31.7.19

FCP com inscrições abertas para oficinas e cursos

A Fundação Cultural do Pará abriu inscrições para mais de 100 cursos oferecidos pelo órgão, divididos entre as sedes Espaço Curro Velho, Casa da Linguagem e Casa das Artes. 

As inscrições vão até o dia 12 de agosto – data do início das aulas – e podem ser feitas diretamente na secretaria do núcleo que oferta a oficina pretendida. A taxa de matrícula tem o valor simbólico de 20 reais, com isenção para idosos e estudantes de escola pública e infocentros que comprovem a condição.

O módulo de agosto vai do dia 12 ao dia 30. No Espaço Curro Velho, as oficinas se dividem em sete nichos temáticos: linguagem visual, audiovisual, laboratório de animação, linguagem musical, linguagem cênica, infocentro e núcleo de prática de ofício e produção – totalizando 70 cursos ministrados na tradicional instituição. 

Já na Casa da Linguagem, mais de 30 disciplinas serão ensinadas, passando pelas linguagens verbal, visual, cênica e musical – com destaque para leituras públicas, confecção e interpretação de texto para o ENEM e ensino de línguas estrangeiras. Na Casa das Artes, serão contemplados os eixos cênico e verbal, com duas oficinas diárias: dança inclusiva e literatura em quadrinhos. 

No ato da inscrição, alunos das escolas públicas deverão apresentar o comprovante de matrícula e documentos de identificação (RG, comprovante de residência e CPF), a fim de garantir o direito à gratuidade. Caso o pretendente desista da vaga após a matrícula, é preciso comunicar à secretaria da casa responsável pela atividade – garantindo, assim, seu lugar na próxima edição do curso.

A grade completa dos cursos ofertados está no portal do órgão: fcp.pa.gov.br.

Oficinas Fundação Cultural do Pará
12 a 30 de agosto

Inscrições até 12 de agosto:
Espaço Curro Velho - R. Prof. Nelson Ribeiro, 287
Casa da Linguagem - Av. Nª Sra. de Nazaré, 31
Casa das Artes - Praça Justo Chermont, 236
Mais informações: 3323-0066/ 0048/ 0039

(Holofote Virtual com informações da Fundação Cultural do Pará)

27.7.19

Mirante terá novo um monumento de São Benedito

No domingo passado, a Secretaria de Cultura do Estado divulgou o vencedor do concurso ‘São Benedito de Arte Popular’ que regulamentou a escolha do protótipo da nova estátua, por meio da votação popular. A escultura será reproduzida em escala monumental, substituindo a imagem do santo padroeiro da cidade de Bragança, que desabou em maio deste ano. A expectativa é que o novo monumento fique pronto até dezembro deste ano.

No total, foram apurados 1.563 votos - a maioria de crianças e jovens -, ao longo dos 15 dias de votação. Com 752 votos, o vencedor foi Valdeci dos Santos, de 43 anos, natural da cidade de Viseu, mas que reside no município há 15 anos e já se considera um bragantino. Valdeci é escultor há 25 anos e já havia trabalhado na reforma da antiga imagem. De acordo com o escultor, a inspiração veio da imagem original do Santo Preto, exposta aos fiéis na igreja de São Benedito, na Pérola do Caeté. 

"Os bragantinos têm uma enorme identificação com a imagem de São Benedito que está na igreja. Ela representa, entre tantas coisas, um dos primeiros milagres do Santo, que para ajudar os pobres, levava sempre para eles pães do mosteiro em um saco de tecido. Um dia, seu superior perguntou o que havia no saco e Benedito disse que eram rosas. Desconfiado, pediu pra ver o conteúdo. Ao abrir o saco, os pães haviam se transformado em rosas", e continuou. "Estou muito feliz com o prêmio, principalmente porque agora vou conseguir finalizar meu ateliê, que fica bem ao lado do Mirante. Vou morar e trabalhar bem pertinho de São Benedito".

Ao todo, quinze protótipos de artistas de nove municípios do Pará foram pré-selecionados. A votação aconteceu no Museu Teatro da Marujada e contou com o apoio do Tribunal Regional Eleitoral do Pará (TRE/PA), pois foi realizada via urna eletrônica.

"A devoção de marujos e marujas, o cuidado com a preservação da memória e da tradição e a dedicação da Irmandade de São Benedito são um exemplo do povo Bragantino para todo o Pará. A Marujada é uma das mais bonitas festas religiosas do país e representa hoje, uma das principais manifestações de nossa cultura popular. É uma alegria para o Governo do Pará promover esta integração da comunidade na escolha do novo monumento, de forma tão democrática: por meio de votação em urna eletrônica. Obrigada aos envolvidos, especialmente ao TRE/PA pela parceria, ao Teatro Museu da Marujada, aos artesãos e à população de Bragança que abraçou a ideia e, democraticamente escolheu a imagem que melhor representa a cultura e a devoção do povo da região", afirmou Ursula Vidal, secretária de Estado de Cultura.

A segunda etapa do projeto é a reforma do Mirante e construção do monumento, que será executada pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano e Obras Públicas (Sedop),  para que a nova estátua seja inaugurada no período da Marujada, em dezembro, no período da Festa religiosa, um momento tão importante para a cultura e para a devoção dos bragantinos.

(Holofote Virtual com informações da Secult-Pa)

17.7.19

Julho com finais de semanas artísticos no Combu

Até o final deste mês, a Ilha do Combu será inundada com arte, aprendizado e poder feminino em uma programação especial promovida pelo Mulheres ARtistas – M.AR., coletivo de conexão feminina artística organizado para dar visibilidade e divulgar o trabalho das artistas plásticas, grafiteiras, ilustradoras, game designers, profissionais de animação, tatuadoras e quadrinhistas paraenses.

Criado no início deste ano, o M.Ar. vem realizando diversos eventos e ocupando espaços em Belém com arte e discussões importantessobre os caminhos da representação feminina no mercado da arte paraense. Desta vez, a programação chega aos moradores da Ilha do Combu com o objetivo de aliar natureza, arte e conexão com a identidade paraense.

“Queremos proporcionar uma opção de lazer que fuja da correria e do excesso tecnológico que temos no dia a dia. Esperamos contribuir com as mulheres da ilha de modo a trocar conhecimentos e vivências e apoiar para que elas se orgulhem do que produzem e deem visibilidade a isso”, conta Ty Silva, ilustradora e integrante do M.AR.

A programação é variada e rola sempre de sexta a domingo, com oficinas e bate-papo no restaurante Saldosa Maloca. Todos os eventos serão abertos para visitantes e moradores da ilha e esses últimos terão taxa de inscrição isenta. As opções vão de oficinas de desenhos para crianças, passando por aquarela, artesanato em MDF e muito mais, todas ministradas pelas integrantes do coletivo. 

PROGRAMAÇÃO

Dia 19/07 (Sexta), de 09h às 12h
Oficina de fotografia de produtos 
Ministrante: Alice Soares
Carga horária: 3 horas
Público alvo: Visitantes e moradores e moradoras do Combu, a partir dos 7 anos
Valor: 15 Reais (material incluso) Isentos moradores do combu
Vagas disponíveis: 10 vagas no total

Dia 20/07 (Sábado), de 09h às 12h
Bate Papo  Empreendedorismo Pessoal
Como transformar seu passatempo, hobby, dom - como queira chamar aquilo que você gosta de fazer - em um negócio rentável. Dicas de formulação de preço, vendas, distribuição da mercadoria e de como organizar sua vitrine no Instagram.
Com: Renata Segtowick
Público alvo: Moradores e moradoras do Combu, a partir dos 15 anos.
Entrada Franca

Dia 20/07 (Sábado), de 13h às 17h
Oficina de Customização de Cadernos com Tecido e Bordado 
Ministrantes: Renata Segtowick e Fernanda Moreira
Carga horária: 4 horas
Investimento: R$30 (material incluso) Isentos moradores do combu
Público alvo: Visitantes e moradores e moradoras do Combu, a partir de 12 anos
Vagas disponíveis: 8 vagas no total

Dia 21/07 (Domingo), de 9h às 12h
Oficina de Desenho para Crianças
Ministrantes: Ty Silva e Tico de Melo
Carga horária: 3 horas
Público alvo: Visitantes e moradores e moradoras do Combu, de 7 anos a 12 anos
Valor: R$ 30 (material incluso) Isentos moradores do Combu
Vagas disponíveis: 10 vagas

Dia 21/07 (Domingo), de 13h às 17h
Oficina de Desenho
Ministrante: Ty Silva
Carga horária: 4 horas
Público alvo: Visitantes e moradores e moradoras do Combu, a partir de 12 anos
Valor: R$ 20 (material incluso) Isentos moradores do Combu
Vagas disponiveis: 15 vagas

Dia 27.07 (Sábado), de 14h às 17h
Oficina: Artesanato em peças de MDF
Preparo da peça, pintura e decoupage.
Ministrante: Rhanna Lobato
Duração de 3 horas
Público alvo: Visitantes e moradores e moradoras do Combu, a partir de 12 anos
Valor: R$ 30 (material incluso) Isentos moradores do Combu
Vagas disponíveis: 10 vagas

Dia 28/07 (Domingo), de 09h às 12h
Oficina de aquarela para jovens
Ministrantes: Marina Pantoja e Andréia Loureiro
Carga horária: 3 horas
Público alvo: Visitantes e moradores e moradoras do Combu, a partir dos 13 anos 
Valor: 30 Reais (material incluso) - aceita cartão de crédito, débito e dinheiro.
Vagas disponíveis: 10 total (2 vagas gratuitas para moradores do Combu e 8 vagas pagantes)

Local das Oficinas: Restaurante Saldosa Maloca – Ilha do Combu
Inscrições: Antecipadas no Restaurante Saldosa Maloca ou diretamente com a ministrante, na hora da oficina (condicionada ao limite de vagas). 

Serviço
M.AR. no Combu
Local: Restaurante Saldosa Maloca – Ilha do Combu
Data: Até 28 de julho
Mais informações: 
mulheres.artistas.pa@gmail.com
Instagram: @mulheres.artistas.pa.

(Holofote Virtual com assessoria de imprensa)

10.7.19

Grupo Teatral cearense traz espetáculo a Belém

Foto: Diego Souza
“Orlando”, do Teatro Expressões Humanas, de Fortaleza, integra o projeto de circulação do grupo nas cidades de Belo Horizonte/MG, São Luis/MA e Belém/PA, pelo Programa Petrobrás Distribuidora de Cultura. Além das apresentações, haverá oficinas de Teatro Ritual e rodas de intercâmbio com grupos locais. As atividades serão realizadas de 12 a 14 de julho, no Teatro Universitário Cláudio Barradas. 

O espetáculo nasceu a partir da obra homônima de Virgínia Woolf e envereda pelos monólogos interiores do personagem utilizando-se da transversalidade da encenação, pontuada pela música, poesia e memória. A palavra se apresenta forte e protagonista na cena, em meio a um espaço cênico quase vazio que espera ser preenchido por um fluxo transitório de narrativas e personagens. Entre cenas dramáticas e cômicas, os figurinos e adereços compõem o cenário e a trajetória de Orlando, sem respeitar as convenções das épocas.

Em sua trajetória o personagem atravessa mais de três séculos, ultrapassando as fronteiras físicas e emocionais entre os gêneros masculino e feminino, traçando uma profunda, mas também, uma divertida discussão sobre a sexualidade humana. Como um ideal de ser, andrógino e artista, busca entender as inconstantes transformações da vida, da arte e do amor.

Foto: Carol Veras
Orlando é um ser imortal, que ao longo de quarto séculos vive a experiência de ser homem e mulher sem perder a consciência de sua identidade. Amante das artes transgride o tempo, o espaço e as convenções dos gêneros, na perene busca pelo sentido da vida, da arte e do amor.

As escolha das cidades para a circulação levou em consideração, principalmente, o ineditismo do grupo em regiões tão distintas do Brasil. É o caso da capital paraense. "Belém é uma cidade que tem muito que inspirar já que o Expressões Humanas tem na sua pesquisa o teatro ritual e a causa indígena foi mote do último espetáculo ´Iande Tekowa´”, declara o produtor do grupo, Rogério Mesquita.

Além disso, a circulação do grupo procura criar pontes, estabelecer novos contatos e pautar outros circuitos, para isso será realizada uma vivência em teatro ritual e um intercâmbio com os artistas locais. Ambas atividades serão gratuitas e realizadas no Teatro Universitário Cláudio Barradas.

Foto: Sol Coelho
Sobre o Grupo

O Grupo Expressões Humanas iniciou sua trajetória em janeiro de 1990, como um grupo de teatro experimental, procurando contribuir para a difusão e discussão do fazer teatral e do papel do artista e da arte em nossa sociedade.

Ao todo em seu currículo o grupo possui 18 trabalhos encenados e inúmeras participações em festivais e mostras de teatro e cultura. Destacando a participação em 2010 no projeto Palco Giratório do Sesc Nacional com os espetáculos “Encantrago Ver de Rosa um Sertão”, “Os Cactos” e “Ensaio Para Um Silêncio”, circulando com mais de 30 apresentações em mais de 10 estados brasileiros.

Em 2014 o grupo faz sua primeira viagem internacional participando da IV Feira Mundial da Palavra de Cabo Verde na África, com os espetáculos “Orlando”, “Ensaio Para Um Silêncio”, e o pocket show Orlando em Canções. Em 2017 é contemplado como a circulação do espetáculo Orlando pelo Programa Petrobras Distribuidora de Cultura 2017/2018, que circula agora em 2019.

Oficina
Vivência em Teatro Ritual
Facilitadora: Marina Brito
Sobre a oficina: A vivência investigará elementos do Teatro Ritual, com o intuito de despertar as potencialidades do artista criador através da conscientização dos variados campos de percepção e da dilatação de tempo e espaço.
Data:  13 de julho, de 13h às 17h
Local: Teatro Universitário Claudio Barradas (Rua Jerônimo Pimentel, nº 546) 
20 vagas!

Intercâmbio
Com Grupos Locais
Data: 14 de julho, às 15h30
Local: Teatro Universitário Claudio Barradas (Rua Jerônimo Pimentel, nº 546)

Circulação Orlando 2019
Data: 12 a 14 de Julho, às 20h
Local: Teatro Universitário Claudio Barradas (Rua Jerônimo Pimentel, nº 546) 
Ingressos: R$ 20,00 (inteira)/R$ 10,00 (meia) - Vendas nas bilheterias do teatro
Classificação: 16 anos
Entrada gratuita para Pessoas Transgênero

Ficha Técnica
Adaptação dramatúrgica: Herê Aquino e Rafael Barbosa
Direção: Herê Aquino
Elenco: Juliana Veras, Marina Brito, Murillo Ramos
Músico: Zéis
Arranjos: Juliana Veras e Zéis
Composições e concepção Musical: Juliana Veras, Murillo Ramos e Zéis – processo colaborativo
Iluminação: Wallace Rios
Cenário: Herê Aquino
Figurino e maquiagem: Ruth Aragão
Designer Gráfico: Quintal Estúdio de Criação
Fotografias: Carol Veras e Diego Souza
Produção: Rogério Mesquita e Marina Brito
Realização: Grupo Expressões Humanas

9.7.19

Histórias de Ester Sá no Teatro Waldemar Henrique

É uma bela pedida para esta tarde de quinta-feira, 11 de julhoA atriz apresentará dois de seus trabalhos narrativos com foco na cultura popular paraense. No Teatro Waldemar Henrique, a partir das 16h. Ingressos na bilheteria (R$ 10,00). 

Ester Sá começa a tarde contando “Uma história das histórias de boi bumbá”, inspirada na narrativa de Bruno de Menezes em seu livro Boi Bumbá Auto Popular. A narrativa mítica do Boi Bumbá criada e mantida pelos nossos ancestrais, vem à tona nesta homenagem, que convida a conhecer e reconhecer-se na força da cultura popular.

A artista reconta o Auto do Boi, da época em que saía nas ruas, nas décadas de 40/50. O espetáculo narrativo visita também os significados dos personagens do auto, e as relações entre eles, espelhando o povo brasileiro.  Para Ester Sá, o Boi, Pai Francisco, Catirina, os índios, o amo, os vaqueiros, o curador, são personagens representantes da nossa história, passeiam pela trama da narrativa revelando espelhos sobre nós mesmos, convidando a observar detalhes que talvez passem despercebidos no dia-a-dia,  mas que são estruturas do ser humano, e da vida.

"Venho desenvolvendo este tipo de trabalho a alguns anos, onde se reúne a narrativa poética da cultura popular, a um olhar conceitual aliada a informações históricas, desenhando retratos do tempo e refletindo sobre os significados disto na própria obra. Um convite e uma homenagem a vida", diz Ester.

A cultura dos brinquedos de miriti

Nina Brincadeira de Menina
O segundo trabalho será “Nina, Brincadeira de Menina”, sobre a saudosa artista Nina Abreu, artesã do brinquedo de Miriti. A história vai buscar na infância de Nina, o início da brincadeira, onde ela começa a construir seus bonecos. Nina foi uma das artesãs mais importantes para o movimento de uma das tradições mais coloridas do Círio de Nazaré.

Homenagem merecida a artista e também a todos que mantêm vivos dentro de si a capacidade de brincar. Memória, afetividade e história cultural se entrelaçam nesta narrativa, que contempla um ciclo de pesquisa da artista.

O trabalho estreou em outubro de 2015, e apresentou-se em diversos locais de Belém, em Abaetetuba, e em Florianópolis. Em 2017, circulou pelo projeto SESC Amazônia das Artes, apresentando-se em 10 estados da Amazônia Legal: Piauí, Pará, Amazonas, Rondônia, Roraima, Maranhão, Amapá, Acre, Tocantins e Mato Grosso.

Toda conquista também tem uma história

Uma história das histórias de boi bumbá
Ester Sá vem pesquisando sobre a cultura popular há mais de uma década. Em 2008 criou o espetáculo “Iracema Voa”, um trabalho literalmente criou asas, trouxe novamente à cena e para os holofotes, a obra de outra criadora, Iracema Oliveira, guardiã do Pássaro Tucano, radialista e atriz das rádio novelas paraenses. Este ano, Iracema foi homenageada no carnaval paraense, pela Unidos da Baixada, de Icoaraci, que levou para a avenida da Vila Sorriso o samba enredo “Iracema Voa”. 

Essa é só mais uma história das histórias de Ester Sá, que iniciou na arte nos fins da década de 90, cantando, para logo depois encontrar o teatro. Em 2007, ela participou de um espetáculo teatral que evidenciava a forma narrativa em sua encenação, e nesta experiência vivenciou um novo encontro, com a arte narrativa. A partir daí a atriz investiu nesta linguagem e construiu um repertório de contações de história com os quais apresenta-se semanalmente em espaços de Belém e outros palcos. 

É lindo, consumam sem moderação!

Programação
16h - “Uma história das histórias de Boi Bumbá”
17h30 - “Nina, Brincadeira de Menina”

Serviço
“Tarde de Histórias”, com Ester Sá. No Teatro Waldemar Henrique, Praça da República. Os ingressos custam R$ 10,00 e podem ser adquiridos na bilheteria do teatro no dia da apresentação. Informações: 91 98114-7149/98259-9871.

Seminário: Lei Semear x investimentos em cultura

Secult em reunião com fazedores de cultura início do ano
Fotos: Secult/Divulgação
Secult e Fundação Cultural do Pará realizam nesta quarta-feira, 10, às 8h, o Seminário de Aprimoramento dos Mecanismos de Adesão à Lei Semear, reunindo secretários, fazedores de cultura e empresários. No Auditório Albano Franco da FIEPA - Trav. Quintino, 1588. Entrada gratuita.

Desde que começou a ser discutida, no final dos anos 1990, até sua publicação e início de funcionamento, em 2003, e daí já vão 16 anos, a Lei Semear tem despertado o interesse de produtores culturais cada vez mais capacitados no Estado, aptos a gestão cultural, num cenário rico culturalmente, mas onde o apoio dos empresários sempre foi raro.

No último dia 24 de junho, o governador assinou decreto em que duplica para R$ 6 milhões o limite máximo de renúncia fiscal do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), com fins de investimentos em projetos culturais. E isso diz respeito ao mecanismo da Lei Semear, que atualmente é o mais importante programa de incentivo à cultura no Pará. Outra boa notícia foi que a Secult também sinalizou que iria atuar mais próximo ao empresariado, que pouco se articula  na área cultural e por isso o mecanismo funciona muito abaixo do esperado. 

Até que tenhamos um Sistema Estadual de Cultura que possa regulamentar o Fundo de Cultura, vamos precisar que este setor entenda como tudo funciona. O seminário que será realizado nesta quarta (10) vem trazer informações sobre a potencialidade da rede produtiva da cultura assim como maior esclarecimentos sobre o funcionamento e benefícios da Lei. É importante que os empresários participem e compreendam a Lei Semear de forma ampla e consciente, tornando-a um instrumento de fomento à cultura e de projeção das riquezas culturais do Estado, indo além da capital, do evento ou do produto cultural como único fim. 

O sucesso do seminário, ao meu ver, será reverter o alto índice de rejeição que esse mecanismo ainda causa no meio empresarial. Atualmente, o produtor cultural de posse da carta fica habilitado a captar junto as empresas o valor estipulado no orçamento do projeto em forma de patrocínio. 

Do outro lado, o Governo concede o abatimento de 80% do valor no tributo do ICMS às empresas com estabelecimento no estado do Pará que apoiem projetos aprovados na seleção pública que é realizada pela Fundação Cultural do Pará (FCP). Até aí tudo certo. Só que o empresário também tem que investir e repassa os demais 20% do valor total, e é aí, até onde se enxerga, que a coisa pega.

Após aprovar projetos, por meio da chamada pública, a dificuldade tem sido enorme em conseguir captar os recursos que a carta possibilita, pois são raros os empresários que abrem suas portas para o patrocínio cultural. Não fossem os editais nacionais que trabalham com a Lei, a maioria privilegiando protos na área musical, dificilmente teríamos aqui eventos como o Festival Amazônia Mapping, apoiado pelo edital Oi Futuro, por exemplo. Muitos CDs e circulação de seus shows, assim como a projeção nacional de alguns artistas, tem sido um conquista e conjunto com o Edital Natura Musical. 

Não fosse a Semear e o programa Conexão Vivo, eu não teria realizado em 2012 o DVD “Mestre Vieira – 50 Anos de Guitarrada”, que teve duas noites de shows gravados ao vivo no Theatro da Paz. Os editais que trabalham com projetos aprovado pelas Leis de Incentivo, porém, não são o suficiente. O mecanismo pode e deve ser também utilizado pelos empresários do Estado, possibilitando outros projetos com possibilidade de sustentabilidade, continuidade, com geração de renda, serviços e turismo.

O diálogo é o melhor caminho e o governo estadual, o melhor interlocutor, por motivos de interesse próprio de que o que ele abre mão de receber de impostos também retorne em benefícios culturais à população. E o que falta? Maior entendimento, confiança na produção local, projetos melhores ou é desconhecimento do que se produz, dúvidas sobre o retorno em marketing cultural? Tomara que no seminários as partes possam se ouvir e debater política de financiamento da cultura no Pará e surjam proposta para o aprimoramento da Semear.

Estarão presentes Úrsula Vidal, secretária de Estado de Cultura do Pará; Luiz Eduardo Rezende, titular da Secretaria de Econômica Criativa da Secretaria Especial de Cultura do Governo Federal; João Marques, presidente da FCP; René Sousa, Secretaria de Estado da Fazenda do Pará; André Dias, Secretaria de Estado de Turismo do Pará; Cleide Pinheiro, jornalista e produtora cultural.

8.7.19

Festival de Ópera do Theatro da Paz de cara nova

Fotos: Divulgação/Secult/Pa
O XVIII Festival de Ópera do Theatro da Paz deixa de ser uma mostra pontual para apresentar um modelo mais amplo e contínuo, distribuído ao longo de seis meses (de agosto a dezembro), em cinco ações distintas: Temporada de Ópera, Formação, Temporada de Concertos, Teatro Musical e Itinerância.

A programação já abre este mês com oficinas que se estendem até dezembro. E além da temporada dos espetáculos em setembro, outubro e dezembro, há recitais que ocuparão também a igreja de Santo Alexandre e, por fim, a itinerância. A partir deste ano também se propõe a diversificação temática abordada nos libretos das obras - em montagens tradicionais e contemporâneas - que serão selecionadas contemplando o drama, a ópera bufa, o verismo, temas políticos e infantis, entre outros. 

O novo formato foi anunciado na coletiva de imprensa realizada nesta segunda-feira, 8, pela secretária de cultura, Úrsula Vidal. A programação traz três títulos consagrados do repertório operístico internacional: Il Matrimonio Segreto, do compositor Domenico Cimarosa (1749-1801); Suor Angelica, de Giacomo Puccini (1858–1924), e Amahl e os Visitantes da Noite, de Gian Carlo Menotti (1911–2007). 

Criado em 2002 pelo Governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Cultura (Secult) e da direção do Theatro da Paz, o Festival de Ópera do Theatro da Paz tem o objetivo de apresentar montagens de óperas tradicionais no planeta, totalizando 42 produções montadas até 2018. 

A ideia, a partir de 2019, é ampliar ampliar o campo de trabalho para todos os artistas e técnicos envolvidos nas produções. Este ano, cerca de 350 profissionais estarão envolvidos na montagem das três óperas. Além do elenco formado por artistas locais, que já alcançaram grau de excelência em montagens de ópera, grandes nomes do cenário operístico nacional e internacional também participarão do XVIII Festival de Ópera. 

Itinerância e Formação

Na área de formação, a Secult lançou edital para o "I Curso de Formação em Ópera", com o objetivo de selecionar profissionais que receberão capacitação necessária - musical e cênica - para que, ao final de quatro anos, estejam preparados com excelência para formar um corpo fixo de cantores líricos no Theatro da Paz.

Dos 52 candidatos inscritos no edital, 20 foram classificados. A avaliação foi baseada em critérios técnicos, estilísticos, performáticos e artísticos. Os candidatos aprovados receberão como prêmio a participação no Curso de Formação em Ópera e uma ajuda de custo, no valor de R$ 3.240,00, divididos em seis parcelas mensais.

O curso ai até dezembro com as oficinas de Esgrima artística e combate de época - Afonso Galvão – 10 a 31/07; Dança - Aline Dias – 24/07 a 09/08; Masterclass de Técnica Vocal - Ednéia de Oliveira – 12 a 14/08; Miguelangelo Cavalcanti – 19 a 23/08; Coaching Vocal - Gabriel Rhein-Schirato – Expressão Vocal e Interpretação Musical do Repertório – Operístico – 16 a 20/09; e duas oficinas de Teatro: Alberto Silva – Dramaturgia pessoal do ator I – 28/10 a 22/11 e Cláudio Barros – Dramaturgia pessoal do ator II – 25/11 a 20/12.

Ação Itinerância - A iniciativa vai levar a arte operística para além dos limites físicos do Theatro da Paz, atuando na criação de novas plateias e permitindo o acesso às políticas públicas de cultura. Para a realização desta ação foi criado o Theatro Itinerante da Paz - uma carreta-palco com capacidade para comportar, simultaneamente, a OSTP, o coro e os solistas. 

Equipado com sistema completo de iluminação cênica e sistema de sonorização, o TIP poderá atender até 20 mil pessoas. Com gerador próprio e varas para três cenários distintos, possibilitará a montagem completa de óperas e espetáculos em diversos formatos, como concertos líricos com orquestra, óperas completas, cenas de ópera, highlights de ópera, óperas de bolso e concertos orquestrais.

Programação das Óperas

Il Matrimonio Segreto
06, 8 e 10 de setembro, no Theatro da Paz.
Ópera em dois atos, ambientada em Bolonha (Itália), que narra a história de Geronimo, um comerciante que propõe um dote ao Conde Robinson para que ele se case com sua filha mais velha, Elisetta, e assim torne-se parte da nobreza. Robinson, contudo, apaixona-se por Carolina, a filha mais nova. Carolina, entretanto, está enamorada de Paolino, empregado de seu pai, e ambos se casam secretamente. 

Suor Angelica
21, 23 e 25 de outubro, na Igreja de Santo Alexandre.
A jovem Angelica teve um filho fora do casamento, ato considerado imperdoável para a sociedade da época e sua família aristocrática, que decide enclausurá-la em um convento. Apesar de ter sido obrigada a ingressar na vida religiosa, Angelica conquista todas as irmãs com sua doçura e bondade. Torna-se uma especialista em ervas medicinais, com as quais cura as aflições de todas. Carrega o desejo de rever o filho, arrancado de seus braços ao nascer. A paz do convento é abalada com a chegada da Tia, que vem trazer a notícia da morte de seu filho, levando-a ao suicídio. 

Amahl e os Visitantes da Noite
17, 19 e 21 de dezembro, no Theatro da Paz e no Teatro Itinerante da Paz.
Passa-se numa aldeia, dentro de uma cabana, onde mora uma criança deficiente e sua mãe, desesperançada pela pobreza. Seguindo a estrela, batem à porta os Três Reis Magos e um pajem, em busca de hospedagem. Os viajantes são acolhidos. Sabendo da notícia, os moradores da aldeia chegam para cantar e festejar. Depois, quando todos dormem, a mãe tenta se apossar das joias, presentes para o menino que vai nascer. O Pajem reage, mas o menino a defende. Os Reis explicam-lhe que a criança a quem procuram nada possui. Amahl, então, oferece sua bengala, e faz-se o milagre: Amahl é curado. Feliz, pede à mãe que o deixe seguir com os Reis Magos. 

6.7.19

A arte urbana se instala na Galeria Benedito Nunes

Pintura, fotografia, escultura, estêncil e outras técnicas de arte urbana estarão presentes na exposição “Anastomose”, coletiva que reúne obras de 16 artistas paraenses. A abertura será na segunda-feira, 8, às 19h, com pocket show de Um Sebastião e DJ Lux. Na Galeria Benedito Nunes (Centur - Av. Gentil Bitencourt, 650) até dia 2 de agosto.

Anastomose é um termo que vem da biologia, significando uma rede de canais que se bifurcam e recombinam em vários pontos. Uma comunicação natural como as veias que são encontradas nas estruturas das folhas. O termo entra em cena para traduzir o propósito da exposição coletiva, que é de potencializar o diálogo e o crescimento profissional através da troca de experiências em grupo entre artistas com pensamentos e discursos semelhantes.

A idealização da mostra é da Galeria Azimute, que reuniu artistas que já transitam em seu espaço localizado na entrada do Vila Container (Magalhães Barata, 52). Entre os expositores, estão nomes como Vitória Leona, Nayara Jinknss, Tainá Maneschy, Dedeh Farias e Igor Oliveira. Jade Jares, curadora da galeria, exalta a importância de levar os valores e objetivos da Azimute para além do espaço de 6m² e ocupar espaços artísticos mais tradicionais.

“É sempre válido pra qualquer profissional sair da zona de conforto. Nesse caso, rompemos nossas fronteiras abraçando a visibilidade e a história da Galeria Benedito Nunes, que tem público formado por pessoas de fora da nossa bolha e que felizmente serão alcançadas pela inovação artística que a Azimute tem cultivado ao longo desses 2 anos de existência através dos artistas que compõem ‘Anastomose’. Pra todos que ajudam a escrever a história da Galeria, esse é um momento muito importante”, revela Jade.

De acordo com Jade, espera-se que o encontro de quase um mês entre os 16 artistas deixe como legado uma fortalecida rede de apoio artístico. “Essa união de artistas e expositores aproxima todos os envolvidos do nosso objetivo-comum: encontrar mais espaços para expor ideias e obras. E quem ganha é o público, porque experimentar uma mostra coletiva é mais enriquecedor do que visitar uma exposição tradicional”, comenta.

 Ao prestigiar “Anastomose”, o público poderá ver de perto um estilo plural de arte que é pautado na soma entre contemporaneidade e urbanidade. “Cada artista, com sua técnica, representa a Galeria. Teremos fotografias, impressões em tecido, aquarela, grafite, pintura, intervenções com spray em madeira, arte digital, esculturas... todos conversam e estruturam o que vem a ser o 'DNA' do estilo endossado pela Azimute”, completa Jade.

Serviço
Abertura | Galria Benedito Nunes 8 de Julho | 19h
Período de exposição | 8 de Julho a 2 de Agosto
Realização | Fundação Cultural do Estado do Pará, Governo do Pará e Galeria Azimute

(Holofote Virtual com informações da Assessoria de Imprensa) 

2.7.19

Miguel Chikaoka prepara duas oficinas para agosto

Labfoto traz práticas de laboratório/
Foto: divulgação
O processo fotográfico, a imagem e seus sentidos. A Kamara Kó Galeria abre as portas para a realização de duas oficinas com o fotógrafo Miguel Chikaoka, ambas neste segundo semestre, em períodos distintos. Indicadas a quem quiser (re)descobrir a fotografia e aguçar o olhar, elas estão com as inscrição abertas, de forma on line.

Labfoto PB I - Revelação de Filmes Pretos tem como objetivo propiciar o contato com a prática do fluxo do processamento químico de filmes fotográficos Preto e Branco. A oficina será realizada de 19 a 26, com 12 horas, incluindo práticas de campo e laboratório. O público alvo é aquele que tenha interesse, disponha de uma câmera fotográfica analógica de qualquer modelo, até mesmo uma artesanal, e disponibilidade para participar de todas as atividades. As inscrições vão até dia 15 de agosto.

Sentidos do olhar I - De Olhos Vendados traz conhecimentos básicos sobre o processo fotográfico desde a pré-história até os dias atuais através da abordagem do que constitui a gênese do processo fotográfico, além de estimular o exercício do pensamento crítico-criativo sobre o “o fazer fotográfico”  e suas possibilidades. 

As inscrições vão até 20 de agosto, mas após essa data, os inscritos passarão também por entrevistas presenciais a serem realizadas de 21 a 30 de agosto, sendo após isso divulgada a lista e convocados os selecionados, que devem confirmar a inscrição até dia 5 de setembro.  As aulas iniciarão no dia 9 de setembro, indo até 30 de outubro.

Sentidos do Olhar /Foto: divulgação
Miguel Chikaoka, natural de Registro-SP, vive e trabalha desde 1980 em Belém-PA, onde idealizou a criação da Associação Fotoativa (1984) e da Agencia Kamara Kó Fotografias (1991). Seu processo de trabalho na educação é pautado em abordagens que buscam expandir os sentidos do olhar para além da fotografia. 

Como autor, experimenta processos que transitam entre imagens, objetos, instalações e performances. Há mais de 3 décadas ministrando cursos, workshops e palestras soma uma extensa lista participações em eventos e instituições no Brasil e exterior.

Em 2012, recebeu o Prêmio Brasil de Fotografia e a Comenda da Ordem do Mérito Cultural, do Ministério da Cultura, por sua contribuição à cultura brasileira, e em 2015 foi contemplado com o Prêmio Marcantonio Vilaça pela FUNARTE /MINC.

Serviço
Solicite a ficha de inscrição e outras informações: 91 9. 9983.3185 (WhatsApp)/Ou acesse: Labfoto 1 (http://bit.ly/306Tdbj ) / Sentidos do olhar 1 (https://forms.gle/ZjFoY4wH1oTNxzzFA)

1.7.19

Liga do Teatro traz musical com trama dos anos 80

Fotos: Vinícius Fleury
"Queen num toque de Mágica" é uma ousadia. Contextualizado nos anos 1980, o espetáculo musical tem 2 atos e mais de duas horas de duração, além de 28 pessoas em cena. A estreia é nesta quarta-feira, 3, seguindo em cartaz nos dias 4 e 5 de julho, às 19h, no Teatro Margarida Schivasappa.

Um marco na história dos festivais de música no Brasil, o Rock In Rio de 1985 inspirou outros festivais, livros e músicas, assim como o grupo Queen contagia as pessoas até hoje, sendo referência a muitas bandas e trabalhos artísticos. Ao contrário do que se pode pensar, porém, “Queen num toque de Mágica” não quer retratar o que foi aquela febre do Rock in Rio e nem a performance de Freddie Mercury.

Trata-se de uma trama existencial. Três jovens, que vivem em uma mesma cidade no interior do Brasil, têm em comum a mesma sensação de não caber no mundo e a paixão pela banda inglesa “Queen”, o elo maior entre os amigos, que inauguram um fã clube e decidem partir de mochilão pelo país, rumo ao primeiro Rock in Rio.

No caminho, eles viverão uma jornada com experiências de afirmação, emancipação e enfrentamento em uma sociedade conservadora. Jutos eles colocarão muitas coisas em questão. Até onde vai a autenticidade das pessoas frente a paixão pela arte e a beleza da resistência?

O espetáculo também traz de volta personagens da época, como o Chacrinha, além de outros, criados especialmente para a trama, como a Mother Mercury, que costura, como uma figura mística, toda a trajetória desses jovens e outros, evocados pelo coro. 

Formado em 2017 por Bárbara Gibson, Erllon Viegas, Leandro Oliveira, Luiza Imbiriba e Valéria Lima, o grupo estreou com “Serenata de Humor”, em 2017, percorrendo bares e casas noturnas da cidade, seguindo em cartaz até 2018. Neste mesmo ano, o grupo participou da montagem do musical "O Grande Show", experiência que se consolida com a estreia de "Queen num toque de Mágica". 

Para realizar este novo espetáculo, o grupo realizou audições para selecionar o grande elenco que se dividiu em papéis principais, personagens secundários e coro. Estão em cena Bruna Borges, Demi Araújo, Evelyn Nascimento, Fernanda Collins, Filipe Cunha, Giscele Damasceno, Kácia Maria, Larissa Fiorin, Luiza Barros, Luiza Imbiriba, Mariluz Vidonho, Pedro Cordeiro, Quézia Sousa, Rodrigo Schumarcher, Ruan Brito, Sebastião Junior, Suka Bastos,Tárcila Mendes, Thalyson Moraes, Thiago Freitas, Verônica Fiorin, Victória Vasconcelhos, Vinicius Fleury, Yasmin Miranda, Yasmin Magno, Yasmin Dandara, Ysamy Charchar e Hugo  Ferreira.

"Queen num toque de Mágica" traz temas da atualidade 

Além do grande elenco, outro desafio foi criar uma peça que não fosse sobre a trajetória do Queen. A trama se remete aos anos 1980, mas carrega consigo temas que ainda estão presentes na sociedade contemporânea. Por isso, foi preciso entender o que o repertório da banda traz como significado para as pessoas, quais elementos têm as canções em relação a identidade, estilo de vida, moda, cultura e comportamento no contexto dos anos 1980, sem perder o viés da realidade atual. 

"Não acho que valha a pena falar de coisas do passado se não for para afirmar valores urgentes e atuais”, diz Haroldo França, que assina a dramaturgia com a atriz Barbara Gibson, ela também diretora do espetáculo. “O papel da arte, acredito, tem a ver com isso, questionar o que está aí. E veja só o que está aí: um ultraconservadorismo crescente, tomando voz e ameaçando a nós, artistas, nós, LGBTs, nós, que assim como Freddie, tentamos cavar no mundo um espaço para existirmos como somos, com voz e com respeito”, complementa Haroldo.

“Produzir musicais é algo muito complexo. Estamos falando em utilizar de muitas linguagens artísticas. É minha primeira direção com musical, embora eu seja apaixonada pelo gênero e uma consumidora. Já viajei só para ir assistir um musical em São Paulo, por exemplo. A Liga de Teatro não está estreando nesta linguagem. Ano passado participamos da montagem de O Grande Show, uma experiência positiva, e resolvemos apostar no gênero”, diz Bárbara Gibson, que já dirige espetáculos teatrais desde 2011.

A produção musical do espetáculo é de Vinicius Fleury, com Consultoria Musical de Pedro Messias, Maestro e Coordenador do Bacharelado do Conservatório Carlos Gomes e Daniel Lima, também do Carlos Gomes. O cenário é criação de Cláudio Bastos, profissional que traz sua experiência em outros musicais e espetáculos de ópera. 

Na equipe técnica estão ainda, na direção coreográfica, Luiza Imbiriba, Thiago Freitas e Larissa Imbiriba, que também assina a produção executiva junto com Álvaro Souza.  A preparação de elenco é de Paulo Jaime, o figurino de Kevin Braga e na luz, Malu Rabelo. No som, a equipe conta com Luiz Reis e na criação de arte e fotografia, a 2B Produções, a comunicação do Holofote Virtual e produção de vídeos da Flemi.

Ficha Ténica
Direção geral: Bárbara Gibson 
Dramaturgia: Barbara Gibson e Haroldo  França
Produção Musical: Vinicius Fleury
Consultoria Musical: Pedro Messias e Daniel Lima
Direção Coreográfica: Larissa Imbiriba, Luiza Imbiriba e Thiago Freitas
Preparação de Elenco: Paulo Jaime
Figurino: Kevin Braga
Cenário: Cláudio Bastos
Produção Executiva: Larissa Imbiriba e Álvaro  Souza
Luz: Malu Rabelo
Som: Luiz Reis
Criação e Fotografia: 2B Produções
Produção de vídeos: Flemi
Assessoria de Imprensa: Holofote Virtual /Luciana Medeiros

Serviço
“Queen num toque de Mágica” – Dias 3, 4 e 5 de julho, às 19h, no Teatro Margarida Schivasappa, em Belém. Ingressos pelo Sympla: https://www.sympla.com.br/queen-num-toque-de-magica__547897 e no salão Gata Pintada - Shopping  Pátio Belém. Mais informações: (91) 98425-0317 ou (91)98824-2404.

Secult lança edital de credenciamento à cultura

O Edital de Chamamento Público de nº 06/2019, lançado nesta segunda-feira, 1º de julho, pretende credenciar artistas e profissionais da cultura - que tenham espetáculos prontos - e profissionais do campo da acessibilidade, libras e audiodescrição, para possíveis prestações de serviço e atender programações realizadas ou apoiadas pela Secretaria, no período de 1º de julho de 2019 a 1º de Julho de 2020.

É dever da Secretaria de Estado de Cultura (Secult) atuar em todo o Estado desenvolver projetos que valorizem e contribuam para o fortalecimento das expressões culturais e da produção artística das regiões de integração.

De acordo com a secretária de Estado de Cultura, Úrsula Vidal, o edital foi pensado para garantir o acesso transparente e democrático às políticas públicas de fomento e difusão das expressões e linguagens artísticas, buscando o alinhamento com as especificidades de cada região. 

"Queremos potencializar e dar escala às ações e projetos ligados às mais diversas manifestações e práticas culturais. É preciso desburocratizar e dinamizar o processo de consolidação da cadeia produtiva da cultura. A missão urgente é valorizar nosso patrimônio imaterial, presente nessa imensa diversidade de expressões artísticas pulsantes nos 144 municípios do Pará", e continuou. "O edital ficará aberto durante o ano todo e artistas e profissionais poderão se inscrever para credenciamento nesse período".

O Edital que a Secult lança neste início de semana, além da proposta legítima de oferecer trabalho e visibilidade à classe artística, fazedores de cultura e disponibilizar espaços de apresentação para seus espetáculos em eventos governamentais, torna-se também parte de um grande mapeamento de profissionais das áreas da cultura e economia criativa, uma ferramenta consistente e necessária à construção de uma política cultural engajada e ancorada em dados e informações mais concretas de uma cena estadual.

A vigência do credenciamento será de 12 (doze) meses, contados a partir da publicação do edital, período em que os credenciados poderão ser convocados à contratação junto à Secult, conforme demanda. A contratação dos credenciados será efetivada de acordo com a necessidade dos eventos a serem realizados, possibilitando o acesso de forma democrática, atendendo aos princípios de oportunidade, conveniência, legalidade, defesa do interesse público, impessoalidade, isonomia e da economicidade.

Neste edital, reforçando as informações, podem se inscrever artistas e profissionais da cultura, maiores de 18 anos, que sejam pessoas jurídicas ou físicas e que tenham espetáculos prontos, além de profissionais do campo da acessibilidade, libras e audiodescrição além de grupos com representação legal, que possuam espetáculos com duração mínima de 30 minutos e que se enquadrem nas modalidades teatrais descritas no edital.

Serviço
Inscrições - as inscrições são gratuitas, já iniciaram e vão até 1º de julho de 2020 Leiam o edital (http://www.secult.pa.gov.br/sites/default/files/informativos/edital_de_credeciamento.pdf) no site da Secult -PA. Mais informações: (91) 4009-8462.

(Holofote Virtual com informações a assessoria de comunicação)

Cia Lama leva "Mukuiú" ao palco do Sesc Ver o Peso

Inspirado em narrativas de Mametu Nangetu, sacerdotisa da casa de candomblé angola Mansu Nangetu, a Cia Lama apresenta "Mukuiu", espetáculo de memórias ancestrais, forças e resistências, uma dobra poética da pesquisa de doutorado em andamento no Programa de Pós graduação em Artes da UFPA, desenvolvida pela pesquisadora Carmem Virgolino. Nesta sexta-feira, 5 de julho, às 20h, no Centro Cultural Sesc Ver o Peso. Gratuito.

Entre imaginações sobre forças da natureza - associadas a imagem do guerreiro Nkossi, e a sabedoria e força Zumbarandá - dos artistas pesquisadores, que compõe o elenco -, este trabalho tem como cenário a cidade de Belém e a Amazônia paraense, no extremo norte do Brasil, abaixo da linha do equador, onde presenciamos grandes desigualdades sociais, altos índices de pobreza, altas temperaturas, umidade e violência.

Entre terra e água, arte e vivência, o espetáculo "Mukuiu" é marcado por forte musicalidade, associado à dança afro-brasileira, à dança dos Nkissis de nação bantu, à manipulação de objetos e uma dramaturgia própria, de cunho político social, evidenciando a importância étnica de motrizes africanas em Belém, questionando o cenário violento em que se vive nas periferias da cidade, sobretudo, a perseguição contra o povo negro e suas práticas culturais e religiosas.

O arquipélago cercado de floresta verde folha, por vastas terras e pela baía do Guajará de tantas várzeas, no vai e vem de maré, traz também a sabedoria de Gaya, que contém contrários. Em meio a grande mistérios e águas grandes, escuras, antigas, Belém está na lista das dez mais violentas capitais para se viver no mundo atualmente. 

Aqui carro prata mata preto e pobre. E a impunidade impera e se justifica com o discurso de que na periferia, entre os mais pobres, só há criminalidade- tentativa torpe de banalizar esta mesma impunidade, injustiça e violência!

Ficha Técnica
Direção e Dramaturgia: Carmem Virgolino e Michel Amorin
Coreografias: Kaiunde - Mestre João Angoleiro e Nkossi- Brenda Kalife, Carmem Virgolino e Marina Trindade.
Elenco: Carla Baía, Carmem Virgolino, Gabriel di Preto e Michel Amorin.
Músicas: Banda Gira de Nego Banjo e Batuque de Bantu de Luciano Lira
Bateria: Armando de Mendonça Filho e Katarina Chaves
Participação Especial: Luciano Lira e Edimar Silva
Figurinos: Michel Amorin
Iluminação: Thiago Ferradaes
Agradecimentos: Instituto Nangetu, Associação Cultural Eu Sou Angoleiro- Contramestre Edimar, Thales Branches.

Serviço
Espetáculo Mukuiu. Nesta sexta-feira, 5, no Sesc Ver o Peso, às 20h, com entrada fraca. 

(Holofote Virtual com informações de Carmem Virgolino)