30.6.15

Andréa Pinheiro faz show com performance cênica

Paulo José Campos de Melo e Andréa Pinheiro
Foto: Walda Marques
Parceiros musicais há muitos anos, Andréa e Paulo José Campos de Melo apresentam "Tangos, boleros e outros dramas'. A apresentação ocorre nesta quinta-feira (2), a partir das 20h, no palco do Teatro Experimental Waldemar Henrique, com participações de Luiz Pardal, Nego Nelson, Paulo Moura, Jacinto Kahwage, Olivar Barreto, Marcelo Sirotheau e Marcio Farias.

O show, fruto da parceria entre os dois, foi lançado recentemente no XXVIII Festival Internacional de Música do Pará, que celebrou, em junho deste ano, os 120 anos do Instituto Carlos Gomes. Será mais uma oportunidade para quem não viu ou mesmo para rever.

Em "Tangos, boleros e outros dramas", ao lado do pianista Paulo Campos de Melo, Andréa Pinheiro leva um repertório dramático, onde flerta com o teatro, dando às canções um caráter interpretativo. Outros gêneros  musicais também integram o show, como baião, samba, blues, standards, baladas e outros. 

Entre as canções, destacam-se: "Balada para un loco" (Astor Piazzola), "Sou assim", (Toquinho e Guarnieri) e "Quero Mais" (Angela Ro Ro).  Além de Paulo Campos de melo, ao piano, a banda também é formada por Príamo Brandão (baixo) e Edvaldo Cavalcante (bateria).

Parceria - Andréa Pinheiro se destaca no cenário musical paraense por sua versatilidade. Participou de vários festivais nacionais conceituados; cantou por sete anos na Amazônia Jazz Band e hoje é integrante do Trio Lobita e o Quarto Elemento, juntos aos músicos Paulinho Moura, Azarias Cardoso e Tiago Amaral, onde desenvolve um trabalho musical com os gêneros choro, samba, maxixe, polca e baião. 

O pianista Paulo José Campos de Melo, formado pela Escola Superior de Artes de Berlim,  fez carreira fora do país com apresentações em mais de 20 países. Foi Diretor Musical de teatros na Alemanha, Suíça e Áustria. Hoje, atua como Superintendente da Fundação Carlos Gomes e Organista titular da Catedral Metropolitana de Belém, além realizar apresentações como estas em parceria com Andrea Pinheiro..

Serviço
“Tangos, boleros e outros dramas”. Nesta quinta-feira (2), a partir das 22h, no Teatro Experimental Waldemar Henrique (Av. Presidente Vargas, 645 – Campina). Ingressos: R$ 20 (com meia entrada para estudantes). Informações: (91) 98806.8476. 

Últimas sessões de Santa Pocilga de Misericórdia

O espetáculo Santa Pocilga de Misericórdia encerra a primeira temporada com duas apresentações nesta terça-feira (30), às 18h e 20h, no Teatro Experimental Waldemar Henrique. A montagem é a última parte da “Trilogia do Armário”, composta por “Ao Vosso Ventre” e “Amém!”, do diretor Kauan Amora. 

Em cena, seis homens encarcerados, que vivem os escombros de suas escolhas ao exercer os desejos mais vis e sagrados. O poeta "Jean", o machão "Marcel", o "Padre" obsceno, o contraditório "Mudinho" e o puto "Companheirinho" são heróis que carregam o peso do mundo nas costas.

De acordo com Amora, ao invés de espetáculo, a montagem é considerada uma oração dos - e para os - desalmados e desencarnados da vida. "Pocilga de Misericórdia é uma santa que se anuncia através de choros e gozos e vem para mostrar que os renegados também rezam, creem, esperam, amam...", explica Kauan, que também assina a encenação.

A dramaturgia é assinada pelo doutorando em Antropologia pela UFPA, Rodrigo Barata, que se inspirou em nomes como Jean Genet, um poeta e ladrão francês, que tem "Un Chant D'Amour" como uma canção de raiva e de sexo.

Santa Pocilga de Misericórdia é um projeto contemplado pela 13ª edição da Bolsa de Criação, Experimentação, Pesquisa e Divulgação Artística do Instituto de Artes do Pará, em 2014, dentro da área de criação/experimentação teatral. Em dezembro do ano passado, foi feita a primeira aparição de Santa Pocilga, como parte do projeto.

Ficha Técnica

Direção e Encenação: Kauan Amora
Dramaturgia: Rodrigo Barata
Elenco: Allan Jones, Arthur Ribeiro, Gabriel Antunes, Kayo Conká, Paulo Cesar Jr., Renan Coelho e Wan Aleixo.
Fotografia e Arte: Filipe Almeida
Iluminação: Tarik Coelho
Preparação corporal: Allan Jones
Assessoria de Imprensa: Brunno Gustavo

Serviço
Nesta terça-feira, 30 de junho, no Teatro Experimental Waldemar Henrique (Avenida Presidente Vargas, 645 - Praça da República - bairro da Campina - Belém). Duas sessões: 18h e 20h. Ingresso: R$ 20,00 inteira (meia entrada para estudante). Ingressos antecipados: R$ 10,00 (válido apenas para a sessão de 18h) - vendas na loja Ná Figueiredo (Avenida Gentil Bitencourt, 449 - Nazaré). Promoção: Os cinco primeiros casais gays que toparem se beijar no ato da compra dos ingressos pagam R$ 8,00 cada (válido somente para a sessão de 20h). Proibido para menos de 18 anos. Informações: (91) 98337-6369. Fanpage: facebook.com/santapocilga

(texto enviado pela assessoria de imprensa)

26.6.15

Cine Olympia recebe "Mostra de Cinema Português"

A "Mostra de Cinema Português" é um evento realizado pelo Instituto Cultural Amazônia Brasil e faz parte das ações de intercâmbio cultural do projeto "Mostra de Cinema da Amazônia", que desde 2005 amplia a difusão do cinema amazônico para o mundo e traz o cinema contemporâneo mundial para a Amazônia. Anote: de 02 a 08 de julho, no Cinema Olympia, em Belém, com sessão única para cada filme, às 18h30. Entrada franca.

Em dez anos de existência o projeto já circulou por cinco países e mais de vinte cidades apresentando a produção audiovisual amazônica para os mais diferentes públicos. 

Em novembro de 2014 o projeto esteve pela segunda vez em Portugal, desta vez Lisboa, Porto, Coimbra e Góis, onde o público português teve a oportunidade de ver mais de 30 produções amazônicas, entre curtas e médias-metragens, animações e documentários. 

Agora é a vez dos amazônidas entrarem em contato com a recente e premiada produção cinematográfica lusitana, onde serão exibidos seis longas-metragens inéditos no Brasil e de enorme repercussão tanto em Portugal como em festivais internacionais. 

O evento abre as atividades de programações da "VI Mostra de Cinema da Amazônia" que acontecerá em agosto em Belém, Manaus e Rio Branco. O evento conta com o patrocínio exclusivo do Banco da Amazônia.

Programação:

02/07
Cartas a Uma Ditadura
Dir.: Inês de Medeiros
Ano: 2006
Tempo: 60'

Sinopse: Documentário que revisita a memória dos anos do salazarismo através do olhar e testemunho de várias mulheres de diversos extractos sociais, que, em 1958, foram convidadas a manifestar o seu apoio a Salazar em cartas laudatórias, a pretexto da primeira crise que abalou a ditadura, quando da campanha do General Humberto Delgado.

"Cartas a uma Ditadura" desmonta o regime e as suas estratégias de perpetuação. À partir da descoberta de centenas dessas cartas respondidas a uma desconhecida circular de um misterioso Movimento Nacional das Mulheres Portuguesas, e de algumas missivistas ainda vivas entrevistadas, a diretora tenta mostrar o papel feminino nos anos 1950 e 1960, época em que Portugal esteve sob o regime Salazarista. Prêmio de Melhor Filme Português - DocLisboa 2006.

03/07
Alice
Dir.: Marco Martins
Ano: 2005
Tempo: 102’

Sinopse: Passaram 193 dias desde que Alice foi vista pela última vez. Todos os dias Mário, o seu pai, sai de casa e repete o mesmo percurso que fez no dia em que Alice desapareceu. A obsessão de a encontrar leva-o a instalar uma série de câmeras de vídeo que registram o movimento das ruas. No meio de todos aqueles rostos, daquela multidão anônima. Mário procura uma pista, uma ajuda, um sinal… É dos poucos filmes portugueses com boa presença no estrangeiro, sobretudo na França. Melhor Diretor, Melhor Fotografia e Melhor Filme no Festival Mar Del Plata 2006, e Melhor Diretor nos Festivais de Berlim, Las Palmas e Raindance Film Festival 2006.

04/07
Amália
Dir.: Carlos Coelho da Silva
Ano: 2008
Tempo: 127'

Sinopse: Amália é um filme biográfico estrelado por Sandra Barata, Carla Chambel e José Fidalgo. O filme é a primeira biografia ficcionada da lendária fadista Amália Rodrigues. Esta obra cinematográfica foi um projeto de dimensão nacional e internacional que retrata, de forma romanceada e com gravações originais de Amália, um período longo da vida da maior fadista de todos os tempos e figura incontornável da história e cultura portuguesa do século XX.

05/07
Filme do Desassossego
Dir.: João Botelho
Ano: 2010
Tempo: 120'

Sinopse: Um quarto em Lisboa. Um homem sonha e estabelece uma teoria para torná-lo realidade. O filme é baseado em “O Livro do Desassossego", a obra póstuma do escritor português Fernando Pessoa. Ela retrata a solidão do homem através de imagens pitorescas e efeitos dramáticos.

07/07
Linha Vermelha
Dir.: José Filipe Costa
Ano: 2011
Tempo: 81

Sinopse: Em 1975, a equipa de Thomas Harlanfilmou a ocupação da grande herdade da Torre Bela no Ribatejo. Trinta e sete anos depois, Linha Vermelha reencontra os protagonistas do filme e questiona os mitos sobre a ocupação: de que maneira a equipe influenciou os acontecimentos? Que impacto tem hoje o filme sobre a memória da Torre Bela? Melhor filme Português IndieLisboa 2011.

08/07
Lisboetas
Dir.: Sérgio Tréfault
Ano: 2004
Tempo: 101'

Sinopse: Lisboetas é um documentário político sobre a vaga de imigração que mudou Portugal. É o retrato de um momento único em que o país e a cidade entraram num processo de transformação irresistível. É uma viagem a uma cidade desconhecida, a um país escondido, a lugares que nunca fomos e que está aqui. É um filme incômodo que deixa muitas questões em aberto - porque é difícil avaliar o quanto tudo mudou e ainda pode mudar.

"No Trono" de volta em temporada no Fórum Landi

Após pouco mais de dois meses longe da cena, o grupo Os Varisteiros, volta em cartaz com o espetáculo "No Trono". Com a vontade e a possibilidade de ficar mais de um final de semana em cartaz, o grupo optou pelo Fórum Landi, espaço administrado pela UFPA, que abre portas para artistas da cidade que tenham vínculo com a Universidade. A temporada começa hoje (26) e segue até domingo, 28 e depois de 3 a 5 de julho, às 19h. Tem ingresso antecipado à preço promocional, leia mais. As fotos são de Pedro Tobias.

O espetáculo “No Trono” é uma livre adaptação da obra “Palácio dos Urubus”, do teatrólogo Ricardo Meirelles. 

O texto entrelaça o nosso momento político com a realidade de um país fictício em declínio, cuja monarquia preocupa-se apenas com os seus próprios interesses, enquanto a população padece, já que o monarca orgulha-se de oferecer circo semanalmente e pão anualmente à população carente de Babaneiralle. 

A obra se passa em um país não tão distante, chefiado por um monarca um tanto excêntrico, onde vive uma população pobre e analfabeta.A corte, decadente, perdera seus bens e até seu palácio real, transferindo-se para a segunda residência mais ”luxuosa” de Babaneiralle: o bordel. A comédia denota o cotidiano do Rei Navarro, revelando suas prioridades e intimidades, seus descasos e o acentuado medo de uma possível conspiração contra o seu império.

"Os Varisteiros optam pelo Fórum Landi partindo de um(a) discurso/ação político(a). Administrado pela UFPA, o Fórum não e o espaço pensado para o teatro, mas pode ser adaptado de acordo com a necessidade, suprindo as lacunas deixadas pelos do poder público para quem quer fazer teatro na cidade. Soma-se a isso a oportunidade de apresentar um espetáculo que traduz diretamente a crise político/economica/social que tanto perdura no nosso pais.

O espetáculo "No Trono" esta sempre em constante adaptação e atualização para cutucar aqueles que se julgam inatingíveis. Que mais do nunca busquemos alternativas político-culturais sem esquecer de debater sobre a atual situação", declara do ator, Raoni Moreira. 

Ingressos - Os ingressos custam R$ 20,00, com meia para estudantes, mas adquiridos com antecedência ficam por R$ 8,00,  é só ligar pra ligue para os fones 91 98058.8940 e 98121.3862. Mais do que ficar dois finais de semana em cartaz, no mesmo espaço (Viva o Fórum Landi), Os Varisteiros quer ver aquilo ali lotado. Por isso vai aqui o alerta pra você se garantir na plateia.

O autor - Nascido no Rio de Janeiro, Ricardo Meirelles é formado em história pela Universidade de Campos. Tem em seu currículo uma extensa lista de publicações, somando cerca de 10 livros editados e mais de 30 peças escritas.

Talentoso e com reconhecimento internacional, o teatrólogo já conquistou inúmeros prêmios importantes, tanto noBrasil, quanto no exterior. Suas peças já percorreram todos os estados brasileiros e foram premiadas em países como Alemanha, Islândia e Venezuela.

O grupo - O Grupo de Teatro Os Varisteiros nasceu da união dos egressos do Curso Técnico de Formação em Ator (2011) da Escola de Teatro e Dança da Universidade Federal do Pará - UFPA, com o intuito de permitir a inserção dos recém-formados atores no celeiro de produção teatral da cidade de Belém. 

Fundado em 2012, fora dos parâmetros da academia, o grupo surgiu possibilitando a estes artistas à atividade criadora de pesquisa e experimentação cênica, as próprias montagens, a descoberta de uma poética de trabalho, a vivência em grupo de teatro e, sobretudo, viabilizando a realização de espetáculos ao grande público paraense.

O grupo possui em seu portfólio os seguintes espetáculos: “No Trono”, uma livre adaptação da obra “Palácio dos Urubus” de Ricardos Meirelles; "Barrela", do dramaturgo Plínio Marcos; “Nó de 4 Pernas” e “Sonho de Uma Noite de Inverno”, ambos do dramaturgo paraense, Nazareno Tourinho.

Ficha Técnica

Dramaturgia: Livre adaptação da obra “O Palácio dos Urubus”, de Ricardo Meirelles
Direção: Os Varisteiros
Adaptação de texto, cenografia, figurino e maquiagem: Os Varisteiros
Iluminação: Paula Nayara
Sonoplastia: Leirson Reis
Assessoria de Imprensa: Laíra Mineiro
Produção: Laíra Mineiro e Bruno Rangel
Teaser e fotografia: Pedro Tobias
Arte gráfica: Rodrigo Cantalicio
Apoio: Luiza Bezerra e Enoque Paulino

Serviço
"No Trono". De 26 a  28 de junho e de 3 a 5 de julho, sempre às 19h, no Fórum Landi (Rua Siqueira Mendes, 60, em frente a Praça do Carmo). Entrada: 20 reais, com meia para estudantes. Antecipado: R$ 8,00 (contatos: 98058 8940/98121 3862). Classificação: 12 anos.

25.6.15

Pirão traz mais encantamento para o Domingo

De forma bem humorada e cheio de cores, o espetáculo La Fábula é um belo programa pra este domingo, 28, às 11h, na praça Barão do Rio Branco, em frente à praça da igreja da Trindade. A apresentação faz parte do projeto Pirão Coletivo - "Sábado Tem e Domingo que Vem" que, em sua segunda edição, é realizado com incentivo do Edital de Patrocínio do Banco da Amazônia.

Estreando no final de 2011, para marcar as celebrações dos dez anos da Madalenas, o espetáculo propõe um mergulho no universo mágico presente em contos da literatura universal, que, encenados usando como base os fundamentos do teatro de rua, se vale do mundo do ‘faz de conta’ para envolver o espectador na trama que foi apresentada em espaços públicos de Belém do Pará.

O enredo de "La Fábula" se desenvolve em torno da rainha Altiva e seus três súditos. Dom Quixote, o Homem de Lata e o Velho do Saco entram na cena sem perder suas essências, mas estão fora de seus contextos. A ideia, de acordo com a diretora Ester Sá, era trazê-los para o universo da fábula, do imaginário, os deslocando de suas estórias originais.

La Fábula é um espetáculo divertido. Tem rodado o país. Por meio do Prêmio Myrian Muniz de Teatro 2012, categoria Circulação, realizou 13 apresentações em praças públicas de 12 cidades do Pará, Maranhão e Piauí. 

E agora está de volta à cena de Belém neste domingo, 28 de junho, com patrocínio do Banco da Amazônia, que contemplou o projeto do Pirão, um coletivo de teatro que reúne diversos grupos. Até 12 de julho, vários outros espetáculos serão mostrados, divididos assim: Em uma semana, tem programação aos sábados, e na outra, num domingo. 

É assim, alternando dias e horários (no sábado, às 19h, no casarão do Boneco, e no domingo, na Praça barão do Rio Branco, pela manhã), que o projeto “Sábado Tem e Domingo que vem” tem se tornado uma referência da produção teatral da cidade. 

A direção e dramaturgia são assinadas pela atriz, contadora de história e dramaturga, Ester Sá, com coordenação geral de Leonel Ferreira, direção musical de Armando Mendonça, produção executiva de Flavio Furtado e Tainah Fagundes, concepção de figurino de Aníbal Pacha e confecção de Mariléia Aguiar. O elenco conta com Dina Mamede (Rainha Altiva), Gilberto Ganesh (Homem de Lata), Leonel Ferreira (Homem do Saco) e Rodrigo Braga/Cleber Cajun (Dom Quixote). 

Na cena e na luta - No Pará, sem política cultural voltada especificamente ao teatro, o Pirão Coletivo é uma iniciativa audaciosa que surge no início de 2013, realizando por conta própria várias ações na cidade. Em 2014, o projeto foi inscrito no edital do banco do Amazônia, que reconheceu sua relevância, tanto enquanto entretenimento de qualidade para o público quanto para a cena teatral da cidade, sempre com difiucldades de escoar sua produção.

Os espaços em que o projeto é realizado são independentes e abertos públicos, que paga quanto puder para participar da apresentação na sede do In Bust Teatro com Bonecos, que atualmente passa por uma campanha financeira (Salve Salve Casarão do Boneco – no site CATARSE) para realizar seu restauro é um deles, ou na Praça Barão do rio Branco, que já abrigam o projeto desde o início da empreitada, há dois anos.

No sábado, dia 4 de julho, às 19h, no Casarão do Boneco, tem apresentação do grupo Dirigível Coletivo de Teatro e, encerrando a edição, no dia 12 de julho, o público vai ver mais um espetáculo do In Bust Teatro com Bonecos, na Praça Barão do Rio Branco. 

Fazem parte do Pirão Coletivo, os grupos: O Pirão Coletivo é formado pelos grupos: Dirigível Coletivo de Teatro, Cia de Teatro Madalenas, Cia de Investigação Cênica, Grupo Projeto Vertigem, Produtores Criativos e In Bust Teatro com Bonecos, além de vários colaboradores. 

Ficha Técnica La Fábula
Direção e Dramaturgia: Ester Sá
Elenco: Dina Mamede, Gil Ganesh, Leonel Ferreira, Rodrigo Braga e Cleber Cajun
Direção Musical: Armando Mendonça
Concepção Figurinos e Adereços: Aníbal Pacha
Confecção: Mariléa Aguiar
Produção Executiva: Flavio Furtado e Tainah Fagundes
Coordenação Geral: Leonel Ferreira

Serviço
Programação do projeto Sábado Tem, do Pirão Coletivo: “La Fábula”, às 11h, na Praça Barão do Rio Branco. Pague quanto puder. Patrocínio: Banco da Amazônia. Realização: Pirão Coletivo Grupos. Apoio: Ná Figueredo Design Criações Refry Distribuidora Estrela do Norte James Brownie Panificadora 16 de Novembro. Mais informações: https://www.facebook.com/piraocoletivo. Fones: 98327.6779 (tim).

Peça desafia o público a ficar de olhos vendados

Não há cenário, iluminação, figurino ou maquiagem. "Pelos Olhos dela" traz atores que ultrapassam a definição de especiais. O projeto Cena Especial – Teatro Inclusivo estreia sua em Belém de 26 a 28 de junho (sexta a domingo), com entrada franca, às 20h, no auditório da Fibra.

Por Parla Página – Produção de Conteúdos

Escrita e dirigida por Carlos Correia Santos – que é também o criador e coordenador do Cena Especial, a peça “Pelos Olhos Dela” é um convite ao público a mergulhar no universo da cegueira. O desafio dramatúrgico, porém, não estará apenas nas mãos do elenco. Será compartilhado, de forma inclusiva, com o público. 

Quem for assistir a experimentação precisa concordar em ficar os quarenta minutos da encenação completamente vendado. O espectador terá os olhos cobertos na ante sala do espaço de apresentação e, a partir deste momento, será literalmente conduzido para o universo do espetáculo. Espectadores surdos serão os únicos não vendados. Para estes, a produção disponibilizará tradução simultânea em LIBRAS.

Cada sessão receberá o número máximo de 30 pessoas. “Esse é, acima de tudo, um experimento artístico que tem a inclusão como pressuposto. É um sonho que estou realizando ao lado dos lindos participantes do projeto. Queremos falar sobre a cegueira, mas num sentindo muito mais profundo que somente o da deficiência física”, instiga Carlos Correia. O elenco do trabalho é variado. 

A montagem terá no palco pessoas com síndrome de down, autistas, surdos, cegos. Porém, somente suas vozes serão ouvidas ou suas ações serão sentidas, impossibilitando o reconhecimento imagético de supostas deficiências. O Cena Especial – Teatro Inclusivo é um projeto gratuito de extensão da Fibra e recebe pessoas com e sem deficiência, com e sem experiência no teatro.

O PROJETO

O Cena Especial iniciou suas atividades na Fibra em março de 2015, já gerando grande repercussão e despertando a atenção dentro e fora de Belém. O projeto virou pauta em programas de rádios de Brasília dedicados ao tema e ganhou matéria de duas páginas na Revista Reação, mais importante publicação nacional voltada à inclusão. O empreendimento se diferencia por apostar na formação de atores-inclusivos. 

De acordo com Correia, pode ser um ator-inclusivo qualquer pessoa – com ou sem deficiência, com ou sem experiência no teatro – interessado em aprender as particularidades de ser um artista envolvido com a arte educação especial. 

“O ator-inclusivo é, primeiramente, um artista ciente de seu papel como instrumento da inclusão por meio das artes, em particular as cênicas. É um artista preparado para lidar não apenas com as situações gerais do fazer teatral, do mergulho nas exigências do palco, mas uma pessoa capacitada para se comunicar artisticamente explorando as possibilidades múltiplas dos sentidos. E da ausência destes. É um artista que precisa ser hábil a encenar montagens nas quais sejam exploradas a sua própria aptidão sensorial, as aptidões sensoriais de seus colegas de cena e as aptidões sensoriais do público na plateia”, detalha Carlos.

O projeto busca como resultados sempre espetáculos criados para debater aspectos ligados à inclusão. Serão sempre peças em que estarão juntos, em cena, os participantes com e sem deficiência. E a plateia também será sempre convidada a experimentar sensações variadas vividas pelas pessoas com deficiência.  

Podem ser espetáculos encenados na escuridão, como é o caso de “Pelos Olhos Dela”, ou espetáculos encenados sem qualquer som ou fala. Espetáculos que convidem o público a sentir limitações físicas. Espetáculos que mostrem a necessidade que precisamos ter de sempre nos colocar no lugar do outro para, assim, entende-lo e aceitá-lo.

Serviço
Pelos Olhos Dela. Primeiro espetáculo sensorial do projeto Cena Especial – Teatro Inclusivo. De 26 a 28 de junho (sexta a domingo), sempre às 20h, com entrada na franca, no auditório da Fibra (Gentil, 1144, entre Generalíssimo e 14). ATENÇÃO: os espectadores precisam concordar em ficar vendados ao longo de toda a encenação. Lugares limitados.

24.6.15

PROA: As Políticas Culturais no Brasil e Amazônia

Produtores e Artistas Associados reúnem-se em Belém e apresentam, a outros movimentos, como as políticas podem influenciar na vida e na gestão da cultura de cada território

Por Elielton Alves Amador*

O movimento Produtores e Artistas Associados (PROA) reuniu na última noite do dia 23 de junho no Teatro Cláudio Barradas, da Escola de Teatro da UFPA, em Belém, para debater e compartilhar entre seus membros e com representantes de outros movimentos culturais a implementação do Sistema Estadual de Cultura. 

Uma de suas maiores bandeiras de luta, o Sistema representa a efetividade de uma política iniciada em 2003, com a gestão do então ministro Gilberto Gil, que tem continuidade na gestão do atual ministro Juca Ferreira.

O Sistema Estadual de Cultura se inicia com a adesão do Pará ao Sistema Nacional de Cultura (SNC), criado constitucionalmente em 2012 a partir de uma diretriz do Plano Nacional de Cultura (PNC) – esta, outra lei promulgada pelo então presidente Lula em 2010, após o período de escuta e diagnóstico feito pela gestão do músico e compositor Gilberto Gil, que se iniciou com a primeira conferência nacional de cultura e com as reuniões das câmaras setoriais, embrião dos colegiados setoriais, que compõe, por sua vez, o Conselho Nacional de Políticas Culturais (CNPC), órgão consultivo que demanda as diretrizes e ações do Plano Nacional de Cultura e do Sistema Nacional de Cultura, em construção.

Mas essa adesão é somente o primeiro passo para a efetiva instituição do Sistema Estadual, como bem lembrou a convidada especial do grupo, a professora visitante da UFPA, Eliana Bogéa, que pesquisa o desenvolvimento por meio da cultura. Para efetivar o sistema é preciso ter um plano estadual e um fundo de cultura, que receberá, fundo a fundo, recursos da União e também deverá ter recursos do próprio estado. A mesma dinâmica se dará entre os municípios que devem receber, fundo a fundo, recursos do fundo estadual e recursos da União.

Para gerir esse fundo, o sistema estadual deve estar ligado aos sistemas municipais, que devem ter cada um o seu conselho de cultura, que é o órgão paritário (ou seja, composto por membros da sociedade civil e do governo) que demanda e estabelece os critérios e diretrizes de aplicabilidade do fundo, de acordo com o plano elaborado para o sistema. Assim, conselho, plano e fundo, formam o que os militantes chamam de “CPF da Cultura”.

Lei Municipal - Essa grande aula, que resumo aqui, foi dada por Eliana e por membros do PROA, como Valcir Santos, irmão de Valmir Bispo dos Santos, que foi gestor da Fundação Curro Velho e faleceu em 2012 deixando a militância cultural de Belém comovida. 

Foi com o nome de Valmir que a Lei Municipal que cria o Sistema Municipal de Cultura de Belém foi criada, a partir de uma ampla mobilização popular que arrecadou mais de 30 mil assinaturas durante uma longa campanha. 

Paulo Ricardo Nascimento, um dos coordenadores do Fórum Municipal de Cultura, foi protagonista desse movimento e esteve também presente no debate promovido pelo PROA contando essa trajetória, juntamente com Cincinato Marques, também professor da UFPA, que falou sobre a situação do Sistema Estadual, cuja adesão foi assinada, mas que, efetivamente, não se concretizou. O encontro teve ainda a participação de Delson Cruz, representante regional do Minc.

Em vez das políticas estadual e municipais serem efetivadas, as notícias vinculadas no encontro do PROA são de que esses governos estão atentando contra as políticas culturais. Por um lado, o governador Simão Jatene não avança na implantação do sistema estadual. De acordo com Delson Cruz, o Pará é um dos apenas três estados da federação que ainda não efetivaram o sistema estadual – o que implica em atraso na participação de recursos para obras e ações fundamentais para o fortalecimento da cultura, do patrimônio material e imaterial, além de ações de impacto econômico.

Por outro lado, o prefeito de Belém, Zenaldo Coutinho, se prepara para pedir a revogação da Lei Valmir Bispo na Câmara Municipal. 

Primeiro, no ano passado, Coutinho enviou à casa de vereadores uma proposta de emenda em que mudava o texto que estabelecia o mínimo de 2% do orçamento municipal para a cultura para “até 2%”, o que desvirtua completamente a proposta da Lei, como bem frisou na reunião o economista Valcir Santos. 

A informação de que o prefeito pedirá a revogação total da lei ainda circula internamente nos órgãos municipais, segundo Valcir, mas demonstra que a luta dos movimentos culturais enfrenta grande resistência, principalmente das administrações mais conservadoras e de orientação neoliberal.

Uma orientação política liberal implica em uma visão de desenvolvimento pautada no crescimento econômico e no enxugamento da máquina pública. Ocorre que, em um estado de dimensões continentais, assim como o país, não somente o Estado deve estar presente como deve colaborar com a organização da sociedade civil, para que ela tenha recursos e instrumentos efetivos para sua organização política e para o ordenamento social de seus territórios.

Esse tema fica ainda mais gritante na Amazônia – onde a ocupação irregular e baseada em grandes projetos de desenvolvimento econômico, de impacto avassalador sobre a vida e a cultura das comunidades locais tem promovido a enorme desigualdade entre as elites locais (aliadas aos exploradores mercantis estrangeiros) e a população que vive à margem dos benefícios desses projetos. 

Essa visão, ainda pouco consolidada na percepção das comunidades menos instruídas, tem reiterado o poder político daqueles que efetivamente não querem o desenvolvimento social organizado da região.

Reiterando essa visão, duas representantes de movimentos culturais que tiveram o primeiro contato com o PROA nesse citado debate, reivindicaram informação sobre os projetos e sobre as políticas. Uma dessas representantes, cujo nome não consegui guardar, vinha de Ananindeua e a outra, de Capanema, municípios das regiões norte e nordeste do Pará, que compõem o que seria o Pará “original” em uma possível redistribuição das terras legais do estado. 

As regiões do Tapajós e de Carajás, que compõem territórios que reivindicam, ainda dentro do Pará, sua autonomia ficam ainda mais distantes. A mobilização do PROA, pelo que pude perceber das falas, busca ampliar suas conexões, mas ressente-se de uma certa falta de representatividade em municípios e territórios dentro do próprio estado.

Na minha visão, a mobilização do PROA deve buscar estabelecer conexões cada vez maiores e deve levar ao maior número possível de comunidades a informação e o conhecimento de como as políticas de cultura podem ajudar a transformar a realidade territorial, implantando ações que deem novo sentido à vida social. 

Esse território deve ser determinado na Amazônia Legal. Seus coordenadores localizados na capital paraense não devem temer o papel de liderança local e de efetivos articuladores e facilitadores de um “movimento Amazônico”. 

No entanto, o papel de liderança necessita engajamento, carisma, além de uma postura dialógica e aberta, sem pretensões colonizadoras ou de interesses personificados ou minoritários. Quais quadros do movimento devem ser (ou estão dispostos a serem) empoderados nesse contexto? Penso que essa é uma das muitas questões que o movimento deveria avaliar nesse momento.

Esse conhecimento (das dimensões culturais e seu impacto na vida social) é transformador e, de certa forma, revolucionário. Por isso, enfrenta enorme resistência. É preciso organizar os movimentos, as comunidades e os grupos em torno de um objetivo comum. E divulgar esse conhecimento é parte fundamental da liga que pode agregar os movimentos dispersos pela região, vencendo resistências culturais e territoriais. Organizar essas estratégias teriam grande impacto no avanço da implantação dessas políticas.

*Elielton Alves Amador é produtor, músico e jornalista. Mestre em Ciências da Comunicação pela Universidade Federal do Pará (UFPA). É membro do Movimento PROA.

22.6.15

OSTP homenageia Villa-Lobos e a gente agradece

Um dos principais nomes da música brasileira, o compositor Heitor Villa-Lobos, considerado o maior expoente da música do modernismo no Brasil, será homenageado pela Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz (OSTP). O repertório levará ao público as obras mais célebres de Villa-Lobos, como as Bachianas e os Choros, entre outras. A apresentação no próximo dia 25, às 20h, no da Paz, terá como maestro convidado, o regente da Orquestra de Câmara do Amazonas (OCA) e adjunto da Orquestra Filarmônica do Amazonas, Marcelo de Jesus. Entrada franca.

O concerto dá sequência às homenagens feitas pela OSTP durante o ano. “Já trouxemos a música impressionista, a alemã, a portuguesa e agora chegou à vez da nossa música brasileira, prestigiando um dos maiores nomes dela, o compositor Villa-Lobos”, explica o maestro titular da OSTP, Miguel Campos Neto.
Marcelo de Jesus já se apresentou junto à OSTP em outro momento e ressalta o cenário musical que a cidade oferece à música. “Toda vez que vou a Belém, fico muito feliz, porque percebo na capital um frescor musical, é um celeiro de música da nossa região, daí saem grandes nomes para o canto lírico”, analisa o maestro convidado.

Miguel Campos Neto afirma que, o convite para o maestro do Amazonas participar do concerto em homenagem a Villa-Lobos surgiu logo que ficou decidido quem seria o homenageado. “Conheço o trabalho do Marcelo de perto, ele é expert em Villa-Lobos e não toca apenas as músicas mais conhecidas”, afirma o maestro titular da OSTP.  

O concerto também contará com outra convidada. “A solista paraense Kézia Andrade estreia com a nossa Orquestra cantando a Bachiana nº 5, vai ser um momento muito bonito”, afirma Campos Neto. Ele ressalta que a participação da solista na apresentação é um incentivo aos novos talentos da música paraense. “Será uma experiência muito boa, de crescimento profissional, espero poder corresponder ao talento deles”, diz a convidada.

Para Marcelo, o repertório escolhido é difícil, mas aposta para uma apresentação singular. “Você não faz Villa-Lobos com qualquer orquestra, então, como já tive a honra de conhecer o trabalho da OSTP, sei que, mais uma vez, vamos estar em sintonia”, afirma.

Marcelo de Jesus nasceu em São Paulo, graduou-se em composição e regência, trabalhando com maestros renomados, como Luiz Fernando Malheiro, Isaac Karabtchevsky, Karl Martin, Siegfried Köhler e Luis Gustavo Petri; e cantores como Eva Marton, Aprille Milo, Renato Bruson e Dennis O’Neil, entre outros. 

Atualmente reside em Manaus, assumiu o cargo de Regente Titular da Orquestra de Câmara do Amazonas, a qual em 2003, fez sua estreia no VII Festival Amazonas de Ópera com a ópera La Cenerentola de Rossini. Em 2002 foi eleito maestro-revelação pela Revista Bravo! por sua direção musical em Don Giovanni (Mozart).

Serviço
Concerto da Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz (OSTP), em homenagem ao maestro Villa-Lobos. Maestro convidado: Marcelo de Jesus (Titular da Orquestra de Câmara do Amazonas). Solista: Kézia Andrade.  Dia 25 de junho, às 20h. Local: Theatro da Paz. Endereço: Avenida da Paz, s/n – Campina. Informações: (91) 4009-8766/8754. Entrada franca, com distribuição de ingressos na bilheteria do teatro, a partir das 9h, no dia do evento.

Ministério da Cultura inicia Reforma no CPNP

O Ministério da Cultura (MinC) iniciou, na última quinta-feira (18), o processo de reformulação de um dos seus principais instrumentos de participação social: o CNPC (Conselho Nacional de Política Cultural), para o período de 2015 a 2017. O processo será dará em quatro etapas. 

Na primeira etapa haverá uma consulta pública sobre a proposta do Processo Eleitoral do Conselho na plataforma digital, que segue até 2 de julho de 2015. Por meio da plataforma digital, o edital será apresentado em quatro blocos: disposições iniciais; participação; etapa estadual e Fóruns Nacionais Setoriais. Ao final de cada bloco, as pessoas poderão fazer seus comentários em campos específicos a respeito dos aspectos positivos e negativos das regras da eleição.

Ao final do prazo de consulta, as sugestões de mudanças serão sistematizadas e debatidas pelo Grupo de Trabalho do processo eleitoral, composto por oito integrantes, sendo quatro da sociedade civil e quatro do Sistema MinC, que irão avaliar as alterações sugeridas e justificar a viabilidade ou não de efetivá-las. O edital do processo eleitoral será publicado em 10 de julho, mesmo dia do início das inscrições.

De acordo com o secretário de Articulação Institucional (SAI/MinC), Vinícius Wu, as mudanças na eleição do CNPC visam a dar um caráter mais abrangente, transparente e amplo ao processo. "O processo se dará em eventos em todos os Estados, com a ampliação significativa no debate em relação às eleições passadas, que se restringiam às mobilizações locais, o que afetou a representatividade do Conselho", avaliou.

Inscrições - A segunda etapa do processo eleitoral do CNPC consiste na inscrição de eleitores e de candidatos para as vagas dos Colegiados Setoriais do Conselho, no período de 10 a 31 de julho. O processo de eleição inclui a renovação dos 16 Colegiados Setoriais das seguintes áreas: Cultura Popular e Tradicional, Artesanato, Patrimônio Imaterial, Cultura Afro-brasileira, Moda, Design, Arquitetura e Urbanismo, Patrimônio Material, Arquivos, Dança, Teatro, Música, Arte Digital, Artes Visuais, Livro, Leitura e Literatura e Circo.

Cada Colegiado é formado por 20 titulares (cinco do Poder Público e 15 representantes da sociedade civil) e 20 suplentes, com mandato de dois anos, renovável por igual período. Qualquer brasileiro nato ou naturalizado ou estrangeiro radicado no Brasil, com idade mínima de 18 anos, pode se inscrever na condição de candidato, desde que tenha experiência mínima de três anos na linguagem artística, conforme previsto no edital.

Já o eleitor precisa ter a idade mínima de 16 anos. As inscrições dos eleitores e dos candidatos poderão ser feitas por meio de formulário de cadastro, que deverá ser preenchido e enviado pela internet pelo site (culturadigital.br/editalcnpc), via carta (endereçada ao MinC: Conselho Nacional de Política Cultural, SCS Quadra 09, Lote C, Torre B, 10º andar, Edifício Parque Cidade Corporate, CEP 70.308-200, Brasília-DF) e de forma presencial, durante encontros presenciais que serão realizados nas 27 Unidades da Federação.

Votação - A votação também se dará em duas etapas: a estadual e a nacional. Ela poderá ser feita da mesma forma que a inscrição: pela internet, pelo correio e em encontros presenciais. Nos encontros presenciais, a Comissão Eleitoral Itinerante, composta por representantes do Sistema MinC, disponibilizará pontos para atender os interessados em participar.

Para a etapa estadual, será divulgada uma lista com todos os candidatos inscritos, dividido por linguagem e por Unidade da Federação.  Cada eleitor só poderá votar para um candidato em uma área específica.

Na segunda etapa, a nacional, os eleitores poderão escolher da lista dos escolhidos 27 candidatos mais votados mais os 30 integrantes da antiga formação dos Colegiados Setoriais para 30 vagas (15 titulares e 15 suplentes). Os Setoriais do Audiovisual, Museus e Indígenas possuem processos eleitorais diferenciados e separados dos demais.

O Colegiado Setorial Indígena, que possui regulamento próprio para a eleição de representantes, irá realizar o Fórum Nacional de Cultura dos Povos Indígenas, em São Paulo (SP), de 9 a 16 de agosto, sendo que os dias 9, 10 e 14 serão destinados ao processo eleitoral do CNPC.

Resultados - Dentro deste processo eleitoral, estão programados Fóruns Nacionais Setoriais, que serão realizados em Serra Talhada (PE), Brasília (DF) e Rio de Janeiro (RJ), onde serão concluídas as eleições e divulgados os resultados.

Fonte: Ascom/MinC

20.6.15

Neste sábado tem Curupira no Casarão do Boneco

Não é pra assustar! O Curupira, além de ser protetor da floresta, é a estrela do espetáculo do In Bust, inserido na programação do “Sábado Tem e Domingo que Vem”, do Pirão Coletivo, projeto contemplado pelo edital de incentivo do Banco da Amazônia. Pra conferir, vá hoje, às 19h, no Casarão do Boneco.

Conhecido como o protetor de todas as florestas e animais, o Curupira, personagem lendário da região amazônica, aparece em forma de moleque com os pés voltados para trás. Ele é temido por todos aqueles que caçam ou desmatam por mera ganância.

Depois de iniciar a programação, apresentando no dia 6 de junho, "Catolé e Caraminguás", neste sábado, 20, às 19h, o In Bust conta outra história. Um “causo” amazônico, que ganha falas, formas e cores, através de paródias contadas por três cantadores (atores manipuladores), que se utilizam de toadas de boi, carimbó e samba de cacete – ritmos da cultura paraense - e de bonecos manipulados com vara, acompanhados por máscaras, mamulengos e outros, para encantar a plateia. 

Criado para o programa Catalendas da TV Cultura do Pará, o espetáculo está há mais de uma década em cartaz. Em “Curupira – Um Milhão de Nós”, o linguajar caboclo se faz evidente em palavras como “mundeado” e “sumano”, trazendo para bem perto do público da cidade a cultura de nossa região.

Nesta montagem do In Bust um caçador acaba mundeado por não respeitar a premissa de se caçar apenas para sobrevivência. Desta forma, ele é ajudado por um Pajé e sai do transe aplicado pelo moleque Curupira e aprende mais sobre como cuidar do meio ambiente.

Pirão Coletivo - Formado por grupos que desenvolvem poéticas artísticas diferenciadas, reunindo atores, artistas circenses, bailarinos, músicos e profissionais do audiovisual, o Pirão Coletivo iniciou a programação desta primeira edição patrocinada do projeto, no sábado, 6 de junho, com apresentação de Catolé e Caraminguás”, do in Bust, seguido de programação do Dirigível Coletivo de Teatro, no domingo passado, dia 14 de junho. 

Grupos envolvidos: Dirigível Coletivo de Teatro, Cia de Teatro Madalenas, Cia de Investigação Cênica, Grupo Projeto Vertigem, Produtores Criativos e In Bust Teatro com Bonecos, além de vários colaboradores. Em cada sábado e domingo, até dia 12 de julho, cada um deles trará para a programação, um espetáculo, contações de história e até oficina, fiquem ligados. 

É possível acompanhar tudo pela página do projeto Pirão Coletivo, no facebook, mas desta vez, o In Bust teatro com Bonecos, de volta à cena, apresenta “Curupira”, um de sues espetáculos mais apresentados.

Ficha Técnica
Atores e Manipuladores: Adriana Cruz, Anibal Pacha e Paulo Ricardo Nascimento
Produção e Apoio Técnico: Cristina Costa
Figurino: Anibal Pacha
Cenário, Adereços e Bonecos: Anibal Pacha
Criação de Sonoplastia: In Bust
Texto: David Matos e Paulo Ricardo Nascimento
Assistência de Direção: Adriana Cruz e Paulo Ricardo Nascimento
Direção: Anibal Pacha
Realização: In Bust – Teatro com Bonecos

Próximas atrações
28/6, Domingo que vem
11h - Cia. de Teatro Madalenas
04/7, Sábado Tem
19h -Dirigível Coletivo de Teatro
12/7, Domingo que vem
11h- In Bust Teatro com Bonecos

Serviço
Programação do projeto Sábado Tem, do Pirão Coletivo: espetáculo “Curupira, um milhão de Nós”, do In Bust Teatro com Bonecos. Neste sábado, 20 de junho, às 19h, no Casarão do Boneco – 16 de novembro, 815. Pague quanto puder. Mais Patrocínio: Banco da Amazônia. Realização: Pirão Coletivo Grupos. Apoio: Ná Figueredo Design Criações Refry Distribuidora Estrela do Norte James Brownie Panificadora 16 de Novembro. Mais informações: 98110.5245 (tim). Ou: https://www.facebook.com/piraocoletivo. .

19.6.15

Black homenageia Jackson do Pandeiro e Ary Lobo

Após homenagear diversos ícones da cultura nortista e nordestina, como Luiz Gonzaga, em anos anteriores, a Black Sou Samba traz para os seus festejos juninos de 2015, uma homenagem a dois cancioneiros populares do Brasil: o paraense Ary Lobo e o paraíbano Jackson do Pandeiro. O show da noite fica por conta do grupo Quaderna, que pela primeira vez se apresenta num palco da BSS. Nesta sexta, dia 19, a partir das 21h, no Tábuas de Maré. 

Como em todo arraial, a noite de sexta terá comidas típicas de São João, banho de cheiro e um animador pra montar a quadrilha da Black Soul Samba. Pra isso, o coletivo incentiva a quem for trajado de roupa junina: paga só metade do valor do ingresso até a meia-noite. Além dos DJ's Uirá Seidl, Kauê Almeida, Eddie Pereira e Homero da Cuíca, o Arraial terá também participação da DJ Ana Flor, com cenário de Aldo Paz e projeções de Kauê Lima e Diogo Vianna.

Um arraial com o Quaderna

Allan Carvalho e Cincinato Júnior, desenvolvem pesquisas musicais desde 2003. O primeiro CD do Quaderna, lançado em 2006, abordou a influência da cultura nordestina na Amazônia, em especial no Pará. O estudo foi feito a partir da Bolsa de Pesquisa e Experimentação Artística, do Instituto de Artes do Pará (IAP). Bem-sucedido, conquistou o ‘‘Destaque Regional’’ do Prêmio Dynamite/SP, em 2008. O grupo ainda foi convidado a criar a trilha sonora dos cinco documentários da série “Barcos da Amazônia".

O trabalho sobre o universo dos pregões começou em 2011, com Bolsa de Criação, Experimentação, Pesquisa e Divulgação Artística do Instituto de Artes do Pará (IAP). Em 2012, o projeto ingressou na circulação do Prêmio PROEX de Arte e Cultura da Universidade Federal do Pará (UFPA). 

Em 2013, os dados da pesquisa sobre os pregões da capital paraense circularam em 10 capitais do País com o Festival HotSpot - Tanque de Ideias, evento paulista, e o projeto ganhou impulso com a seleção no edital Pará Natura Musical, via Lei Semear de Incentivo à Arte e Cultura, do Governo do Estado do Pará.

Allan destaca que o grupo vem tocando composições de Ary Lobo desde 2004, ainda durante o processo de produção da pesquisa do IAP, seguido de uma série de shows em em homenagem a Ary, realizados pela TV e Rádio Cultura. 

"Vale lembrar também que em no ano 2000, na I Primeira Bienal de Música de Belém, quando ainda fazia carreira solo, apresentei o show "Pedra Bruta da Pedreira", especialmente sobre a obra de Ary Lobo, show que circulou em alguns teatros da cidade", ressalta Allan. 

Para o Arraial da Black Soul Samba, o grupo destaca duas canções de Ary que estão em seu segundo disco: Filho de Tupinambá (Ary Lobo e Barbosa da Silva) e Patrulha da Cidade, também gravada por Ary; além de canções como "Olha o Amendoim", "O Cascalheiro", entre outras, além de forrós, xaxados, xotes e baiãos clássicos como "Sebastiana" e "Forró no Limoeiro", de Jackson do Pandeiro.

Serviço
Arraial da Black Soul Samba com grupo Quaderna. Nesta sexta-feira, 19 de junho, a partir das 21h, no Tábuas de Maré (Rua São Boaventura, entrada no final da Avenida Almirante Tamandaré, próximo à Praça do Arsenal, Cidade Velha). Ingressos: R$20,00. Promocional: Meia - entrada até meia-noite para quem estiver com trajes juninos. Informações: (91) 98915 0504.

Ateliê397 abre a exposição “Alastramento” em SP

A última etapa do “Circuito independente: aproximações possíveis entre Belém e São Paulo”, projeto realizado com apoio do Programa Rede Nacional Funarte Artes Visuais 11a edição, conta com participação de 14 artistas que trabalham em Belém (PA), revelando o panorama diversificado da produção do local, trazendo obras em linguagens como pintura, fotografia, poesia, vídeo, instalação e performance. O início da programação é neste sábado, 20, às 16h, com curadoria de Camila Fialho e Véronique Isabelle.

O projeto contou com uma série de encontros abertos ao público, promovidos aqui no mês de março deste ano, nos quais foram realizadas falas e debates sobre temas ligados à gestão de espaços independentes. A mostra é um desdobramento do processo de interlocução entre o Ateliê 397, de São Paulo, e três espaços independentes de Belém/PA: Associação Fotoativa, Atelier do Porto e Gotazkaen.

Alastramentoconta com a participação dos artistas Alexandre Sequeira, Armando Queiroz, Elaine Arruda, José Viana, Keyla Sobral, Lucas Gouvêa, Wellington Romário, Luciana Magno, Luis Junior, Marcílio Costa, Miguel Chikaoka, Nando Lima, Pablo Mufarrej e Paula Sampaio.

A última etapa, realizada em São Paulo, terá, neste sábado, 20, Alexandre Sequeira, Miguel Chikaoka, Nando Lima e Pablo Muffarej, que realizarão ações artísticas seguidas de uma festa na qual o também artista, Lucas Gouvêa, faz a discotecagem. Será um momento privilegiado para trocar ideias e ver alguns trabalhos mais efêmeros.  

De acordo com as curadoras, os artistas que participam da exposição compartilham um histórico de pesquisa e trabalho na/com a cidade, enquanto campo de investigações, muitas vezes através de projetos baseados no estabelecimento de redes de colaboração que, não raro, se desenvolvem longe dos holofotes. 

Assim, a idéia de uma trama invisível que se estende por baixo da terra é um ponto de partida para a mostra, que propõe um transbordamento desta produção, imbuída de questões oriundas de suas experiências junto às dinâmicas da capital paraense, para o espaço do Ateliê 397, estabelecendo um canal de diálogo com o circuito paulistano.

“Alastramento” conta com a participação dos artistas Alexandre Sequeira, Armando Queiroz, Elaine Arruda, José Viana, Keyla Sobral, Lucas Gouvêa e Wellington Romário, Luciana Magno, Luis Junior, Marcílio Costa, Miguel Chikaoka, Nando Lima, Pablo Mufarrej e Paula Sampaio. 

O que mais vem aí

A programação desta última etapa traz ainda outras ações pontuais nos dias 22, 24 e 30 de junho. No dia 22 de junho, às 19h, o artista Alexandre Sequeira apresenta “a fala como obra”. No dia 24 de junho, às 19h, a artista Elaine Arruda realiza uma fala, seguida de chorinho, e às 21h30, Lucas Gouvêa e Wellington Romário realizam uma ação com mingau e banho de cheiro de viva São João. A mesma dupla faz outra ação no dia 30 de junho, às 17h, desta vez com a artista Gisele Vasconcelos.

Serviço
Alastramento, curadoria de Camila Fialho e Véronique Isabelle. Neste sábado, 20 de junho a partir das 16h. Visitação: de 22 de junho a 17 de julho, das 14h às 19h.

18.6.15

Os 20 anos de "Fête de la Musique" em Belém

Na capital paraense, várias apresentações locais e internacionais convidam a todos para um domingo inesquecível de ritmos que misturam Brasil e França. A programação tem início às 17h, no Anfiteatro São Pedro Nolasco, na Estação Das Docas. A entrada é gratuita.

Sob o tema “Vivre ensemble la musique !” ou, em português, “Viver juntos a música!”, a Fête de la Musique, sediada pela primeira na França para comemorar o verão de 1982, traz a ideia de uma experiência musical coletiva entre culturas. 

Em Belém, a festa celebra 20 anos com uma programação que comemora a pluralidade sonora. Segundo a diretora da Aliança Francesa de Belém, Myriam Mugica, a festividade se consolidou no calendário paraense e confirma o interesse dos brasileiros em conhecer outras culturas: “Há 20 anos, artistas da França e do Brasil animam o público belenense no dia 21 de junho, por isso, a Fête de la Musique é uma importante festividade que celebra a diversidade cultural”, afirma.

Dedicada a todos os amantes da música, o evento conta com as apresentações da Orquestra de Violinos Vale Música, Tambores do Conde, Gigi Furtado e a seleção dos finalistas do Festival da Canção Francesa – etapa Pará, com as participações de Camila Honda e Ana Paula Martins. Para finalizar a noite em grande estilo, os franceses do grupo “Sweet Way” prometem animar a todos com um bom zouk, que traz influências dos ritmos da Guiana, Antilhas, Haiti e Estados Unidos.

Edouard Phanis e Laurent Kreber formaram o “Sweet Way” em 1998. Os jovens se conheceram em um projeto comum na aula de música do colégio em que estudaram. A partir da amizade, a descoberta da paixão na música os uniu ainda mais. Aos poucos, começaram a escrever suas próprias canções. Em 2004, o primeiro álbum "Sweet Way" foi lançado. 

O segundo álbum veio em 2008, intitulado “Autrement”. Várias semanas entre os mais vendidos no Itunes, o terceiro álbum "The Shadow Of The Light", em 2013, consolidou o sucesso dos artistas. Antes da única apresentação em Belém, o grupo se apresenta na consagrada Casa de Espetáculo La Cigale, em Paris.

A Fête de la Musique é uma realização da Aliança Francesa de Belém e tem o patrocínio da Imerys, apoio da Direction des Affaires Culturelles de Guyane, da Fundação Amazônica de Música e do Governo do Pará por meio da Secult e da Pará 2000.

Serviço
Fête de la Musique, dia  21 de junho, a partir de 17h, no Anfiteatro São Pedro Nolasco - Estação Das docas (Boulevard Castilhos França, 792). Entrada franca. Festival da Canção Francesa 2015: http://afbelem.com/index.php/agenda/41-eventos/444-festival-cancao-2015

17.6.15

RockOn faz festa com o bom e velho rock and roll

“Hands of Doom (Black Sabbath Cover)”
Essa é a hora de sair do casulo. Tem festa de rock nova na cidade, a “RockOn – Rock and Roll em Alta Voltagem”. O evento será neste sábado, 20, às 21h, no Saahara Lounge (Av. Senador Lemos, 35). Os ingressos custam 15 reais.

Quem gosta de rock em Belém já percebeu que nos últimos tempos as festas voltadas para esse gênero andam cada vez mais raras, fazendo com que o público tenha que esperar um show grandioso ou um festival para sair de casa. 

A ideia da "RockOn - Rock and Roll em Alta Voltagem"é fazer um passeio musical pelo rock através das sequências inacreditáveis dos DJ's e do repertório das quatro bandas da noite, além de unir bandas autorais e covers no mesmo espaço, dialogando sempre. Estilos como Blues Rock, Garage, Hard, Heavy, Prog, Punk / Hardcore/Pós Punk, Doom, Stoner, Indie e Alternative, sem limite de décadas, dos 50 até as mais furiosas atualidades.

Oscaravelho apresenta trabalho autoral

Oscaravelho: "Do progressivo a música brasileira"
A abertura será da banda “Oscaravelho”, banda autoral, que apresentará músicas do segundo disco da carreira. 

A banda tem influências que vão do hard rock progressivo a música brasileira. Oscaravelho é formado por Augusto Macola (voz e violão), Alexandre Riberio (guitarra e voz), Bruno Ferreira (baixo e voz), Sérgio Siqueira (teclado) e Rodrigo Jorge (bateria). Segundo Alexandre Ribeiro o nome da banda foi escolhido por conta da idade dos integrantes, pois na primeira formação todos tinham mais de 40 anos. 

A vontade da banda é sempre se renovar, buscando interagir da melhor forma com o público. “Hoje a música desenvolve um papel cada vez mais concreto em nossas vidas, tanto pelo prazer de compor como também a satisfação de tocar nossas canções para as pessoas”, pontua Alexandre.

Também vai rolar “Hands of Doom (Black Sabbath Cover)”, “Nirvana Cover” e“Dead Level” nesta edição da “RockOn”.  No time dos DJ's, estão Uirá Seidl, Daniel Bandeira, Eddie Pereira e Kauê Almeida, já conhecidos na cidade por conta de outros coletivos musicais. 

Algumas surpresas esperam o público no sábado, como o “debut” da banda “Dead Level”, que traz para a apresentação clássicos de artistas como Jimi Hendrix, Eric Clapton, Led Zeppelin, The Who, Deep Purple, Neil Young e The Doors. Além de duas músicas autorias de autoria de Daniel Dú Blues, chamadas “Sigo” e “Marginal”. A banda é formada por Uirá Seidl (vocais), Beto Brasil (bateria), Guibson Landim (baixo) e Daniel Dú Blues (guitarra).

Os fãs dos anos 90 vão delirar com o repertório do “Nirvana Cover” que promete tocar um apanhado do melhor da discografia da banda grunge, como “School”, “Drain you” e “Smells like teen spirit”, essa última, que é praticamente um hino de uma geração. Segundo Marcelo Kahwage, o Nirvana tem uma grande importância na história do rock. 

Vai rolar Nirvana
“Dentre outras coisas, o Nirvana popularizou o rock alternativo, galvanizou toda uma escola de rock de vanguarda que vinha desde o Velvet e transformou em algo popular”, explica Marcelo. A banda é formada por Marcelo Kahwage (vocais e guitarra), Fuad (baixo), Bruno Oliveira (bateria), Bruno Rafael (guitarra).

Fechando a noite, os adoradores da banda “pai do heavy metal”: Black Sabbath, vão adorar saber que os maiores sucessos serão tocados, fazendo todo mundo viajar no tempo com qualidade musical. Esse feito ficará por conta do grupo Hands of Doom, com especial destaque para a discografia com Ozzy Osbourne nos vocais. A banda é formada por Fábio Viana (guitarra), José Pedro Carvalho (bateria), Yuri Martins (vocal), Vinicius Carvalho (guitarra) e Thales Campelo (baixo).

Serviço
RockOn – Rock and Roll em Alta Voltagem”. O evento será neste sábado, 20, às 21h, no Saahara Lounge (Av. Senador Lemos, 35). Os ingressos custam 15 reais.

16.6.15

Cia Balagan realiza imersão artística em Belém

Melissa Vetore em Sacromaquia (Foto: Ale Catan)
Provocar centelhas da paixão, da Arte e da ação dormentes em cada atriz e cada ator é o objetivo de Palavras e Corpos – um ator narrador, programada para o período de 6 a 10 de julho, pela parceria do Espaço Oficina Assim, de Belém, com a Cia Teatro Balagan, de São Paulo. Com inscrição gratuita para atores com experiência em atuação e/ou direção, a oficina será ministrada pela diretora, Maria Thais, e a seleção feita através de currículo.

Durante cinco dias de imersão artística, atores e atrizes terão oportunidades de mexer, acender ou reacender, provocar e incendiar novos e antigos focos de paixão para trabalhar a própria arte na troca e (re)interpretação dela para si, com o grupo aqui formado e com a Diretora, que também é fundadora e diretora artística da Companhia Balagan; pesquisadora de Artes Cênicas, além de estudiosa de danças, como a moderna, afro-brasileira, flamenco, capoeira, expressão corporal e outras.

Em Belém, o trabalho na oficina será desenvolvido “a partir da palavra, explorada como arma que atravessa territórios e transita entre o passado, o presente e o futuro; e com a materialidade do corpo, na sua potência relacional de afetar e ser afetado, de ajustar-se ao ambiente, tornando visível o invisível”, conta a Diretora, que adianta mais sobre a oficina.

Algumas experimentações serão feitas com outras matérias criativas, como textos e poemas de diferentes tradições ameríndias, assim como com os princípios expressivos para o movimento cênico, organizados nos estudos biomecânicos, pelo encenador russo V. Meierhold, e investigados a partir de um operador comum: o ato,  verbal e gestual, que evocado ou encarnado pelo/no ator cria a expressão cênica. 

Antonio Salvador (primeiro plano) e Eduardo Okamoto (ao fundo) em Recusa

Foto: Ale Catan
"Em Palavras e Corpos – um ator narrador, o corpo e a palavra transitarão por imagens, sujeitos e perspectivas, sugerindo uma atitude para o ator, análoga a do caçador que ao adentrar  em um campo desconhecido não submete os materiais e o próprio processo criativo às estruturas e modos de fazer predeterminados mas, ao contrário, se dispõe ao silêncio, à escuta”, revela Maria Thais.

O Espaço Oficina Assim prepara, além de Palavras e Corpos – um ator narrador, a exposição sobre espetáculos produzidos pela Cia Teatro Balagan, dirigidos por Maria Thais e cenografados por Márcio Medina, parceiro e cofundador da Companhia, com figurinos, cartazes, objetos de cena, e o lançamento de dois livros - Na Cena de Dr. Dapertutto: poética e pedagogia em V.E. Meierhold, de Maria Thais, editado pela Perspectiva, e Cia Teatro Balagan, organizado pela Diretora.

“A vontade de realizar a produção é antiga, mas dependia de muitos fatores, desde a agenda de todos até a dificuldade de produzir sem apoio de leis de incentivo e editais, como é o caso... por outro lado, recompensa muito encontrar pessoas e empresas sensíveis à produção artística, como a PREMAZON, destaque no mercado de pré-fabricados de concreto, patrocinadora oficial do projeto", lembra Patrícia Gondim, coordenadora do Espaço Oficina Assim.

Antonio Salvador em Prometheus - a tragédia do fogo. Foto: J. Viegas 
"Outros apoios vierma do Hotel Crowne Plaza Belém; o Centro Cultural do Carmo; além, é claro, do Teatro Waldemar Henrique - o espaço ideal para a oficina, pelo seu caráter experimental, que acabamos de conseguir como apoio da Fundação Cultural do Pará; isso sem mensurar o trabalho incansável de muitos amigos, como a Monalisa da Paz, do Grupo Gruta de Teatro; o Edyr Augusto e a Zê Charone, do Grupo Cuíra; a Sâmia Batista e o Rafael Gondim, pela identidade visual; a Lívia Sampaio com ideias pra escrita do projeto, e o incentivo da própria diretora, Maria Thais, que sempre alimentou a ideia”, complementa.
           
Balagan - Um espaço de pesquisa teatral, uma oficina do fazer artesanal, uma casa onde o trabalho ocupa todos os espaços, dia a dia, inclusive a cozinha - lugar de passagem obrigatória para a sala de ensaio e onde acontece a cena Cozinha Teatral, uma das atividades desenvolvidas pela Companhia.

Na Balagan, os artistas sempre se reúnem em pesquisas e realizações teatrais, a partir da experimentação e do trabalho permanente sobre o caráter pedagógico de seus processos criativos e da formação continuada, inclusive a dos espectadores, instigados à outras perspectivas do olhar para a cena.

Maria Thaís
A palavra balagan é encontrada em diversos idiomas, como o turco, o hebraico, o árabe, o russo... e pode expressar confusão, baderna, bagunça, teatro de feira... 

A Balagan brasileira também pode evocar essas e outras situações em vários momentos do processo criativo, nas trocas, construções e  desconstruções, descobertas de ideias, definições de pesquisas, ações, espetáculos, cadernos e agendas, até nas confecções de cenários, figurinos, luz, adereços... Tudo em busca da “aprendizagem com o incerto”, como fala uma das apresentações, no sítio da Companhia - http://www.ciateatrobalagan.com.br/.

Novos desafios ao Espaço Oficina Assim

Maria Thas
A vinda da diretora Maria Thais é o mais novo desafio e maior investimento do Espaço Oficina Assim. “A proposta é mergulhar na experiência e visualizar novos caminhos artísticos, novas pesquisas e montagens – uma motivação também, quem sabe, à criação de novos textos em parceria, ou não, com dramaturgos reconhecidos nacionalmente”, ressalta Oriana Bitar, diretora do Assim, que há mais de dois anos planeja a produção.

“Apesar de ainda precisarmos de alguns apoios, o sonho agora já é realidade e podemos, inclusive, oferecer gratuidade na inscrição, especialmente porque o nosso investimento é para concretizar não só a oficina, mas plantar a semente de novas realizações em grupo”, comemora Oriana, que também dirige a produção do projeto.

Os desafios têm sido grandes para o espaço cultural independente, em busca da continuidade da formação e de processos de conhecimento artístico. Desde 2013, o Assim já realizou mais de 20 ações, entre oficinas, workshops, bate-papos, apresentações, palestras, exposições, experimentações, além da produção de três grandes projetos culturais: 50 Anos da Escola de Música da Universidade Federal do Pará (EMUFPA); 60o ENARTE – Encontro de Arte da EMUFPA; e o espetáculo nacional, Recusa, da Cia Teatro Balagan, vencedor de vários prêmios, entre os quais, o Shell de Teatro e o APCA – Associação Paulista de Críticos de Arte, em 2012.

Atualmente, além dos projetos autorais, o Oficina Assim participa do Projeto Circular Campina-Cidade Velha, investindo no reconhecimento e na preservação do patrimônio e da memória de Belém, promovendo atividades culturais, incentivando o mercado de artes em vias públicas e nos espaços culturais independentes. 

A risoteria da Ori, que integra o espaço
O Espaço Oficina Assim é um dos cinco espaços pioneiros do Circular, que participam de sua realização desde o projeto-piloto, em dezembro de 2013, quando integrou com a exposição de pintura, Odd Norten, de Tadeu Lobato.

As inscrições para a oficina Palavras e Corpos – um ator narrador estão abertas e as vagas são limitadas. Os interessados devem enviar currículo para o email: espacoficinassim@gmail.com, até o dia 21 de junho e o resultado será divulgado até o dia 26. 

A exposição e os lançamentos dos livros também já tem datas definidas: 3 de julho – Lançamento do Livro da Cia Balagan e abertura da exposição, no Centro Cultural do Carmo; e dia 10 de julho – Lançamento do Livro Na Cena do Dr. Dapertutto: poética e pedagogia em V.E. Meierhold, no Espaço Oficina Assim. Todos às 19 e com entrada gratuita.

Agende-se
Oficina Palavras e Corpos – um ator narrador
Público alvo: atores com experiência artística em atuação e/ou direção teatral
Número de vagas: 25
Inscrições até 21 de junho: seleção de currículos via email - espacoficinassim@gmail.com
Resultado até: 26 de junho
Período de realização: 6 a 10 de julho de 2015
Horário: 8h30 às 14h30
Local: Teatro Experimental Waldemar Henrique – Av. Pres. Vargas/Praça da República

Lançamento do Livro e Exposição Cia Teatro Balagan
Dia: 3 de julho de 2015
Local: Centro Cultural do Carmo / Praça do Carmo 40/48 – Cidade Velha
Hora: 19h

Lançamento do Livro Na Cena do Dr. Dapertutto: poética e pedagogia em V.E. Meierhold
Dia: 10 de julho de 2015
Local: Espaço Oficina Assim / Trav. Frei Gil de Vila Nova, 215 - Campina
Hora: 19h

(enviado pela assessoria de imprensa, edição do blog)