29.6.20

Lei Aldir Blanc é sancionada e vai liberar até 3 bi

O setor cultural, abalado em todas as estruturas pela Pandemia do Novo Coronavírus, teve hoje uma grande vitória. Após as votações favoráveis com aprovação na Câmara e no Senado, a Lei Aldir Blac, que garante auxilio emergencial a artistas, produtores e espações culturais, foi sancionada, nesta segunda-feira, 29, pelo presidente Jair Bolsonaro.

Já não estava fácil antes, mas com o isolamento social, artistas, produtores e espaços culturais, que dependem do público para prosseguir suas atividades, se viram à deriva e estão há três meses paralisados. Não é possível viver apenas de Lives, que embora tenham apontados novos caminhos de relação com a cultura, são insuficientes para fomentar um setor tão vasto e diverso. Por isso, é  urgente que este auxílio emergencial seja acessado, até mesmo para que não sucumbamos de uma forma que não possamos nem nos reerguer e prosseguir quando a pandemia passar. 

Devem ser liberados para os estados cerca de 3 bilhões de reais, oriundos, em sua maioria, do Fundo Nacional de Cultura (FNC).  A Lei previa que o Governo Federal teria 15 dias para liberar os recursos. Esse foi o único veto que o texto original sofreu e vai depender, agora, de uma Medida Provisória que regulamente a liberação e o repasse desses valores aos 5. 570 municípios brasileiros que irão receber cotas. O Pará vai receber cerca de 125 milhões de reais no Pará. Santarém, por exemplo, deve receber quase dois milhões.

Em uma Live, há pouco, pelo canal de Instagram da secretária de cultura do Pará, Úrsula Vidal (@ursulavidal), com participação do secretário de cultura do Espírito Santo, Fabrício Noronha, foram repassadas mais informações sobre esses trâmites e tudo o mais que a Lei vai abranger na área da cultura. De acordo com eles, quando o dinheiro chegar aos estados e municípios, haverá até dois meses para programar sua destinação. Então ainda vai levar um tempo, sendo mais do que necessário que os detalhes comecem a ser articulados. 

A lei prevê um auxílio de R$ 600, em três parcelas, para trabalhadores da arte e da cultura. Podem solicitar o recurso profissionais que comprovem atuação no setor nos últimos dois anos, com rendimentos de até R$ 28,5 mil em 2018. Do valor geral, 20% precisam ser destinados para custear editais, chamadas públicas, cursos, prêmios e aquisição de bens e serviços (uma prefeitura pode, por exemplo, comprar antecipadamente ingressos de uma instituição). 

O uso dos 80% restantes pode ser decidido por estados e prefeituras. Além da ajuda para pessoas físicas, a lei prevê auxílio para espaços artísticos e micro e pequenas empresas culturais que tiveram as suas atividades interrompidas, mas que vão precisar comprovar cadastro municipal, estadual, distrital ou de pontos de cultura.

A aprovação da Lei Aldir Blanc é fruto de um grande acordo entre parlamentares e teve como relatora a deputada Jandira Feghali. Envolveu o Fórum de Secretários e Dirigentes Estaduais de Cultura, Confederação Nacional de Municípios, Frente Nacional de Prefeitos, conselhos estaduais e municipais. E também contou com a articulação e ativismo de diversos segmentos artísticos e culturais. 

O ideal é que a secretaria de cultura do Pará, assim como os órgãos municipais que ficarão responsáveis pela política de repasse desses recursos mantenham os interessados informados, por meio de suas plataformas digitais, a fim de que possamos todos contribuir e garantir que estes recursos cheguem ao seu destino, com urgência e transparência.

Liége lança single e clipe antecipando novo álbum

Fotos: Vitória Leona
Liège lança primeira "Lava", faixa do álbum “Ecdise”, o primeiro disco da carreira da cantautora paraense, que chega produzido pelo produtor paulista, DJ Duh, com recursos captados pelo edital Natura Musical via Lei Semear. O single, que vem acompanhado de clipe, com criação de Amanda Gil e Tamires Nobre, estará nas plataformas de streaming nesta sexta, 03 de julho. 

Adaptado à realidade imposta pela pandemia, o disco terá lançamento digital a partir de julho com apresentações das faixas por etapas. “Como não sabemos quando poderemos fazer o show de lançamento, vamos lançando as faixas aos poucos. Os singles serão trabalhados com clipes e o público poderá participar de todo esse processo. Vamos descobrindo o disco juntos, aos poucos, em um momento novo para todos nós”, conta.

“Lava fala de amor em tempos pandêmicos e é também uma forma de revolução”, reflete Liège. “Essa canção revela uma das facetas do disco, trazendo a energia de novas composições, mais dançantes e ritmadas, pops”, completa. A novidade chega próximo ao seu  aniversário, representando para ela o início de uma nova fase da carreira, “uma nova pele que foi sendo trocada durante a construção do disco”, explica Liège.

A participação de Daniel Yorubá, de acordo com a artista, foi uma conexão feita pelo DJ Duh, produtor do disco. Cantor e compositor, nascido e criado na periferia de São Paulo, Daniel mistura MPB, ritmos africanos, reggae, hip hop e pop.  “Daniel trouxe seu axé, sua cadência e timbre que encaixaram perfeitamente pro clima da música, pro que ela pedia. Ele captou imediatamente quem era a mulher, a parceira dele na música e compôs o verso dele lindamente. Fechamos juntos a imagem dessa mulher potente no amor e na vida”, comenta a artista.

“Ecdise”, que dá nome ao álbum que vem por aí,  denomina cientificamente o processo de mudança de pele, carcaça ou parte do corpo de animais, em período de mudança profundo, por vezes, doloroso. No caso das cobras, elas trocam toda a pele para crescer, recomeçando um novo ciclo. Foi esse nome que a cantora e compositora Liège decidiu dar ao primeiro disco, um trabalho que desnuda a artista, que passou por um processo profundo de autoconhecimento e resgate de sua ancestralidade que vem da Amazônia brasileira. 

Ancestralidade e musicalidade desafiam produtor

O trabalho reafirma a voz potente, a ancestralidade e a emancipação pessoal da cantora, embalada por uma sonoridade pop que é atravessada por elementos da MPB, do R&B, ritmos afro amazônicos e da World Music. 

“Pesquisamos diversas referências: africanas, brasileiras, e tudo isso dentro da minha regionalidade, preservando meu sotaque e minhas questões amazônicas. Trouxemos esses atravessamentos todos para uma zona contemporânea, incluindo um pouco de r&b, pop, buscando a world music. Acho que isso ficou muito legal no álbum”, explica.

Essa conexão e redescoberta foi feita com o auxílio do experiente Dj Duh (Emicida, Arnaldo Antunes e Tulipa Ruiz), produtor musical paulista que encontrou Liège e se sentiu desafiado a conhecer a artista brasileira da Amazônia que traz em seu trabalho a ancestralidade nortista e uma musicalidade universal.

“Conheci a Liège através de uma caixinha de sugestões que coloquei no Instagram, onde uma amiga em comum indicou o nome dela como possível nome que eu pudesse produzir em 2019. Gostei do desafio de produzir uma artista do Norte do Brasil, acredito que o eixo SP/RJ tem um círculo vicioso e a linguagem do Norte/Nordeste são o futuro, na verdade o presente, da música pop brasileira e o maior desafio, além da distância, foi de fazer com que a obra soasse pop, brasileira e não prejudicasse a regionalidade dela”, relembra Duh.

Natural de Belém do Pará, no coração da Amazônia, Liège atualmente vive em São Paulo (SP), no entanto foi em Campinas (SP) que ela encontrou seu refúgio criativo nos últimos meses, mais especificamente no Groove Arts Studio, estúdio do produtor. “O trabalho de militância que a Liège faz me atrai! Fazer música mantendo seu posicionamento frente a várias lutas sempre fizeram parte do meu trabalho e isso me fez olhar e escolher realmente trabalhar com ela”, revela Duh.

O álbum vem com dez faixas e tem direção vocal de Marisa Brito nas músicas “Deixa Ir” e “Legado” e Thiago Jamelão nas demais faixas. O disco traz como convidades especiais o duo pop 2DE1, a rapper paraense Bruna BG, o paulistano Daniel Yorubá e o próprio Thiago Jamelão – que também atuou como diretor vocal.

“Toda vez que eu entro no estúdio, fico muito ansioso e cheio de expectativa e o encontro com a Liège foi muito tranquilo, foi um trabalho de muita troca e aprendizado. Criamos melodia, compomos, foi uma troca muito grande. Além de tudo, é uma excelente cantora, com uma voz linda bastante expressiva”, avalia Jamelão, diretor vocal do disco.

Acreditando na importância da arte no processo de reflexão e construção de uma sociedade mais justa, a artista segue com o lançamento do trabalho, que precisou ser ajustado à nova realidade. 

“Quando tudo aconteceu, já estávamos com o planejamento do disco fechado e a cabeça deu nó. Mas arte pra mim sempre foi uma questão de sobrevivência, é meu propósito, então nós resolvemos ajustar a divulgação e seguir com o lançamento, já que música é minha arma de luta e tem a missão de levar reflexão, alento e desconstrução pro público, é a minha forma de contribuir no enfrentamento a este momento  tão complicado”, pontua Liège.

“Ecdise” foi selecionado por Natura Musical, por meio da lei estadual de incentivo à cultura do Pará (Semear), ao lado de Lucas Estrela, Chico Malta e Thais Badú, por exemplo. No Estado, a plataforma já ofereceu recursos para 59 projetos até 2019, como Manoel Cordeiro, Dona Onete, Pinduca, Felipe Cordeiro e Luê. “O futuro que queremos construir é coletivo. Ele passa por momentos de tensão, mas, com a música, somos capazes de chegar a um lugar comum, respeitando a diversidade. Os artistas, bandas e projetos de fomento à cena selecionados por Natura Musical trazem a mensagem de que o futuro pode ser mais bonito com a música e com envolvimento de cada um de nós”, afirma Fernanda Paiva, gerente de Marketing Institucional da Natura.

(Holofote Virtual com informações da assessoria de imprensa)

21.6.20

Holofote Virtual coloca no ar o primeiro podcast

O projeto era antigo, mas foi a pandemia e o isolamento social que deram o empurrão para ele sair da gaveta. Gravado de forma caseira, em fase de criação e experimentação, o primeiro podcast do blog está no ar.  Para esta estreia, convidei o ator, professor e arte educador, José Arnaud, criador do canal Na Rede com Claustro

Navegando pelas redes sociais, me deparei com o canal "Na Rede com Claustro", há dez meses no ar, e que acaba de lançar a série “Reflexionando com Claustro por um mundo melhor”. O segundo episódio ele traz como tema a “Resiliência”. Nesse papo a gente conversa sobre a concepção do programa, a criação de um clown e ainda sobre a sociedade pós pandemia, mudanças no planeta, arte e revolução digital. 

Arnaud é Mestre em Artes e atua com arte educação, com experiência em produção teatral e audiovisual. Ele também é coordenador artístico da ONG Rádio Margarida, que desenvolve projetos voltados à defesa dos direitos da criança e do adolescente. E que acabou de lançar também um podcast, com 6 programas de áudio infantis que ensinam e divertem as crianças. 

O Podcast do Holofote Virtual entra no ar em fase experimental, ciente de ajustes necessários, mas não queríamos mais esperar. Por isso, eu e Carlos Canhão Brito resolvemos encarar e dar o ponta pé inicial! A ideia é publicar um novo programa em cada quinze dias, trazendo apresentação minha (Luciana Medeiros). Agradeço ao Arnaud e já planejo o próximo programa, que será em julho. Vamos divulgando as novidades nas redes sociais @holofote_virtual, no Instagram, onde compartilho estes e mais conteúdos. Espero que vocês curtam!

Procast Holofote Virtual 
Apresentação: Luciana Medeiros
Produção: Luciana Medeiros e Carlos Canhão Brito
Edição de áudio: Carlos Canhão Brito

Links



20.6.20

Pavulagem em formato virtual nesta quadra junina

Lives, cortejos virtuais, podcasts e solidariedade
Adversidades só fortaleceram o Arraial do Pavulagem, nestas mais de três décadas de trajetória, realizando uma das manifestações de rua mais intensas da nossa quadra junina. Este ano, porém, o cenário pediu pra #ficaremcasa e, inovando, mais uma vez, o grupo lança neste sábado, 20, o “Arrastão do Pavulagem, Arraial do Futuro”. 

O projeto trouxe para este momento, o encontro “Oralidades”, projeto desenvolvido pelo Arraidl desde 2012, e que será apresentado neste sábado, 20, às 16h, pelo canal do Arraial do Pavulagem, no YouTube. Pesquisadores, artistas, mestres e outros fazedores de cultura foram convidados para debater com o público diversos temas relacionados à cultura popular na Amazônia. Você pode assistirA mediação é do Doutor em Sociologia e Antropologia, Edgar Chagas Júnior; além de estar aberto para receber perguntas do público através da rede social.

Já os tradicionais cortejos juninos do Arraial do Pavulagem que ocorrem nos domingos do mês de junho, serão realizados de forma virtual, até ainda em julho, dias 5 e 12, sempre às 10h, também pelo Youtube. Neste domingo, 21, te liga que a banda vai apresentar algumas de suas músicas mais populares, recebendo Patrícia Bastos e Allan Carvalho. A cada domingo, haverá outros convidados.

E atenção para quem já é brincante e quer participar mais ativamente dos cortejos. Os integrantes do Batalhão da Estrela estão realizando ensaios virtuais. As inscrições estão através de links disponibilizados nas redes sociais do Pavulagem, mas apenas quem já participou de oficinas de Dança, Percussão ou Artes Circenses nos anos anteriores pode se inscrever. Para a percussão também é necessário ter o instrumento.

O projeto é realizado com o patrocínio da Equatorial Energia Pará, por meio da Lei de Incentivo à Cultura - Semear, da Fundação Cultural do Estado do Pará, e apoio cultural da Funtelpa. Para o presidente da Equatorial Energia Pará, Marcos Almeida, o patrocínio da empresa no Arraial vem em um momento de reinvenção. 

“É de extrema importância investir também em cultura nesse cenário em que as pessoas têm que resguardar a saúde, ficando em casa se puderem. E sabemos que o Arraial do Pavulagem é uma das manifestações culturais de maior sucesso no país, por isso não poderíamos deixar de incentivar que o movimento se reinventasse para fazer a alegria dos paraenses mesmo nesse período de distanciamento social”, avalia Marcos. 

Temáticas variadas e campanhas solidárias

Além da diversidade, a cada tema, a live traz um repertório musical, convidados e participações especiais diferentes. A primeira live (21/06), vai falar da brincadeira do boi na Amazônia, no Brasil, e a do Boi Pavulagem. E haverá a “Levantação do Mastro”. Na segunda (28/06), a campanha “Marajó Vivo” discute o encontro do arquipélago com outras cidades paraenses, e a síntese dessas culturas amazônicas, uma característica do Pavulagem.

A terceira live (05/07) traz a campanha “Viva Mestres”, mostrando como os mestres influenciaram e ainda influenciam a construção do Pavulagem, sendo importante a nossa solidariedade com eles nesse momento de pandemia. A última live (12/07) será sobre o “Brincante do Futuro”, abordando as novas gerações que são formadas dentro do Pavulagem. Encerrando, ainda, com a “Derrubada do Mastro”, que é o fechamento da quadra junina e a renovação do ciclo da cultura popular.

Apoie também - A programação também será destinada a promover duas campanhas solidárias. A primeira destina-se a arrecadar fundos de apoio aos mestres de cultura popular, que ao longo das últimas décadas foram parceiros do Arraial do Pavulagem e atualmente encontram-se com dificuldade financeira. Para tanto, será aberta a Vakinha “Viva Mestres”, cujo QR-Code será disponibilizado durante as lives de domingo.

Por fim, o projeto apoia a divulgação da Campanha “Marajó Vivo”, numa parceria entre o Museu Goeldi, o Museu do Marajó, a Prelazia do Marajó, a Diocese de Ponta de Pedras, a Irmandade do Glorioso São Sebastião, a Fundação pela Inclusão do Marajó, o Observatório de Direitos Humanos e Justiça Social do Marajó, vinculado à Universidade Federal do Pará (UFPA), e o Instituto Iacitata Amazônia Viva. Trata-se de uma rede de solidariedade para ajudar os mais vulneráveis no combate ao coronavírus. Quem quiser ajudar, pode entrar em contato com os coordenadores da campanha pelos números: (91) 99989-6061, 98821-6263 e 99192-7741.

Dica: Quem ainda não viu, indicamos assistir ao documentário "Boi Pavbulagem, Boi do Mundo", na MostraÉgua do Filme, no site do Amazonia Doc. Fica disponível até dia 30 de junho.

#ArraialDoFuturo  #LiveArrastao2020  #VivaMestres  #MarajoVivo  #ArraialSolidario 
#PavulagemEmCasa #ArraialDoPavulagemOficial

(Holofote Virtual, com informações da assessoria de imprensa)

18.6.20

Websérie Pretas divulga chamada emergencial

Veja a chamada aqui!
O projeto surge há 4 anos, de forma colaborativa, já lançou 9 episódios premiados e agora vai abordar as vivências da mulher negra no contexto da pandemia. A nova temporada contará com participação da ativista Zélia Amador de Deus e novas atrizes. As inscrições para a seleção vão de 19 de junho a 1o de julho.

Zélia é Coordenadora Geral e vai estrelar a produção em sua primeira obra audiovisual como atriz. A nova edição será coordenada por ela,  que é professora emérita da Universidade Federal do Pará, por meio da aprovação do Edital Prêmio Proex de Arte e Cultura/2019. Ela fala da importância de abordar essa temática na atualidade "É um espaço necessário, para que a sociedade volte seus olhos para a mulher negra, que está na base da pirâmide, ela que é o segmento mais esmagado da sociedade, e quando essa mulher se ergue, ela é capaz de mexer com toda pirâmide", diz.

A produção da obra será realizada pela Negritar Filmes e Produções da jovem cineasta Joyce Cursino (@joycecursino), que participou como atriz e roteirista da primeira temporada realizada pela Invisível Filmes, com direção de Lucas Moraga. Ela agora é quem assume a direção geral da obra que intitula de Edição Emergencial.

"Estamos vivendo uma das maiores crises de saúde mundial e mais uma vez há uma tentativa de apagamento das nossas denúncias, das nossas histórias e do nosso protagonismo enquanto mulheres negras da Amazônia. Essa série é sobre isso", diz a cineasta. Ela afirma que o cinema é um espaço de poder e conhecimento que precisa ser pensado e construído por pessoas negras e por isso escalou uma equipe 100% de mulheres negras.

A websérie contará com 5 episódios e será gravada de forma inovadora e virtual, atendendo os protocolos de segurança da OMS. Para participar, basta se inscrever no formulário, ter no mínimo 18 anos, se identificar como mulher negra, não precisa ter experiência em frente às câmeras, a seleção vai ocorrer por vídeo chamada com a diretora de elenco, de no máximo 3 minutos com uma cena pré-determinada.

Nestes novos episódios, Zélia vai atuar como atriz e será ela quem vai conversa com as mulheres negras, contando sua história, por vídeo chamada. "São mulheres negras, ouvindo mulheres negras, falando sobre mulheres negras, pra um público de mulheres negras. É tipo tudo em casa. ...é tipo um espaço de respiro", diz a Design, Gabriela Monteiro.

Trabalho audiovisual premiado e de resistência 

Zélia e Joyce, em foto de Victor Peixe
As narrativas criadas pelo machismo e racismo ao longo da história universal foram dispositivos disparadores para a construção da websérie Pretas, produção já super premiada. A direção da primeira temporada foi assinada por Lucas Moraga, com roteiros de Joyce Cursino e Priscilla Silva.

Os episódios trouxeram vivências de mulheres negras, discutindo sexualidade, solidão e intolerância religiosa, que trouxeram à tona questões invisibilizadas em nossa sociedade pretensamente branca. Em 2016, o episódio piloto venceu o Festival Osga de Vídeos Universitários, organizado pela Universidade da Amazônia, nas categorias Melhor Filme, Melhor Direção, Melhor Atriz, Melhor Produção, Melhor Figurino e Melhor Edição.

Em 2017, venceu o Festival da Freguesia do Ó, em São Paulo, na categoria Melhor Episódio Piloto. E também foi selecionada para o 39º Festival du Court métrage de Clermont-Ferrand, na França, um dos maiores festivais de cinema do mundo. Em 2018, a produção foi premiada como a Melhor Série de Diversidade no Rio Web Fest 2018, importante festival internacional de webséries.

Lucas Moraga, idealizador da Websérie, decidiu seguir outros caminhos, e Joyce Cursino, já mais  engajada com o cinema, decidiu continuar com o projeto e reformulou a equipe, pela Negritar, a mais nova produtora paraense que chega para fortalecer os diversos trabalhos de artistas negros e amazônidas. A produtora nasceu em novembro de 2019 e já realizou o Telas em Movimento - 1º Festival de Cinema das Periferia.

Inscrições 

A seguir deixo todos os links para você saber mais e, a quem interessar, fazer a inscrição. Fiquem ligadas, meninas, porque estas ficarão abertas a partir desta sexta-feira,  19 de junho, fazendo alusão ao Dia do Cinema Brasileiro, e encerrando no dia 1º de julho.

Para quem ainda não conhece, a websérie, indico que assistam a primeira temporada, disponibilizada  no Youtube, em domínio público.

https://www.youtube.com/channel/UCIA69bSnCTIMxOXAkj_3L9g

Confira a chamada:

https://youtu.be/rirTQWOjbr4

Formulário de inscrição: 

https://bityli.com/13PMY

Código QR Formulário:



16.6.20

Funarte abre inscrições para o Prêmio RespirArte

As obras inscritas devem ser inéditas,  registradas em vídeo, nas áreas das Artes Visuais, Dança, Teatro, Circo, Música e Artes Integradas. Podem se inscrever pessoas físicas ou jurídicas. As inscrições são gratuitas e estarão abertas por 45 (quarenta e cinco) dias, contados a partir desta quarta-feira, 17 de junho. O preenchimento do formulário é feito online e deve ser feito por meio de link disponível no site da Funarte.

Cada categoria recebe 270 prêmios, com exceção de Artes Integradas, para a qual há  250. Ao todo serão selecionados 1.600 trabalhos artísticos. O prêmio individual é de R$ 2.500,00, dos quais serão deduzidos os impostos. O recurso é de R$ 4.000.000,00 (quatro milhões de reais). Os vídeos devem estar finalizados para difusão em plataformas digitais de hospedagem aberta.

Em Artes Visuais, estão aptas a concorrer as produções artísticas em Artes Visuais, registradas em vídeo, nas diferentes práticas contemporâneas como: performance, vídeo de artistas, videomapping, arte sonora, entre outras, bem como nas demais práticas convencionais e suas interfaces para veiculação em plataformas digitais, como pintura, escultura, desenho, gravura, fotografia.

Em Dança, o edital aceita todas produções registradas em vídeo, em seus diversos segmentos. Para Teatro, serão aceitos registros de contação de histórias, teatro de bonecos, teatro de fantoches, teatro de sombras, monólogos, leituras dramáticas, drama, humor, entre outras, para veiculação em plataformas digitais. E em Circo, as suas diversas modalidades circenses, para veiculação em plataformas digitais. Na categoria música, o edital abraça performances musicais de artistas ou grupos, sem restrição quanto a estilo ou gênero musical, para veiculação em plataformas digitais. Em Artes Integradas, compreende-se registros audiovisuais que misturem as linguagens de artes visuais, circo, dança, teatro e música. 

Cada proponente pode inscrever apenas um projeto. E há vedações a proponentes que possuam vínculo com os poderes executivo, legislativo ou judiciário, do Ministério Público ou do Tribunal de Contas da União. Também é vedada, como de praxe, a inscrição de servidores, terceirizados ou quaisquer outros profissionais que tenham vínculo de trabalho com a Funarte, com o Ministério do Turismo ou suas vinculadas.

Atenção aos formatos e detalhes na inscrição

Para se inscrever, prepare um currículo que se comprove sua atuação na linguagem artística na qual se inscreveu. Atentos: o vídeo deverá ser disponibilizado na forma de arquivo online, por meio de link com compartilhamento aberto, inserido no respectivo campo do formulário de inscrição. A Funarte sugere a utilização de plataformas de armazenamento de arquivos online ou armazenamento em nuvem, como 4Shared, Google Drive, Dropbox, OneDrive ou outro serviço de preferência do proponente. O link enviado deverá ser mantido ativo e em compartilhamento aberto até o fim do processo de seleção, sob pena de desclassificação do proponente. Caso seja selecionado, deverá permanecer assim por um ano.

Mais atenção aqui: o vídeo deverá conter apresentação no formato HD -1920 x 1080, resolução mínima de 720p, formato Wide, e se filmado com o celular, a imagem no sentido horizontal. A duração dos vídeos, incluindo os créditos obrigatórios, deverá atender a seguinte minutagem: de 01 a 30 minutos para as produções de Artes Visuais, Circo, Música e Artes Integradas; e de 05 a 30 minutos para as produções de Dança e Teatro. 

Acesse o edital, leia com muito cuidado, fiquem atentos aos detalhes e boa sorte!.

9.6.20

Falar de memória, cultura e arte é prazer pra mim

Dentre outras coisas, a vida é feita de desencontros aparentes que te levam a encontros surpreendentes. Foi assim, de maneira inusitada, que vim parar na live que rola hoje, às 20h, com o movimento "Mulher, o que Te impede?". Vou contar aqui como isso aconteceu, e deixo o convite para quem puder, e quiser, vir testemunhar logo mais a noite a estreia desta que vos escreve num bate papo ao vivo em tempos de pandemia. Pelo Instagram.

No início deste ano, Jana Borghi me ligou para falar de um projeto voltado ao poder do empreendedorismo feminino, o Ela Pode, que que por motivos óbvios está sendo redirecionado até que a pandemia acabe. Trata-se de um projeto social idealizado pelo Instituto Rede Mulher Empreendedora, que tem como propósito estimular a autonomia financeira de mulheres dentro do programa Territórios de Paz (TerPaz).

Jana administra a Casa Sete, um espaço compartilhado de ambiente intimista, pensado para acolher atividades profissionais em um lugar descontraído. Foi lá nosso encontro para falarmos de nossa possível parceria para a comunicação do projeto. Adorei o ambiente e muito mais. Estive lá em janeiro e acabei conhecendo suas parcerias no Ela Pode. Entre estas pessoas estava a Helen Gonçalves

Não conseguimos fechar inteiramente a parceria na comunicação, porque o trabalho me exigia dedicação total e o Circular, além de outros projetos que venho desenvolvendo, me impediriam a fazer as coisas como eu gosto, mergulhando de cabeça, profundo, tudo porque simplesmente me apaixonei pelos propósitos do Ela Pode. E também por estas meninas, mulheres que vêm navegando  no universo de essência feminina no campos do empreendedorismo. 

Elas não sabem, mas digo aqui agora, aquele bate papo salvou meu dia. Naquela manhã a conversa começou com cada uma se apresentando. Acabamos falando de nossas vidas. Eu falei dos meus projetos, sonhos, paixões para uma escuta atenta, valendo brilho nos olhos, nos meus e nos delas. Saímos dali com as energias renovadas e com uma fala que não esqueço. "Tudo bem, não fechamos o trabalho, mas nada é por acaso".

E batata! Algum tempo depois, Helen me liga para marcar um outro bate papo. Fomos tomar um café na livraria da Fox e foi lá que conheci Dreyer Costa, outra extraordinária embaixadora da Rede Mulher Empreendedora. 

O convite desta vez era para participar de um evento presencial fazendo um relato de experiência de vida e profissional. Uma tarde encantadora, onde elas me fizeram falar mais e mais. Tão raro que as pessoas queiram te ouvir, mais do que falar de si. Topei participar do Mulher o que te impede? que seria em abril, mas que precisou ser adiado, primeiro para junho, e agora sem data até que se possa mesmo pensar nisso.

Para que as coisas não se perdessem completamente, o evento têm realizado lives com várias mulheres e sobre abordagens que vão para além da técnica. Na live de hoje, elas me convidaram para conversar sobre valores, costumes e experiências que passam de geração em geração, por meio da arte e da memória, e que promovem mudanças reais na sociedade.  “Uma das formas de se mudar uma sociedade, é mudar a sua cultura enquanto arte. É preciso manter viva a memória de nossa história, das histórias que marcaram uma determinada mudança, como na arte em geral”.

Espero mesmo poder colaborar e também aprender, trocar mais e mais ideias neste campo do feminino infinito, onde há tanto ainda a ser compreendido e praticado. Convido vocês a virem interagir com seus próprios holofotes de vida, memórias, afetos. Dreyer e Helen, gratidão pelo convite.

5.6.20

Vamos circular pelas redes sociais neste domingo

O Circular Campina Cidade Velha surge há seis anos. Em 2017 é contemplado com o Prêmio Rodrigo de Melo Franco Andrade, do IPHAN, em reconhecimento a suas ações de valorização e educação do patrimônio. Construído por uma rede de colaboradores, agrega gestores de espaços culturais, trabalhadores e visitantes do centro histórico de Belém, atraindo gente de outros bairros, cidade e estados nas edições bimestrais. Passei a compor a equipe em 2015, coordenando a área da comunicação.

Este ano, ao invés de chamar todos para rua, o Circular clama para que a gente fique em casa. Em abril, quando seria realizada a primeira edição de 2020 com uma grande programação nos bairros da Campina, Cidade Velha e Reduto, já estávamos enfrentando a pandemia do novo coronavírus. Foi então que se decidiu realizar a edição em formato digital. Foi assim em abril e cá estamos em junho. 

Neste domingo, 7, novas emoções estão reservadas a quem resolver que vai circular pelas redes sociais do projeto, no Facebook (@ocircular) e Instagram (@circularcampinacidadevelha). Das 8h às 22h, haverá mais de 40 conteúdos sendo disponibilizados, em horários previamente definidos, confirme indica a programação acessada também pelo site www.projetocircular.com.br.

Em março, quando tudo começou, pensamos que poderíamos voltar às ruas em junho, mas não será possível e não sabemos até quando, uma vez que a curva da Covid-19 está em plena ascensão, ao contrário do que as autoridades insistem em divulgar, forçando uma situação para abrir o comércio e outros serviços não essenciais.

As edições do Circular ocorrem de dois em dois meses. Ainda teremos ações em agosto, outubro e dezembro, sempre no primeiro domingo de cada um desses meses. Além das edições, o projeto realiza também um fórum de patrimônio, cidadania e sustentabilidade, este ano será a terceira edição, mas ainda não se sabe como será realizada; produzimos também uma revista digital, em que tratamos de todas estas temáticas do fórum e trazemos outros assuntos que dialoguem com os objetivos e premissas do Circular.

Estavam previstas, no projeto deste ano,  oficinas, como já foi feito em 2019. Vamos ver como as coisas se desenrolam, mas uma coisa é certa, creio que mesmo depois que voltarmos às ruas, nossa presença digital continuará sendo um ponto de investimento necessário.

Neste momento, também se sabe que manter o projeto vivo é uma forma de contribuir e se solidarizar com as pessoas, por meio da arte e da cultura. As pessoas são o principal patrimônio que hoje, mais do que nunca, devemos cuidar.

A edição desse domingo, 7 de junho, é fruto de uma construção coletiva; e traz conteúdos exclusivos, ou não, disponibilizados por parceiros e artistas que integram a rede, além dos que vamos em busca realizando uma espécie de curadoria, a fim de dar sentido a cada edição. A programação, com horários estabelecidos de cada postagem, facilita o entendimento do público. É como se eu escolhesse o que eu gostaria de ver neste ou naquele determinado horário. 

O público ganha entretenimento de qualidade, fica em casa, e participa com as interações, comentando e compartilhando. Os artistas também podem ver seus conteúdos circulando numa rede de público diverso e, muitas vezes, isso proporciona que mais gente conheça novos trabalhos. E o bacana é que depois, todos esses conteúdos riquíssimos em cultura ficam disponíveis. Participar em tempo rela, porém, é outra vibe, pois a galera que estará ligada, segue interagindo em tempo real. 

O que vai rolar nesta edição de junho

Artistas e parceiros que integram a rede Circular criaram vídeos, links e fotografias trazendo exposições, passeios virtuais, exercícios de respiração, aula de yoga; curta metragens, oficinas de fotografia; contação de histórias, pocket shows.

A parte da manhã traz um vídeo inspirador com o fotógrafo Miguel Chikaoka, um dos artistas convidados do Programa Convida, do Instituto Moreira Salles. Tem também passeios virtuais pela Casa Rosada, obra de Antonio Landi, e pelo Espaço Valmir Bispo. A Fotoativa oferece mini oficinas, além de um vídeo sobre Padre Bruno e áudio do show na Cuíra para Dançar, apresentado na última edição do Circular, em 2019.

Cleber Cajun, Leonel Ferreira e Lucas Alberto, do Casarão do Boneco, além de Angelo Saci, com seu personagem Seu Pequeno, garantem diversão com contação de histórias para a criançada que vai ver ainda uma série criada por mãe e filhas da família Bermeguy. São cinco episódios que trazem histórias muito pitorescas sobre o nosso cotidiano em Belém.

Entre outras atrações do audiovisual, estará o documentário “Boi Pavulagem é Boi do Mundo”, que acaba de ser lançado na internet, pelo Amazônia Doc, parceiro nesta edição do circular com várias outras obras que integram a Mostra Égua do Filme, como o curta Açaí com Jabá, o média Ópera Cabocla e o curta Promessa em Azul e Branco, além do filme em longa metragem Miguel Miguel.

Haverá homenagens a personalidades da cena cultural paraense que nos deixaram em meio a pandemia, como a poeta Olga Savary, o escritor Cláudio Cardoso, o ativista, músico e luthier Rubens Gomes, a atriz Nilza Maria, Padre Bruno Sechi, da República de Emaús, e a documentarista Ana Lobato, além do professor Roberto França, que costumava abrir as portas de sua casa nas edições do projeto, no bairro da Campina.

Viva a cultura popular e as artes visuais

E falando em período junino e cultura popular, a edição traz a memória da Campanha Carimbó Patrimônio Cultural , em um programa relíquia da TV Cultura do Pará, o Cultura Paidégua; um vídeo sobre a retomada da Vaca Velha, da manifestação do Boi de Máscaras, em São Caetano de Odivelas, além do Pássaro Junino, em filme de Adriano Barroso. O realizador Afonso Gallindo participa com dois video poemas, um deles traz um trecho de Banho de Cheiro, obra de Eneida de Moraes.

A Kamara Kó Galeria traz obras de Flavya Mutran; e o Atelier Jupati reúne trabalhos de 120 fotógrafos, que cederam fotos para ajudar o Pará a enfrentar o Covid-19 por meio da arte, inspirados na iniciativa “150 fotos para São Paulo”. Tem música com Matheus Moura e um vídeo inédito do show completo da Orquestra Aerofônica, feito no Circuito Mangueirosa.  E o Espaço Vem realiza uma feira de economia criativa virtual.

Veja, ainda, entre outras coisas, o filme “Miguel Miguel”, da obra de Haroldo Maranhão, um vídeo especial com declamação de poemas de Olga Savary, de Andrea Sanjad em parceria com o Circular; vídeos do Sistema Integrado de Museus – SIM - , um vídeo rápido com o desenhista, desgner e ilustrador Igor Diniz, do movimento Urban Sketchers Belém, além dos vídeos Mestres Salientes, do Estúdio Reator, e Terra dos Rios, do Espaço Na Casa do Artista.

O Laboratório da Cidade apresenta um de seus podcast discutindo a cidade e a pandemia; e a Associação Amigos de Belém mostra a visita que fez a República de Emaús, logo após a partida de Bruno Sechi. Também para a noite da edição, será exibido um vídeo da projeção especial realizada para o Circular, por Kauê Lima, em prédios de Belém.

Rodas de conversa são as lives do domingo 

Estarão presentes ainda, por meio de lives que serão transmitidas pelo Instagram. “Patrimônio e Memória no Bairro do Reduto” é a live que a professora da Faculdade de Geografia da UFPa, Maria Goretti Tavares, coordenadora do Projeto Roteiro Geo-Turístico, vai realizar, às 11h, com Auriléa Abelém, pelo instagram da professora (@goretti_tavares).

A segunda live do domingo discute a potência do trabalho de criação e das ações coletivas. Tainah Fagundes, sócia criativa da marca sustentável Da Tribu, conversa com Sâmia Batista, conselheira do empreendimento, sobre “Transitivo fluir: travessia coletiva para um outro tempo”, às 16h, pelo Instagram @datribu.

A terceira e última live da programação, esta pelo Instagram do Circular (@circularcampinacidadevelha), traz como tema “Fome de Cultura – Gastronomia e Patrimônio”, com o professor e historiador Michel Pinho, parceiro que promove passeios pelo Centro Histórico nas edições do Circular, às 18h. Participa com ele, a professora Sidiana Ferreira, da UFPa. 

PROGRAMAÇÃO

8h00 – Programa ConVida – IMS – Instituto Moreira Salles
Miguel Chikaoka (4”48”)

8h10 – Yoga – Os Cinco Ritos Tibetanos
Tunga Vidya Devi Dasi (15’00”)

8h30 – Tour Casa Rosada – Alubar
Passeio Virtual

9h00 – Fotoativa – Mini Oficinas
Câmera Obscura em Casa (5’45”)
DSRL em Pinhole (4”30’)

9h30 - Contação de História
O Aniversário do Seu Pequeno – Ângelo Saci (3’55”)

9h35 – Contação de História
Alexandre e Outros Heróis - Cleber Cajun (3’50”)

9h40 – Casarão do Boneco
O misterioso canto do pássaro mágico - Lucas Alberto (4’40”).
Pé de Vento – Leonel Ferreira (12’44”)

10h – Vídeo Homenagem
Rubens Gomes - Ativista, músico e luthier (6’30”)

10h10 – Espaço Valmir Bispo
Visita Digital (48”)

10h10 – Espaço Vem – Feira Virtual
Pelo Instagram @espacovem

10h15 – Novelinha da Família Bermeguy
5 Episódios (11’30”)

10h30 - SIM – Sistema Integrado de Museus
Vídeo Paulo Canto (4’00”)
Vídeo Museu do Círio (4’00”)

10h40 – UsK – Belém
Desenho com Igor Diniz (5’00”)

11h – Live Patrimônio e Memória no Bairro do Reduto
Goretti Tavares e Aurileia Abelém - Instagram @goretti_tavares

11h10 – Homenagem a Cláudio Cardoso
Editor e escritor (3’00”)

11h15 – Mostra Égua do Filme – Amazônia Doc
Promessa em Azul e Branco (17'02") – Dir. Zienhe Castro

12h – Kamara Kó Galeria – Flávya Mutran
Bioshot_Lapso (1’53”)
Lapso  (11’40”)

12h20 – Pocket Show  - Pra que ter medo de não ser feliz? (4’00”)
Larissa Medeiros (voz e percussão), Mateus Moura (voz e violão), Reebs Carneiro (rabeca)

12h25 – Atelier Galeria Jupati - Exposição
Arte Ajudando quem precisa nesse momento

12h30 - Homenagem Nilza Maria
Curta Metragem Açaidinha (7’11”)

12h40 – Mostra Égua do Filme – Amazônia Doc
Curta Açaí com Jabá (11’50) – Homenagem Nilza maria

13h – Carimbó Patrimônio Cultural
Programa Cultura Paidégua (57”00)

14h00 – Estúdio Reator
Mestres Salientes – Dir. Ana Lobato (20’00”)

14h20 – Na Casa do Artista - Homenagem a Ana Lobato
Vídeo Terra dos Rios (13’00”)

14h35 – Mostra Égua do Filme – Amazônia Doc
Miguel Miguel (1h’20’00”) – Da Obra de Haroldo maranhão – Dir. Roger Elarrat

16h00 – Live Transitivo fluir: travessia coletiva para um outro tempo
Tainah Fagundes e Sâmia Batista – Instagram @datribu

16h00 - Da Tribu - Vídeo
Sustentabilidade e Meio Ambiente (2`14”)
Campanha Ponteios (1’00”)

16h00 - Laboratório da Cidade - Podcast
Papo da Cidade é: Como as cidades podem reagir ao Covid-19 com inovação? (23’00”)

16h30 -  SIM – Vídeos
Paulo Canto (4’00”)
Museu do Círio (4’00”)

16h40 – Amigos de Belém
Visita à República de Emaús (1’00”)

16h40 – Fotoativa
Singela Homenagem a Padre Bruno (10’00”)

16h50 - Mostra Égua do Filme – Amazônia Doc
Ópera Cabocla (28’00”) – Direção Adriano Barroso

17h20 – Boi de Máscaras
O retorno da Vaca Velha – (5’00”)

17h25 – Homenagem a Olga Savary
Leitura de Poemas (8’00”)

17h40 – Vídeo poema: Desligada
Olga Savary - Afonso Gallindo (25”)

17h45 – Vídeo poema: Banho de Cheiro
Eneida de Moraes - Afonso Gallindo (2’10”)

18h00 – Live Fome de Cultura – Gastronomia e Patrimônio
 Michel Pinho e Sidiana Ferreira – Instagram @circularcampinacidadevelha

19h00 – Orquestra Aerofônica
Pocket Show - Circuito Mangueirosa (23’00”)

19h30 - Projeção Kauê Pinheiro
Homenagens no concreto

20h00 – Mostra Égua do Filme – Amazônia Doc
Boi Pavulagem é Boi do Mundo (57’00”) – Homero Flávio e Ursula Vidal

21h – Arquivo/Fotoativa
Show Na Cuíra para Dançar

22h –Encerramento
Agradecimentos

Serviço
Circular Campina Cidade Velha, 31a edição. Neste domingo, 7 de junho, das 8h às 22h, pelas redes sociais @ocircular (FB) e @circularcampinacidadevelha (IGtv e Instagram). Mais informações no site www.projetocircular.com.br. Realização: Amigos de Belém e Equipe Gestora Circular, com patrocínio Lei Rouanet, Ministério da Cidadania, Banco da Amazônia e Alubar. Apoio Cultura Rede de Comunicação.

1.6.20

Cacá Carvalho on-line no projeto #EmCasaComSesc

O ator vai encenar de sua casa, em São Paulo, “O Carrinho de Mão”, uma das três histórias de Luigi Pirandello (1867-1936), reunidas no espetáculo “A Poltrona Escura”. A live será transmitida às 21h30, simultaneamente pelo canal de YouTube e Instagram do Sesc Ao Vivo, dentro do #EmCasaComSesc. 

O blog bateu um papo com Cacá Carvalho, que hoje vai pisar num palco, considerado o novo normal também para as artes cênicas. Experiência nova para o ator paraense, que há décadas ganhou o mundo, conquistando  um reconhecimento merecido por suas inúmeras atuações na televisão, no cinema, mas principalmente no teatro, onde reside sua veia de maior identidade artística, também como diretor. 

“A Poltrona Escura”, à exemplo, concedeu a Cacá Carvalho o Prêmio Shell de Melhor Ator. O espetáculo também foi considerado, em 2004, um dos cinco melhores espetáculos do ano pela Associação Paulista de Críticos de Artes. Apresentado em diversas cidades do país e da Itália. Em Belém, foi visto em 2010, no Teatro Cláudio Barradas e há seis anos saiu de cartaz. Retomá-lo agora, é um desafio para o ator. 

“Quando você resgata um espetáculo que há tanto tempo não apresenta, você precisa de tempo e condições. E quando você precisa apresentar ele, não na integridade, mas uma parte dele, o desafio é maior ainda. Como que eu faço pra chegar neste trecho, eu vinha de onde", se pergunta. "Além do mais é um outro contexto, sem o ambiente dele, sem a luz e sem o figurino, que ficam guardados em um galpão, e eu não tenho saído de casa tenho hoje 67 anos de idade”, disse o ator ao Holofote Virtual.

O Carrinho de Mão”, de Pirandello, tem direção de Roberto Bacci, com dramaturgia de Stefano Geraci. Estreou em Pontedera, na Itália, em 1998. No ano seguinte chegou aos palcos do país, no SESC Belenzinho. Em cena, uma advogado confessa um prazer secreto que pratica como vingança dessa vida de trabalho e trabalho. "Grotesco, cômico, patético e poético", define Cacá.

Reflexões sobre o novo momento que vivemos

Um dos criadores da Casa Laboratório, um projeto de cultura que há seis anos deixou de existir fisicamente, Cacá vê com perplexidade atual conjuntura política, em especial para a cultura brasileira.

“A Casa Laboratório continua existindo dentro de todos nós que fizemos, vivemos e participamos dela enquanto projeto que, como tantos outros foi vitimado pela falta de apoio e descaso com a cultura neste país”. 

Para o blog, ele disse como se sente neste novo momento, em relação ao teatro, mas principalmente para a vida de todos nós. “Faremos teatro pelos meios que se pode hoje. Sem Cultura não se vive. É um momento novo e assustador, que nos tira o chão, porque nós temos particularmente no Brasil, dois inimigos, um desconhecido que é esse vírus, essa coisa infinitamente pequena, poderosa e destrutiva que não conhecemos e o outro que  é não saber para que lado estamos indo enquanto nação”.

Quanto a esta pandemia, Cacá Carvalho busca a metáfora para se expressar. “Estamos todos numa mesma tempestade mas não no mesmo barco. Há barcos mais confortáveis e proteção, outros menores que ficam ao sabor da maré e do vento, uns  ficam meio do caminho, e eu não sei como será. O momento futuro não sei, mas agora é um momento para pensar em si, estudar a si próprio e ver o valor que você tem no mundo”, finaliza.

Teatro em quatro apresentações por semana

As lives do #EmCasaComSesc trazem música, às 19h, todos os dias, e teatro, às 21h30, em dias alternados da semana. As cênicas são realizadas sempre às segundas, quartas, sextas e domingos, às 21h30. Nesta semana, além de Cacá Carvalho, estarão em cena, ao vivo, nesta quarta-feira, 3, a atriz Bete Coelho que interpreta a peça "Mãe Coragem", um dos textos mais conhecidos de Bertolt Brecht, e que traz uma reflexão densa sobre a moralidade humana em tempos de conflitos. A direção é de Daniela Thomas e tradução de Marcos Renaux. 

Na sexta-feira, 5, é a vez de Gero Camilo, com "A Casa Amarela", texto de sua autoria, que conta a vida e o sonho do pintor Vincent Van Gogh de construir uma comunidade de artistas no sul da França, bem como sua relação intensa com o pintor Paul Gauguin nesse período.

No domingo, 7, Eduardo Mossri apresenta uma versão do espetáculo "Cartas Libanesas". Em conversa intimista e direta com o telespectador, ele contará, por meio da figura do mascate Miguel Mahfuz, um pouco do processo da imigração sírio-libanesa no Brasil. A direção é de Marcelo.

Serviço
Para conferir a programação de teatro do #EmCasaComSesc, acesse o link youtube.com/sescsp ou siga instagram.com/sescaovivo. Não perca, toda segunda, quarta, sexta e domingos, sempre às 21h30.