30.7.20

Ana Clara e Natália Matos lançam "Luz de Verão"

O lançamento da canção, uma parceria entre as cantoras e compositoras, ameniza as distâncias e celebra as afinidades artísticas, além da amizade entre elas. Luz de Verão chega às plataformas digitais nesta sexta-feira, 31, e ao YouTube, em lyric vídeo. Os links serão divulgados nas redes sociais das artistas. Ana Clara e Natalia Matos bateram um papo comigo sobre esse "reencontro" musical, os desafios e as novidades de suas carreiras em meio a pandemia.

A letra é de Ana e a música, de Natália. Composta em 2017,  “Luz de Verão” ganhou forma com a criação coletiva do arranjo, que traz memórias afetivas da música paraense e do pop, em parceria com Eduardo Feijó (violão e guitarra) e participação de Márcio Jardim (percussão). A gravação foi feita entre junho e julho do ano passado, por Assis Figueiredo, no Estúdio Apce, em Belém, e Rafael Montorfano, no Estúdio Lamparina, em São Paulo.

Também em 2019, Ana Clara e Natália fizeram um ensaio especial para a música com a fotógrafa Nathalia Almeida. Os registros dessas memórias de verão se transformaram em lyric vídeo produzido por João Vaz. Tirar a faixa da gaveta foi uma busca pela aproximação em tempos de isolamento, e é também um pouco de nostalgia dessa atmosfera de um mês de julho solar.

“É uma forma da gente estar junto, morando em cidades diferentes. E pensando nesse verão tão atípico, esquisito, sem poder estar junto, sem poder estar na rua, isso é uma forma de trazer essa atmosfera, pelo menos em forma de memória, de lembranças”, diz Ana Clara.

Para Natália, a canção revela uma busca pela estética ou linguagem que represente a singularidade da trajetória de cada uma.  “A música tem essa construção melódica do brega, com um riff de guitarra. As duas bebem no brega paraense, a Clara no pop, que é mais rock; eu, nos Boleros, e no pop também. A gente tentou trazer uma linguagem que tenha um frescor, que represente esse encontro. Do olhar uma da outra, da troca”, diz Matos.

Luz de Verão é só a segunda parceria delas, que já teceram inúmeras outras que estão por vir a tona. “Somos muito próximas e já temos vários movimentos de compor juntas, a primeira parceria se chama A Cura, gravada no primeiro CD da Natália. Depois rolaram outros movimentos. Tem letras que enviei pra ela e que talvez venham a virar canções”, comenta Ana.

Mergulho em processos criativos e novos projetos

Foto: Nathalia Almeida
Nestes últimos quatro meses, as duas tem se permitido a processos criativos. Atualmente vivendo no Rio de Janeiro, Natália trabalha na produção de seu terceiro disco, produzido por Alexandre Kassin.

O primeiro single “Tempo Lento”, já lançado em abril, mostra um pouco do que vem por aí: um álbum de canções inéditas com arranjos que dosam o pop do seu segundo disco com a latinidade de seu disco de estreia e avançam na força da diversidade de suas composições. 

A cantora mudou de São Paulo para o Rio de Janeiro, no inicio do processo todo da pandemia. Tinha uma viagem marcada pra Belém, um show marcado no Sesc, onde já iria apresentar parte das músicas do novo disco.

 “Eu tinha feito isso já, num show no BNDS em janeiro, no Rio, e ia fazer também em Belém, e ia aproveitar também a viagem pra gravar o Clipe de Tempo Lento, que é uma música, que inclusive lancei na pandemia, mesmo sem clipe, então, estava num processo, antes de vim tudo isso. Esse é um disco de 08 músicas, que está pronto, são músicas inéditas”, conta Natalia Matos, que permanece no Rio.

Em um primeiro momento, ela diz que foi bastante desafiador, e que deu “uma travada”, mas que depois as coisas começaram a fluir. “Eu comecei a estudar bastante Violão, e nesse último mês, tenho feito lives, tocando minhas próprias músicas, que era uma coisa que eu não fazia antes. Eu também pude entrar mais de cabeça nesse estudo, claro que com esse incomodo, que é uma tragédia o que está acontecendo no entorno, e que afeta muito a gente”, diz.

Além do violão, ela também se dedica a pintura. “Eu já desenhava, mas nunca tinha experimentado pintar. Tenho pintado e gostado bastante desse processo, e acho que devo usar isso, inclusive, pras coisas pro disco”, reflete. 

Foto: Nathalia Almeida
Já Ana Clara tem feio letras e retomado o bordado, além de desengavetar projetos antigos e se manter nas atividades de produção de conteúdo para internet com o Coletivo Parquet (@coletivoparquet), como o quadro “O que traz o futuro?”, que, neste momento de pandemia, traz reflexões sobre o que está por vir.

“Esse ano pegou a gente de surpresa", diz Ana que considera essa situação desafiadora em vários níveis. "A gente, que tem o privilégio de ficar em casa, se vê as voltas com as incertezas, mas também podendo olhar pra alguns processos. Eu me voltei para as atividades criativas de uma forma muito intensa, é o que tem segurado a minha onda, desde o começo".

Ana Clara tem se dedicado muito a escrita, algo que sempre esteve presente em sua produção, mas que agora ela acredita poder se dedicar mais. "Estou tendo a oportunidade de olhar com a devida atenção, lancei, inclusive, uma série de textos sobre este momento nas minhas redes, chamada “Cartas dos Isolamento. É algo que eu já planejava fazer e calhou com esse momento de maior introspecção”, continua.

No bordado ela diz que vem se aprofundando “na variedade das possibilidades criativas”. E musicalmente, resolveu levar adiante um projeto de longa data: gravar um disco com o Meio Amargo, do músico e também compositor Lucas Padilha. “A gente estava aquecendo este processo, entrando já numa etapa mais prática, quando essa situação toda eclodiu. Então a gente está meio que devagarzinho retomando. Passado o susto inicial, os problemas que cada um teve que lidar, nas suas realidades particulares, a gente está cuidando”, conclui Ana Clara.    

Serviço
Lançamento do single Luz de Verão, de Ana Clara e Natália Matos, dia 31 de julho, em todas as plataformas digitais e com lyric video no YouTube. Os links serão divulgados nas redes das artistas.

Instagram:
@anaclara.nm
@natalia_matos

Facebook:
facebook.com/musica.anaclara
facebook.com/nataliamatosoficial

Ficha técnica
Luz de Verão (Ana Clara/Natália Matos)
  • Ana Clara – voz e microkorg
  • Natália Matos – voz
  • Eduardo Feijó – violão e guitarra
  • Márcio Jardim – percussão
  • Gravada por Assis Figueiredo no estúdio Apce Music, em Belém, e por Rafael Montorfano no estúdio Lamparina, em São Paulo, entre junho e julho de 2019. 
  • Mixada e masterizada por Assis Figueiredo.
  • Fotos de divulgação: Nathalia Almeida.
  • Design gráfico: João Vaz.

28.7.20

Iris da Selva lança Ep com veia musical de Icoaraci

Vinda dos rios da Amazônia, a cantora mistura os cantos e o tambor do carimbó com as energias do rock produzidos da vila de Icoaraci. Iris da Selva carrega de sensibilidade e força vindas das encantarias das águas o primeiro EP que ela lança nesta sexta-feira, 31, com uma live, às 17h, em suas redes sociais, colaborando com o movimento #fiqueemcasa. 

Iris saiu do Pará logo cedo para se encontrar, foi por aí com o violão debaixo do braço, e lá pelo sul foi onde também ela se construiu e enredou laços. No retorno à Amazônia começou a construir nos magueios pelas ruas, nos ônibus da cidade e paralelamente vem vivendo o carimbó de Icoaraci, junto com mestras e mestres. É assim que nasce o trabalho que chega agora ao público com uma poética própria.

A repercussão em trabalhos autorais e covers, muito compartilhados em redes sociais, rendeu a Íris, o segundo semestre de 2019 o segundo lugar no festival Outros Nativos, em Belém do Pará, e é a partir dessa vitória que o sonho do EP se concretiza.

O sol em áries e a perseverança que se nota pelos olhos, traz a potência necessária para as letras de suas canções. A jovem artista do norte do Brasil é uma grande promessa da atual geração compositores da música paraense e já vem conquistando público por onde passa, obtendo alcance nacional pela rede mundial de computadores.

Música que inunda a alma com poesia e delicadeza

Nesta sexta, 31, a proposta é nos inundar com as água desse rio, que passa, nos leva e nos faz sentir, como pedaço de nós. O EP contará com 4 canções: Sereia do Rio, Três Marias, Meu pequeno eu e Canto pra Odoya. 

“Quando escrevi essas canções, não foi pensando num EP, nem num álbum… Elas aconteceram a partir da experiência, lógico, e da necessidade de expressar em melodias”, diz Iris.

A cantora antecipa que todas as músicas falam de mulheres e de amor, mas tudo isso “num sentido mais amplo da coisa. O nome ‘das águas desse rio’ é muito daqui mesmo. Nem soa tão original, porque é de costume nosso citar o rio.. mas é...Também assumo que esse rio passa por mim e que eu sou ele”.

Em Sereia do Rio, ela diz “E no fim tu hás de ver que as coisas por mais leves, são as únicas que o vento não consegue levar, mas que o rio carrega, pra lá e pra cá”. As sereias muitas vezes são consideradas mundanas pelos cristãos, espécie de feiticeiras que atraem os homens. Na realidade, no Pará de hoje, o número feminicídio é brutal, cometidos entre rios, estradas, no meio da selva.

“Tem muitas histórias de sereias sufocadas, engatadas, caladas. Como há também aquelas que resistem, convocam greve, incitam fuga em massa, de mulheres super exploradas e em condições desumanas, dos garimpos lá pra banda do Cuiu-Cuiu, outras que estão diárias, lúcidas, com suas poções e suas distintas personalidades. A sereia sempre volta e canta, a sereia canta no rio, de Oxum, várias divindades”, continua Iris. 

Em Canto para Odoyá, pontua: "Lá vem, lá vem de azul, me levar pra ilha escondida dentro de mim…". Nesta canção, Íris fala da sua relação com a força do mar e com a rainha Iemanjá, que considera sua avó, por ser mãe de seu pai de cabeça. “Muito respeito por essa canção e pelo processo de criação dela”, comenta. 

Já em Três Marias, ela volta a se referir à sereia, aquela que se comunica com os ancestrais da cura, da força, da boca da mata e das urbanidades do agora pelo meio dos edifícios rentes ao rio, encostados. “Calma Maria, não conte assim seus planos pra qualquer pessoa…”. Como se pudesse pedir calma a Maria, ela que absorve tanta coisa. O que faz Íris é levar calma: “Você tem a força do vento”.

Por fim, ela canta em Meu pequeno eu: “o puro se sujou a lágrima caiu, de tanto que pingou, agora virou rio”. Iris conta que esta é uma música desabafo, retirada dos diários antigos. “Relendo o que escrevo pra mim no futuro, não consigo me acostumar ainda, continuo me decepcionando comigo e com o mundo. Não conseguir dizer o que eu sinto. É mais fácil escapar, resgatar memórias, sem enfrentar momentos de falar o que eu sinto”, conclui.

Ficha técnica (live)
  • Banda: íris da selva (voz violão e banjo) Adrian neves ( percussão) Lucas Di Freitas ( percussão) Hugo Caetano ( percussão) Karina dias ( backvocal/ maracas) Fred William ( flauta). 
Equipe técnica 
  • Produção: Bruna Suelen
  • Apoio/produção: Luah Sampaio, Luiza Cabral, Tatiana Diniz e Patrícia Silva
  • Vídeo: Francisco Siso 
  • Transmissão: Mateus Leão 
  • Áudio: Luyan Salles 
  • Fotos: Uirandê Gomes 
  • Arte e Projeto Gráfico: Karina dias, Jeff Douglas e Junior Ferreira
  • Gravação: Marcel Barreto/ Budakaos 
  • Editora: Namusic
Serviço
EP “Das águas desse rio”,  disponível a partir desta sexta-feira, 31, nos aplicativos de áudio Spotify e Youtube. Na mesma data, Íris da Selva faz uma live, transmitida em seus canais a partir das 17h, anotem:

Instagram: 
@irisdaselva 

Facebook: 
Iris da Selva

Youtube: 
Iris da Selva

27.7.20

Michelle Cunha é a ilustradora escolhida da Natura

Michelle Cunha
(Fotos: divulgação)
Exagerado. Colorido. Vibrante. O trabalho da paraense radicada em Brasília chamou a atenção da empresa, que enxergou em seus traços exatamente aquilo que buscavam para representar a edição comemorativa de 20 anos da Natura Ekos, marca que é símbolo da conexão com a Floresta Amazônica. 

Para Michelle Cunha, artista visual, ilustradora, muralista e arte educadora, só há - desde que entendeu que a vida era arte e a arte, sua vida – essa forma de enxergar o mundo. Com uma influência inconfundível do calor alegre e festivo de sua terra natal, o Pará, Michelle acaba de se tornar a primeira artista nortista a ser escolhida para ilustrar uma linha de produtos da Natura.

Para celebrar as duas décadas de existência, produtos da linha Castanha (hidratante, sabonete líquido para as mãos, creme para as mãos e creme para os pés) terão uma embalagem comemorativa criada por Michelle. Segundo a artista, que foi escolhida entre dezenas de profissionais, o processo foi longo e gratificante. 

“A principio queriam que eu fizesse algo digitalizado”, lembra Michelle, “mas o meu trabalho é com tinta e foi com esse trabalho que eles se identificaram, então fiz questão de pintar cada esboço. Foi uma trabalheira, pois cada alteração que me pediram eu tinha que redesenhar tudo, então foram dezenas de ilustrações, mas fiquei muito feliz com o resultado final”, conta a paraense.

Michelle comemora o reconhecimento não apenas no que diz respeito à sua trajetória profissional, mas também como um marco simbólico para dar visibilidade à arte e também às mulheres artistas da região Norte. “É bastante gratificante e simbólico pra mim ser a primeira artista paraense que desenha para essa linha de produtos com insumos da Amazônia˜, diz. 

“A Natura está há 20 anos na região Norte coletando os insumos da Amazônia e nunca uma artista de lá havia sido convidada para fazer esse trabalho, então é uma questão de representativade e visibilidade. É uma porta que demorou, mas que finalmente se abriu não só pra mim como para outras manas artistas paraenses. Por mais visibilidade e reconhecimento de que existimos, produzimos coisas maravilhosas e resistimos sendo mulheres artistas da Amazônia”, celebra.

(Holofote Virtual com informações da assessoria de imprensa)

21.7.20

A construção de novos futuros na pós-pandemia

Nina Silva 
Nesta semana, o Festival Oi Futuro traz reflexões sobre inovação em debates inéditos de pensadores e líderes brasileiros e estrangeiros. Online e gratuita, a programação será transmitida em tempo real nos dias 23 e 24 de julho, quinta e sexta-feira, a partir das 17h. As mesas vão reunir especialistas em inteligência artificial, realidade virtual, ciência, diversidade, ética, arte e empatia, como Safiya Noble, Martha Cotton, Silvio Meira,Tonya Nelson, Jaqueline Goes de Jesus, Stevens Rehen, Tiago Mattos, Nina Silva e outros. Inscrições no site.

Como será o mundo pós-pandemia? Como seguir em frente diante de tantas incertezas? Como podemos criar novos futuros? Nos dias 23 e 24 de julho, o Festival Oi Futuro traz encontros inéditos de grandes nomes brasileiros e estrangeiros que são referência em inovação e tecnologia, trazendo novas visões do futuro a partir da perspectiva da inteligência artificial, da realidade virtual, da diversidade, da ética, da arte e da empatia. 

“Neste momento de grandes transformações, precisamos refletir sobre o futuro que temos pela frente e como podemos torná-lo mais humano, mais diverso e mais inclusivo. Com a criação deste Festival, o Oi Futuro promove um espaço de debate de alto nível para gerar visões propositivas e construtivas, renovar a energia de todos”, diz Suzana Santos, presidente do instituto Oi Futuro.

Na mesa de abertura, o executivo Rodrigo Abreu, CEO da Oi, e o futurista Tiago Mattos vão falar sobre os desafios da inovação tecnológica, hiperconexão e novos modelos de experiência. Entre os especialistas estrangeiros que vão participar das mesas estão: a pesquisadora americana e professora da UCLA Safiya Noble, que vai discutir como os algoritmos podem reforçar a discriminação; a designer e pesquisadora americana Martha Cotton, diretora da Fjord/Accenture e especialista em tendências de consumo; a britânica Tonya Nelson, diretora de Arte, Tecnologia e Inovação do Arts Council England.

Martha Cotton
Entre os participantes brasileiros estão: o educador Silvio Meira, que estará ao lado de Martha Cotton debatendo novas formas de pensar e aprender no pós-pandemia; o neurocientista Stevens Rehen, da UFRJ, que falará sobre os desafios da ciência, ao lado da pesquisadora de biotecnologia Jaqueline Goes de Jesus, uma das responsáveis pelo sequenciamento genético do novo coronavírus nos primeiros casos na América Latina. 

A programação também trará Nina Silva, CEO do Movimento Black Money, que discutirá transformação digital e reinvenção cultural ao lado de Tonya Nelson; o curador Marcello Dantas e o executivo Roberto Guimarães, gerente executivo de Cultura do Oi Futuro, que estarão lado a lado falando sobre como a arte pode nos ajudar a reinventar a realidade daqui para frente; o advogado Sergio Branco, do ITS, que estará ao lado de Safiya Noble falando sobre ética e humanidade na inteligência artificial; os pesquisadores Daniela Klaiman e Rodrigo Terra, especializados em realidade virtual, aumentada e mista, que vão discutir o uso de narrativas imersivas para gerar empatia; o empreendedor Paulo Rogério Nunes e a ativista Christiane Silva Pinto, que vão abordar a questão da diversidade para a inovação. 

A programação tem curadoria da dupla Gabriela Agustini e Silvana Bahia, do Olabi, em parceria com a equipe do Oi futuro. Confira a programação completa: https://oifuturo.org.br/festivaloifuturo/
“Arte, ciência, tecnologia, comunicação, educação, desafios organizacionais levantam perguntas que formam os questionamentos contemporâneos e podem ampliar as nossas referências para construir futuros desejáveis”, diz Gabriela Agustini.

PROGRAMAÇÃO

23/07 (quinta-feira)

17h – Abertura: Suzana Santos (instituto Oi Futuro)
17h10 – Mesa: “O futuro já está entre nós”
            Rodrigo Abreu (CEO da Oi) + Tiago Mattos
18h – Mesa: “Novas formas de pensar para tempos incertos”
            Silvio Meira + Martha Cotton (EUA)
18h50 – Mesa: “Transformação digital ou reinvenção cultural?”
            Tonya Nelson (UK) + Nina Silva
19h40 – Mesa: “Ética e humanidade na inteligência artificial”
            Safiya Noble (EUA) + Sergio Branco
20h20 – Encerramento: Bernardo Scudieri (instituto Oi Futuro)

24/07 (sexta-feira)

17h – Abertura: Suzana Santos (instituto Oi Futuro)
17h10 – Mesa: “Ciência na linha de frente”
            Stevens Rehen + Jaqueline Goes de Jesus
18h – Mesa: “Virtualmente real? Imersos em novas realidades”
            Daniela Klaiman + Rodrigo Terra
18h50 – Mesa: “A diversidade move a inovação. E quem move a diversidade?”
            Chris Pinto + Paulo Rogério Nunes
19h40 – Mesa: “Arte e a reinvenção da realidade”
            Roberto Guimarães + Marcello Dantas
20h20 – Encerramento: Sara Crosman (instituto Oi Futuro)

Mais informações sobre o projeto e seus convidados:  site.

16.7.20

Amazônia Doc divulga selecionados e data em 2020

O 6º Amazônia Doc – Festival Pan Amazônico de Cinema 3 em 1 divulgou, nesta quinta-feira, 16, a lista dos filmes que foram selecionados para a Mostra Competitiva Pan-Amazônica da edição de 2020, finalmente confirmada para o período de 05 a 23 de setembro, em versão totalmente on line. 

E não haverá apenas exibição de filmes, a programação conta ainda com oficinas, bate-papos e masterclass, que serão transmitidas gratuitamente pela plataforma de streaming CINEAMAZÔNA, uma novidade na região, que será lançada na abertura do evento, seguindo em funcionamento com foco em disponibilizar filmes e séries de ficção e documentários da Pan-Amazônia. 

A Mostra Pan-amazônica é uma Mostra Internacional, que apresenta um painel da produção de cinema documental do Brasil e seus vizinhos amazônicos - A grande Amazônia. A curadoria do Amazônia Doc assistiu mais de 300 filmes, de nove países. Este ano, competem 16 curtas metragens vindos de 7 Estados brasileiros e do DF, além de filmes da Colômbia e do Peru, países da Amazônia Legal. São ainda mais 17 filmes entre longas e médias metragens vindos de mais 4 estados brasileiros e do DF, além da Colômbia, Peru e Guiana Francesa, que também estão na competição.

O Amazônia Doc inova nesta sexta edição e une a sua programação, a realização de mais dois festivais. O 1º  Festival Curta Escolas contará com a Mostra Competitiva Primeiro Olhar, reunindo curtas documentários inscritos por jovens das Escolas Públicas do Estado. O edital de inscrições estará disponível no site dia O5 de agosto e a exibição dos selecionados será feita pela TV CULTURA, chegando aos 144 municípios paraenses. Já o 1º Festival As Amazonas do Cinema, cujas inscrições encerraram em junho, vai reunir documentários de mulheres diretoras da Amazônia. O resultado dos filmes selecionados em breve será divulgado.

Fui dar uma olhada na lista e um dos filmes selecionados é "A Praga do Cinema Brasileiro”, de William Alves e Zefel Coff. O curta faz uma abordagem política e histórica do país, por meio de arquivos audiovisuais. Traz ainda imagens inéditas do personagem Zé do Caixão em um passeio por Brasília. A sinopse diz o seguinte: Zé do Caixão (José Mojica Marins) joga uma praga em Brasília, liberando todos os filmes de questionamento político feitos na rica produção nacional desde o início anos 1960.

A reinvenção provocada pela pandemia

Zé do Caixão, no filme "A Praga do Cinema Brasileiro" 
O Amazônia Doc 3 em 1 deveria ter sido lançado publicamente em março para ser realizado em maio, mas tudo precisou ser reinventado em meio a pandemia do corona vírus. Entre abril e junho, enquanto os novos rumos iam se configurando, o projeto não parou. 

Produziu um catálogo de filmes paraenses para a Mostra Égua do Filme, que pode ser acessada em seu site (www.amazoniadoc.com); fez o lançamento do documentário “Boi Pavulagem, Boi do Mundo”, de Homero Flávio e Ursula Vidal; e seguiu com as inscrições para as mostras Pan Amazônicas e das Amazonas do Cinema.

‘O ano de 2020 foi atravessado por uma crise de saúde pública sem precedentes que transformou nossas rotinas, nossas vidas e nos colocou recolhidos dentro de nossas casas, forçando uma reinvenção de todas as nossas atividades, inclusive as culturais que costumavam acontecer num ambiente de reunião calorosa e de muitas pessoas”, diz Zienhe Castro, da Direção do festival.

O Festival de Cinema AMAZÔNIA DOC é uma realização do Instituto Culta da Amazônia, com a Co-realizacão do Instituto Márcio Tuma; patrocínio da Equatorial Energia, por meio da Lei Semear de Incentivo à Cultura - Fundação Cultural do Pará - Governo do Pará. A produção é da ZFilmes; parceria do SESC e apoio cultural da Rede Cultura de Comunicação; Ufpa - Curso de Cinema e Estrela do Norte - Elo Company.

MOSTRA COMPETITIVA PAN AMAZÔNICA

CURTAS-METRAGENS:

Imagens De Um Sonho
DIREÇÃO: Leandro Olimpio
SÃO PAULO, BRASIL

Nasa Yuwe, Língua Mãe
DIREÇÃO: Yaid Bolaños, Mateo Leguizamón
BOGOTÁ, COLÔMBIA

Ruído Branco
DIREÇÃO: Gabriel Fonseca
SÃO PAULO, BRASIL

Copacabana Madureira
DIREÇÃO: Leonardo Martinelli
RIO DE JANEIRO, BRASIL

O Mestre da Farinha
DIREÇÃO: Leandro Miranda, Luiza Fecarotta
MINAS GERAIS, BRASIL

A Viagem de Ícaro
DIREÇÃO: Kaco Olimpio, Larissa Fernandes
GOIÁS, BRASIL

À beira do planeta mainha soprou a gente
DIREÇÃO: Bruna Barros, Bruna Castro
BAHIA, BRASIL

Ferroada
DIREÇÃO: Adriana Barbosa, Bruno Mello Castanho
SÃO PAULO, BRASIL

Mãe Chuva
DIREÇÃO: Alberto Flores Vilca
BUENOS AIRES, ARGENTINA

Preciso Dizer que Te Amo
DIREÇÃO: Ariel Nobre
SÃO PAULO, BRASIL

Filhas de Lavadeiras
DIREÇÃO: Edileuza Penha de Souza
DISTRITO FEDERAL, BRASIL

Fantasia de Índio
DIREÇÃO: Manuela Andrade
PERNAMBUCO, BRASIL

A Morte Branca do Feiticeiro Negro
DIREÇÃO: Rodrigo Ribeiro
SANTA CATARINA, BRASIL

Homens Invisíveis
DIREÇÃO: Luis Carlos de Alencar
RIO DE JANEIRO, BRASIL

Bicha-bomba
DIREÇÃO: Renan de Cillo
RIO DE JANEIRO, BRASIL

Ary y Yo
DIREÇÃO: Adriana Farias
PARÁ, BRASIL

MÉDIAS / LONGAS-METRAGENS

HMONG FROM JAVOUHEY
DIREÇÃO: François Gruson
GUIANA FRANCESA

A praga do cinema brasileiro
DIREÇÃO: Zefel Coff e William Alves
DISTRITO FEDERAL, BRASIL

Jaçanã
DIREÇÃO: Clarissa Virmond, Laryssa Machada, Yasmin Alves
SÃO PAULO, BRASIL

Quentura
DIREÇÃO: Mari Corrêa
SÃO PAULO, BRASIL

Jaburu
DIREÇÃO: Chico Carneiro
PARÁ, BRASIL

As We Are
DIREÇÃO: José Carlos García, Carlos Granda
PERU

Soldados da Borracha
DIREÇÃO: Wolney Oliveira
CEARÁ, BRASIL

Mestre Cupijó e Seu Ritmo
DIREÇÃO: JORANE CASTRO
PARÁ, BRASIL

Servidão
DIREÇÃO: Renato Barbieri
DISTRITO FEDERAL, BRASIL

Amoka
DIREÇÃO: Maria Jose Bermudez Jurado
BOGOTÁ, COLOMBIA

Maria Luiza
DIREÇÃO: Marcelo Díaz
DISTRITO FEDERAL, BRASIL

A nossa bandeira jamais será vermelha
DIREÇÃO: Pablo Lopez Guelli
SÃO PAULO, BRASIL

Transamazonia
DIREÇÃO: Renata Taylor, Bea Morbach, Débora McDowell
PARÁ, BRASIL

Homo botanicus
DIREÇÃO: Guillermo Quintero
BOGOTÁ, COLOMBIA

Xadalu e o Jaguaretê
DIREÇÃO: Tiago Bortolini de Castro
RIO GRANDE DO SUL, BRASIL

Eu, um outro: uma experiência na justiça do trabalho
DIREÇÃO: Maiara Líbano
RIO DE JANEIRO, BRASIL

Amazônia Sociedade Anônima
DIREÇÃO: Estêvão Ciavatta
RIO DE JANEIRO, BRASIL

14.7.20

Neste sábado tem Amostraí Virtual ao vivo pelo FB

O Casarão do Boneco traz nesta edição do Amostraí Virtual, quatro histórias, com apresentação, ao vivo, de Adriana Cruz, pela página do coletivo no Facebook, a partir das 17h. Nesta edição além de buscar recursos para manutenção do espaço físico, as doações serão também revertidas para ajudar artistas que estão passando por dificuldades financeiras. Seguimos então na base do pague quanto puder, mas agora com depósitos bancários, veja os dados no final da matéria.

Na telinha do seu celular ou do computador, vais poder ver a contação “A Pricensa Jia”, com Ester Sá, uma história baseada num conto de encantamento recolhido por Câmara Cascudo. Fala sobre a capacidade de olhar além das aparências.

Outra atração traz brincadeiras poéticas e musicais, com o grupo Literomusical Girandolando, que reúne Cris Rodrigues, Giselle Griz e Rita Melém, apresentando “Histórias Engatada”, inspirada num gato muito travesso chamado Millôr Quintana.

Vamos ter ainda o Grupo Folha de Papel, com Ajota Takashi e Tais Sawaki, que apresentará “A Quase Morte de Zé Malandro”, contação de história baseada no livro de Ricardo Azevedo e inspirada nos contos populares brasileiros. Traz a história do único homem que se tem notícia de que conseguiu enganar a morte.

Para encerrar, “Quirck”, uma história de Lucas Alberto e Pedro Olaia, artistas paraenses que integram o Coletivo Casarão do Boneco, a partir de questionamentos a respeito da educação compartilhada com as crianças atualmente. 

A narrativa é performática, feita para crianças e pessoas com coração de criança. Aborda questões que envolvem um grande número de pessoas que desde a infância enfrentam problemas com as questões de gênero e sexualidade, principalmente devido às regras impostas pela sociedade e ditas como normalidade.

Serviço
Amostraí Virtual de Julho. Neste sábado, 18h, com transmissão ao vivo pelo facebook, a partir das 17h. Para colaborar com a manutenção do Casarão Pague Quanto Puder. Mais informações pelo celular: (91) 99175.3114. Abaixo as contas disponíveis para sua colaboração:

Maria de Fátima de Souza Sobrinho
Caixa Econômica Federal 
Ag. 0022
C/Poupança 31965-3   
CPF  049. 559. 942-53

Leonel Rodrigues Ferreira
Banco do Brasil
Ag. 2946-7
C/C:  716.222-7
CPF: 395.501.252-20

Virgínia Abasto
Nu Bank
Ab. 0001
C/C 63587988-6
CPF 536.329.232-72

13.7.20

Moeda Verde fecha nova parceria em Igarapé Açu

Nada melhor do que começar a semana destacando uma iniciativa que merece todo apoio e incentivo. O Movimento Moeda Verde implantado há dois anos em Igarapé-Açu, município da região nordeste do Estado, vem trazendo soluções para o descarte indevido de lixo reciclável na natureza, uma cultura caótica em todo o mundo. O projeto vem tendo êxito junto a população e acaba de dar mais um passo importantíssimo para manutenção e extensão de suas atividades.

Encampado pela sociedade civil, o projeto também já havia conquistado a parceria com o empresariado local, e agora ganha mais um braço fundamental, iniciando uma nova etapa! O prefeito Normando Riachão assinou, neste sábado, 11, o Termo de Colaboração com o Movimento Moeda Verde, numa cerimônia realizada na Central de Valorização de Resíduos de Igarapé-Açu. 

O Convênio com a Prefeitura garante a concessão de um caminhão para que seja feita a coleta do material reciclável junto aos comerciantes, que doam seu lixo reciclável, ou buscar, por meio de agendamento, material na casa das pessoas. Elas também podem ir até o galpão, que também é cedido pela prefeitura, e onde funciona a Central de Valorização de Resíduos. Para o que é entregue, dependendo da categoria - a quantidade pode ser de 1 a 3 quilos -  se recebe 1 moeda verde, que equivale a R$ 1,00. Há uma tabela para isso, disponível nas redes sociais do projeto.

Tudo é levado para um galpão, que também é subsidiado pela prefeitura, onde os resíduos passam por um trabalho de limpeza e organização, voltando ao mercado para resgate da própria moeda verde. Uma equipe pequena, de 10 pessoas trabalha nesta organização e reciclagem. E graças ao convênio com a prefeitura, estes funcionários terão seu pagamento garantido, mesmo em meio à pandemia do novo coronavírus, que quase inviabilizou tudo.

“Eles vão fazer repasse financeiro mensal para subsidiar as ações do Moeda, pois neste momento é fundamental. O mercado de recicláveis desabou nesta pandemia. O quilo do papel branco, que era vendido por 40 centavos, agora despencou para 3. Íamos estagnar, por isso estamos comemorando bastante a parceria com o poder público”, explica Carol Magalhães, uma das coordenadoras do movimento.

Além de inflacionar esse mercado, a pandemia também inviabilizou as ações públicas do Movimento Moeda Verde, realizados para que haja o resgate da Moeda Verde distribuída no município. “Quando a gente vende esse material reciclável, por enquanto apenas enfardado, parte dele é para resgatar as moedas que estão no comércio e outra parte vinha para ações do projeto, inclusive para pagamento das pessoas que trabalham diretamente no projeto. “Fazíamos eventos itinerantes chegando a vilas próximas, a última na Vila de Santo Antônio do Prata, num evento coletamos quase 10 toneladas de material reciclável”, diz Carol.

A moeda verde é usada não somente nas redes de supermercado, o que tem ajudado a matar a fome de muita gente, mas também as academias de ginastica, studio de pilates e outros empreendimentos também já aderiram o movimento e recebem a moeda verde. O movimento também vem ganhando voluntários que ajudam a difundir a iniciativa pelos meios digitais, explicando para a população a relevância de sua colaboração.

Toneladas de lixo deixam de ir para os rios e floresta

Foi observando a quantidade de lixo descartados nosrios e e  igarapés que alguns moradores perceberam que algo precisava ser feito. A estimativa nacional feita pelo Ministério do meio Ambiente, é que cada um de nós produz um quilo de lixo por dia. Em Igarapé Açu vivem cerca de 38 mil habitantes, que geram cerca de 38 mil quilos de lixo/dia, equivalendo a 1 milhão 140 mil quilos de lixo por mês. Desse montante estima-se que 456 toneladas são de resíduos recicláveis. 

“E isso tudo poderia ir direto para o lixo e consequentemente para o meio ambiente. É o que estamos tentando evitar, da melhor forma possível, empreendendo e buscando a conscientização das pessoas”, continua Carol. 

A parceria com a Prefeitura da cidade firma um tripé importante e desejado, formado por sociedade civil, empresariado e poder público, que vai impulsionar o Movimento Moeda Verde à ampliação de suas ações de educação ambiental e de implantação da coleta seletiva em Igarapé-Açu.

“Este foi um primeiro passo para iniciarmos a implantação do programa de coleta seletiva em Igarapé Açu, oficialmente. Em parceria com a SEMMA, vamos articular a criação de um Fórum para que a gente possa dialogar com a cidade sobre o modelo de coleta seletiva que nós sonhamos para Igarapé Açu e construir o nosso projeto para que seja inclusivo, economicamente viável e ambientalmente sustentável”, finaliza Carol Magalhães.

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3.7.20

Diego Lavareda lança single assinando como Santis

O isolamento tem aflorado a produtividade de artistas de todas as linguagens, mas nada se compara a produção musical, que não só invadem lives, como também gera novos produtos.  “Carta aos Guardiões”, por exemplo, já está nas plataformas digitais. É de autoria de Diogo Lavareda, que integrava Kaymakan, banda que marcou uma época, no inicio dos anos 2000, em Belém, e agora assina seus trabalhos como Santis, em carreira solo. 

A música reflete os desejos de proteção, união e oração das pessoas, neste momento difícil da pandemia do novo coronavírus. É a primeira faixa de uma série que farão parte de um EP digital. A decisão de lançar uma música depois de 14 anos da banda acabar, veio da vontade de se expressar nesse momento e para marcar uma nova fase de vida e de carreira musical independente. O trabalho precisou ser realizado a distância. E assim, foi gravado de forma em cidades e até países diferentes.

Santis gravou em sua casa, na região Oeste do Canadá. Já Bruno Habib, que fez os teclados, programação de bateria e baixo e assinou a produção e mixagem, fez tudo de casa, em Belém. Rômulo Aguiar, na guitarra e sua companheira Delphine La Emanuelle na flauta transversal gravaram em casa na Suíça; e Lenis Rino, fez a percussão diretamente de sua casa, em Minas Gerais. 

Vale lembrar que Santis, Bruno Habib e Rômulo Aguiar tocavam juntos na época da banda Kaymakan. Já Lenis Rino, tem uma carreira mineira e tocou com a cantora e compositora Fernanda Takai.  A Kaymakan, para que não lembra, unia originalidade e batidas contagiantes, misturando poesia e temas da consciência ambiental.  

Tendo como base o Carimbó, ritmo característico do Pará, o trabalho da banda resultava numa mistura pop com levadas de rock e reggae. Em junho de 2018, chegou a voltar aos palcos de Belém, ao lado de outra banda de sua mesma época, a banda Sevilha, mas tudo ficou por lá mesmo.

Ouça:
Carta aos Guardiões

Mercado do Choro retoma ensaios para o 2o álbum

Nascido nas ruas, praças e mercados da cidade de Belém, o grupo se reinventa e se prepara para começar a gravar um novo CD, com incentivos oriundos de emenda parlamentar. E também faz uma adequação no projeto “O Mercado do Choro roda a cidade”, contemplado pelo edital Banco da Amazônia, prevendo inicialmente uma oficina e um video clipe.

A ideia inicial do projeto selecionado pelo edital do Banco da Amazonia, além da produção e lançamento do videoclipe, estaria realização de uma oficina para crianças da comunidade que vive no entorno do Mercado do Porto do Sal, onde o grupo costuma se apresentar sempre, em parceria com o Coletivo Aparelho, que tem um trabalho de ocupação artística e social no local.

A oficina, por motivos óbvios de pandemia x isolamento social, ainda não será possível, mas continua na meta do projeto. A ideia agora é gravar o videoclipe em outubro, para lançar em dezembro. Em novembro, o grupo fará duas lives, dentro desse mesmo projeto, e fará doação de instrumentos musicais às comunidades do Porto do Sal. 

Essa foi a maneira de reverter todo um planejamento, assim foi também em relação a gravação do segundo álbum, "Passeio Publico". O processo de produção e composição desse novo trabalho seria realizado durante as conhecidas rodas de choro nos mercados de Belém, mas por enquanto, os ensaios para gravar o 2º álbum do Mercado serão dentro de um estúdio.

“O nosso processo de composição funcionou durante o isolamento social e assim seguimos os ensaios, primeiro online e agora vamos retomando aos poucos. Em julho estamos retornando em estúdio para iniciar a gravação desse novo trabalho. Um momento diferente para qualquer músico, em especial, pra nós que tocamos em mercados”, explicou Carla Cabral, cavaquinhista do Mercado do Choro.

Lançamento faixa a faixa a partir de setembro

Foto: Marcelo Lélis
Entre os ritmos que marcam as faixas do álbum "Passeio Público" estão o Baião, Maxixe e o Choro, claro, além dos  ritmos paraenses. 

"O nosso Choro é carregado de sotaques dos gêneros musicais daqui, então vai ter um pouco de carimbó, por exemplo, mas não que a gente apresente um carimbó, é que estamos influenciados por esse e outros ritmos, e também por compositores como Sebastião Tapajós, Adamor, Mestre Vieira. Tudo que tocamos é uma forma de reverenciar esses artistas", disse Carla ao Holofote Virtual.

Ela lembra também, o quanto o Mercado do Choro reverencia também a própria cidade. "Todas as nossas ações sempre serão para mostrar o quanto essa cidade é rica e o quando nos inspira", diz Carla  "Vamos citar lugares que gostaríamos de viver alguma coisa, trazer paisagem sonora da cidade que é cheia de sons e a gente, mesmo que tenhamos que ensaiar distantes do público e um do outro, vamos estar falando dos nossos encontros e do que a gente viveu", continua.  O disco começa a ser lançado, faixa a faixa, em setembro. O público vai ouvir os singles e até dezembro, a tiragem física deve ser lançada, nao se sabe ainda que presencialmente ou com outras lives.

O Mercado do Choro começa sua trajetória em 2013, reunindo músicos dedicados à pesquisa e criação do gênero musical choro. O grupo passou a se encontrar mensalmente em praças e mercados, ressignificando o passeio público; valorizando o patrimônio histórico; convidando as pessoas para as rodas de choro, mas principalmente convidando-as a reconhecer a cidade.

Formado por Carla Cabral, no cavaco; Diego Santos (violão de sete cordas); Gabriel Ventura (pandeiro) e Tiago Amaral (clarinete), o Mercado do Choro já realizou turnê pela Europa, em março e abril de 2018, como convidado do renomado Festival Internacional de Choro de Paris, estendendo-se também as cidades de Amsterdam na Holanda e Lyon na França. No mesmo ano participou também como convidado do XXXI Festival Internacional de Música do Pará, um dos maiores festivais da região. 

Enquanto aguarda-se o videoclipe e o novo álbum, que tal ouvir:
Mercado do Choro

Ouça também, o podcast:
Com Carla Cabral

2.7.20

Fotobiografia de Bibi Ferreira para ler e ver online

Considerada uma das artistas mais importantes dos palcos brasileiros, a atriz teria completado 98 anos, no dia 1º de junho. Documentando mais de 7 décadas de sua trajetória, foi lançada, ano passado, a segunda edição da fotobiografia “Bibi Ferreira, uma Vida no Palco”. A versão física segue à venda, mas agora a obra  também pode ser degustada online

Foram 77 anos de palco, incluindo o período compreendido entre 2001 e 2019, ano de sua morte aos 96 anos. O projeto editorial contempla capítulos temáticos, trazendo histórias de seu início de carreira, no circo, fala de sua relação com Procópio, pai e mestre, a estreia aos 18 anos, além de escândalos, amores , as melhores interpretações, premiações entre outras passagens de vida de Bibi.

No capítulo final, é possível acessar uma galeria de fotos, escolhidas pela atriz, com os papéis mais marcantes na sua vida. O miolo abriga textos biográficos, outros em primeira pessoa, reprodução de reportagens e recortes de críticas de jornais e revistas de várias épocas, com destaque para a matéria de página inteira publicada pelo The New York Times, em 2016. 

O livro atualiza a trajetória da atriz, em 20 anos. Traz depoimentos de Catulo da Paixão Cearense, Austregésilo de Athayde, Paschoal Carlos Magno e Sábado Magaldi, entre outros ilustres.  A 1a edição desta fotobiografia foi lançada em 2003, mas não chegou a ser comercializada. 

“Além de ser um documento histórico, o livro é um presente, é lindo fisicamente falando. Dá vontade de ter na mesa de centro da sala, para poder folhear sempre. São muitas histórias”, provoca Nilson Raman, da Raman Entretenimentos, que realiza o projeto. 

Ele, que assina a coordenação editorial, foi amigo, empresário, produtor e mestre de cerimônias dos shows de Bibi por quase três décadas. As entrevistas foram realizadas por Maria Alice Silvério, desde a primeira edição, ao longo de mais de 20 anos. 

São 289 páginas, foi impressa em papel couchê matte, e traz na capa e sobrecapa fotos de Wilian Aguiar, fotógrafo oficial de Bibi nos últimos 15 anos de sua carreira. Parte dos recursos vieram através da Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet), sob o patrocínio da Universidade Estácio de Sá.  São  Atendendo à contrapartida social de acessibilidade, proposta pela lei de incentivo, 600 exemplares estão sendo distribuídos, de forma gratuita, para as bibliotecas públicas de várias cidades do País. A distribuição nacional esta a cargo da Editora Giostri, do jornalista Alex Giostri.

Serviço
Na internet, o endereço para visualização gratuita é: raman.pt/fotobiografia, onde você também consegue fazer a compra on line.