergio Alexandre Nunes
Figurinos: Viviane Bernard
Design gráfico: Reinaldo Elias
Produção local: Sue Pavão
Direção de produção: Claudio Marinho e Geraldo Machado
Direção: Claudio Marinho

Serviço
A peça “Fogo Cruel em Lua de Mel” será apresentada nos dias 29 e 30 de novembro e 01 de dezembro, às 20h30, no  SESC Boulevard (Boulevard Castilho França, 522/523, em frente à Estação das Docas).  A peça infantil “Lendas, Para Que Te Quero!” será apresentada no mesmo local, nos dias 30 de novembro e01 de dezembro, às 11h. Entrada franca. Informações: (91) 3224-5305/ (91) 3224-5654.

Começa a III Conferência Nacional de Cultura

A III Conferência Nacional de Cultura começa nesta quarta, 27, em Brasília, com participação de dois mil delegados, convidados e observadores. Até o dia 1º de dezembro, representantes da sociedade civil (quase 70% dos inscritos) e dos 26 estados e Distrito Federal estarão concentrados no Centro de Convenções Brasil 21, para deliberar sobre centenas de propostas oriundas de todo o Brasil

O objetivo é oferecer ao Ministério da Cultura (MinC) uma linha de condução das políticas públicas, definida e acordada com a sociedade civil, as discussões sobre os temas a serem tratados na III CNC foram iniciadas em julho deste ano e resultaram em 1.395 propostas.

As proposições são resultado de 27 Conferências Estaduais que, em suas esferas, definiram as prioridades de proposições vindas de mais de 3,5 mil Conferências Municipais e 34 Conferências Livres – organizadas pelos mais variados âmbitos da sociedade civil e do poder público. O conjunto de reivindicações está pautado pelo tema central da III CNC, "Uma Política de Estado Para a Cultura: Desafios do Sistema Nacional de Cultura (SNC)". A edição anterior, em 2010, reuniu propostas de 3,2 mil cidades.

O Pará está representado pelos delegados que foram votados nos encontros regionais e que irão defender agora as propostas que saíram do Encontro Estadual, realizado em setembro deste ano, em Belém. 

Entre as reivindicações está a tão aguardada criação ou regulamentação do Fundo Estadual de Cultura com caráter permanente e com destinação de, no mínimo, 1,5% do orçamento estadual para a cultura. Mas está é apenas uma entre as diversas propostas divididas nos quatro eixos definidos como: Implementação do Sistema Estadual de Cultura, Produção Simbólica e Diversidade Cultural, Cidadania e Direitos Culturais e Cultura e Desenvolvimento. Saiba mais, aqui.

Além dos impactos da Emenda Constitucional nº 71, de 2012, que instituiu o SNC na organização da gestão cultural e na participação social nos três níveis de governo, outros quatro eixos temáticos estarão em pauta na Conferência: implementação do SNC; produção simbólica e diversidade cultural; cidadania e direitos culturais; e cultura como desenvolvimento sustentável.

Américo Cordula (MinC)
Consolidação do SNC - A implementação do SNC é a meta número 1 do Plano Nacional de Cultura, que prevê sua institucionalização em 100% das Unidades da Federação e em 60% dos municípios. 

Mais de 2,1 mil municípios e 26 unidades da Federação já aderiram ao SNC desde sua implantação, em 2012. A expectativa, segundo o secretário de Políticas Culturais do Ministério, Américo Córdula, é ampliar esse número depois da Conferência.

"A adesão ao SNC organiza os municípios, favorece a melhoria da gestão e a fiscalização dos recursos públicos. A adesão ao SNC é uma das premissas básicas para atingirmos as metas do Plano Nacional de Cultura", reforça referindo-se às 53 proposições, instituídas em 2011, para serem cumpridas até 2020, e que irão nortear as discussões dos grupos de trabalho durante a Conferência.

Memória - A última Conferência Nacional de Cultura priorizou 32 diretrizes para as políticas públicas do setor. Essa terceira edição trará um balanço de implementação do SNC, das metas do Plano Nacional de Cultura e a participação social, no único painel de conferencista previsto para todo o evento, que ocorrerá na tarde do dia 28. Os quatro dias de discussão, após a abertura, serão marcados por ambientes de debates entre as delegações. Quase 70% dessa plenária será formada por representantes da sociedade civil.

Durante os cinco dias de evento haverá ainda uma ampla programação cultural na Funarte, com exposições fotográficas, apresentações artísticas e musicais, além do palco Território Livre (aberto a quem quiser mostrar seu trabalho) e da Feira de Artes e Culturas, que reunirá estandes com representações dos estados brasileiros, para venda de artesanato, livros, CDs e DVDs.


(Fonte: Assessoria de Imprensa da CNC/ MINC / Publicação: ASCOM / MINC + informações da FCPTN)

26.11.13

Cultura de rua ganha espaço na Theodoro Braga

A exposição Olhar Urbano, do artista paraense Jeyson Martins, integra novamente rua e galeria, trazendo para a Theodoro Braga um pocket show do grupo Cronistas da Rua. Nesta quarta-feira, 27, a partir das 19h. A mostra segue até dia 29 de novembro. Entrada franca. 

A exposição Olhar Urbano une duas linguagens que habitam o universo da cidade: o graffiti e a fotografia. Usando técnicas de Pinhole (fotografia artesanal) Jeyson criou câmeras a partir de latas de tinta spray descartadas por grafiteiros e com elas produz as fotos que estão expostas na Galeria Theodoro Braga até dia 29 deste mês. 

Além disso, o artista ainda faz intervenções com tinta sobre as fotos, criando um diálogo entre o efêmero e o eterno, entre luz e tinta. A estrutura vertical da câmera-lata-spray possibilita um outro formato de fotografia, que remete ao processo de verticalização da cidade. Transformações no ambiente urbano que também são impressas com tinta ao intervir nas fotografias com processos utilizados nas intervenções na rua. Criando assim, uma transgressão ao combinar elementos compor uma imagem urbana, sob a luz de uma câmera artesanal pinhole, que, assim como o graffiti, não é convencional e foge às regras.

A exposição é a chance do público conferir evolução do projeto Photograff (http://vimeo.com/48662212), desenvolvido ano passado pelo artista e selecionado pelo Prêmio Nacional de Inovação e Criatividade - Movimento Hotspot, na categoria Fotografia.


Cronistas da Rua - Foi a vontade de expor ideias novas, vivências, devaneios e entre outras formas de exprimir a arte e transformá-la em poesia que surge em 2011, o grupo Cronistas da Rua. Urbano. O  linguajar da terra ganhou como característica única o espaço entre a musicalidade camaleônica e o sotaque “pai d’égua” de ser. 

É esta mistura da musicalidade regional com Hip Hop, que vem completar a atmosfera urbana criada por Jeyson Martins, através do graffiti e do olhar experimental de suas fotografias com câmeras de lata de spray. 

Segundo o artista, a proposta é misturar a exposição com a musicalidade do Cronistas da Rua e assim criar uma imersão completa na cultura urbana. “A ideia foi fazer a imersão de mais uma linguagem urbana dentro do espaço expositivo e ninguém melhor que os Cronistas para isso, a essência da rua corre nas veias do grupo.” Conta Jeyson.

Idealizado por Dime (cronista), vocalista e compositor, o grupo logo ganhou um novo elemento, o beatbox Alonso Nugoli. Hoje, o projeto vem contando com a participação do DJ e produtor Proefx e com a cantora Adriana Cavalcante, além de uma banda base quando necessário. Este ano o grupo participou da Mostra Terruá Pará e também acaba de ser classificados para a final do CCAA festival.

Seu clipe Amanajé (http://www.youtube.com/watch?v=UAYXc0uZSF8), lançado mês passado, já tem mais de 2 mil visualizações no youtube. Foi gravado ao vivo no mercado de São Braz e conta com a participação da cantora paraense Adriana Cavalcante.

Serviço
Exposição Olhar Urbano - Na Galeria Theodoro Braga até dia 29 deste mês. No subsolo do Centur - Av. Gentil Bittencourt, entre Rui Barbosa e Quintino.

Aeroplano mostra ao fãs prévia do novo trabalho

Já dá pra acessar a partir de hoje, o novo trabalho da banda Aeroplano, uma prévia de seu segundo disco. O quinteto concentrou por um ano inteiro na composição e produção de “Ditadura da Felicidade”, que será lançado no início de 2014.

Escolhida como música de introdução a este trabalho, “Bazar” aponta para uma sonoridade mais ensolarada, mantendo a verve pop característica da banda, que, mesmo com a riqueza de detalhes nos arranjos, tem na melodia vocal sua principal estrutura. Produzida no estúdio Ataque da Baleia, Bazar versa sobre reaproveitar sentimentos, redescobrir sentidos e da longevidade das experiências. 

A respeito disso, Eric Alvarenga, vocalista, diz que “a dinamicidade dos nosso tempo nos faz descartar o que passa pelas nossas vidas, sejam bons filmes, livros ou músicas, ou mesmo amizades e amores, prazeres e frustrações”. Ele complementa revelando que o teor da letra fala sobre aproveitar um pouco mais o que se vive.

Ao longo de 8 anos, participações em grandes festivais, presença em coletâneas, dois EP's, um disco com distribuição nacional (Voyage, 2011 / Doutromundo Discos), videoclipe na MTv, além de uma tour pelo estado de São Paulo se acumulam na bagagem do Aeroplano. 

O quarteto faz uso de melodias pop e de efeitos de guitarras para compor climas em suas canções, colocando o Aeroplano no rol das grandes novas bandas do Brasil. As influências vem de Radiohead, Death Cab For Cute e Wilco.

Para conferir este novo trabalho, basta visitar a fanpage da banda no Facebook.

25.11.13

Prorrogadas inscrições para mostra de videodança

As inscrições para a III Mostra Internacional de Videodança na Amazônia (MIVA) foram prorrogadas até o dia 05 de dezembro, para artistas interessados em divulgar suas performances e mostras de videodança. Faça a sua, gratuitamente, e online, através do site . Acesse aqui.

As produções voltadas para mostras podem ser de curta, média e longa metragem, produzidas em qualquer ano e de qualquer nacionalidade, sendo exibidas nos dias 12,13 e 14 de dezembro, em evento que ocorre na cidade de Manaus, com mostras em outras capitais da região norte: Belém (PA), Macapá (AP), Boa Vista (RR) e Porto Velho (RO).  

Interessados em apresentar suas performances com princípio de dança e mediações, poderão apresentar ao público suas pesquisas nos dias do evento. Após a apresentação, o candidato terá espaço para debater com os presentes sobre estudos e difusão da sua pesquisa. As performances deverão ter no mínimo 3 e no máximo 15 minutos de apresentação. As obras selecionadas receberão ajuda de custo de R$ 300,00 para produção.

Videodança na Amazônia - Com bagagem cultural e sendo um dos projetos de fomento desta vertente na Amazônia, a MIVA chega em 2013 com formato de mostra não competitiva, com programação didática que une, mais uma vez, tecnologia e arte nesta modalidade que, nos últimos três anos, obteve maior expansão em número de adeptos e produção.

A ideia surgiu através de um grupo, formado por nove integrantes manauaras, denominado Difusão Digital, que em 2008, mediante a troca de conhecimento e da formação livre promoveu estudo, experimentação e produção de videodança. A mostra propõe também exibições, discussões, formações, debates sobre outras propostas audiovisuais corporais e de movimento e intervenções urbanas. A lll MIVA é patrocinado pelo Banco da Amazônia, com realização do Coletivo Difusão e Casa Fora do Eixo Amazônia.

Serviço
Para saber mais, conehça o site e as redes sociais do festival: Fan Page: http://on.fb.me/1iclpwa / Twitter: @videodancaamz / Site: videodancaamazonia.com/

Projeto mapeia documentários feitos na Amazônia

O “Amazônia Audiovisual – Representatividades Contemporâneas” pretende conhecer e analisar a produção de documentários gerada nos estados amazônicos no período de 1997 a 2010. Aprovado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazona - FAPEAM, o projeto é coordenado pelo Núcleo de Antropologia Visual da UFAM –NAVI.

O “Amazônia Audiovisual – Representatividades Contemporâneas” foi aprovado pela FAPEAM em 2012 e teve inicio oficialmente em abril de 2013 e, em dois anos, pretende realizar o levantamento e a análise das representações audiovisuais sobre a Amazônia, no período de 1997 a 2010, produzidas em filmes documentários realizados em seis estados da região Norte (Amazonas, Pará, Amapá, Roraima, Acre e Rondônia). 

Para a coordenadora do NAVI e do projeto, Profa. Dra. Selda Vale, a importância da pesquisa está “exatamente em tentar compreender como a Amazônia – uma das regiões mais documentadas no país e no mundo – se insere nesse ‘boom’ que vive o cinema brasileiro na produção do filme documental. Percebemos que somente agora, no século 21, é que documentários amazônicos ganharam uma dimensão nacional, participando de mostras e festivais. É este sinal que pretendemos mapear e analisar, tentando compreender que Amazônia vem se configurando neles.”

Em cada estado, foi estabelecida uma parceria com pesquisadores/produtores, que assumirão a representação do projeto em nível local e estabelecerão. E cada realizador de documentário poderá fazer a inscrição de seus filmes individualmente através do site www.amazoniaav.ufam.edu.br, buscando o formulário de inscrição e preenchendo-o. No Pará, a representante é a cineasta Jorane Castro. 

Além do levantamento e mapeamento dessa produção, o projeto visa ainda compreender os tratamentos que ganharam os temas escolhidos, os contextos de produção, incluindo incentivos e patrocínios, as trajetórias dos realizadores, suas formações, as formas de distribuição e exibição. 

Jorane Castro, representante do Pará
Uma cartografia audiovisual - Além de uma cartografia dessa produção, a pesquisa pretende realizar uma reflexão sobre as discursividades presentes nas imagens e nos temas trabalhados. 

Que Amazônia vem se configurando nos documentários produzidos? De que forma essas informações e reflexões podem se constituir em conhecimentos valiosos para a compreensão dos processos históricos e culturais da região, neste momento de globalização? Interessa saber as condições reais dessa produção e as políticas públicas de incentivo ao audiovisual nos estados amazônicos.

O projeto tomou como ponto de partida a produção do longa-metragem “O Cineasta da Selva”, do realizador amazonense Aurélio Michiles, em 1997, e premiado no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. Sabendo que a Amazônia é uma das regiões mais documentadas do mundo, mas dominada por olhares e regimes de visibilidade externos, o projeto pretende aprofundar a análise das produções locais, visando, inclusive, apontar caminhos para um maior incentivo público.

O registro dessa memória visual constitui um documento do patrimônio cultural imaterial amazônico, que necessita ser conhecido e estudado, sobretudo nos cursos de Humanidades. O bacharelado de Cinema e Audiovisual da Universidade Federal do Pará, os departamentos de Comunicação Social de algumas universidades, como a Federal de Roraima e do Amazonas, e o curso (ainda em experimentação) de Tecnologia em Produção Audiovisual da Universidade do Estado do Amazonas são pontes que vem ligando o conhecimento à produção audiovisual.

Informações na rede - O projeto integra uma rede de pesquisadores dos estados amazônicos, que funciona online, e levantará todas as parcerias possíveis para o mapeamento da produção documentária da região, incluindo aí produtoras independentes, coordenadores de festivais, mostras e cineclubes, críticos e historiadores de cinema.  Todas as informações podem ser postadas diretamente pelos realizadores através da ficha eletrônica instalada no site www.amazoniaav.ufam.edu.br

Além do levantamento da produção e sua análise, o projeto inclui, ao final, a produção de um livro contendo todo o resultado da pesquisa e a realização de um documentário em vídeo sobre as etapas vivenciadas pelos pesquisadores. Esta não é a primeira iniciativa do NAVI na busca da integração e reflexão sobre a produção audiovisual amazônica. Desde 2006 o Núcleo promoveu cinco edições da Mostra Amazônica do Filme Etnográfico (de âmbito pan-amazônico), além de três mostras do ETNODOC e outros eventos que problematizam o audiovisual amazônico.
Serviço
Maiores contatos podem ser obtidos através do fone (92) 3305-4581, ou pelo e-mail navi@ufam.edu.br.

Curta Circuito traz dois longas a Belém do Pará

Trata-se da mostra de cinema permanente de Minas Gerais, que chega por aqui, em parceria com o Instituto de Artes do Pará, nos dias 27 e 28 de novembro, com sessões dos longas “Bróder”, de Jeferson, e “Tostão – A Fera de Ouro”, de Paulo Laender e Ricardo Gomes Leite, sempre às 19h. As apresentações serão seguidas de conversas com os realizadores Daniela Fernandes e Cláudio Constantino, responsáveis pela Mostra, além do ator Jonathan Haagensen, do filme “Bróder”.

Idealizado em 2001 por realizadores mineiros unidos na Associação Curta Minas/ABD-MG, e realizado pela Mascote desde 2011, o Curta Circuito – Mostra de Cinema Permanente, visa a formação qualificada de público e do encontro desse com a produção audiovisual mineira e brasileira. Seu formato garante o acesso dos filmes à telas de cinemas, centros culturais, espaços multimídia, seja em Belo Horizonte ou em cidades do interior do estado mineiro, e a partir de 2013 passa a contribuir nessa ação em outros estados do Brasil, sendo o Pará o primeiro a receber a mostra.

Diferente dos eventos tradicionais de mostras de cinema, o Curta Circuito mantém uma programação não condensada em torno de 10 dias, mas sim distribuídas ao longo de 10 meses, justificando assim o caráter “permanente” de exibição, sempre gratuita, da produção audiovisual nacional.

De acordo com Cláudio Constantino, um dos produtores da Mostra, uma das características do projeto é a “ousadia” de propostas que na realidade refletem o desejo de diminuir as distâncias, “não apenas as físicas, geográficas, que existem em tão diverso Brasil, mas aquelas também que são do brasileiro com sua arte”, explica. 

Para o produtor “ir ao norte do país nada mais é do que promover o encontro dos sotaques, da nossa cultura, daquilo que difere e que ratifica a existência individual, que estabelece uma ação a mais para que exista a identidade nacional”.

Esta é a primeira vez, em 12 anos, que o projeto sai de Minas Gerais. Ao lado de Belém, as demais cidades que recebem a edição 2013 do Curta Circuito são: Belo Horizonte, Montes Claros e Araçuaí, todas mineiras.  Para os realizadores da mostra, essa vinda ao Pará “significa dizer que queremos contribuir para um diálogo maior entre o Pará, seus realizadores, públicos, agentes, sociedade, para com Minas Gerais, com o Brasil”.

Serviço
O Instituto de Artes do pará fica na Pça Justo Chermont, ao lado da Basílica de Nazaré. Sessões com início às 19h, entrada franca.

22.11.13

Conexão Dança Curimbó apresenta "Fader"

Depois de imergir na cultura Amazônica, selecionar interpretes e ensaiar com o grupo já definido, o Conexão Dança Curimbó apresenta no Teatro Waldemar Henrique, neste sábado, 23, às 20h, e no domingo, 24, em duas sessões às 18h e 20h, o espetáculo “Fader”.

É a primeira coreografia que integra a montagem final do projeto que será mostrada em 2014. Nesta etapa, a direção coreográfica é da israelense Maya M. Carroll, que está em Belém há quase um mês realizando o trabalho, que traz a fruição dela própria sobre a cultura amazônica, além das vivências de cada um dos interpretes envolvidos. Em cena, performance, teatro, dança se confundem e misturam-se entre sons de tambor e outros vindos do âmago dos artistas. 

Tendo como foco a cultura do curimbó, o projeto foi contemplado com o Prêmio Funarte Petrobrás de Dança Klauss Vianna 2012 e prevê até 2014, a participação de mais duas coreógrafas, Nina Dipla, que vem da Grécia, mas que hoje reside em Paris, e Minako Seki, uma japonesa radicada em Berlin.

Fader é uma das três partes coreográfica que irão compor a montagem final uma montagem que será apresentada no ano que vem, trazendo olhares amazônicos e estrangeiros. Durante o período em que as coreógrafas estão em Belém, elas passam por imersões no universo cultural da região, sendo levadas pela equipe do projeto a conhecer a região do salgado e as origens do curimbó.

A ideia é que cada um seja guiadas, ainda, pelo olhar de três artistas convidados: Miguel Chikaoka (Fotógrafo), Alexandre Sequeira (Artista Plástico e Fotógrafo) e Edson Santana (Músico). 

Foi assim com Maya, que teve oportunidade de navegar pela região ribeirinha da cidade e participar de uma roda de carimbó, entre outras ações realizadas em prol dessa imersão.

Para compor o elenco de Fader, após a seleção feita em edital, cerca de 30 interpretes participaram do workshop ministrado por Maya M. Carroll, na Escola de Teatro e Dança da UFPA, que selecionou a artista Marina Trindade (Grupo Projeto Vertigem). Também estão nesta coreografia, os integrantes da Cia de Investigação Cênica – Danilo Brachhi (diretor do projeto), Marluce Oliveira, Ícaro Gaya e Milton Aires - e os interpretes convidados Andrea Torres (Utopia Cia/PA), Michele Campos (Cia de Teatro Madalenas/PA), e Patrick Mendes (Grupo Teatro que Roda/GO). A percussão, que não poderia faltar é de Edson Santana.

A iniciativa é da Companhia de Investigação Cênica, que completa cinco anos de atuação na cidade de Belém/PA, acumulando premiações que lhe permitem dar continuidade a um trabalho focado na pesquisa e na experimentação cênica ligada às diversas linguagens artísticas. 

Novidades - O projeto Conexão Dança Curimbó recebeu mais de 60 inscrições, feitas através de edital, aberto para toda região norte.

“Ainda foi tímido o número de inscrições, mas a expectativa é que esse número aumente, porque a repercussão do primeiro workshop de Maya M. Carroll foi muito positiva”, diz Danilo.

“Os intérpretes escolhidos se sentiram contemplados e alguns deles já estão automaticamente selecionados para o Workshop de Nina Dipla, mas acredito que abriremos outra convocatória”, continua o diretor geral do projeto. O objetivo é reverter a defasagem que ainda existe na Região Norte, em relação às novas linguagens em dança contemporânea. “Pretendemos compartilhar e fazer intercâmbio com outros coreógrafos nacionais e internacionais para reforçar isso”, finaliza Danilo.

Sobre a coreógrafa - Maya M. Carroll vive e trabalha em Berlim. Em 2004 ela formou o The Instrument Corpori junto com Roy Carroll. 

O trabalho da coreógrafa apresenta narrativas que evoluem a partir e através do movimento, do detalhamento de imagens e da musicalidade. Maya tem grande interesse na interação entre realidade e fantasia, e na reflexão acerca da radicalidade da condição humana frente à solidão, aos impactos ambientais e às relações interpessoais. 

Nos últimos quatro anos, seu interesse por composição coreográfica instantânea/improvisação vem se desenvolvendo tanto na prática quanto na teoria, tornando-se parte significativa de seu processo de criação e integrando-se a suas coreografias e performances. Outras inspirações para seu trabalho com movimento são o espaço, o som, a ressonância, a imaginação e a poesia. 

Ficha Técnica

Direção Projeto: Danilo Bracchi
Direção de Produção: Tainah Fagundes
Produção: A Trama e Três Cultura Produção Comunicação
Coreografia: Maya M. Carroll
Direção Musical: Roy Carroll
Elenco: Danilo Bracchi / Milton Aires / Icaro Gaya / Marluce Oliveira / Michele Campos / Andrea Torres / Patrick Mendes  / Marina Trindade
Percussão: Edson Santana
Direção de Cena e Luz : Nando lima
Direção Figurino: Anibal Pacha
Vídeo: Ana lobato/ André Mardock / Marcelo Rodriguez
Canção Original: Thales Branches e Roy Carrol, com Lua Negra
Assistente de Sonoplastia: Armando Mendonça
Ensaísta Convidado: Ricardo Risuenho
Olhares: Alexandre Sequeira / Miguel Chikaoka / Edson Santana

Serviço

Conexão Dança Curimbó - Espetáculo Fader.  Apresentação da coreografia montada por Maya Carroll/Israel, nos dias 23 e 24 de novembro, sábado, às 20h, e domingo, 18h e 20h no Teatro Waldemar Henrique. Ingresso: R$ 10,00.  Mais informações: 3088.5858 e 8177.2176.  Patrocínio Prêmio Funarte Petrobrás de Dança Klauss Vianna 2012.  Apoio: MHEP – Museu Histórico do Estado do Pará, ETDUFPA – Escola de Teatro e Dança da UFPA, Clínica Diogo Bonifácio, Mapinguari Designer, ICA – Instituto da Ciência da Arte – UFPA. Realização: Trama. Produção: Trama e Três – Cultura Produção Comunicação.

Fotos: Marcelo Rodrigues

21.11.13

Mestre Solano lança CD com convidados especiais

A beirada de rio em Belém do Pará vai receber mais uma grande atração na noite de hoje. Mestre Solano lança o 17º disco, “O Som da Amazônia”, com patrocínio Natura Musical.  O novo álbum será celebrado com um show gratuito no anfiteatro São Pedro Nolasco, da Estação das Docas, quando o músico dividirá o palco com a cantora Aíla, que assina a direção artística deste trabalho, e o violonista Sebastião Tapajós, que assina uma das faixas do disco.

Ele vem de Abaetetuba, no nordeste paraense, distante 60 quilômetros da capital, Belém. Foi comseu talento que ele ultrapassou as fronteiras de seu município e o fez ganhar o mundo com um trabalho híbrido, que traz pitadas de samba, bolero, brega e lambada, misturas de sonoridaded que valorizam ritmos amazônicos e caribenhos.

“Analisando a trajetória do Solano, vimos que faltava um disco de altíssima qualidade, instrumental, que abordasse a estética da guitarrada paraense. E ele se destaca no meio dos ‘guitarreiros’ pela criatividade e pela técnica”, diz Aíla. O mais novo álbum reúne 13 faixas - sete composições inéditas e alguns sucessos dos anos 80.

A estética sonora remete à faceta instrumental da carreira de Mestre Solano, que nunca havia sido tão explorada em um único CD. Em tempos de grande abertura para a música brasileira produzida no Pará, o disco exalta o estilo único de tocar guitarrada, desenvolvido porSolano, sempre com temas musicais pops e virtuosismo nos solos – fatores que encantaram o paulistano Arnaldo Antunes. Ele também fez sua versão de “Ela é Americana”, uma das músicas mais conhecidas de Mestre Solano e regravada por nomes como Dorgival Dantas, Alípio Martins e Aviões do Forró.

“Resolvemos que esse novo CD traria música novas, para mostrar que o talento de Solano vai muito além do hit ‘Ela é Americana’. Trabalhar com o Solano e poder difundir ainda mais a história da música feita no Pará é muito recompensador”, celebra Aíla.

“O Som da Amazônia” passeia pelas ondas sonoras do bolero, brega e guitarrada paraense, que se misturam à paisagem musical do Caribe e da Guiana Francesa. A faixa que abre o disco, homônima, traduz o desejo de apresentar ao mundo esse universo particular que é habitat natural do músico. Solano quis levar um pouco da região a todos que ouvirem a canção, em qualquer canto do Brasil, em qualquer lugar do planeta.

Já ‘Rei Solano’ é um presente de amigo - faixa inédita composta pelo músico santareno Sebastião Tapajós em homenagem ao guitarreiro, companheiro de longa data. Sebastião vem da música clássica, e se encantou pela maneira com que MestreSolano toca guitarrada, com técnica e expressividade.

Em seguida vem ‘Brinquedo de Miriti’, outra canção inédita, que reverencia a terra natal de Solano, conhecida no Brasil como a “capital do Miriti” – a fibra do buritizeiro, muito utilizada no artesanato local. É dela que nascem homens, barquinhos e bichos multicores, que encantam crianças e adultos.

Outro destaque do álbum é “As Belezas do Marajó’, que festeja a amizade entre Solano e o macapaense Manoel Cordeiro, um dos precursores da lambada, com mais de 40 anos de trajetória. “Samba do Artista” encerra a viagem musical com bom humor. A canção é uma espécie de ‘jingle’ da banda: “Para fazer a sua festa animada/ o conjunto do Solano é uma parada”. Uma boa amostra de que, do alto de seus 72 anos, Mestre Solano não perde tempo com falsa modéstia.

No encarte do álbum, Solano surge imponente dentro de uma camisa multicolorida, com seus anéis, pulseira e medalhões dourados, empunhando uma Gibson. Às suas costas, uma enorme faixa de areia pontuada por coqueiros encontra águas barrentas comuns aos rios da Amazônia. 

Só então sabemos que não, não estamos no Caribe, mas em Cuipiranga, no município de Barcarena. Lugar tranquilo, de brisa afável, onde Solano passeia sempre, toca violão e curte a família em um sítio.

O projeto desse novo álbum é idealizado pelo selo de produção 11:11 Arte, Cultura e Projetos e foi selecionado pelo primeiro edital do programa Natura Musical dedicado exclusivamente à cena paraense. “O trabalho de Mestre Solano vai ao encontro de alguns objetivos do Natura Musical. Trata-se de um dos artistas mais importantes do Pará, precursor de estilos importantes como a Guitarrada e um dos representantes da música de raiz da região”, explica a gerente de apoios e patrocínios da Natura, Fernanda Paiva.

Serviço

Show de lançamento do CD ‘Som da Amazônia’, de Mestre Solano. Local: anfiteatro São Pedro Nolasco - Estação das Docas. Horário: 20h. Participações de Sebastião Tapajós e Aíla. Entrada gratuita. Mais informações:  www.mestresolano.com

Festival Chico de Cinema recebe inscrições

A 12ª edição do Festival de Cinema e Vídeo do Tocantins (Festival Chico) está com inscrições abertas para a sua mostra competitiva. Visando a promoção do cinema e do audiovisual brasileiro e a produção de filmes com a utilização de novas tecnologias no Tocantins, o evento aceita inscrições de curtas-metragens até o dia 29 de novembro.

Serão aceitos filmes de todo o Brasil, com duração máxima de trinta minutos. Para se inscrever, o responsável pela obra devepreencher o formulário na página oficial do festival e, em seguida, deve enviar duas cópias do filme e do formulário de inscrição para o endereço que consta no regulamento.

A premiação, que será decidida por um júri técnico e um júri popular, é dividida em cinco categorias: "Tocantins", que contempla vídeos produzidos no estado de Tocantins entre 2011 e 2013, "Nacional", "Documentário Brasil" e "Infantil Brasil", para curtas-metragens brasileiros finalizados entre 2012 e 2013, e "Animação", que exibe animações produzidas em todo o Brasil, com duração máxima de quinze minutos.

Os filmes podem ser produzidos com qualquer dispositivo digital para a competição, contanto que não infrinjam a constituição, os direitos humanos e que não tenham participado das edições anteriores. A mostra acontece entre os dias 8 e 14 de dezembro na cidade de Palmas. 




Armando Sobral convida público para um papo

A ideia é falar da exposição “Caminho de Dentro”, aberta no Espaço Fórum Landi, onde também vai rolar o bate papo, nesta quinta-feira, 21, a partir das 19h. Também será lançado o catálogo de informações sobre o planejamento e realização da obra. E de quebra o público aproveita pra conferir a escultura em tempo, pois visitação à exposição, já encerra nesta sexta-feira, 22. Entrada franca.

Medindo cerca de 4 metros de altura, a obra foi realizada a partir da Bolsa Funarte de Estímulo à Produção em Artes Visuais 2012, um trabalho que levou seis meses para ser executado, contando com o auxílio técnico de profissionais capacitados para o entalhe de madeira.

“Esta equipe já trabalhava comigo, mas não com esses métodos tampouco com as escalas monumentais. Tivemos que aprender na hora, durante a execução. Chamo isto de experimental. Sem esse campo de indeterminação a obra não se realiza. Sobre a escala, sua dimensão é necessária como linguagem. O monumental provoca e impõe condições de circulação, incorpora a arquitetura”, explica o artista.

A inspiração do artista para realizar "Caminho de Dentro" partiu de uma obra já apresentada em 2010 na exposição “Barroco – Traço Infinito”. Já  a pesquisa para tornar viável e realizá-la de forma precisa, demandou testes de procedimentos variados, a partir de estudos que Armando realiza há pelo menos sete anos. As suas primeiras esculturas foram desenvolvidas em 2006, com a Bolsa de Pesquisa e Experimentação Artística do IAP, e apresentadas na exposição “Artefatos”, com peças lisas em madeira, que já chegavam a 4 metros.

Desta vez, a diferença é que em "Caminho de Dentro", o entalhe das dobraduras na madeira sugere novos desafios.

“A obra exigiu processos e métodos variados: modelagem, protótipo em gesso, análise por computação, revisão de processos escultóricos, quando necessitei empregar a motosserra, construção da forma por laminação e o enfrentamento da escala, para a compreensão de novos métodos. O trabalho tomou outra direção, passei a contar mais com apoio da tecnologia e com o emprego de novas ferramentas”, diz.

Para saber mais sobre esta jornada, chegue até o bate-papo desta noite, com o artista. Estre outras coisas, Armando vai dizer por que apesar de ter sido feita a partir de um outro trabalho, como já foi dito, "Caminhos de Dentro tem a sua própria significação. “As pessoas precisam ver, antes de mais nada. Evito dar explicações.O esforço em integrar minha própria história pessoal, familiar ao lugar onde me reconheço é a motivação maior. Ter um chão. É um caminho interior”, conclui.

Serviço
Nesta quinta-feira, 21, a partir das 19h, no Espaço Fórum Landi (Rua Siqueira Mendes, 60, Cidade Velha). Entrada franca.

19.11.13

Simone Bastos lança dois novos curtas em Belém

Cineasta paraense radicada em Florianópolis (SC), ela traz para Belém filmes ambientados nos anos 1960.  “Outonos na Alma” e  “Epílogo” ganham sessão no dia 28 de novembro, às 20h, no SESC Boulevard, com entrada franca, contando com a projeção de “X”, também de Simone, já exibido aqui em 2009, no Cinema Olympia.

“Outonos na Alma” foi inteiramente gravado em ambientes fechados, com locações em uma sala da Oficina Cultural Oswald de Andrade, em São Paulo, e dentro do bar São Benedito no bairro de Pinheiros. Já “Epílogo” teve  a maior parte das cenas gravadas em externas na vila histórica de Paranapiacaba, distrito de Santo André-SP,  construída no século XIX para abrigar os funcionários da São Paulo Railway Company, uma companhia de trens, locações sujeitas a chuva, muita neblina e em baixa temperatura. 

Inspirados no movimento Nouvelle Vague, quando jovens realizadores do cinema francês romperam com as regras aceitas pelo circuito comercial dos anos 1950 e 1960, os curtas foram realizados numa parceria entre a produtora Deroul Filmes, o grupo de teatro Cia. Fé Cênica, Locadora Elitecam e a Cafeína Produções.

A inquietação da diretora e a vontade de realizar estas produções de maneira independente seduziram os atores da Cia. Fé Cênica, grupo de teatro que atua na cidade de São Paulo. Os atores Claudio Marinho, Viviane Bernard e Gerado Machado, além de integrar o elenco dos filmes, também se dedicaram a outras funções, aproveitando habilidades desenvolvidas no teatro.

Eles dividiram tarefas fundamentais na criação dos filmes, como produção, figurinos, maquiagem, direção de arte e direção de cena. A parceria se fortaleceu mais ainda com a Locadora Elitecam e Cafeína Produções.

“O esquema de coprodução e parcerias entre as produtoras nos fortalece para realizar os projetos, além de criar equipes diversas para cada filme”, diz a cineasta que também dividiu a função de direção de produção com Anete Pitão, paraense que atua no cinema carioca.

O roteiro de “Outonos na Alma” é assinado por André Bastos, marido e parceiro de criação da diretora. Ele propõe um diálogo entre o personagem Igor, que decide ligar para Louise após anos sem um encontro. Eles conversam sobre perdas, desencontros, amores, paixões, passado e presente.

“André tem uma escrita fluida. Suas poesias e contos existenciais têm permeado toda minha carreira, desde o teatro e agora no cinema. Ter como parceiro um roteirista é essencial para a realização de um projeto”, diz Simone, que em seu filme tem os atores Viviane Bernard, Geraldo Machado e Walmir Puccini.

Os atores Claudio Marinho e Lorenna Mesquita, paraenses radicados em São Paulo, formam um casal no curta-metragem ”Epílogo”. O filme mostra a história de amor e separação de um jovem casal e apresenta a atriz mirim Gabrielly Alencar, que estreia aos cinco anos de idade.

Serviço

Exibição do curta-metragem “X” e lançamento dos curtas “Epílogo” e “Outonos na Alma”. Dia 28 de novembro, às 20h, no SESC Boulevard (Boulevard Castilho França, 522/523, em frente à Estação das Docas). Entrada franca. Informações: (91) 3224-5305/ (91) 3224-5654.

Bruno B.O. faz show e lança EP com novo trabalho

Fotos: Thiago Araújo

O EP “Floresta de Concreto” será lançado nas redes sociais nesta quarta-feira, 20, e no domingo, 24, Bruno B.O. faz show dentro do evento que comemora a “Semana da Consciência Negra”, na Praça da República, das 9h às 15h. 

Aos 20 anos de carreira, aliando o rap, o reggae e o rock, com uma visão espiritualista e ativista sobre o mundo, o MC Bruno B.O está mais atual e amadurecido, sem deixar de ser contundente. O EP, que levou dois anos para finalizar o EP, traz captações de vozes, feitas em Belém, com mixagem e masterização feitas em São Paulo.

"Floresta de Concreto” é uma obra cheia de parcerias, do jeito que Bruno sempre gostou de trabalhar, com amigos e pessoas que ele admira musicalmente. Participações como Dubalizer, Gaby Amarantos, Pjó (VN), Ralph MC e Dime do Cronistas da Rua. O EP é cheio de percussão, rap e ragga com um pouco do peso do rock e da bass culture.

Amor, compreensão, respeito, justiça e evolução espiritual. No fundo é sobre isso a nova produção de Bruno B.O, que mistura em suas canções sentimentos experenciados por ele ou pessoas próximas. Letras que falam sobre a cidade, temas meio apocalípticos e da esperança na mudança, em tom de desabafo.

“Basicamente reflete a visão de um cara que cresceu nas ruas, na periferia, e que aos poucos tentou encontrar um caminho de auto equilíbrio e positividade pra repassar mensagens de auto conhecimento e fortalecimento interno”, comenta Bruno B.O sobre o novo trabalho.

Sons periféricos e ritmos latinos - Quando Bruno B.O ouviu uma base no som do carro do amigo MC Rick D do 3º Mundo Sound System, a ideia do EP surgiu como mágica. Ele estava em busca de algo que se conectasse com uma letra que havia feito sobre a rivalidades entre pessoas da periferia, por vários motivos como pichação, torcida organizada, colégio, equipe de aparelhagem.

Depois disso Dubalizer auxiliou na construção da música, deixando-a com uma musicalidade mais periférica como o eletro melody e o reggaeton, misturando tudo isso com o dubstep, que gerou o que Bruno brinca chamando de “technorap”. 

Sobre uma das faixas ter um quê de cumbia o cantor diz que sempre ouviu sons latinos e no rap americano Sempre curtiu mais o estilo west coast, de Los Angeles, grupos como Cypress Hill e Physico Healm. “A música jamaicana é primordial no meu trabalho, Ska, Reggae, Dub, Early Reggae, Dancehall e New Roots, Orishas de Cuba, Tego Calderon, Don Omar, Calle 13, e da america latina merengue, cumbia e salsa. Tudo que é possível de escutar em piratinhas, rádios AM’s e rádios cipós da cidade”, conta Bruno B.O.

“Toda minha vida é guiada pela minha fé no amor universal, particularmente chamo de cristianismo, mas não precisa de nome para ser posto em prática. 

Acredito na minha música como mensagem positiva para construir esse amor e em mim como apenas um instrumento nessa comunicação. Espiritualidade é minha proposta no rap, pois sem um espírito fortalecido, o resto do corpo não consegue lutar no mundo social”, diz o artista.

O momento da Amazônia para o artista é o da exotização, a floresta se tornou um símbolo forte para quem produz música por aqui. Bruno fala sobre outra floresta, a feita de concreto, carros, atores sociais que se esbarram e se completam.

“Existe uma floresta urbana de concreto convivendo com a natureza e a cultura local, essa é a Amazônia que vejo e vivo, a da Belém com mangueiras, canais, prédios, palafitas, carros e carroças. Dos terreiros, igrejas evangélicas e festas de aparelhagens, uma cidade sonora verde e cinza ao mesmo tempo”, diz B.O.

Serviço
O EP “Floresta de Concreto” de Bruno B.O será lançado virtualmente nesta quarta-feira (20) nas redes sociais, no mesmo dia em que se comemora o dia nacional da consciência negra. Já no dia 24 de novembro ele participa do evento da “Semana da Consciência Negra” na Praça da República, das 9h às 15h.

(com informações da assessoria de imprensa)

16.11.13

Dois dias de Camille e Rodin no Teatro Da Paz

A música é comovente. O texto intenso e as interpretações de Leopoldo Pacheco e Melissa Vettore prometem envolver o público no Theatro da Paz neste final de semana.  A peça, que vem circulando o país, com patrocínio da Vivo por meio do Vivo EnCena e Ministério da Cultura, terá duas apresentações em Belém, neste sábado, 16, às 21h, e 17 de novembro, às 19h. Hoje, após a encenação, os atores batem um papo com o público.

Uma parte da equipe chegou nesta sexta-feira, 15, em Belém,  no meio do feriado, e logo começou os trabalhos. O maestro . Jonatan Harold, que assina a direção musical, iniciou o ensaio com os jovens músicos paraenses que executarão ao vivo, com ele ao piano, a trilha do espetáculo.

Melissa Vettore deu entrevistas e comentou sobre a sua emoção em vir a Belém pela primeira vez, terra em que nasceu sua avó. "Acho que vou encontrar minhas raizes aqui", disse emocionada.

A direção do espetáculo é do ator e diretor Elias Andreato, e a montagem traz pesquisa da própria Melissa, em parceria com o escritor Franz Keppler, que também assina a dramaturgia. Além disso, “Camille e Rodin” tem mais um atrativo, pois a música escutada ao vivo. E em Belém, o quinteto formado por cordas e sopro é formado por jovens músicos paraenses. Jamily Cordeiro (OSTP) assume o violoncelo; Daniel Lima e Joice Batista, os violinos (Conservatório FCG), Jennifer Cristina, a viola (OSTP) e Bianca Menezes (OSTP), a flauta transversal. 

Leopoldo Pacheco chegou também na sexta, mas já no final da noite, junto com outros integrantes da produção. Compromissos com a gravação de Joia Rara o impediram de chegar com antecedência. Na manhã deste sábado, todos eles pisaram pela primeira vez no monumental e histórico Theatro da Paz. Com a emoção visivelmente à flor da pele, eles circularam pelos ambientes e acompanharam a montagem do cenário. O ensaio geral iniciou por volta das 17h e logo mais eles entrarão em cena.

Há mais de um ano em cartaz, a estreia do espetáculo aconteceu em junho de 2012, onde ficou onze meses em cartaz no MASP, se tornando um sucesso de público. E até agora já passou por Ribeirão Preto, Santos, São José dos Campos, São José do Rio Preto, Caraguatatuba, Paulínia, Jundiaí, e Santo André, no interior de SP. 

O espetáculo também já foi apresentado em Vitória, no Teatro Carlos Gomes, e em Porto Alegre, no Theatro São Pedro. Esta nova turnê começou em Recife, chega agora em Belém, e depois segue para Manaus. Em 2014, chegará em março, ao Rio de Janeiro. Ao todo serão 15 cidades percorridas, quase dois anos em cartaz, quase 200 apresentações e 60.000 espectadores até agora. 

Ensaio - Música é executada ao vivo
Melissa Vettore tem formação em dança e sua expressão corporal é delicada, trazendo grande contribuição para este trabalho. A atriz vem trabalhando em novelas e séries de televisão e no cinema, este ano, protagoniza o filme “Entre Vales”, lançado esse ano no país.

Para ela, todas as temporadas foram períodos de descobertas e de uma relação de muita entrega com o público. 

“Chegar em Belém exigiu da produção muito trabalho, por isso acho que grandes emoções nos esperam, em um teatro lindo como esse!”, diz Melissa Vettore,que está ansiosa pela estreia. “Nunca estive aqui. Estou realmente tocada por essas duas apresentações e por conhecer a terra onde nasceu minha avó. Preciso comer pato no tucupi, dançar o carimbó”, diz empolgada. 

Melissa conta que a história é densa e foi preciso fazer um bom preparo para a encenação.

“Fomos nos aproximando passo a passo, primeiro lendo muito sobre eles, depois entendendo a época, a questão das mulheres na arte, na sociedade, depois da mudança que Rodin traz para os paradigmas da arte. Veio o desafio do texto, de estar ao lado do Leopoldo que é um ator experiente que admiro. 

De achar onde poderíamos nos complementar em cena, e sempre procurando o centro na direção do Elias, que é um mestre. Depois fomos encontrando as esculturas propriamente, e esse foi o momento mais bonito para mim, de encontrar no corpo o movimento silencioso das esculturas. Isto está em cena e é a delicadeza do espetáculo”.  Ela, que também fez a pesquisa biográfica ao lado de Franz Keppler, a partir da qual ele escreveu o texto inédito do espetáculo, diz que o mergulho nas biografias existentes sobre os artistas foi intensa. 

Melissa e Leopoldo: intensidade nas interpretações
"Eu comecei a procurar livros sobre esses artistas e não foi fácil montar o material. Há pouca coisa escrita sobre a vida deles, o que se encontra com mais facilidade são livros sobre as obras. Mas aos poucos montei um material bibliográfico amplo, traduzi textos do inglês, francês. 

Não parava de ler dia e noite. A partir da seleção desse material, Franz Keppler e eu fizemos a pesquisa biográfica sobre cada um deles. Enquanto ele lia alguns livros, eu lia outros e Leopoldo, outros. Foi um período muito rico. Depois tinha o filme também que não foi nosso ponto de partida. Refizemos o caminho todo, em busca de uma dramaturgia inédita”, explica a atriz. 

Para Melissa, “Camille e Rodin” é uma história de amor e a criação, um encontro de amor, criação, traição e parceria, tudo ao mesmo tempo.  “Esse encontro, com esses ingredientes, tem um efeito bombástico. São cheios de paixão. Camille traz a força da criação e a beleza da sensibilidade, acreditava na sua obra, tinha o impulso do trabalho; e Rodin era todo o espírito de mudança de uma nova criação. Ela era mais livre, mais imaginativa e ele um professor, o verdadeiro pensador do seu tempo. 

Os atores encenam pela primeira vez no Da Paz
Um casal sem vocação para a vida comum, que pagou alto preço pela transgressão de tentar viver o inferno e o céu de criar. Ela ficou com a pior parte. Passou 30 anos internada. Enquanto ele seguiu pra a fama, mas com as cicatrizes dessa história com final trágico”, conclui sua análise. 

Debate Vivo - Neste sábado, 16, após o espetáculo, o público poderá perguntar mais sobre sua percepção do espetáculo. Após a apresentação, Melissa e Leopoldo participam de um bate papo com o público, em mais uma edição da série “Encontros Vivo EnCena” que, em Belém, contará com a participação dos dois atores , a partir do tema “Teatro e Transformação”, com mediação de Expedito Araújo, curador artístico do Vivo EnCena. 

“Mais do que falar, a ideia é ouvir o público. Depois de uma hora no palco atuando, é muito bom ter o retorno de quem esteve assistindo e junto conosco, ver o que ficou para o público, o que tocou mais o coração, o que movimentou seus pensamentos”, finaliza a atriz. 

Ficha Técnica

Direção: Elias Andreato
Dramaturgia: Franz Keppler
Elenco: Leopoldo Pacheco e Melissa Vettore
Pesquisa: Melissa Vettore e Franz Keppler
Desenho de luz: Wagner Freire
Cenografia: Marco Lima
Trilha Sonora: Jonatan Harold
Figurinos: Marichilene Artisevskis
Operador de Luz: Ronielly vieira
Operador de Som: Eder Soares
Diretor de Palco: David Cavalcante
Músico Convidado: Jonatan Harold (piano e regência)
Preparação Vocal: Edi Montecchi
Fotografia: Alexandre Catan
Desenho Gráfico: Simone Drago
Assessoria de Imprensa SP: Morente Forte
Direção de Produção: Andrea Caruso Saturnino
Produção Executiva: e Administrativa Alessandra Ciacco
Produção e Assessoria de Imprensa local: Luciana Medeiros
Idealização: Melissa Vettore e Leopoldo Pacheco
Projeto e Realização: Melissa Vettore - Dramática Produções Artísticas

Serviço
Camille e Rodin - sábado, 16, às 21h e no domingo, 17, às 19h, no Theatro da Paz. Ingressos na bilheteria - R$ 10,00 a R$ 40,00. Informações: 4009.8750. Após a sessão do sábado, 16, haverá bate papo com o público. Clientes Vivo ganham 50% em até dois ingressos. Apresentar na bilheteria uma fatura da Vivo (recente).