30.3.17

Empodera, convite para sacudir a cena artística

Nathalia Petta
Vai ter muita música e um papo necessário. O Festival Empodera reúne o trabal​​​​​​ho de artistas paraenses e discute a luta pela igualdade de gênero, entre mulheres das mais diversas linguagens artísticas. A programação inicia com roda de conversa sobre feminismo e empoderamento com a jornalista Márcia Carvalho, a professora de filosofia Livia Noronha e a assistente social Raquel Cunha.

"Essa cidade está cheia de mulheres maravilhosas em diversos ramos da arte, seja na música, nas arte plásticas, na fotografia, na dança, e começamos a nos perguntar porque nós nunca estamos nos lines dos shows, dos festivais? 

Por que os homens entre si sempre se unem para ajudar uns aos outros e as mulheres não? Isso é apenas um dos reflexos da sociedade machista e patriarcal que privilegia espaço para homens. Basta ver o exemplo da Céu como única cantora brasileira num lineup enorme como é o do Lollapalooza", explica Nathalia Petta, uma das idealizadoras e organizadoras do festival. 

O desafio de fazer um festival sem incentivos é grande mas as organizadoras Nathalia Petta, Lívia Mendes, Amanda Coelho e Mayara Albuquerque, acreditaram que, unidas, elas tinham mais força para ajudar umas as outras e fazer com que o público conheça a arte feita por mulheres.

Lívia Mendes
"Esse festival mostra que lugar de mulher é em todo lugar! Na arte não poderia ser diferente! Um festival que reune mulheres artistas, empreendedoras, acadêmicas... é uma prova de que estamos em todas as áreas nos destacando e fazendo acontecer", acredita a cantora e organizadora, Lívia Mendes. 

"Mais do que só trazer os shows achamos fundamental discutir sobre o feminismo e porque é necessário mulheres se reunirem para chamar outras mulheres para um festival. 

Sabemos que historicamente as mulheres foram e são excluídas de lugares de trabalho que sempre priorizaram os homens, em Belém não é diferente", explica Mayara Albuquerque, jornalista e organizadora do festival.

Depois vários shows em ambos espaços todos de artistas femininas ou bandas comandadas por mulher com shows de Marisa Brito, que veio diretamente de São Paulo para o festival, Liége, Ana Clara, Camila Barbalho e outras importantes artistas da cena autoral de Belém. 

Marisa Brito
O evento conta ainda com a exposição “Beleza que se sente” da fotografa paraense Gabriela Amaral; bazar de marcas autorais de mulheres paraenses e discotecagem das Djs paraenses Pamella Moura e Camilly Almeida.

"Acredito que as mulheres de hoje lutam sim por seus espaços, mas o mundo ainda fecha as portas para muitas delas, não só na música, mas nela sinto muito isso. Não é fácil numa sociedade patriarcal ser musicista, parece que é um lugar que não é nosso e acho uma pena que ainda tenhamos que lutar por esse espaço, diante de um mundo tão globalizado, mas ainda injusto", explica Amanda Coelho, musicista e organizadora do evento.

Programação 

No Studio Garden
18h - Bate Papo Feminista
19h30 - Lari Xavier
20h - Versos Polaris
20h30 - Crew das Minas
21h - Dj Pamella Moura
23h - Dj Fake Japanese

Studio Pub
22h - Marisa Brito
22h30 - Ana Clara
23h - Liège
23h30 - Lívia Mendes
00h - Nathalia Petta
00h30 - Álibi de Orfeu
01h - Camila Barbalho

Serviço
O Festival acontece nesta sexta-feira (31) às 18h no Studio pub e Studio Garden - R. Pres. Pernambuco, 277 - Batista Campos. Ingressos antecipados R$ 10,00, pelo site: https://www.sympla.com.br/empodera__130542 ou na casa de show. No dia do evento o ingresso custa  R$ 15,00, primeiro lote, e R$ 20,00, o segundo. 

Tem caminhada do Autismo na terra da guitarrada

Tendo como objetivo ultrapassar barreiras e eliminar o preconceito, a comunidade sairá às ruas da cidade, no próximo domingo, 2 de abril tendo como o tema “Precisamos falar sobre autismo”. A iniciativa é da Gaopa - Associação de Apoio e Orientação aos Pais de Autista. No mesmo dia, será inaugurado o “Espaço Gaopa”, construído de forma coletiva para atender os que buscam orientação sobre a síndrome.

Barcarena é conhecida como berço da guitarrada paraense e terra de Mestre Vieira, mas também é uma cidade habitada por muitas pessoas incríveis que lutam por seus direitos, não esperam e fazem hora. Exemplo disso se verá neste domingo, quando será realizada a V Caminhada de Conscientização do Autismo. A saída será às 8h30, da Praça da Bíblia, com chegada no Espaço GAOPA, na Rua João Pantoja de Castro, entre Jerônimo Pimentel e José Joaquim.

O que é o autismo?  Apesar de ter amigos que são pais de crianças autistas, nunca conversei mais profundamente sobre o assunto. De forma geral, pouco se sabe sobre a questão, pois o diagnóstico é impreciso, nem um exame genético é capaz de afirmar com precisão a incidência da síndrome. Além disso, o autismo enfrenta outro obstáculo, a desinformação, que gera preconceito.

Em Barcarena, uma iniciativa de pais e educadores vem ganhando fôlego e precisa de atenção. A associação GAOPA que busca melhorias ao atendimento das pessoas com TEA (transtorno de espectro autista), surgiu no município em 2008, no mesmo ano em que a ONU instituiu o dia 2 de abril, como o Dia Mundial de Conscientização do Autismo, uma síndrome que afeta vários aspectos da comunicação, e influencia também no comportamento do indivíduo. A iniciativa foi de um grupo de pais de autistas que se uniram em prol da causa.

A sede como está (acima) e como é desejada
A necessidade e carência de diagnóstico precoce e terapias continuadas no município foi o que mobilizou os 20 associados que hoje se empenham em levar informação à comunidade realizando reuniões com pais, professores e cuidadores, distribuindo material informativo de maneira gratuita e promovendo ações de conscientização das políticas inclusivas para as pessoas com TEA e seus familiares. Para isso, um espaço físico é fundamental.

“O Espaço Gaopa é uma sala de 3,5m por 4,5m, construída na base do mutirão, com ajuda de familiares e amigos, para acolher as famílias que buscam informações sobre autismo e orientar sobre direitos e tratamento”, diz Joelma Braga, mãe de João Guilherme, “minha fonte de inspiração e que me fortalece para continuar na luta”, complementa.

A GAOPA, porém, não tem ajuda financeira de grandes empresas sediadas em Barcarena ou parceria com a Prefeitura e ainda não está inscrita no CMDCA - Conselho Municipal dos Direitos das Crianças e Adolescentes. “Para isso, é necessário ter a estrutura física da Associação (é o que estamos fazendo com a construção do Espaço GAOPA ) e desenvolver um projeto de assistência para esse grupo, o que já temos. Acredito que até o próximo ano já poderemos contar com esse apoio”, diz Joelma, que acredita que as ações que vêm desenvolvendo têm tido repercussão positiva, embora ainda haja muito a se fazer. 

Ações têm obtidos resultados positivos

Esforço coletivo na construção da sede
A I Caminhada de Conscientização do Autismo de Barcarena, realizada em 2013, é um exemplo. Na ocasião foi entregue às autoridades de Barcarena, uma ‘Carta Aberta’, com mais de 1500 assinaturas, onde havia propostas de mais ações de políticas públicas, voltadas para atenção das pessoas com TEA. 

Uma das principais reivindicações era a contratação de uma neuropediatra, o que foi conquistado. “Hoje o município conta com esse profissional que atende duas vezes ao mês no Centro de reabilitação”, diz Joelma, consciente de que ainda não é o suficiente e há muito mais o que se fazer. “Há muito preconceito, acredito principalmente pela falta de informação, por isso nosso lema é: seguimos levando informação e vencendo preconceito”.

Estima-se que o Brasil, com seus 200 milhões de habitantes, possua cerca de 2 milhões de autistas.  “Os casos de autismo estão crescendo em todo mundo e a cidade de Barcarena não é exceção. No centro de reabilitação do município são atendidas 39 pessoas com autismo (sem contar os que fazem atendimento na rede particular de saúde e aqueles que nem foram diagnosticados) entre crianças (maioria) e adultos, mas a lista de espera é longa, pois o tratamento é contínuo e só abre vaga em caso de desistência. Nossa luta agora é para que se amplie o atendimento”, conta Joelma.

Joelma conta que a vida dela tem sido de alegrias e muito medo com relação ao futuro. “Meu João está fora da escola desde 2016, quando aconteceu algo lá (que eu não descobri) e ele se recusa a voltar pra lá. 

Estudou até o 4º  ano em escola pública e  tinha cuidador. Hoje passa o dia em casa, montado vídeos e brincando de DJ no computador”. 

João recebe atendimento às sextas no Centro de Reabilitação de Barcarena, com fonoaudiólogo e psicóloga, mas precisaria que esse atendimento fosse de no mínimo 3 vezes por semana, para um melhor resultado eficaz em seu desenvolvimento.

“Enquanto isso, continuamos estimulando em casa, não posso ir para Belém com ele,fazer terapias, pois ainda cuido de minha mãe que tem Alzheimer e mora conosco. 

Não encontrei ninguém de confiança para ficar aqui e tenho muito medo de maus tratos, coisa que já aconteceu com meu João quando pequeno”, lamenta Joelma Braga. 


Para ajudar a GAOPA - As pessoas podem depositar qualquer valor na conta corrente da Associação: Banpará – Ag. 56 e C/C N. 384699-7. “Mantemos nosso trabalho, com doações, pechinchas, vendas de comida.

Aceitamos doações de brinquedos lúdico educativo, material de expediente”, diz Joelma. O Clube do Remo, por exemplo, doou uma camisa autografada pelos jogadores para um Rifa. 

“Um dos diretores do Clube tem um filho autista e ficou sensibilizado com nossa história de luta”, finaliza. Acredito que a camisa vá fazer sucesso e a rifa arrecade bem. 

O Paysandú, meu time do coração, bem que podia fazer o mesmo ou melhor (risos). Barcarena, além de ser a terra da guitarrada paraense, do meu querido Mestre Vieira, é também um lugar onde o amor ao futebol é gigante. O próprio Mestre Vieira já fundou ao menos uns três times e hoje é o presidente de honra do Atlético Barcarenense e tem um filho que é presidente da Liga de Futebol do Município. 

Conheci Joelma, pela internet, porque ela sempre acompanhou as postagens sobre os projetos realizados com Mestre Vieira e o convidou a abraçar esta campanha do autismo. Sim, a música e a guitarrada, assim como a arte de forma em geral, deve ser utilizada também como ferramenta de desenvolvimento de todos.

Mais informações: https://www.facebook.com/groups/gaopabarcarena/ ou pelo telefone: 91 9 8890.3733 (Joelma Braga).

"Paná" cheio de emoções no palco do Schivasappa

A Feira Equatorial lançou o primeiro EP, “Paná”, ainda em versão digital, com um grande show no Teatro Margarida Schivasappa, nesta quarta-feira, 29 de março e quem não foi, perdeu. 

Com apenas dois anos de estrada, entrou no palco com a produção de cima, luz de Malu Rabelo arrebentando, cenário trazendo o carrinho de frutas típico de se ver no “Veropa”, e uma indefectível bandeirola de açaí, que não podia faltar, além do figurino, de acordo, e muita energia cênica.

Nas primeiras músicas, o nervosismo natural de uma quase estreia, que foi se esvaindo ao longo da apresentação. “A Flor e a Calçada”, “O Mistério das Enchentes” e “Vim Pra Te Ver”, todas de Son Maximiana, e “La Sal” (faixa bônus), produzida por Bruno Rabelo, da banda Cais Virado, que abriu a noite, integram o EP, que pode ser ouvido no canal de youtube e no soundcloud da banda.

Formada por Son Maximiana, no violão, Thalia Sarmanho, no vocal, Pedro Nascimento, na guitarra, Beatriz Santos, nos sintetizadores, Yago Mathias, no baixo e Ismael Rodrigues, na bateria, a Feira Equatorial (adoro o nome) traz no som, uma mistura mineira psicodélica, e certa sonoridade paraense, chamando Verequete, Dona Onete e muito tucupi. 

Tudo certo, só que faltou capricho na técnica de som, que, entre outras coisas, comprometeu a participação do saxofonista Felipe Ricardo, dono de excelente performance. Uma pena, mas a voz de seu sax praticamente não apareceu. Também faltou um tanto de direção artística na participação de um casal de bailarinos, que ficou com um deslocamento embolado em meio à banda. Perda na plástica dos movimentos, que ficaram sem muito espaço para a apreciação. A intenção foi ótima e merece estar no palco.

No mais, a obra musical da banda, com composições que se destacam, tanto na sua poesia, quanto no seu instrumental, não deixou abalar os alicerces de um trabalho que está apenas despontando e já faço votos que ganhe o mundo. O público que lotou o teatro, aplaudiu, vibrou, sorriu. Jovens de uma nova geração que passa agora a acompanhar as novidades da cena musical paraense.

Enquanto isso, as emoções foram se multiplicando no palco. Assim como pessoas envolvidas na produção. Thalia, vocalista de timbres graves e presença cênica, ao final da apresentação, tinha uma lista interminável de agradecimentos. Foi chamando todos para o cumprimento em conjunto ao público. 

Com outras boas participações de Genessi Rodrigues (Ex-A República Imperial), Reebs Carneiro, no clarinete e Lorena Carvalho, na percussão, devo dizer aqui, caro leitor, que há algum tempo não via um show tão cheio de verdade. Lembrou os bons tempos de A Euterpia, como bem lembrou Keila Monteiro, vocalista da Cais Virado. Já quero mais e vai ter. 

Para quem quiser conferir o trabalho, dia 6 de abril, tem mais. A banda é a atração da quinta-feira, dia 6 de abril, 22h, na Casa do Fauno (Aristides Lobo, 1061, entre Benjamin e Rui Barbosa, ingresso R$ 15,00). Por enquanto, ouçam aqui o EP Paná: https://soundcloud.com/feiraequatorial

28.3.17

A voz feminina na cultura alimentar da Amazônia

Nesta quinta-feira, 30, o "Amazônia Alimenta a Amazônia" traz para a roda de conversa com o tema "Mulheres que Alimentam a Amazônia". Nesta quinta-feira, 30, às 18h, no Sesc Boulevard. Entrada franca. 

A ideia é debater a garantia de direitos, a cultura e soberania alimentar, a agroecologia, feminismo, novas economias, sustentabilidade e outros assuntos urgentes para a floresta e para o mundo.

As emergências e ausências do sistema alimentar na Amazônia serão trazidas à tona nas vozes de mulheres que escrevem a luta histórica pela alimentação na floresta nas suas mais diversas dimensões, da agricultura à justiça socioambiental, da cozinheira tradicional às sumidades científicas.

Participam desta primeira edição, a Promotora de Direito Agrário, no ministério Público do Estado do Pará, Eliane Moreira, que destacará a defesa no campo do direito à terra e direito de povos e comunidades tradicionais, como nas audiências sobre Belo Monte e sobre a segurança e soberania alimentar na Amazônia. Promotora de justiça do Ministério Público do Estado do Pará, é professora da Universidade Federal do Pará, onde coordena o Grupo de Pesquisas "Direitos dos Povos e Comunidades Tradicionais". 

Também estará presente o Grupo de Carimbó Sereias do Mar, representado pelas Mestra Claudete, educadora tradicional, agricultora familiar, liderança das comunidades agrícolas do Grupão na região do Salgado, e Mestra Maria Cristina, agricultora, guardiã de sementes e poeta. Elas compartilharão suas experiências de protagonismo feminino no campo, nos movimentos sociais e na cultura popular. 

Outra jurista, a promotora Fábia Fournier, coordenadora do GT Agrário e presidente do Fórum de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos, contribuirá com uma análise do papel feminino na liderança da luta contra o veneno em todo o Brasil, e ainda da conjuntura do uso dos agrotóxicos no Pará.

O diálogo contará ainda com a participação da pensadora e cozinheira Tainá Marajoara, fundadora do Ponto de Cultura Alimentar Iacitatá, que atua com incidência política em defesa da Cultura Alimentar como salvaguarda da vida e pela garantia do Direito Humano à Alimentação Adequada.Tainá transformou seus estudos sobre a Cultura Alimentar sua base para as lutas pela garantia dos direitos humanos, sociais, culturais, ambientais e civis.

"Quando mulheres guardiãs da vida se unem, a floresta também chama! É muita gente linda e competente reunida! Somos Amazônia que alimenta e conhece a Amazônia! Mulheres guardiãs da floresta, mulheres empoderadas nas mais diversas áreas de atuação em defesa da alimentação! Uma ação da Amazônia para a Amazônia com cozinheiras locais, produtoras locais e cientistas amazônicas", diz Tainá Marajoara,  ativista e Conselheira Nacional de Cultura Alimentar.

Serviço
Primeiro Mulheres que Alimentam a Amazônia. Realização do Ponto de Cultura Alimentar Iacitatá, Instituto Instituto EcoVida e Rede ODS - Objetivo do Desenvolvimento Sustentável. Nesta quinta-feira, 30 de março, às 18h, no Sesc Boulevard - Av. Boulevard Castilhos França s/n. Belém-PA. Mais informações:  91. 98254.0882. 

Feira Equatorial lança o primeiro EP da carreira

Fotos: Thamires Rafael
A banda Feira Equatorial completa dois anos de travessia este ano e, nesta quarta-feira (29), lançará seu primeiro EP, intitulado Paná. Um show com as novas e antigas composições autorais marcará o lançamento do trabalho e de sua turnê, no Teatro Margarida Schivasappa, a partir das 20h.

O nome do EP Paná tem origem na língua Tupy, que, com a chegada do português em terras amazônicas, deu origem a palavra paneiro, o cesto amazônico por excelência, feito de talas de guarimã e traçado pelas mãos dos ribeirinhos. 

“O nome do EP traz a ideia de carregar sincretismo, misturas, simbolicamente como um paneiro que carrega sons, cores e sabores, dessa feira musical que é o grupo”, comenta o violonista da banda, Son Maximiana. “O nosso ‘veropa’ nos remete a muitas origens, tanto econômicas como sociais, além de possuir uma imensa carga histórica. Paná nos remete a origens do paneiro, um item de grande peso simbólico dentro da nossa Amazônia. O nome surgiu da união do significado de feira as nossas origens, a nossa história”, completa a integrante Beatriz Santos.

O show terá participações especialíssimas como a da cantora Genessi Rodrigues , a percussionista Lorena Carvalho, Reebs Carneiro, no clarinete, Felipe Ricardo, no saxofone. Compondo o espetáculo, terá Eduarda Falesi e Henrique Montagne. O show de abertura fica por conta da banda Cais Virado,  com os músicos Bruno Rabelo, Keila Monteiro, Raniery Pontes e Príamo Brandão.

Produção autônoma, independente e profissional

O EP Paná traz quatro faixas chamadas “A Flor e a Calçada”, “O Mistérios das Enchentes”, “Vim Pra te Ver” e “La Sal”. O EP estará disponível apenas virtualmente, nas principais plataformas digitais Soundcloud, Spotify,Deezer e Youtube..

A turnê de lançamento do primeiro EP da Feira Equatorial vem contribuir para fomentar a cena da produção musical autoral da capital paraense e mostrar que é possível desenvolver trabalhos independentes de forma autônoma e profissional. 

“Este projeto vem ser mais uma atividade fomentadora para a constante renovação do cenário da música autoral paraense e como ação somadora ao que já vem sendo produzido por outros movimentos musicais independentes que estão semeados pela cidade de Belém', comenta a produtora da banda Thamires Rafael.

A Feira Equatorial é formada pelos integrantes Son Maximiana no violão, Thalia Sarmanho no vocal, Pedro Nascimento, na guitarra, Beatriz Santos, nos sintetizadores, Yago Mathias, no baixo e Ismael Rodrigues, na bateria. As influências da banda dialogam com rock progressivo, a sonoridade da música mineira, o tropicalismo e com a música popular paraense. 

"No momento de criação, ainda que cada um tenha sua vertente, a sonoridade amazônica acaba fluindo/surgindo de maneira orgânica. Somando a cena, não só da música paraense, mas num todo quando as sonoridades transitam umas nas outras, incluindo nisso artistas amigos que nascem dentro de todas essas vertentes sonoras que acabam se juntando com participações, composições”, ressalta a vocalista da banda, Thalia Sarmanho.

Na trajetória a banda conta com participações em diversas produções. Em 2016, ganhou o terceiro lugar no CCAA FEST. A música “Mistério das enchentes” foi classificada para o “Rock Rio Guamá 2016” e abriu o festival na Universidade do Pará. No próximo domingo, participa da programação do 15ª Circular Campina Velha, no espaço cultural Da Tribu.

Para conhecer

Facebook: http://www.facebook.com/feiraequatorial

Instagram: instagram/feiraequatorial

Canal do Youtube: https://www.youtube.com/channel/UCdq_gmtCw7x675yVHfOYfMw

Soundcloud: https://soundcloud.com/feiraequatorial

Serviços
Feira Equatorial - Show de Lançamento do EP Paná. Abertura da banda Cais Virado. A partir das 20h
Valor: R$ 5,00.  Contato Produção: 91 983091558.

(Com informações de Thamires Rafael e assessoria de imprensa)

27.3.17

Livro conta história de bebês roubados na Ditadura

Esse é o tema principal do livro "Depois da Rua Tutoia", do jornalista paulista Eduardo Reina. O lançamento é nesta sexta-feira, 31, no auditório da Coordenadoria de Capacitação e Desenvolvimento da Universidade Federal do Pará (CAPACIT-UFPA), Campus Guamá, em Belém. A programação inicia às 9h e conta com debate.

Por Kid Reis 
Jornalista freelancer

A obra aborda a violência praticada pelos governos militares contra mulheres grávidas que foram presas durante a ditadura e que tiveram os seus bebês arrancados do ventre ou do convívio com a família por agentes da repressão e entregues a pais adotivos.

O livro envolve personagens reais e de ficção sobre o golpe militar de 1964, que completa 53 anos no final deste mês, e as consequências para as vítimas e suas famílias, algumas ligadas ao Estado do Pará. 

Além do lançamento, haverá um debate com a participação de representantes da Ordem dos Advogados do Brasil, Seção Pará, da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Estado do Pará, da Comissão Estadual da Verdade do Estado do Pará e do Instituto Paulo Fonteles de Direitos Humanos.

A programação também conta com a presença de professores e discentes das áreas de Ciências Sociais, Psicologia, Sociologia, História, Direito e Comunicação da instituição federal de ensino. A mediadora do debate será a professora doutora Rosaly Brito, da Faculdade de Comunicação da Universidade Federal do Pará.

Entre a realidade e a ficção

A história desenvolvida pelo jornalista mostra o que aconteceu com a militante presa política que teve uma filha dentro do cárcere. É o desenrolar das vidas dos personagens, entre a realidade e ficção, depois da prisão no prédio do DOI-CODI, na Rua Tutoia, quando a bebê foi arrancada da mãe e entregue a um poderoso e influente empresário paulista, que comandava um grupo financiador de movimentos de repressão, principalmente os clandestinos. 

Reina cita, no livro, um caso com profunda ligação com o Estado do Pará. Segundo ele, é o de Lia Cecília da Silva Martins, nascida em 1974 na região Sul do Pará, palco da guerrilha do Araguaia.  Filha de Antônio Teodoro de Castro, o Raul. Ela foi deixada ainda bebê por um delegado e um soldado do Exército para o Lar de Maria, em Belém, em junho de 1974. Instituição essa criada por um sargento da Aeronáutica. 

Lia foi adotada tempos depois por um casal que frequentava o Lar de Maria. Acabou registrada com a ajuda de amigos em cartório na cidade de Bragança. Só descobriu sua verdadeira história em 2009, quando viu uma foto numa matéria de jornal e se achou extremamente parecida com as pessoas. Essas pessoas eram filhos de Antônio Teodoro de Castro, o Raul, desaparecido desde 1973. Feito o exame de DNA ficou comprovado que ela pertence à família de Castro.

Outro caso, que não está no livro, porém com ligação com a capital paraense, já fruto das pesquisas do jornalista, é o de Rosângela Serra Paraná, criada por uma família de militares no Rio de Janeiro.  O tio-avô dela era tenente coronel do Exército, Manoel Hemetério de Oliveira Paraná, que foi diretor do Hospital Geral de Belém de 1961 a 1963.

Casos não são investigados

No livro “Depois da Rua Tutoia”, os personagens são baseados em histórias reais de pessoas que viveram, lutaram contra, sofreram ou apoiaram a repressão nos anos de chumbo. São as histórias de Margareth e José Eugênio, Theóphilo e Cláudia Prócula, e principalmente de Verônica, personagens centrais no livro. 

O livro mostra, ainda, a vida de Margareth e José Eugênio, que lutaram contra o regime de opressão na década de 1960, no ABC paulista. Margareth ficou presa no DOI-CODI (Destacamento de Operações de Informações - Centro de Operações de Defesa Interna), localizado na Rua Tutoia, no bairro Paraíso, na zona sul da capital paulista, centro de prisão e tortura durante as décadas de 1960 e 1970. Daí o nome do livro "Depois da Rua Tutoia".   

Reina indaga por que depois de 53 anos passados do golpe militar de 1964, o Brasil não investigou esta realidade, como na Argentina, onde são registrados cerca de 500 casos e 149 estão solucionados? Havia maternidades clandestinas, como nos países do Cone Sul, durante os anos de chumbo? Ocorreram quantos casos de bebês roubados de mães que lutaram contra a ditadura e entregues a empresários que financiaram o regime de exceção? E qual a razão de não ter havido investigação sobre esse doloroso tema da história brasileira?

Segundo Reina, estas perguntas ainda estão sem resposta na história no Brasil. “Nenhum governo civil, após os chamados anos de chumbo, ousou investigar o sequestro de bebês. Trata-se de uma questão ainda não resolvida da ditadura brasileira e na memória do país, principalmente quando o regime democrático, o Estado de Direito e inúmeras conquistas sociais estão ameaçadas por um golpe parlamentar, midiático e jurídico. Lançar o livro na região Norte, na Universidade Federal do Pará, no curso de Comunicação e na capital paraense é um estímulo para continuar as minhas pesquisas sobre esta violência institucional que precisa ser esclarecida na história e na memória brasileira”, finaliza Eduardo Reina.

Ver-o-Peso um holofote de nossa Belém do Pará

Fotos: Irene Almeida
Patrimônio histórico nacional, o Ver-o-Peso, completa hoje 390. O blog aqui é pura homenagem a este lugar, que já foi e continua sendo cenário de filmes, inspiração para poetas, compositores, pesquisadores, artistas visuais, ele foi também a inspiração para a criação deste blog. A imagem que lhe dá a cara é a gravura que traz um recorte da mais importante feira à céu a aberto da América Latina. Adoro o lugar e fotografo sempre que estou ou passo por lá.

Em 2008, eu estava tramando o Holofote Virtual. E precisava lhe dar uma cara, não tinha ideia que imagem usar, não estava procurando uma logo ou uma marca, eu queria uma imagem que pudesse traduzir a sua essência. Naquele momento eu também estava realizando um trabalho para a Museu de Arte Contemporânea Casa das Onze Janelas, que estava desenvolvendo um projeto sobre a Gravura no Pará e precisava fazer um documentário institucional, trazendo entrevista com alguns gravuristas que fossem referência no Pará.  

Um deles era Armando Sobral, que em sua entrevista me entregou um CD com diversas gravuras fotografadas por ele, durante as oficinas de gravuras, que ele coordenava na Fundação Curro Velho, no final dos anos 1990. Eu as usaria, algumas delas, para ilustrar seu depoimento no vídeo. Ao vasculhar o CD me deparei com esta imagem que finalmente poderia ilustrar meu blog. Estava ali só me esperando. Quando a vi, foi paixão, e solicitei ao Armando para utilizá-la, mas no entanto, ele não sabia dizer de quem era a autoria, para que eu pudesse então pedir a autorização.  

A gravura, o achado, a imagem do blog
Procurei muito pelo autor, pois não havia nenhuma assinatura ou menção no CD. De tanto perguntar por ai, em 2009, a autora me ligou. Por coincidência era dia do aniversário do ‘Veropa’, hahaha. Socorro me disse que soube que a estava procurando, e que ficou muito feliz em ver sua gravura no blog, mas que não queria créditos, que não era artista. Ãh? 

E eu já pensando em fazer uma matéria com ela (risos). Insisti enviando e-mails, ligando de volta. Nada. Tomara que ela leia isso aqui. Acho a imagem do blog incrível e extremamente significativa. Gratidão. Parabéns, Ver-o-Peso do meu cantar, como diz, e muito bem, a canção!

Não foi à toa a escolha desta imagem. Além de bela, representaria bem os objetivos com que criei o blog. O Ver-o-Peso, para mim, é uma síntese da cultura paraense, é o nosso holofote de luz própria. Ali estão nossos cheiros, cores, frutos, gastronomia, modo de falar, a mistura de sotaques do Pará. É porto, é lugar de encontro. Está tudo lá, com trilhas sonoras das mais peculiares até as mais surpreendentes. O barulhinho das embarcações se misturam à guitarradas, carimbós, tecnobregas, tudo se confunde ali, inclusive em domingos de jogo do Remo e Paysandu, quando suas torcidas reverberam na beira do rio.

Um pouco de nossa história ribeirinha

Peixe, carne, açaí, produtos hortifrutigranjeiros, entre milhares de outras coisas que você possa imaginar. O maior entreposto comercial da Amazônia é um lugar em que se vende praticamente de tudo. Foi criado com objetivos fiscais, o “lugar de ver o peso”, devido à sua situação estratégica no porto, ms acabou se tornando um grande centro de comercialização de alimentos, que chegam pelo rio.

Além de abastecerem a própria feira, também são distribuídos em outros locais e supermercados, para a comercialização. O pescado chega ainda de madrugada de Cametá, Abaetetuba, Marajó. Há 202 setores em que se vende farinha, ervas, peixes salgados, mudas, lanches. É uma economia familiar que gera mais de cinco mil empregos diretos ou indiretos.

Fundado em 1627, ao longo dos anos, foi se transformando também em complexo turístico tradicional de Belém, com quase 30 mil metros quadrados, testemunhas de uma história que se confunde com a origem da capital paraense. No Ciclo da Borracha, entre o final do século XIX e começo do século XX, a cidade teve grande importância comercial, principalmente para o cenário internacional. 

Edital sobre VEROPEZO, do Senado 
da Câmara, Lisboa, 22.12.1823.
Foi neste período  que a cidade passou por mudanças urbanísticas importantes, ganhando as edificações do o Palácio Lauro Sodré, o Teatro da Paz, o Palácio Antônio Lemos e do Mercado Ver-o-Peso. 

A construção do Mercado de Ferro, como inicialmente era conhecido o Mercado Ver-o-Peso, foi autorizada pela lei municipal nº 173, de 30 de dezembro de 1897, e sua edificação, com o projeto de Henrique La Rocque, teve início no ano de 1899. Toda a estrutura de ferro do Mercado foi trazida da Europa seguindo a tendência francesa de art nouveau da belle époque.

Na década de 1990, o Ver-o-Peso  passou por uma reforma que o configurou como está hoje, sendo que depois de tantos anos e a falta de uma manutenção regular, tem trazido transtornos constantes, principalmente aos que vivem da feira.  O Ver-o-Peso é um grande centro econômico popular dentro da cidade. 

Ano passado, um projeto de modernização apresentado pela prefeitura foi barrado pelo IPHAN, por não estar adequado às normas técnicas patrimoniais. O projeto também não agradou muito a população e nem mesmo aos feirantes que acabaram sendo consultados em cima da hora. Havia, de acordo com noticias veiculadas na época, um recurso de mais de 14 milhões, via PACH, para o projeto ser desenvolvido. Nada foi feito depois da recusa do IPHAN. Não se fala mais nisso e o Veropa segue sua assim, o seu destino. 

25.3.17

Um help sonoro para o 1o EP dos Velhos Cabanos

O Espaço Coisas de Negro, em Icoaraci, recebe, no dia 1o de abril, o “Help Cabanos”, evento colaborativo, produzido pelo Projeto Velhos Cabanos, em parceria com público e amigos, no intuito de arrecadar fundos para financiar a gravação do primeiro EP da banda. A festa começa às 18h e vai até 1h da madrugada. Ingresso apenas R$ 7,00, na promoção pra quem chegar antes das 20h. Ou, após, R$ 10,00.

A 1a edição do festival abre com o experimentalismo da Thauma. Em seguida, The Steamy Frogs, com seu psicodelismo. O encerramento é com a Velhos Cabanos que, com apenas o single Caleidoscópio, lançado, está em busca do primeiro EP.

Velhos Cabanos e The Streamy Frogs já tocaram em Belém. Foram selecionadas para o Woodstock and Old Festival, que reuniu diversas outras bandas autorais, a maioria de Belém, ano passado. Vindas de Icoaraci, Distrito de Belém já conhecido por ser um celeiro de artistas que, com pouca inserção na cena da capital, vivem uma atmosfera própria, realizando em seu local, mostras de músicas que nem imaginamos estar ocorrendo a pouquíssimos quilômetros de Belém. Por aqui eles chamaram atenção e foram as duas bandas mais votada depois da vencedora.

Já disse aqui outras vezes e muita gente sabe e já experimentou ver de perto. Existe uma cena de rock intensa em Icoaraci. "A cena aqui está fervendo de muita banda autoral e boa. Temos um coletivo denominado 'União Autoral' no qual as bandas se fortalecem juntas promovendo eventos pela cidade em prol da divulgação de seus projetos e também pra acabar com essa desunião recorrente hoje no cenário autoral”, diz Enzo Marques, da Velhos Cabanos, um dos mobilizadores do movimento artístico da também chamada Vila Sorriso.

A banda Velhos Cabanos
Ele cita ainda as bandas Acorde de Novo e Os Bandoleiros e a Cigana, que faz um som alternativo e experimental, a Marvin Ataca, de blues, além da Ultramodernos, de som mais indie e stoner.

“Temos um cronograma de eventos pra realizar esse ano, começando dia 15 de abril no Coisas de Negro. Vai ter festival do União Autoral, mais uma edição do 'Não Pire', além de outros eventos”, enumera o músico. Todas as ações convergem para a mesma missão.

“Com o lucro dos eventos, produzimos outros, ajudamos as bandas com divulgação de camisas e acessórios. É uma cena que tá crescendo e mostrando como o autoral icoaracience é forte e merece atenção", diz Enzo.

O músico percebe que ainda não há "uma abrangência dos sons que são produzidos aqui no Distrito para o centro da cidade, especificamente falando de eventos mesmo. Ainda são poucos os espaços que movimentam a cena que se cedem para que se tenha esse reconhecimento. Mas estou otimista, vamos fazendo nossa parte, produzindo nossos corres e se consolidando", continua.

Ele acredita que aos poucos, esse circuito Belém-Icoaraci-Belém pode facilitar a divulgação dos trabalhos de todos. "Essa relação tem ficado mais próxima, quebramos algumas barreiras: produzimos eventos aqui e trouxemos bandas que nunca teriam pisado em solo icoaraciense pra divulgar seu material e visse versa, assim vai rolando", conclui.

Além de Enzo Marques (guitarra rítmica e vocal de apoio), a Velhos Cabanos é formada por Phellipe Fialho Silva (vocalista e guitarra solo), Matheus Leão Mota (contrabaixo e vocal .de apoio), Felipe Mendes (Teclados) e Lucas Franco (Baterista). Interessado em saber mais e somar nesta cena, pode entrar em contato com a banda: www.facebook.com/velhoscabanos ou pelo telefone: (91) 98352-9084

Serviço
Festival Help Cabano. Da 1o de abril, a partir das  18h e vai até 1h da madrugada. Ingresso apenas R$ 7,00, na promoção pra quem chegar antes das 20h. Ou R$ 10,00 pra quem chegar depois! O Coisas de Negro fica na Rua Lopo de Castro, 1082 – Icoaraci. 

23.3.17

Um sábado de “Amostra aí” no Casarão do Boneco

O universo da contação de histórias e o mundo mágico do circo vão nortear a programação da Amostra Aí, neste sábado, 25, voltada ao público infantil. Os portões do Casarão do Boneco abrem às 18h, com a Feira-do-Casarão em pleno funcionamento, com direito a exposição de bonecos, comidinhas veganas, saudáveis, sucos, coisas legais de olhar, crianças espalhada por todo lugar, um brechó com roupas exclusivas da Nanan Falcão. É assim, em sábado de “Amostra Aí”. A entrada é pague quanto puder.

Entrada que se paga, quanto quiser, na saída. Explicando melhor, após cada atração, rola o chapéu ou, como em algumas ocasiões, as pessoas recebem um saquinho de papel para que, após a apresentação, contribuam.

O Casarão do Boneco é um espaço multicultural que tem como objetivo manter uma programação democrática e contínua na cidade de Belém. O espaço inicialmente era sede da In Bust, mas hoje se tornou um lugar de ocupação artística constante. 

Além da Amostra Aí, outras ações são realizadas garantindo minimamente a sustentabilidade do casarão, um lugar aberto aos artistas, à pesquisa de linguagens e à comunidade em geral. “Optamos pela filosofia do pague o quanto puder assim diversos públicos podem ter acesso a arte que o casarão oferece”, diz Paulo Ricardo Nascimento, da Cia In Bust Teatro com Bonecos.

Outra maneira de somar com os artistas é consumindo em sua feira. Tem comidinhas veganas da Alimentação Gentil - doces e salgadas, além de sucos de frutas. Roupas e acessórios do bazar do Atelier de Nanan, além de livros, DVDs e CD’s de artistas, disponíveis na lojinha.

É pra gente grande e pequena ver

Agora falando sobre o “Amostra ai”. Este  é o tradicional evento infantil do Casarão do Boneco e que nesta edição traz a história: “Fernando pessoa - Poemas para crianças”, com Vandiléia Foro, às 19h. Partindo do amigo invisível com quem muitas crianças compartilham suas brincadeiras, medos e alegrias, a atriz-educadora fala da infância, adolescência e a fase adulta do poeta Fernando Pessoa.

Em seguida, às 20h, tem cena curta da Cia. Sorteio de contos, “O Massacre do Eldorado do Carajás”. O conto traz a linguagem do sorteio de contos. Repleta de músicas, dança e versos a encenação é uma pesquisa prática do sapateado e da música do Coco Raízes do Arco Verde.

Para fechar a programação, às 21h, haverá apresentação de vários números circenses, adiantando a comemoração ao Dia do Circo, realizado no dia 27 de março, em homenagem ao palhaço brasileiro Abelardo Pinto, conhecido popularmente como Piolin, que nasceu nessa data em 1897.

Ficha Técnica: Paulo Ricardo Nascimento, Thiago Ferradaes. Produção: Nanan Falcão, Fatima Sobrinho, Andreia Rocha, Marina Trindade, Mauricio Francco. Fotografia: Uirandê Gomes. Arte grafica: Lucas Alberto. Apoio: Cultura Rede de Comunicação e Holofote Virtual.

Serviço
Amostra Aí. Neste sábado, 25 de março, no Casarão do Boneco. Os portões abrem às 18h. Quanto é: Pague o quanto puder. Onde fica: Av. 16 de Novembro, 815 – lado esquerdo – próximo à Praça Amazonas – São José Liberto. Mais informações: (91) 3241-8981.

21.3.17

A representação da mulher no cinema em debate

O tema será discutido junto a professora e crítica de cinema Luzia Miranda Álvares, no próximo dia 28 de março, às 18h30,  no mini auditório da Casa das Artes - Pça Justo Chermont, ao lado da Basílica de Nazaré. A programação é do Centro de Estudos Cinematográficos (CEC) e tem entrada franca. Para ir o aquecendo os sensores, a seguir um texto assinado por ela, sobre o assunto.


De Branca de Neve às Vadias:
"Imagens da Mulher no Cinema”

Por Luzia Miranda Álvares

Secularmente temos convivido com uma diversidade de representações sociais criados pela sociedade ocidental que tende a decidir entre normas e comportamentos que se inscrevem como parte das práticas dos humanos. As mulheres cruzam essas representações entre tempos e ambientes, contextos e histórias sempre direcionadas pelos costumes e pelas leis que as submetem a viver de acordo com os papeis sociais a elas exigidos por esses modelos.

Nessa lógica em que um sistema patriarcal se junta a outro sistema, o capitalista,criando-se representações, as regras sociais se tornam os meios que definem comportamentos de homens e mulheres e se não são exercidos, se tornam processos de discriminação, preconceito e violência. As mulheres são as principais vítimas desses processos.

O cinema, como arte visual, com sua linguagem nítida entre processos de forma e conteúdo, aproveita-se dessas versões e desloca para as imagens construídas a cultura circulante de cada época. Do cinema de animação, ao de ficção e ao documentário emergem imagens femininas variadas. Quais as que se juntam ao reforço à cultura patriarcal contemporânea e quais as que rompem esses ditames agressivos contra este gênero é o que se pretende articular na interlocução temática “De Branca de Neve às Vadias: Imagens da Mulher no Cinema”.

Cada pessoa tem sua própria versão sobre o modo como o cinema esboça seus argumentos e constrói suas personagens. Assim, onde vão estar os níveis de reforço ao processo discriminatório num determinado filme que assistimos? Esse é o debate. Essa é a causa de mantermos a arte em franca discussão do processo político de consciência crítica sobre as imagens.

Bruno Benitez e a latinidade da música amazônica

Bruno Benitez (Foto: Bruno Pellerin)
O músico nos apresenta “Miscigenado”, show que abre, nesta quarta-feira, 22, no Teatro Margarida Schivasappa (20h), o Festival Latinidade, reunindo os vários ritmos que formam o sangue latino e sonoro da música paraense. O ingresso custa R$ 10, 00, adquiridos pela plataforma sympla, ou até 19h30, na bilheteria do teatro.

Salsa, tango e merengue, lambada, guitarrada e carimbó. A apresentação conta ainda com os músicos Bruno Mendes (bateria e percussão), Beto Taynara (contrabaixo) e Jó Ribeiro (trombone e piano) e as participações de Ronaldo Silva e Félix Robatto. 

Bruno Benitez é o anfitrião desta primeira noite do festival que será itinerante e passará por oito espaços de Belém, incluindo os distritos de Icoaraci e Mosqueiro, com realização da M.M. Produções. O propósito é divertir e ao mesmo tempo contar a história desses ritmos, a partir da experiência e estilos dos músicos convidados, missão que inicia com o músico, multi-instrumentista e cantor que, além das influências latinas que recaem sobre “Miscigenado”, já possui uma latinidade espontânea herdada do pai. 

Filho de Daniel Benitez, compositor, cantor e multi-instrumentista uruguaio que se radicou no país, mais especificamente em Belém. Gravou com Beto Barbosa, Alípio Martins, Beto Douglas entre outros, e participou da banda Warilou. 

Bruno cresceu nesse clima latino paraense que facilmente o fez mergulhar neste universo profissionalmente. "O primeiro contato mais forte com essa música foi ao assistir a banda Warilou ao vivo. Aliás, o show deles era muito mais ousado nas fusões rítmicas do que os discos. Ali, a minha visão musical se ampliou bastante”, diz Bruno, que começou então a acompanhar o pai nos estúdios, na década de 90. 

“Ele, como bom uruguaio, gravava suas percussões recheadas de latinidade nos bregas, lambadas e merengues gravados aqui, e fazia isso desde os anos 1980, contribuindo para formatar o som daquela época, marcado pela influência latina. Daí em diante tudo ocorreu rápido”, comenta.

Antes de seguir pela carreira solo, em 2002, Bruno formou o grupo Mundo Mambo, projeto que segue na ativa,  dedicando-se a tocar tanto a salsa de raiz, assim como a música latino-paraense. Em 2014, o músico lançou o CD "Coração Tambor" e agora se prepara para lançar o terceiro álbum. Em entrevista ao blog, ele falou de sua trajetória e de como irá conduzir essa primeira imersão do Festival Latinidade, confira.

Holofote Virtual: O Festival Latinidade inicia com um show teu, o Miscigenado, que dá nome ao teu terceiro CD. O repertório será focado nas musicas inéditas do disco?

Bruno Benitez: Vou apresentar ao público metade do repertório do novo disco, que esta sendo produzido. Serão 5 músicas inéditas, explorando ritmos como Tango, Merengue, Cúmbia, Toada, entre outros. Posso dizer que metade do show é voltado pro CD Miscigenado, e a outra metade aos clássicos latinos e músicas paraenses.

Holofote Virtual: Como vai funcionar esta parte mais didática, o que estás trazendo de informações para o público?

Bruno Benitez: Gosto de comentar nos shows sobre as origens desta identidade musical latino-amazônica, que vem desde a era do Rádio de ondas curtas, dos marinheiros que aportavam em Belém (com vinis na bagagem), vindos do Caribe, guianas e outros países. Sem falar nos artistas latinos que passaram por Belém. Sabia que Bienvenido Granda cantou no Palácio dos Bares? É uma história de muitos capítulos.

Holofote Virtual: Vais receber dois convidados. Cada um deles tem luz própria e trabalhos distintos, que se unem quando o universo é amazônico. Gostaria que você falasse um pouco do trabalho dos dois artistas e onde é que a latinidade deles encontra musicalmente a tua. 

Bruno Benitez: Primeiramente são dois amigaços, daqueles que quando encontro rolam horas de papo bacana. Félix Robatto construiu desde o La Pupuña, e agora em carreira solo, uma sonoridade rica, recheada desse hibridismo cultural que faz todo mundo dançar e querer sempre mais. Ronaldo Silva é pura poesia, até num bate papo informal isso emana dele, junto com sua musicalidade plural, traduzida numa obra que permeia inúmeros universos musicais. 

Tenho a sorte de ser amigo e parceiro musical desses dois.Ambos estão participando da produção do CD "Miscigenado", que terá 02 faixas produzidas por Félix Robatto, além da música "Raio da Lua", parceria minha com Ronaldo Silva, que também canta comigo no CD.

Holofote Virtual: Em que momento está o trabalho e quando pretendes lançar Quem toca, quem participa...

Bruno Benitez: Estamos com 80% do CD pronto. Está sendo um processo de criação coletiva enriquecedor para mim. Junto comigo assinam a produção musical Félix Robatto, Lenilson Albuquerque e Daví Benitez. Quanto aos músicos, a base é a galera do Mundo Mambo, com alguns convidados, como o argentino Martín Mirol (Bandoneon), Príamo Brandão (Baixo acústico) e o Trio Manari.

Holofote Virtual: Atualmente além do teu trabalho solo, estás envolvido em outros projetos?

Bruno Benitez: Sim, o Mundo Mambo ainda é meu Xodó (risos), afinal são 15 anos de banda. Tenho também um evento mensal chamado "Malagueta na Cuia", uma festa dedicada aos ritmos latinos e paraenses, com discotecagem latina e oficinas de dança durante os shows.

Holofote Virtual: Paralelo à música... como é a vida de Bruno Benitez.

Bruno Benitez: Sou educador. Ensino geografia na Escola Bosque, unidade pedagógica da Faveira, em Cotijuba, e sou muito grato em poder contribuir na educação ribeirinha. 

A música envolve toda a família, desde minha filha Luna, que faz musicalização no Conservatório Carlos Gomes, a esposa Elaine, ajudando na produção dos shows, e o caçula Ian, bagunçando o quanto pode (risos).

Links para ouvir Bruno Benitez

https://www.youtube.com/watch?v=frqf7ZI2RY0
https://www.youtube.com/watch?v=xTumrgwq5yc
https://www.youtube.com/watch v=GBFHii68btM&list=PLEImsqViY5ciexktQSBSNSo23NekUYS32&index=6

Serviço
Festival Latinidade. Nesta quarta-feira, 22, a partir das 20h, no Teatro Margarida Schivasappa. Os ingressos custam R$ 10,00 pela plataforma sympla. (https://www.sympla.com.br/festival-latinidade-apresenta-show-miscigenado---bruno-benitez-e-convidados__126755) e até 19h30, na bilheteria do teatro. O projeto tem incentivos do Seiva, Fundação Cultural do Pará, Governo do Estado e da Prefeitura de Belém, pela Lei Tó Teixeira. Mais informações: 91 3355.8668.

20.3.17

Dois dias para a fotografia paraense em Tiradentes

Guy Veloso
A trajetória dos dois fotógrafos paraenses e suas histórias pessoais com a fotografia são contadas por eles mesmos nos volumes 5 e 6 da Coleção IPSIS de Fotografia Brasileira. Organizados pelo jornalista e curador Eder Chiodetto, e trazendo uma gama volumosa e importante de fotos que norteiam as carreiras de Elza Lima e Guy Veloso, os livros álbuns serão lançados nesta sexta, 24, e sábado, 25, no 7º Festival da Fotografia de Tiradentes, em Minas Gerais.

Guy Veloso tem 25 anos de carreira, mas a fotografia está na vida dele há mais tempo, desde a adolescência, quando aos 14 anos deu uma fugida de casa para ver uma exposição de Luiz Braga, na Galeria Angelus, do Theatro da Paz. 

O fotógrafo paraense Luiz Braga e o francês Cartier-Bresson eram referências em suas saídas para fotografar, enquanto também fazia graduação em Direito, curso que mais tarde foi abandonado. “... eu fotografava principalmente a cidade e o Círio de Nazaré; do Círio, tenho fotos desde 1989”, diz Guy.

Elza Lima, mais de 30 anos de carreira, começou a registrar as filhas em crescimento. Queria garantir imagens de uma época que normalmente se apagam de nossas memórias com o passar do tempo. Até que foi fazer um curso na Fotoativa. “Miguel Chikaoka estava iniciando sua escola e eu participei de suas primeiras turmas. Em seguida, convidada por Miguel, fiz parte do projeto de documentação da cidade velha, projeto que impulsionou minha carreira”, conta Elza.

É o primeiro livro 'solo' de ambos. Tanto Elza Lima quanto Guy Veloso, fotógrafos reconhecidos no cenário da fotografia contemporânea brasileira, têm publicado em diversos outros livros, mas ainda não tinham uma obra dedicada inteiramente a eles. 

“Todas as publicações, nestes 25 anos de fotografia, foram livros coletivos. É a primeira vez que uma editora e um curador importantes pegam o meu trabalho e copilam em uma só obra”, diz Guy.

“Acho muito gratificante ter meus primeiros 20 anos de fotografia publicado por uma da mais importante gráfica do Brasil, com a escolha de um dos mais atuantes curadores de fotografia do país. E para coroar tudo isso, fazer parte de um dos grandes eventos fotográficos da Terra Brasilis, onde conviverei dias de troca, de pensar a fotografia, suas implicações, contemporaneidade e capacidade em criar novos e críticos mundos”, complementa a fotógrafa, que já conta com mais de trinta anos de profissão.

O projeto dos dois volumes levou meses para ser desenvolvido. Desde a busca de material no vasto acervo dos fotógrafos, todo um cuidado com o tratamento e impressão, os textos que introduzem o universo fotográfico de cada um, uma viagem pela religiosidade de um Brasil profundo ao imaginário nas profundezas da Amazônia. Elza e Guy pesquisam a fundo a brasilidade em diversas suas manifestações. A publicação dos volumes 5 e 6 dedicados a suas trajetórias é justa e já se fazia há algum tempo necessária diante da extensão da obra de cada um.

Elza Lima
“Mandei mais de 200 imagens fotografadas entre 1985 ao início do ano 2000, cobrindo assim os 20 anos de uma carreira que completa, em 2017, 33 anos”, diz Elza. 

De gerações diferentes, mas contemporâneos no fazer fotográfico, Guy e Elza desenvolveram linguagens próprias que abordam temas densos. Ela evoca o onírico e faz uma narrativa de poética singular sobre a vida de ribeirinhos e caboclos amazônidas. Ele nos transporta para um mergulho inquietante e profundo na fé dos devotos de diversas religiões praticadas no Brasil.

“O Eder pediu que eu buscasse no meu acervo cerca de 400 fotos do tema religião. Levei quatro meses para organizar. Em nossa primeira conversa acordamos que a linha curatorial não seria só a religião, mas um recorte dela, no caso, o Transe”, diz Guy.

Após o lançamento, Elza Lima volta a se dedicar aos dois projetos que tem em andamento. "Do Olho do Peixe a Roda da Saia", que fará uma ligação entre as pescadoras do Porto do Milagre, em Santarém no Pará, e as Avieiras, pescadoras de Santarém em Portugal. O segundo tem o título de "Poema é Coisa de Ver". "É um vídeo instalação onde reinterpretarei um poema de Alphonsus de Guimarães”, revela.

Guy Veloso
Guy Veloso segue seu trabalho de registro e pesquisa do projeto Os Penitentes. 

“Tenho obsessão pelo tema, digo obsessão porque venho nesse processo já tem 16 anos. 

Os Penitentes são aqueles grupos laicos familiares, a maioria deles secretos, que eu fotografo durante a Quaresma e a Semana Santa”, diz o fotógrafo. É o mesmo projeto que, em 2010, foi selecionado para a Bienal de Arte São Paulo. “Além disso, eu fotografo os cultos afro descendentes, com ênfase no transe, por isso foi muito fácil fazer esse livro com o Eder, seguindo esta linha artística”, conclui Guy.

O Festival de Fotografia de Tiradentes - Foto em Pauta inicia nesta quarta-feira, 22, e segue até domingo, dia 26. O festival conta com atividades ministradas por grandes nomes da fotografia no Brasil e no mundo, além de exposições, workshops, palestras, debates, leituras de portfólio, projeções de fotografias e atividades educativas voltadas para a comunidade local. 

Confira a programação: http://fotoempauta.com.br/

Show de Dand M. e Trio Manari na Casa do Fauno

Esta semana, na Casa do Fauno, a música ao vivo conta com a irreverência poética de Dand M., que na quinta-feira, 23, apresenta o show “Dose dupla de poesia e música” e, na sexta, 24,  entra em cena o virtuosismo percussivo do Trio Manari. Além da música, o espaço oferece bistrô e bar, livraria e brechó. Na Rua Aristides Lobo, 1061, entre Benjamin e Rui Barbosa. Entrada: R$ 15,00. Informações e reservas de mesa: 91 9807.0609.

Dand M. é escritor, compositor, cantor e produtor. Acompanhado do  grupo Rivo Trio, ele promete, como sempre, escandalizar. A programação desta quinta, 23, inicia às 21h, com o relançamento de seu último livro publicado, "Antmor". O poeta também vai recitar poemas inéditos e, em seguida, às 22h, o show inicia.  Dand M. é escritor, compositor, cantor e produtor. 

A música e a poesia são o fio condutor e antenado de Dand M. no efervescente panorama do mundo, ligação esta que resulta em canções que reverberam nas vozes de intérpretes como Arthur Nogueira, Felipe Cordeiro, Olivar Barreto, Vital Lima e Arthur Espíndola – que incluiu em seu recente DVD a música “Canal do Galo”, uma parceria de Dand M. com Paulo Lobo, seu cúmplice musical. Dand também tem canções feitas Vinicius Leite, Pedrinho Callado, Marcos Campelo, Paulo Moura, Renato Torres, entre outros.

Da repercussão nacional, este ano, a canção “Voz da Vida” (Dand M./Arthur Nogueira) foi gravada por Cida Moreira, um dos grandes nomes da MPB, em CD lançado este ano. A mesma música foi incluída no repertório de Ana Carolina, em show com estreia no Rio de Janeiro e depois em turnê pelo Brasil.

Na sexta tem Trio Manari

Pesquisa, experimentalismo e virtuosismo. O Trio Manari é hoje referência na música brasileira, no campo da pesquisa e da execução percussiva com características amazônicas. O trabalho do grupo o levou  a turnês pelo Brasil e pela Europa com os cantores Marco André e Fafá de Belém, respectivamente, além de diversas apresentações solos.

Nazaco Gomes, Kleber Benigno e Márcio Jardim são músicos reconhecidos no meio artístico paraense, que se uniram no ano de 2000 com o intuito de pesquisar os ritmos amazônicos para compor arranjos percussivos, dando uma linguagem universal a seus trabalhos. 

Serviço
Casa do Fauno - Rua Aristides Lobo, 1061, entre Benjamin e Rui Barbosa.  Mais informações e reserva de mesa: 91 98705.0609. Entrada: R$ 15,00.