31.5.12

Funcionários do Centur estão de volta ao trabalho

Fim da greve!!!
O Governo do Estado voltou atrás e atendeu a principal reivindicação dos funcionários da Fundação Cultural do Pará Tancredo Neves quanto a redução da jornada de trabalho de 8h para 6h por dia. O artigo 7º da Lei 6.576, de 03 de setembro de 2003, já está sendo revisto e modificado para que as seis horas sejam direito garantido dos trabalhadores. O abraço no Centur programado para esta sexta-feira, 01 de junho, às 10h, agora terá outro horário, às 18h, e outro motivo, este sem dúvida mais feliz e festivo como o período junino exige. 

Depois de três dias de uma greve corajosa, pacífica e criativa, os funcionários já estão de volta ao trabalho.

Eles, que já estavam em estado de greve desde o mês de abril quando iniciaram conversas com o presidente da Fundação, o cantor e compositor Nilson Chaves, agora comemoram aliviados, pois não estavam felizes com esta situação às vésperas de um evento sempre tão esperado pelo público que é o Arraial Junino do Centur, entre outras ações das quais deixariam de dar suas contribuições, como a caravana do ProPaz em execução atualmente pelos municípios do Baixo Amazonas.

Mas é que entre abril deste ano até a semana passada, nada havia sido resolvido quanto a principal reivindicação dos funcionários que é esta agora conquistada redução da carga horária de trabalho, a fim de equivaler o atual valor dos salários recebidos pela maioria dos servidores das outras secretarias que já trabalham seis horas. 

A greve, por isso, foi inevitável. Mas com bom senso, o governo soube findar a greve. Agora, uma comissão dos servidores será formada para poder negociar as demais reivindicações junto ao governo com mais tranquilidade. São elas: Reposição de perda salarial de 40% sobre o vencimento base, rejuste do auxílio alimentação, dos atuais R$ 241,00 para R$ 500,00; o pagamento de 9,13% da diferença do salário, nível fundamental; celeridade no processo nº 2012/184999 e o pagamento de adicional de insalubridade e periculosidade, em casos específicos.

Reivindicação acatada!!
Parabéns aos servidores do Centur que souberam com inteligência e consciência ir em busca de seus direitos e ao governo pelo reconhecimento a eles. Que sirva de exemplo. 

A greve dos funcionários obteve adesão popular, da classe artística, da OAB e de alguns políticos. 

O público, por sua vez, se manifestou via e-mails e facebook, pedindo que os funcionários colocassem entre suas reivindicações outras melhorias para o Centur, em equipamentos na biblioteca e a reabertura do Margarida Schivasappa.

Teatros - Quanto ao teatro, a boa notícia é que está sendo realizada uma tomada licitatória pela SEOP – Secretaria de Obras públicas – e logo em seguida comece a reforma, não só estrutural, mas com aquisição de novos equipamentos de luz e som, além de material cênicos para a realização de shows e espetáculo. 

Falta agora saber o que vai acontecer com o Teatro Waldemar Henrique, que fica localizado na Praça da República, mas sob a admnistração da fundação. Uma comissão de artistas do Fórum Permanente de Teatro do Pará tenta marcar uma agenda com Nilson Chaves para ter um posicionamento. Talvez com o fim da greve haja tempo de recebê-los. 

Mas temos motivos para comemorar e por tudo isso, o abraço no Centur programado para esta sexta-feira, 01 de junho, às 10h, agora terá outro horário, às 18h, e outro motivo, para alegria de todos: artistas, público, servidores! E que venha o Arraial. Vamos soltar foguetes porque a fogueira, já pulamos!! Parabéns Fundação Cultural do Pará - Tancredo Neves.

Trovas e palhaçadas de Quinta e pela Amazônia

Os Palhaços Trovadores estão levando charme e encanto clown aos quatro cantos da Amazônia. O grupo participa do Amazônia das Artes, projeto do Sesc, que circula por capitais amazônicas. Mas nesta quinta, 31, em Belém eles realizam o Palhaçadas de Quinta. Você não pode perder, a partir das 20h, na Casa dos Palhaços.

No Amazônia das Artes eles já cumpriram a itinerância em Palmas (TO), Manaus (AM) e já fizeram também Belém pelo primeiro módulo que foi maio. Na estrada o grupo leva a criação mais recente, “O menor espetáculo da terra". A segunda etapa acontecerá em julho com apresentações em Campo Grande (MTS), Cuiabá (MT), além de Porto Velho (RO). Em agosto tem também São Luis (MA), Macapá (AP) e Teresina (PI), a única cidade fora do eixo amazônico. A última etapa será em setembro, em Rio Branco (Acre) Boa Vista (RR). 

"É o nosso trabalho com menor elenco, cinco atores e um técnico. E está sendo superinteressante participar, pois é o nosso primeiro projeto de circulação nestes moldes”, diz Marton Maués, criador do grupo. “E estamos nos preparativos para mais uma turnê. Vamos para Carolina, Imperatriz, Palmas, Goiânia e Brasília pelo prêmio Myrim Muniz. Saímos daqui dia 15 de julho”, comemora.

Além disso tudo, Marton ainda tem na agenda a defesa de sua tese de doutorado em artes cênicas que fala dos Palhaços Trovadores e contará com a apresentação do excelente "O Mão de Vaca", espetáculo inspirado na obra “O avarento”, de Molière, resultado do experimento de sua pesquisa. 

Palhaçada de Quinta - Mas hoje tem Palhaçadas de Quinta, projeto que já faz parte do calendário mensal da cidade. 

A ideia é reunir artistas-palhaços sempre na última quinta-feira de cada mês para apresentar cenas curtas de clown, com entrada franca, deixando o público à vontade para pagar quanto quiser ao final. 

Para os Trovadores é também uma forma de reunir cada vez mais artistas pesquisadores da arte do palhaço, promovendo uma troca de fazeres e discussões sobre o trabalho de cada um, visando a melhoria deste. Além de promover um encontro a mais com o público, abre o espaço da Casa dos Palhaços para a comunidade. Segundo os coordenadores, o que tem se visto nas edições dos projetos, é um apuro técnico cada vez maior e a criação de novos números. Outra coisa boa é o surgimento de novas trupes.

“Percebemos que mais pessoas estão se sentindo estimuladas pela arte do palhaço e cada vez mais estão formando coletivos para pesquisar e difundir esta arte”, comenta Alessandra Nogueira, da coordenação do evento. 

"O Mão de Vaca", clic aqui do blog em sua estreia
O projeto já contou com a participação de palhaços de fora do estado. Nos dois primeiros eventos esteve presente Márcio Libar, o palhaço Cuti-Cuti, do Rio de Janeiro, um dos fundadores do grupo Teatro de Anônimo e do Encontro Internacional de Palhaços Anjos do Picadeiro, o mais importante do país. 

No mês de fevereiro, esteve presente o palhaço Luciano Bortoluzzi, do Trio Pirathiny, de São Paulo, que atua com a família, viajando o Brasil de carro. Neste Palhaçadas de Quinta, os integrantes dos Palhaços Trovadores dividem a cena com Ronald Lima (Chokolito), Alex Lima (Gurijuba), Karina Lima (Magenta), Leandro Costa (palhaço Looc) e Wanderson Carvalho. 

Serviço 
A Casa dos Palhaços fica na Tv. Piedade, 533, esquina da Rua Tiradentes, no bairro do Reduto. A entrada para o Palhaçadas de Quinta custa quanto o público quiser pagar. E atenção que o Projeto está aberto para qualquer palhaço interessado em mostrar seu trabalho, para isso basta entrar em contato com Alessandra Nogueira, na Casa dos Palhaços, fone 30866424 ou pelo e-mail palhacostrovadores@hotmail.com .

30.5.12

Periferia e cárcere na tela do centenário Olympia

A Central Única das Favelas – CUFA-PA – e a ONG Crias do Futuro realizam nesta quinta-feira, 31, uma sessão inédita dentro da programação dos 100 anos do Cinema Olympia. Serão lançados os quatro filmes produzidos ano passado nas oficinas do projeto Cine Periferia Pai D’égua. A sessão inicia às 19h, com entrada franca.

Cultuado pela alta sociedade belenense no inicio do século passado, o Cinema Olympia está recebendo em sua programação de 100 anos de atividade ininterruptas, três curtas documentários e mais um de ficção, que retratam uma realidade bem diferente da que foi vivida pelos seus antigos espectadores da Bélle Èpoque paraense. 

Poderia ser ironia, mas não é não. Estamos falando de um trabalho sério que vem sendo desenvolvido pela CUFA Pará e Crias do Futuro nos bairros de periferia e em Centros de Recuperação Carcerários de Belém. Uma ação dessas só poderia merecer destaque num espaço assim tão nobre quanto, como é o histórico Olympia. 

Realizados em oficinas ministradas na Associação Beneficente Amigos do Guamá e na Escola Temístocles Araújo, no bairro da Marambaia, além dos Centros de Recuperação (CRCs) Feminino e do Coqueiro, os filmes são a própria voz da periferia e do sistema carcerário, feitos por quem mora nela e vive a realidade da reclusão. 

Cena do documentário "Ressocializar: é preciso?"
E é justo este o maior objetivo do projeto Cine Periferia Pai D’égua, dar voz e visibilidade a quem é visto sempre à margem. 

Os temas foram escolhidos pelos moradores dos bairros Guamá e Marambaia, e pelos homens e mulheres detentos nos Centros de Recuperação Carcerária, que participaram do projeto. 

Em “A vida no Cárcere”, realizado no Centro de Recuperação Feminino, as internas falam sobre seu cotidiano dentro do presídio e o que percebem de diferente sobre a vida depois que são reclusas em suas celas. No curta “Ressocializar: É preciso?”, os internos também falam de sua realidade, do dia a dia, de seus anseios.

Os participantes da oficina do Guamá abordam a urbanização do bairro e o preconceito que sofrem. Eles dizem que quando vão procurar emprego são logo tratados como marginais. E sobre isso surge no documentário uma paródia desses programas policiais sensacionalistas em evidencia na televisão brasileira, que geralmente tratam as pessoas que moram na periferia como bandidos. 

Oficina do Guamá
Já os alunos da escola da Marambaia resolveram fazer diferente e produziram uma ficção. Eles tratam a questão do bullying dentro da escola, com uma visão bem realista do problema. 

Estes são os primeiros filmes realizados pelo Cine Periferia Pai D´égua que vem, desde o ano passado, realizando sessões itinerantes de cinema.

Na programação, filmes que discutem a problemática e a realidade nas periferias das cidades. No ano passado, por exemplo, o 1º Cine Periferia, além de começar a realizar as oficinas que tiveram como resultados estes quatro filme inéditos, levou também a crianças, adolescentes e adultos filmes como “5xFavela – Agora por nós mesmos”, “Quem faz a minha moda sou eu” e “Favela no Ar”, documentários que retratam a vida nas comunidades. As sessões passaram por centros comunitários e escolas de Belém, e ainda ao Olympia, só que não eram lançamentos. 

As oficinas audiovisuais atenderam ao todo 80 pessoas, sendo 20 alunos em cada turma. Na sessão que dá início ao 2º Cine Periferia quase todos eles e seus familiares estarão presentes, incluindo as famílias dos internos e das internas. Alguns dos detentos (as), aliás, estarão presentes na sessão, mediante negociações feitas entre os dirigentes do projeto e o sistema penal. 

Filmando na Marambaia
 Elrik Lima, minitsrante das oficinas, assim como toda a equipe do Cine Periferia, acreditam que através do cinema é possível ressocializar.

 “Isso fica bem claro em uma das falas de um dos detentos. Eles mostram todas as oportunidades dentro do cárcere e fazem o contra ponto com a liberdade, onde nenhuma oportunidade de formação, emprego e renda lhes foi dada”, afirma Elrik.

Para a coordenadora da Cufa Pará, Aline Machado, os três curtas documentários e o de ficção são exatamente aquilo que é o mote principal do projeto. “É a periferia falando de sua realidade, falando o que pensa, mostrando como vive. Dessa vez somos nós que dizemos quem somos e a que viemos. Dessa forma não precisamos que estudiosos, antropólogos, psicólogos venham nos dizer quem somos. Se tivermos instrumentos para mostrar a nós mesmos, fazemos as nossas reflexões e buscamos uma melhora na nossa qualidade de vida”, aponta a coordenadora. 

Além de Aline Machado, e de Elrik, a Cufa Pará tem ainda em sua equipe Victor Pamplona, na coordenação de produção e Márcia Lima, na Comunicação. Elrik Lima é quem assume a área do audiovisual. Saiba mais no blog da entidade www.cufapara.blogspot.com

Serviço
Lançamento dos filmes do Cine Periferia Pai D’Égua. Nesta quinta-feira, 31, às 19h, no Cine Olympia – Av. Presidente Vargas. Entrada franca. Mais informações: 91 83001636 / 9289 8703.

28.5.12

“Cinema pela verdade” discute ditadura militar

O festival está percorrendo as 27 capitais brasileiras e até final de junho terá passado por 81 universidades promovendo exibições gratuitas, com debate e presença de diretores/realizadores de obras que tem como tema a ditadura militar. Em Belém já estão confirmadas sessões na UFPA e no CEFET, respectivamente de 4 a 6 e de 13 a 15 de junho.

O cinema é um instrumento indispensável de resgate da memória de um país. E para relembrar este período marcante da história brasileira, o “Cinema pela Verdade” selecionou três documentários que trazem diferentes enfoques sobre o tema: Cidadão Boilesen (2009) de Chaim Litewski; Condor (2007), de Roberto Mader; e Hercules 56 (2006), de Silvio Da-Rin. 

Realização do Instituto Cultura em Movimento (ICEM) em parceria com o Ministério da Justiça, via Comissão de Anistia, o primeiro festival “Cinema pela Verdade” também vai contar com a participação especial de mais duas obras: Diário de uma Busca (2010), de Flavia Castro; e Uma longa Viagem (2011), de Lucia Murat, lançamento nacional de 2012. 

Após cada exibição, abre-se um debate com acadêmicos, pesquisadores, integrantes de movimentos sociais e culturais, além dos próprios diretores ou equipe de produção dos filmes, onde estudantes e debatedores terão a chance de trocar conhecimento e experiências, fomentando assim a discussão. 

Para a produção do “Cinema Pela Verdade”, o ICEM conta com 27 “Agentes Mobilizadores”, isto é, universitários que foram previamente selecionados e treinados em cada capital, responsáveis pelas exibições nas universidades. 

Nascido da bem sucedida experiência do projeto “Cinema em Movimento”, rede nacional de agentes culturais, organizada em torno da distribuição gratuita de filmes brasileiros, o ICEM atua em todas as 27 unidades da federação. 

Contemplado pelo edital “Marcas da Memória”, da Comissão da Anistia, que visa a promoção de eventos e projetos em geral com foco no período da ditadura militar no Brasil, o festival é produzido pelo Instituto Cultura em Movimento (ICEM), organização da Sociedade Civil de interesse Público (OSCIP), fundada em 2002. 

Filmes selecionados

Cidadão Boilsen - Um capítulo sempre subterrâneo dos anos de chumbo no Brasil, o financiamento da repressão violenta à luta armada por grandes empresários, ganha contornos mais precisos neste perfil daquele que foi considerado o mais notório deles. As ligações de Henning Albert Boilesen (1916-1971), presidente do grupo Ultra, com a ditadura militar, sua participação na criação da temível Oban – Operação Bandeirantes – e acusações de que assistiria voluntariamente a sessões de tortura emergem de diversos depoimentos de personagens daquela época. Direção: Chaim Litewski, 2009 Documentário, 92 minutos. 

Condor - Condor foi o nome dado à cooperação entre governos militares sul-americanos que resultou no seqüestro e assassinato de milhares de pessoas e no exílio de tantas outras. Uma análise contemporânea destes eventos, trazendo uma história de terrorismo de Estado, mas também de pessoas e da procura pela verdade e justiça. Direção: Roberto Mader, 2007. Documentário, 106 minutos. 

Hércules 56 – Na semana da independência de 1969 o embaixador americano no Brasil, Charles Burke Elbrick, foi sequestrado. 

Em sua troca foi exigida a divulgação de um manifesto revolucionário e a libertação de 15 presos políticos, que representam diversas tendências políticas que se opunham à ditadura militar. 

Banidos do território nacional e com a nacionalidade cassada, eles são levados ao México no avião da FAB Hércules 56. Através de entrevistas com os sobreviventes os fatos desta época são relembrados. Direção: Silvio Da-Rin, 2006. Documentário, 94 minutos. 


Programação

Universidade Federal do Pará
Local: Auditório da Reitoria
Datas: 04 (Cidadão Boilesen), 05 (Hercules 56) e 06 (Condor) de junho
Hora: 16h 

Centro Federal de Educação Tecnológica – CEFET 
Local: Cine Pindorama 
Datas: 13 (Cidadão Boilesen), 14 (Hercules 56) e 15 (Condor) de junho 
Hora: 16h

26.5.12

Filme de Antonioni na sessão do cineclube do IAP

Marco do cinema ‘psicologico’ e emocional, “A Aventura”, filme do italiano Antonioni, será exibido nesta segunda, 28, às 19h, no Cineclube Alexandrino Moreira do IAP. A ausência da comunicação, a apatia e o tédio perante a vida, são a força motriz desse filme que basicamente, trata do desaparecimento de uma jovem durante um passeio numa ilha do Mediterrâneo. 

Sua melhor amiga, interpretada por Monica Vitti, começa a procurar em outras ilhas, com a ajuda do namorado da desaparecida. Eles logo se envolvem - talvez por falta do que fazer -, e seus conflitos acabam sobrepujando a busca. Vitti, com toda sua beleza palacina, imprime uma presença perturbadora. 

E isso é reforçado pela aparente realidade na qual a história se passa, traçando um paralelo com o olhar subjetivo que é impresso no olhar de Vitti, transmitindo uma sensação de ‘vazio’ desolador. Para Antonioni, os relacionamentos afetivos entre casais parecem nunca encontrar uma saída satisfatória. Essa premissa seria muito perseguida por nomes como Richard Linklater, Adrian Lyne e, principalmente, por Wong Kar Wai, décadas depois.

O amor é idealizado e difícil de ser alcançado, mas isso não faz a personagem de Vitti, menos sedenta de experimentá-lo em “A Aventura, talvez o filme mais enigmático e ‘aberto’ da trilogia – completada por “A Noite” e “O Eclipse”, todos com ela. 

A apatia burguesa é sutilmente realçada nessa obra, quando um desaparecimento passa a não provocar muitas reações, até por que a mulher parece ter sido ‘engolida pela terra’. 

O drama humano dos casais é mais importante, já que eles têm dificuldade de reter a imagem da amiga sumida em suas mentes, inclusive pelo fato de, não se unirem para achar uma solução, mas o fato servir como um estopim para se distanciarem um dos outros e seu fecharem nos seus próprios devaneios. 

Antonioni buscou assim reforçar o comportamento de pessoas no pós-guerra, com a crescente interiorização dos sentimentos, procurando traduzir em linguagem cinematográfica o que parecia ser privilegio da literatura. O filme ganhou um Globo de Ouro, um prêmio especial do cinema inglês e pela musica de Giovanni Fusco, um do cinema italiano. 

A exibição, programada pela Associação de Criticos de Cinema do Pará, além de possibilitar a difusão de um grande filme, presta homenagem a outro mestre, Tonino Guerra, um dos responsáveis por revigorar o roteiro tradicional. Poeta e autor desse e de outros argumentosmaravilhosos como “Blow Up”, de Antonioni, e “Amacord”, de Felinni.

Serviço
Sessão ACCPA/IAP apresenta “A Aventura”, de Michelangelo Antonioni. Nesta segunda, dia 28, às 19h, no Cineclube Alexandrino Moreira (IAP - Praça Justo Chermont, 236, ao lado da Basílica de Nazaré). Entrada Franca. Inadequado para menores de 12 anos. Após o filme, debate entre o público e membros da Associação de Críticos de Cinema do Pará.

(com informações de Lorenna Montenegro, da assessoria de imprensa da ACCPA)

25.5.12

CCAA Fest lança DVD com shows no Studio Pub

 Nesta sexta-feira, 25, o CCAA Fest faz a entrega do DVD do evento gravado 2011, durante a sexta edição do festival. A festa vai ser no Studio Pub, a partir das 19h, com show das bandas Álib de Orfeu e Beatles Forever, além de reunir público, bandas e músicos que vem ao longo desses anos participando do evento. E o número de inscrições é sempre maior a cada ano. No primeiro festival, 78 bandas se inscreveram, no ano seguinte, 92 e depois sobre para 98 inscritas. 

Em 2009, foram 102 e em 2010, 106 bandas. No ano passado 126 se inscreveram e 86 chegaram à fase de audições, da qual foram escolhidas pelo júri e pelo público, as 15 finalistas. 

 A banda vencedora foi a Mostarda na Lagarta, com a música nonsense “Botão do Fodacy”. A segunda colocada foi a Dharma Burns e a terceira foi a Pró-Verso. Além das três primeiras colocadas, o CCAA Fest 2011 contou com a apresentação de Luiza Braga e Raul Bentes, e foi transmitido ao vivo pela TV Cultura. Em 2012, pelo sétimo ano consecutivo o CCAA Fest está abrindo espaço para as bandas de rock independente de Belém e interior do estado. 

O festival, desde o início teve uma grande participação de bandas, que cresce a cada ano. “Tivemos 78 bandas inscritas em 2006 e 126 em 2011 somando mais de 500 bandas. Cada banda pode inscrever e apresentar uma música autoral e inédita nas audições, quando é gravada em áudio e vídeo ao vivo gerando um registro para cada uma”, diz Max Moraes, da coordenação do festival. 

Arma Burns
A premiação garante CD, equipamentos e bolsas de estudo. Os critérios de avaliação serão letra, performance, conjunto, musicalidade e criatividade das bandas.

 A seleção das finalistas é feita através de um júri técnico, que assiste os vídeos e atribui pontos a cada apresentação de acordo com os critérios de avaliação, divulgado no site juntamente com as inscrições. 

As dez melhores pontuadas são classificadas para a final. A segunda etapa tem a participação popular pela internet, onde o público assiste e vota nos vídeos da 10ª a 20ª, classifica as cinco mais votadas, que completam as quinze vagas para a final.

“As bandas não selecionadas, porém, não saíram deste processo de seleção, sem que a experiência tenha sido válida. Tanto as bandas selecionadas, quanto as bandas não selecionadas, receberam um DVD com a gravação feita durante a audição, que serve para uma alta avaliação e de material para divulgação de seus trabalhos”, explica Max.

As bandas, trazem influências variadas do rock'n roll, que vão do balanço do pop rock, indo até os acordes mais altos do heavy metal. O ecletismo e criatividade são os pontos marcantes deste festival. Os primeiros CDs - O 1º CCAA Fest ocorreu em 2006, no Memorial dos Povos, em Belém, abrindo as portas do circuito para quem faz música independente. Depois do evento, algumas bandas tiveram chance de gravar um disco e ter o seu nome reconhecido, como é o caso da banda Lapidação Poética que venceu o festival em 2009 e está lançando, por coincidência, o primeiro CD, fruto deste processo, nesta sexta-feira, 25. 

Mostarda na Lagarta com Max Moraes
E foi o que aconteceu também com a galera do Santo Graal, que não venceu o festival, mas depois de sua participação foi convidada pelo Ná Figueredo, para gravar e lançar o primeiro disco. 

 Muitos não devem saber, mas no início dos anos 80, o cenário musical paraense era um dos mais fecundos do país, sobretudo quando se fala em rock’n’roll. Foi quando surgiram as bandas que se tornaram referência para as novas gerações. 

O diretor do CCAA, Max Morais, que vivenciou aquela época e, junto com os outros dirigentes da escola, decidiu fazer um evento que reunisse as bandas da música independente em Belém. A idéia ganhou logo a adesão dos parceiros da escola GAT– Música & Tecnologia e dos músicos Carlos Ruffeil, Paulo Gui, Serginho e Marisa. Outros parceiros juntaram-se ao projeto, como Ná Figueiredo e Funtelpa. 

Serviço
Lançamento do DVD do 6º CCAA Fest. No Studio Pub - (Presidente Pernambuco com Acir Prestes) Bar Externo - Entrada Gratuita para consumação individual, entrega dos DVDs para as bandas finalistas e no Telão, projeção do show realizado em 2011. No bar interno haverá shows da Banda Álibi de Orfeu, às 23h e da Banda Beatles Forever, às 24h, com ingressos R$ 10,00.

24.5.12

Em marcha contra a violência e opressão à Mulher

De todas as idades, etnias, classes sociais, sejam artistas, jornalistas, empresárias, donas de casa ou de qualquer outra profissão, os desejos são os mesmos: respeito, liberdade e igualdade de direitos. Desejos, estes, que neste domingo estarão latentes na 2ª Marcha das Vadais. Em Belém, a concentração começa às 09h, na praça da Escadinha do Cais do Porto, Estação das Docas.

Muita gente ainda não entendeu ou finge que não está entendendo, porque o viés do preconceito ainda é o que dita, com raras exceções, o mundo machista em que vivemos. Mas não custa explicar. 

O episódio que deflagrou o movimento das Vadias em todo o mundo, aconteceu há duas décadas no Canadá com a escritora e ativista feminina Jaclyn Friedman. Estuprada por colegas na faculdade em uma festa, ela nunca chegou a dar queixa. "Tanta gente disse que eu seria culpada, por estar na festa, por estar bebendo, por me vestir como eu me visto, que eu desisti" , disse depois à imprensa. Os agressores foram inicialmente expulsos da faculdade, mas acabaram readmitidos e impunes. 

A Marcha das Vadias ou Marcha das Vagabundas, SlutWalk, em inglês, teve sua primeira edição em 2011 e volta a acontecer este ano para mostrar à sociedade que o lugar da mulher é onde ela quiser, para lutar pelos direitos de igualdade de gênero e autonomia do próprio corpo. 

É um protesto ao comentário de um policial canadense que orientou os universitários dizendo: "Se a mulher não se vestir como uma vadia, reduz-se o risco de ela sofrer um estupro". 

Desde então, o movimento que teve inicio em Toronto, pipocou em Nova York, Houston, Londres, Johannesburgo, Jerusalém, Los Angeles, Chicago, Coreia do Sul, Buenos Aires, Amsterdã e também no Brasil, em cidades como Belém, São Paulo, Recife, Fortaleza, Vitória, Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Pelotas, Rio de Janeiro entre outras.

A escritora canadense participa de várias das ações e sempre reforça que "porque nós vivemos um mundo de mentiras, sempre ouviremos que devemos ser obedientes, discretas, disponíveis e nunca agressivas - se o formos, viramos putas, e essa palavra é usada para nos pôr na linha". 

Em 2012, a Marcha pretende ampliar a discussão, lutando por espaços nos mais distintos âmbitos, sejam culturais, políticos, trabalhistas, estudantis, religiosos ou familiares e mostrando que as conquistas desejadas pelas mulheres independem de raça, orientação sexual, credo, posição social e condição física.  

O que se quer é que a independência da mulher seja respeitada. O grito é para que se possa amar com liberdade a quem se desejar e garantir que esta liberdade de ação, amor e maternidade, seja vivida sem restrições, violência ou preconceitos. 

Mais uma vez homens de verdade e todas nós, que buscamos um mundo melhor para agora e para as próximas gerações estaremos nas ruas para protestar contra o machismo e a opressão à mulher.

Serviço 
A Marcha das Vadias, que tem conquistado cada vez mais adeptos por meio das redes sociais, convida todos a participar da segunda edição em Belém, dia 27 de maio, a partir das 9h, com concentração na Escadinha da Estação das Docas. Mais informações: Nanny – 8256-8214 e Silvia - 8036-6383. Página do Facebook: http://www.facebook.com/events/184197398368830/

Mostra "Viva Villa! Pelo Brasil" chega a Belém


A partir desta quinta-feira, 24 de maio, o Ministério da Cultura, a Secretaria de Estado de Cultura do Pará e a Clan Design, com o patrocínio do Banco Nacional de Desenvolvimento Ecônomico e Social - BNDES oferecem ao público a exposição Viva Villa! Pelo Brasil. 

Dividida em duas partes, a exposição tem o objetivo de aproximar o espectador da história da música no Brasil e no mundo, a partir de Villa-Lobos, levando-o a refletir sobre a permeação entre fronteiras da música erudita e popular.

Paralelamente, um trem cenográfico – o Trenzinho do Caipira – levará os visitantes a percorrer os caminhos que a música de Heitor Villa-Lobos trilhou até ser reconhecido como o Compositor das Américas. 

O trem terá quatro vagões: Sertão, Paris, Amazônia/Brasil, e América. Em cada um deles, uma primorosa ambientação. No Vagão do Sertão, por exemplo, imagens do sertão brasileiro e de filmes do Cinema Novo com composições de Villa-Lobos, como “Menino do Engenho” e “Deus e o Diabo na Terra do Sol”, serão projetadas pelas janelas do trem.

(fonte: Secult)

23.5.12

OSPT realiza mais um concerto do Ciclo Beethoven

OSTP
Casa cheia. Têm sido assim as noites da OSTP dedicadas a Beethoven no Theatro da Paz. O ciclo já trouxe os concertos para violino e orquestra, concerto tríplice, e agora está apresentando os cinco concertos para piano. Nesta quinta-feira, 24, a participação será da pianista Gabriella Affonso. 

Este ano a Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz está com a agenda cheia. Contando atualmente com 55 elementos, a OSTP está em fase de crescimento e reestruturação, com novos músicos sendo contratados, através de audições seletivas. De acordo com Marianne Lima, da Gerência de Música da Secult, a orquestra faz este ano dois concertos por mês no Theatro da Paz. 

Uma vez por mês também vêm sendo programados concertos de câmara, na Igreja de Santo Alexandre, onde os membros do grupo apresentam-se em trios, solos e formações diversificadas, em um repertório camerístico, em que o público pode conferir as performances individuais dos músicos que compõe a orquestra. 

E no dia 27 de junho, a Orquestra fará um concerto em Homenagem ao Centenário de Nascimento de Wilson Fonseca, no Theatro da Paz, e dia 30 repetirá o mesmo concerto em Santarém. “No segundo semestre o trabalho da orquestra concentra-se no Festival de Ópera do Theatro da Paz”, antecipa Marianne.

Gabriella Affonso
Beethoven - No Ciclo Beethoven, há sempre um convidado solista. “Importante ressaltar que todos os solistas convidados são pianistas paraenses, alguns deles residentes em outros estados e outro país, a exemplo de Helena Elias, que reside em Paris, Maria Helena Andrade, que reside no Rio de Janeiro e Gabriella Affonso, que reside em São Paulo”, reforça. 

Natural de Belém do Pará, a pianista Gabriella Affonso conclui este ano o curso de Performance em Piano com o pianista Arnaldo Cohen na Jacobs School of Music, Indiana University. 

Gabriella atuou como professora assistente ‘Associate Instructor’ do Professor Cohen na Indiana University nos anos de 2007 e 2008, e tem atuado como solista e camerista nos Estados Unidos e no Brasil. 

Já se apresentou em São Paulo no Teatro Municipal de São Paulo (Série meio-dia), Mube, MASP, Promom, Centro de Cultura Judaica, Hebraica, Sociedade de Cultura Artistica, bem como em Tatui, Franca, Piracicaba, Theatro da Paz – Belém, entre outros. Além disso, a pianista foi professora de piano nos Estados Unidos (Indiana University, Chappaqua Music School-New York), e nos festivais internacionais de música de Piracicaba, de São Jose do Rio Preto e de Belém.

Regência - Nesta quinta, com regência de Miguel Campos Neto, a pianista Gabriella Affonso tocará o Concerto nº 4. Já no próximo mês, dia 05 de junho, o encerramento do ciclo contará com a apresentação do pianista Paulo José Campos de Melo, solando o Concerto nº 05 - conhecido como "Imperador". 

Nelson Neves
Além deles, durante o ciclo, também já soloram o pianista Nelson Neves, que estava residindo até o ano passado nos EUA e este ano está de volta à Belém, como diretor musical da Amazônia Jazz Band. 

“Na semana passada Nelson solou o Concerto Nº3, mostrando sua performance na música erudita - ele que é conhecido como pianista de jazz - empolgando a plateia com sua bela interpretação de Beethoven”, diz Marianne. 

Homenagem -  O Ciclo Beethoven vem homenageando o professor e filósofo, Benedito Nunes. “Todos os concertos são dedicados a ele, que era um grande admirador de Beethoven, e destacava este compositor como um dos mais importantes da música ocidental, ouvindo-o diariamente, segundo depoimentos de pessoas que conviviam mais proximamente com ele”, diz Marianne Lima. “Além dos concertos para instrumento solista e orquestra, no programa do Ciclo Beethoven têm sido executadas todas as Aberturas Sinfônicas de Beethoven”, conclui.

PROGRAMA -  Beethoven (1770-1827)

  • A Consagração da casa, abertura em dó maior (op. 124)
  • Concerto para piano nº 4 em sol maior (op. 58) 
  • Allegro moderato
  • Andante con moto 
  • Rondo vivace 

Serviço
Ciclo Beethoven. Nesta quinta-feira, 24, a partir das 20h, no Theatro da Paz – Praça da República – Belém do Pará, com entrada franca, sem necessidade de retirada de ingresso na bilheteria.

Lançamentos e comemorações nos shows do Sesc

Em Belém, a semana musical do Centro Cultural Sesc Boulevard, a partir desta quarta-feira, 23, e indo até o domingo, 27, traz diversidade em uma sequência de shows que reúne artistas como Paulo Martins, em pré-lançamento de CD; da cantora Sônia Nascimento, complentando 25 anos de carreira; Lapidação Poética, lançando o primeiro trabalho e ainda com Felipe Ribeiro e Convidados, no sábado, e finalizando com o samba de Marisa Black, no domingo.

As apresentações acontecem às 19h, com entrada franca. Já nesta quarta, o cantor, poeta e compositor Paulo Martins faz o show de pré-lançamento do CD “Bafafá do Pará", que reúne composições de sua autoria e em parceria com outros compositores, além de projeto gráfico assinado pela também cantora, Andréa Pinheiro.

Paulo Martins pretende iniciar a noite com show, mas convida também o público, incluindo aí produtores culturais e jornalistas, para um bate papo informal sobre arte, cultura, produção. Também autor do livro “Luamim, um anjo urbano” (CEJUP, 1991) - história de um menino de rua - Paulo Martins vem há alguns anos trabalhando neste projeto que se concretiza.

Feliz com o resultado, ele diz que o CD Bafafá do Pará é uma gravação independente que traduz um certo universo de Belém. “O Bafafá do Pará conta a história dos buxixos nas ruas, das Marias Alices encantadas pelas mangueiras de Belém. Conta a história da fina-flor do bafafá, que é a classe de intelectuais e artistas engajados em causas sociais, que constroem obras grandiosas e que resistem às ordens econômicas de seu tempo e nos presenteiam com arte”, conta.

Com arranjos e direção musical de Tynnoco Costa, banda formada pelos músicos Delcley Machado (guitarras), Charles Matos (bateria), MG Calibre (contrabaixo), Dadadá (percussão), Toninho Abenatar (saxofone), Gil Cavalcante (programação eletrônica), além de Suzane e Simone no back vocal, de acordo com a audição do jornalista Nicolau Amador, descrita em sua resenha publicada no site Pará Música, o CD promete surpreender.

“Entre blues, baladas, música de cabaré, ritmos afros, funk e soul, destaco ainda as faixas ‘Maria Alice’, em parceria com Plínio Dourado; ‘Ritmo In Blue’; ‘Amor Malcriado’ e ‘Tatame Pós-Moderno’”, escreve o também músico.

25 anos de carreira - Na quinta-feira, 24, será a vez de Sônia Nascimento, intérprete paraense, que vai apresentar show “Algo Mais”, comemorando seus 25 anos de carreira. No repertório dela, canções inéditas e releituras de músicas que surgiram no cenário musical paraense na década de 80. 

"Vou cantar o amor", declara. “Estou resgatando algumas canções que ouvia com muita freqüência na minha adolescência, que apesar de não cantá-las faziam parte do meu repertório diário”, diz Sônia que estará no palco com banda formada por Renato Torres (violão, guitarra, voz), Maurício Panzera (baixo), Rodrigo Ferreira (piano) e Sagica (bateria). 

A maior parte do programa trará músicas inéditas de compositores o próprio Renato Torres, além de Ronaldo Silva, Allan Carvalho, Edir Gaya, Nilson Chaves, Vital Lima, Arthur Espíndola, Cláudio Figueiredo, Luizan Pinheiro, Eduardo Dias, Paulo Uchoa, Eudes Fraga e Paulo Campos entre outros. 

Ao longo da trajetória, a cantora tem como momentos marcante a formação das bandas Jardim Elétrico e Florbela Spanka, nos anos 1990, em parceria com Renato Torres, em que uniam a MPB e Rock, dentro de um repertório que percorria a obra de bandas como a Sescos & Molhados e Mutantes.

Lançamento - Na sexta, 25, entra na cena a banda Lapídação Poética, que faz o lançamento de seu primeiro CD autoral “Rio de Sonhos”.

Vencedora do 4º CCAA Fest, em 2009, a banda Lapidação Poética recebeu como prêmio a gravação, que sai agora pelo selo Na Music. 

No mês passado, no Bar do Lobo, a LP lançou também o vídeo clipe do blues "Que Saudade", estrelado pelo cartunista J. Bosco e com direção do ator Adriano Barroso. Na oportunidade os músicos André Ponce de Leão (vocal e Violão); Júnior Cabrali (Guitarra); Fábio Quaresma (Contra Baixo); José Yarl – (Bateria); Marcelo Parente (percussão e voz) ; Fábio Jholl (percussão e voz); Leka Liares (backing vocal) e Ágnes Roberta (backing vocal) já deram uma palhinha que virá nesta sexta.

Como no CD, que segue a Linha Poética da banda, com 10 músicas de ritmos diversos, o show também promete misturar música e recitação de poesia, de entonações teatrais e diversidade rítmica. “Sempre com o olhar de caleidoscópio, tentando enxergar as várias vertentes que a poesia reflete às nossas visões”, diz o músico e vocal André Ponce de Leão.

O Álbum original traz fotos de Brends Nunes, cifras, agradecimentos e ficha técnica no encarte. Para ouvir a Lapidação Poética, além de informações sobre a banda acesse as rede as redes sociais: myspace, facebook ou o blog da banda. 

Sábado e domingo - No sábado, 26, ainda tem show dos compositores Felipe Ribeiro. “Com vós, sem voz, eu vou!’’ traz composições autorais e com participação de vários convidados, em ritmos como valsas, modinhas, boleros, jazz e um grande poema de cordel. Já no domingo, 27, a semana encerra com a apresentação de da intérprete Marisa Black, que completa oito anos de carreira. O Centro Cultural Sesc Boulevard fica Sobrado Azulejado do Casario da Av. Castilhos França, próximo ao prédio da Alfândega - em frente portão de entrada dos carros na Estação das Docas.

22.5.12

Cartas para a Paz ganha vida em livro e espetáculo

Ester Sá e Sandra Perlin
Projeto lançado em dezembro do ano passado, pela Fundação Arte de Educar – Gogente, chega agora em livro e peça. Cada mensagem foi reunida num livro, intitulado “Cartas para Paz”, e que será lançado nos próximos dias 25, 26 e 27 de maio, no Teatro Cláudio Barradas, onde também haverá um espetáculo com o mesmo nome, baseado em cada uma das 33 cartas. Adaptado pela atriz paraense Ester Sá, a peça tem 40 minutos de duração, e será encenado por ela em dueto com Sandra Perlin.

Antônio Juraci Siqueira, Monja Coen, Domingos Cunha, Elpídio Alves Pinheiro. Poetas, psicólogos, terapeutas, sociólogos, buscadores... 

Estes são alguns dos mensageiros que concordaram em doar um pouco mais de si, escrevendo mensagens sobre e para a paz, num projeto destinado a auxiliar na clareza da consciência de cada um nós, sobre a missão de cultivar a paz. Para Ester, a adaptação foi um momento de alegria e desafio. 

“Primeiramente percebi que em uma manhã inteira de trabalho, quatro horas, sem interrupções, eu não consegui ler todas as cartas. Era um material muito grande para que eu 'resumisse' em 40 minutos, e transformasse em imagens e jogo com a plateia. Percebi então tinha em minhas mãos uma metáfora sobre o trabalho: muito a dizer e uma limitação real do tempo”, explica a atriz.

Espetáculo busca reflexão
A solução encontrada foi tratar cada carta com um “corpo só”, e separá-las por blocos e assuntos. 

“Desse material cheguei a assuntos em comum que as multiplicidades das falas traziam como mais latentes. E destes assuntos nascem as cenas (...). O roteiro do espetáculo nasce deste coletivo uno, buscando um caminho possível, mas sem indicar conclusões, que por si só seriam soberbas, e sim convidar a plateia a refletir e retomar a caminhada, conscientemente”, analisa Ester Sá sobre o seu próprio trabalho e a disseminação da cultura de paz.

O Projeto - Criado com o propósito de disseminar ideias e informações com base na cultura de paz no planeta, o projeto Cartas Para a Paz é uma iniciativa da Fundação Arte de Educar- Cogente, pela ocasião da comemoração do 2° aniversário da Creche Casulo, em dezembro de 2011.

O objetivo principal é sensibilizar os leitores para seu potencial e sua responsabilidade pessoal e social para a construção da Cultura de Paz, e com isso motivar a criação de uma rede em que as pessoas possam expressar sua adesão à construção da Cultura de Paz no planeta. 

A partir da consolidação dessa rede, o projeto também pretende ser um instrumento divulgador de ações, pensamentos e sentimentos de pessoas, instituições e organizações que atuam na construção da Cultura de Paz. 

No projeto, cada carta foi redigida por um mensageiro da paz, que são pessoas ligadas à promoção da cultura de paz, dentro da sua área de atuação. Em Belém, dois desses mensageiros são grandes artistas de talento e carisma reconhecidos: o músico Paulinho Assunção e o poeta Juraci Siqueira. Além deles, no lançamento do projeto outras pessoas atuantes também serão convidadas a redigir as mensagens de paz que serão direcionadas para todo o mundo.

Sandra Perlin: o jogo da encenação
Fundação Arte de Educar Cogente - Premiada em 2010, com o selo “Certificado de Mérito Comunitário”, do Programa Mesa Brasil do Sesc/Pará, a Fundação Arte de Educar Cogente, atende crianças de 02 a 08 anos de idade em situação de risco social, na região norte do País, com apoio da Pedagogia Waldorf. 

Atuando na cidade de Ananindeua desde 2009, a Fundação Arte de Educar Cogente é a mantenedora da Creche Casulo atende 160 crianças e suas famílias, gratuitamente. A Creche Casulo, surgiu a partir das pesquisas realizadas pela Fundação, que perceberam o alto risco social das crianças desta comunidade. Fundamentada na Pedagogia Waldorf, ela é o principal projeto da Fundação Arte de Educar Cogente, e considera que a criança, nos primeiros anos de vida, absorve inconscientemente, todos os aspectos, caráter e os sentimentos do ambiente ao seu redor. 

Com esta premissa, na Creche Casulo todas as atividades são um cultivo da vida real, buscando a interação do sentir, pensar e agir. Os profissionais da Creche Casulo são capacitados por meio do curso “Arte de Educar”, adquirindo base teórico-metodológica, que propicia as crianças e seus familiares, a educação, o acolhimento, e o desenvolvimento integral através dos princípios da Pedagogia Waldorf. 

Ficha técnica do espetáculo
  • Organização Dramatúrgica – Ester Sá
  • Elenco e encenação – Ester Sá e Sandra Perlin 
  • Concepção visual – Maurício Franco 
  • Iluminação – Malu Rabelo 
  • Fotos – André Mardock 
  • Produção – Desabusados Cia 

Serviço
Lançamento do livro e espetáculo “Cartas Para a Paz” . No Teatro Cláudio Barradas – anexo à Escola de Teatro e Dança da UFPa – Rua Jerônimo Pimental, 546 – Umarizal. Nos dias 25, 26 e 27 de maio (sexta, sábado e domingo), às 20h. Ingresso: 01 quilo de alimento não perecível – a ser doado para a Creche Casulo.

(com informações de Dani Franco, da assessoria de imprensa)

Livro traz manuscritos históricos sobre a Amazônia


A história da transferência do acervo de manuscritos da capitania do Rio Negro de Portugal para a Universidade do Amazonas está registrada na obra “O Samuel Benchimol que eu conheci – Um homem apaixonado pelo Mundo Amazônico”, que o professor da Universidade do Piauí João Renôr Ferreira de Carvalho lança na sede do Arquivo Público do Pará no dia 13 de junho, às 17h. 

O livro compila toda a correspondência entre o Professor João Renôr, que coordenou o trabalho de fotografia da documentação referente à capitania do Rio Negro nos arquivos de Portugal, do Pará e do Maranhão, e o empresário amazonense Samuel Benchimol, que incentivou e financiou do próprio bolso uma parte dessa empreitada.

Este acervo atualmente encontra-se disponível no Museu Amazônico da Universidade Federal do Amazonas (UFAM). Realizada entre os anos de 1978 e 1982 nas cidades de Manaus, Lisboa e Paris as cartas descrevem não apenas o trabalho de resgate dessa documentação, mas também todo o panorama político pelo qual passava o Amazonas e o Brasil no período da ditadura militar e da abertura política, além da luta pela preservação da floresta amazônica encampada por Samuel Benchimol no período. 

Todo esse universo é mostrado de modo sincero, apresentando a correspondência na íntegra, sem esconder nomes e fatos, além dos meios nem sempre adequados que João Renôr e Samuel Benchimol lançaram mão para ter acesso à documentação interessada. 

Em um dos trechos da obra, por exemplo, o próprio Samuel Benchimol conta em uma de suas cartas como conseguiu cópias, durante uma rápida visita à Belém e por meio de influência, uma parte de um códice de extrema importância que encontra-se no Arquivo Público do Pará e que estava em avançado estado de deterioração. 

Também estão presentes no livro matérias e artigos de jornais e revistas da época mostrando a luta de Samuel Benchimol a favor da preservação ambiental e da história do Amazonas. O lançamento do Livro tem o apoio da Associação dos Amigos do Arquivo Público do Pará (ARQPEP).

(com informações de Antonio Neto - do ARQPEP)

21.5.12

Fotos de Chikaoka nos levam à casa de Tó Teixeira

Tó Teixeira
Aberta em março, a mostra “Pra ter de onde se ir” traz imagens pouco conhecidas de Miguel Chikaoka artista convidado da 3ª edição do Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia. Entre elas, fotografias feitas na residência do músico Tó Teixeira.

No Museu da UFPA, a exposição, que tem curadoria de Mariano Klautau Filho, espalha-se em duas das salas, com fotografias feitas nos anos 1980 e outras décadas. Há cenas cotidianas ou de passagem de Miguel por vários municípios paraenses. Um espaço reservado, no entanto, chama atenção, em especial.

Nele, sobre uma mesa, vemos várias caixas cheias de memória. Dentro delas misturam-se fotografias. Algumas, da casa em que Miguel Chikaoka morava com a família e os irmãos em São Paulo, nos anos 1960, muito antes dele pensar em vir para Belém. Na outra, surge a residência de Tó Teixeira, um dos nomes mais importantes da música e do choro paraense. 

Miguel Chicaoka é paulista, nasceu em 1950, estudou engenharia na Universidade de Campinas (SP), onde se graduou em 1976 e depois disso morou entre 1977 e 1979 na cidade francesa de Nancy, onde frequentou a École Supérieure de Mécanique et Électricité, mas abandonou o curso antes de seu término. 

Já no início dos anos 1980, ele se afirma como fotojornalista, colaborando primeiramente com a Agência F/4 (entre os anos de 1981 e 1991) e, em seguida, com a N Imagens (entre 1991 e 1994). 

Desde então, Chikaoka vem se destacando como um dos mais singulares professores de fotografia do país, tendo exercido profunda influência sobre toda uma geração de fotógrafos paraenses graças a iniciativas como o Foto-Varal (que promovia exposições alternativas em locais públicos) e o grupo Fotoativa, que fundou em 1983 e foi transformada em associação em 2000, continuando em funcionamento até os dias de hoje.

Miguel chegou em Belém no início dos anos 1980. Em 1981 foi levado, por acaso, à casa do músico Tó Teixeira, por outro ‘chorão’, o saudoso Aldemir Ferreira da Silva, proprietário da Casa do Choro, o reduto mais efervescente do choro, na época, na cidade.

“Logo que cheguei a Belém conheci um grupo que atuava na Casa do Choro entre eles o Aldemir (Ferreira da Silva). Foi ele que me convidou pra ir até a Casa do Tó Teixeira. Enquanto os dois ficavam conversando eu andei pela casa e fiz várias fotos. Naquela época não me dava conta da importância de Tó Teixeira. Não sei direito o que o Aldemir foi fazer ali, acho que bater um papo. Lamento não ter me envolvido mais diretamente com o Tó, eu estava coadjuvante e só depois tive consciência de quem era ele”, diz Miguel revirando sua memória de 30 anos atrás. 

É fato. Nos anos 1980 Belém estava completamente envolvida, musicalmente, com a renovação do chorinho paraense, que a partir dali começava a ter espaços especificamente para se ouvir o ritmo. A Casa do Choro, idealizada por Aldemir, foi uma das pioneiras e reunia amigos e apaixonados por choro, incluindo aí, Miguel Chikaoka. 

Nas caixinhas expostas as fotografias mostram, portanto, duas casa, longe uma da outra. E dois destinos que se encontraram, embora rapidamente. 

Tó nasceu em 1895 e faleceu em 1982, um ano depois de ter sua casa fotografada por Miguel Chikaoka.

A ideia da montagem é brincar com as fotos, tentando descobrir de quem é uma e outra casa ali retratada, e também revirar a memória. Em algumas pode-se perceber claramente a casa de Tó Teixeira, músico consagrado na história da música popular e erudita paraense. 

Em algumas delas há um cartaz de aviso, onde se lê o endereço do músico: “Rua Domingos Marreiros, 340, entre Almirante Wandenkolk e Dom Romualdo de Seixas”. Em outra, há uma placa de aviso aos seus alunos, datada de 1969: “É favor que o bom aluno faz terminar a lição entregar o violão ao outro e retirar-se. Agradecido. Tó Teixeira”. Mas para decifrar outras é preciso mais atenção. 

Eis o jogo proposto ao público visitante, que além da diversão, pode sentir-se instigado a conhecer mais sobre a história deste músico, que dá nome à lei municipal de incentivo à cultura e atualmente também vem tendo sua vida e obra pesquisada pelo músico e estudioso Salomão Habib. 

Tó Teixeira - Antonio Teixeira do Nascimento Filho é um dos nomes importantes do choro paraense. Apesar disso, sua história ainda é pouco conhecida

Era negro, pobre, filho de um violonista chamado Aluísio Santos e que, por sua influência, teve contato com a música desde muito criança e, mais tarde, com seu grupo “Os desejados”, acabou se tornando uma das grandes expressões da música do Pará. 

Morou sempre no bairro do Umarizal, onde conviveu com seresteiros e boêmios de Belém. Era um artista popular e conhecedor das tradições culturais de rua, visíveis em pássaros juninos, bois-bumbás e pastorinhas do popular bairro negro e operário belenense. Por volta de 1925, Tó já freqüentava e era bastante conhecido nos espaços musicais da cidade. Sozinho ou acompanhado com seu grupo tocou em salões aristocráticos e em festas populares. 

A partir da década de 1930 atuou também nas ondas da rádio PRC-5, a Radio Clube do Pará, em vários momentos. Produziu em gêneros diversos que iam de peças de caráter popular ao clássico, passando por valsas, marchas, choros, sambas, batuques, maxixes, etc. Como muitos artistas paraenses Tó Teixeira viveu de outras atividades profissionais, foi encadernador afamado na cidade e o seu sustento em grande parte decorreu desta atividade. 

Em 1968 o pesquisador Vicente Salles fez um registro fonográfico de algumas músicas de Tó, mas tarde este material foi aproveitado no LP “Lá vem o tio Tó”, Editado por Marcos Pereira em 1976. 

O talento do músico também foi reconhecido com o lançamento do disco Música e Memória v. 2, produzido pelo Núcleo de Artes da UFPa em 1993. Atualmente, o músico Salomão Habib realiza um projeto que mergulha na vida e obra deste artista.

Serviço
O III Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia também continua com a mostra Memórias da Imagem aberta na Casa das Onze Janelas, reunindo obras de vinte e três artistas. A realização do Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia é do Jornal Diário do Pará. Patrocínio da Vale e Governo do Estado. Apoio Espaço Cultural Casa das Onze Janelas – SIM/Secult-PA, Museu da UFPA (Av. Givernador José Malcher, próx. à Generalíssimo), Sol Informática e Instituto de Artes do Pará. Informações: (91) 3184-9327 / (91) 8128-7527. www.diariocontemporaneo.com.br / imprensa@diarioconteporaneo.com.br / Twitter: @premiodiario. Visite as mostras de terça a domingo.

19.5.12

Delinquentes grava DVD na Praça da República

Neste domingo não vou faltar. Vamos saber com quantos decibéis se faz um show sob mangueiras. Literalemente. Uma das primeiras bandas punk e hardcore de Belém mostra o que aprendeu nestes 27 anos de história. Protestos aos conflitos urbanos, diferenças sociais e as relações humanas. Estes são os pontos que compõem as letras que irão agitar os amantes do rock paraense na gravação do DVD “Planeta dos Macacos”. O som começa a rolar a partir de 16h, na praça da República. 

“Esse será o nosso dia D, o 3º ponto mais importante da banda. Sendo o 1º e o 2º, respectivamente, o nosso surgimento e o lançamento do nosso 1º CD - Pequenos Delitos. A realização desse show-gravação é uma conquista de muito esforço e garra”, ressalta o vocalista Jayme Katarro.

Este será o primeiro registro de alta qualidade com a pretensão de mostrar a trajetória musical do Delinquentes ao longo de 27 anos de trabalho. O show ainda contará com participações de Sammliz Samm, da banda Madame Saatan; o percussionista Nazaco, da Banda Trio Manari; Leandro Pörkö, da Banda Baixo Calão; e Djair, da Antcorpus (Parauapebas). 

“Recebi com muita alegria e honra o convite para participar desse momento tão especial deles. A gravação desse dvd será muito especial para todos nós, que fazemos e apreciamos o rock feito em nossa cidade. Finalmente um registro a altura, para essa que é a grande banda paraense de rock e uma das referências da diversidade e riqueza cultural em nosso Estado. Máximo respeito ao Delinquentes", diz Sammliz Samm do Madame Saatan. 

A banda pretende atingir o máximo de energia. “Nosso show é motivado pela adrenalina, queremos um público fervoroso para que as imagens possam mostrar como é o nosso show de fato, sem a frieza de um estúdio fechado. Vamos mostrar nosso estilo marcante que vem desde os anos 80”, enfatiza Katarro. 

Atualmente a banda possui o estilo crossover, que é um híbrido do hardcore agressivo com a técnica do trash metal oitentista e moderno. Outras influências que a compõem são o rock industrial, o alternativo, o punk rock e a inusitada e irreverente mistura com o estilo regional, a exemplo da música Pescador de Mestre Lucindo com o Carimbó. 

Para o jornalista Ismael Machado, autor do livro Decibés sob Magueiras, os Delinquentes sempre mantiveram o estilo desde a época em que começaram a ensaiar nos anos 80. “Se há uma banda de rock que merece respeito em Belém, essa banda atende por Delinquentes, mesmo com algumas variações na sonoridade produzida por eles. Mas isso é reflexo das idas e vindas de integrantes. Quase balzaquiana, a banda ainda é um farol certo para novas gerações que fazem o rock pesado, seja ele punk, metal, crossover ou qualquer rótulo que se queira pôr.”

Dia D, gravação do DVD “Planeta dos Macacos” tem a chancela da carta de Lei de Incentivo do Estado do Pará – SEMEAR, é patrocinado pelo Programa Conexão Vivo, conta com o Co-patrocínio da Funtelpa. A realização é da Greenvision. O projeto conta com o apoio da Doceria Abelhuda, Circus Hamburgueria, Pizzu´p, Curso Exemplo, Central Rock, Fábrika Studio, Secult, Ná Figueredo, Instituto de Ciências e Artes da UFPA, Prefeitura Municipal de Belém, Governo do Estado do Pará, Comando Geral da Policia Militar, Ctbel e Dudú Sardo Mendes.