29.12.15

Grande festa para os 90 anos de Mestre Laurentino

Ele muda de idade daqui a três dias, mas a festa, com participação de vários artistas, será no dia 10 de janeiro, no bar Mormaço, à beira do rio, ambiente que lhe remete ao local de nascimento, no dia 1º de janeiro de 1926, em Ponta de Pedras, na ilha do Marajó. A homenagem é merecida e terá renda destinada a ele mesmo, como presente. Ingressos R$ 20 (antecipados) e R$ 30,00 (bilheteria).

O roqueiro mais velho do Brasil em atividade é paraense. O carioca Serguei reinvindica o título pra ele, mas nasceu quase 10 anos depois, em 1933. Em nove décadas de histórias para contar, Laurentino coleciona viagens, amores, muitos filhos e cachorros, além da gaita, instrumento que lhe marca a carreira artística e que aliás foi  um dos motivos para realizar esta festança.

"A ideia de fazer o aniversário dele partiu de uma vontade de presentear o mestre com uma gaita, em um bate-papo no camarim. Apaixonados que somos pelo mestre, queríamos fazer algo para ajudá-lo, pois estava sem seu instrumento preferido. Ao longo da conversa, descobrimos outras necessidades e que seu aniversário estaria bem próximo, resolvemos, então, fazer uma festa para ele e ajudá-lo com parte da arrecadação da venda dos ingressos", conta Renata, que está produzindo o evento, com o produtor Taca Nunes.

A cantora explica que convidou alguns artistas e logo a notícia da homenagem se espalhou. Resultado: o que, a princípio, seria um pequeno evento para comprar uma gaita, transformou-se na produção de uma super festa com vinte artistas no palco rendendo homenagens a ele.

A festa reunirá entre outros artistas, Félix Robatto, Renata Del Pinho, Gláfira, Joelma Kláudia, Edilson Moreno, Juca Culatra, Keila Gentil, Lia Sophia, Manoel Cordeiro e Los Picoteiros, Mg Calibre, Nicobates e os amadores, Nilson Chaves, Pedrinho Callado, Pedro Vianna, Pelé do Manifesto, Quaderna e Banda Strobo e Dona ONete, que já havia realizado em setembro, deste ano, um bingo um bingo dançante no bairro da Pedreira, também com participação de vários artistas.

Neto de escravos, João Laurentino da Silva, aos quatro anos, foi adotado por um juiz de direito chamado Francisco da Costa Palmeira. Estudou até a quinta série e comprou sua primeira gaita aos 18 anos. Trabalhou na roça, na extração de madeira e ainda como técnico de manutenção de aviões.  Na década de 1970, compõe “Lourinha Americana” e nos anos 1990 era comum ve-lo na plateia de shows que eram realizados pelas praças de Belém.

O hit foi gravado em 2000, por Gilberto Gil, e pela banda pernambucana Mundo Livre S/A, no CD “Por pouco”. Entre outras composições de Laurentino, estão ainda “Nega Mise-en-Plis”, "Aroeira" e "Vale de São Fernando". 

Ele costuma dizer que não compõe ritmos tradicionais do Pará. “Minha música é jazz, fox, rock, bolero, valsa, mazurca", já declarou o músico em inúmeras entrevistas concedidas à imprensa.

Em 2002, ao participar de um festival de música realizado no Mercado de São Brás, em Belém, ele encontra com o Coletivo Rádio Cipó, banda com a qual gravou o primeiro registro de suas canções, no disco "Rádio Cipó". 

Em 2011, foi a vez dele ter uma banda própria, que surge no projeto idealizado por Beto Fares, intitulado "Laurentino e Os Cascudos", que reuniu roqueiros mais jovens e teve até CD lançado, em 2014. Antes e depois disso, o mestre já passou por incontáveis programas de auditórios nas emissoras de rádio e TVs locais e nacionais. Em 2013, foi um dos entrevistados de Charles Gavin no programa Brasil Adentro e, recentemente ele foi tema de um dos episódios Visceral Brasil, exibido pela TV Brasil.

Cultura paraense: cuidado com nossos Mestres

Desde 2009, porém, que ele passa por tratamentos de saúde. Em abril de 2014, chegou a ser internado com quadro de pneumonia, em Belém. E embora ele continue a ser festejado no meio artístico, tem tido pouco trabalho por causa da situação da saúde, que se agrava com a idade. 

A festa de aniversário de 90 anos além de um apelo social é ainda um forte chamado para a exaltação da cultura local que conta ainda com muitos outros mestres, como a própria Dona Onete, Mestre Vieira, que atualmente passa por tratamento de saúde na coluna, Mestre Solano, guitarrista como Vieira, e tantos outros ícones da nossa cultura. 

"Nossa história deve ser recontada sempre para que as futuras gerações nunca esqueçam sua origem, sua identidade. Aprender, respeitar e reverenciar os mais velhos deve ser uma prática constante. O Mestre tem muito a nos ensinar e muito a ser aplaudido. E, apesar da idade avançada e da saúde fragilizada, ainda há muita vontade de subir nos palcos e tocar sua gaita, que é sua maior paixão", diz Renata Del Pinho. 

E enquanto o poder público e as instutições não tratam com seriedade os nossos Mestres, a fim de mantê-los na ativa e repassando seus conhecimentos tradicionais, os próprios artistas é que cuidam uns dos outros. Salve a cultura paraense!

Serviço
90 anos de Mestre Laurentino - Show-homenagem . No domingo, 10 de janeiro de 2016, a partir das 14h, no Mormaço - Passagem Carneiro da Rocha, 1 - Cidade Velha. Ingressos: R$ 20,00 - antecipados - à venda na Loja Ná Figueredo ou R$ 30,00, na bilheteria.  Informações gerais: (91) 9 98247668.

23.12.15

Rock and roll autoral fervendo na noite de Belém

Nem sexta, nem sábado, o dia do rock and roll na capital paraense é a quarta-feira, isso mesmo, bem no meio da semana. O que poderia ser somente uma ousadia, deu certo. A "Quarta Autoral" já recebeu 20 bandas no Old School Rock Bar, atraindo um ótimo público, interessado em ouvir coisas novas e trocar boas ideias sobre música. Começa às 20h, terminando tudo no inicio da madrugada. Nesta quarta-feira natalina (23) tem Delinquentes, que divide a noite com a The Last Machine. DNA e Mitra, em clima de réveillon, farão a festa em 30 de dezembro. Dá pra curtir a música, bater um papo, encontar os amigos e ainda ir dormir cedo, se você quiser. O ingresso custa R$ 10,00. Fica na R. Antônio Barreto, 196, com a Wandenkolk. 

A iniciativa traz outros ares pra cena, preenche uma lacuna na noite de Belém. Soma com outros projetos e contribui para o acesso a diversidade da música paraense, abrindo espaço para o rock and roll. Liège e Dharma Burns, duas novidades desta cena, apresentaram seus trabalhos na semana passada, no mesmo espaço em que bandas mais antigas e veteranas também tocaram, ou ainda vão tocar.

A ideia partiu de Augusto Oliveira, baterista, e Nathalia Petta, jornalista e cantora, que resolveram prestar solidariedade a uma felina ferida, encontrada na rua, muito machucada, precisando de cuidados, inclusive uma cirurgia, para sobreviver a um acidente. 

Assim surgiram os "Save The Cat", shows que foram produzidos para arrecadar os recursos necessários ao tratamento de “Frida”. Augusto Oliveira, que toca em muitos projetos, convidou suas bandas para realizar esses shows. Depois disso, foi achar um lugar que recebesse os shows.  Artur Bestene, sócio proprietário do Old School, também engajado em causas de animais, comprou a ideia. 

Os shows foram um sucesso, a gatinha ficou boa, e o esforço pra realizar as apresentações beneficentes, se transformou em vontade de fazer rock autoral ferver novamente na vida noturna de Belém. Desde que surgiu em outubro deste ano, a “Quarta Autoral” já recebeu também a “Enfim Nós”, “Lucas Guimarães”, “Zeromou”, “Bling For Giant”, “Lívia Mendes”, “Maraú”, “Dois Na Janela”, “Navalha”, “Reef O’ Sines”, “Groove”, “Bravos”, “Thunerjonez”, “Blocked Bones”, “Ana Clara”, “Turbo”, “Cais Virado” e  “Álibe de Orfeu”.

“Percebemos ali que havia um público muito interessado em ouvir música autoral e em conhecer novidades”, explica Nathalia Petta. Assim, a “Quarta Autoral” ganhou fôlego e já promete ter seus horizontes ampliados em 2016. “Só pensamos em não deixar a cena desaquecer”, complementa.

Jayme Katarro e a Delinquentes
A ideia se fortaleceu com o apoio de vários outros músicos e amigos, como Claudio Fly, baixista do Navalha, Raphael Guimarães, vocalista do Cheese, Lívia Mendes, cantora, Raul Bentes, jornalista, Filipe Alencar e Blocked Bones, que ajudam emprestando equipamentos, divulgando, enfim, apostando firme. 

“Esse projeto é lindão, tem dado certo e cada vez mais pessoas, no meio da semana, estão indo ver suas bandas preferidas, levando seu próprio som. E agora, dando um passo além, levando pela 1° vez o estilo punk hardcore para o aconchegante bar. Esse show encerra nossas comemorações dos 30 anos, que começou ainda em novembro”, diz Jayme Katarro, fundador e vocalista da Delinquentes.

Entre o entusiasmo pelo momento e os novos projetos para 2016, ele avisa que o clima desta quarta é de comemoração e que vão estar disponibilizadas pra venda, camisas novas, palhetas e baquetas personalizadas da Delinquentes, além de uma coletânea em CD com o "The Best" de tudo que já foi gravado pela banda.

“Em 2016, nossa meta principal é lançar um CD Full (cheio) e viajar, fora os shows pela cidade. Já temos dois confirmados para janeiro, na abertura do Violator e nas comemorações dos 400 Anos de Belém, que será no bairro de Terra Firme”, avisa Katarro.

Bandas interessadas em se apresentar ano que vem na Quarta Autoral devem enviar material para o e-mail quartaautoral@gmail.com. Ou entrar em contato, por telefone, com Augusto e Nathalia (91 98383.9999 e 91 98519.5407). Os dois bateram um papo com o blog para falar dessa conquista que só promete se afirmar em 2016.

Nathalia Petta e Augusto Oliveira
Holofote Virtual: A “Quarta Autoral” vem se tornando um ponto de encontro para quem curte música, e bem no meio da semana. Vai continuar em 2016?

Nathalia Petta: Vamos com certeza dar continuidade ao projeto com apoio da casa, mantendo os shows nas quartas mas estamos providenciando algo maior, que é um projeto que visa circular com essas bandas por outros bares da cidade. Já temos propostas e queremos firmar novas parcerias. 

Augusto Oliveira: Nosso objetivo é continuar dando visibilidade tanto para as bandas que estão começando como para as que já tem um público porque assim a gente desconstrói essa ideia de que banda autoral só toca em festivais ou cenas independentes. 

O que a gente percebe é que, além das bandas,  o público também ganha porque tem a oportunidade de conhecer coisas novas e o que rola na cena local. Temos percebido que o público que comparece ao evento não é somente quem conhece as bandas, pessoas que frequentam o bar acabam ficando e gostando das novidades que estão ouvindo. Muitas vezes esse público não vai aos festivais que essas bandas tocam. 

Holofote Virtual: Pensam em buscar outros espaços para essa música autoral, quem sabe em outros dias da semana, complementando a quarta-feira?

Nathalia Petta: Certamente, e estamos lutando por isso, quase como uma causa. O projeto está ganhando forma, se estruturando e queremos levá-lo para mais espaços. Em 2016 vamos certamente ver música autoral tocando em mais espaços. A quarta autoral segue essa linha mais rock e pop porque é um conceito da casa e era do projeto inicialmente, até porque o rock ainda enfrenta muitas barreiras para chegar até o público mais abrangente, digamos assim. 

Com o projeto tiramos, tanto as bandas, quanto o público, dessa segregação que diz que só se ouve rock em alguns lugares, ele pode sim estar em diversos espaços. A proposta do projeto é também buscar outros dias da semana em outras casas e variar os gêneros, afinal música é sempre música e a cena precisa de apoiar e se ajudar independente de padrões ou estilos. 

Cais Virado
Holofote Virtual: Pelo que já rolou na “Quarta Autoral”, como vocês percebem o cenário rock autoral em Belém? 

Augusto Oliveira: O rock está mais forte do que nunca. Acho que a cena está muito poderosa e crescendo como nunca se viu, com muitas bandas novas surgindo com: Blind For Giant e Zeromou, que até já fizeram shows fora do estado, a Blocked Bones e Sokera, que já lançaram seus discos, assim como os vanguardistas da Delinquentes, que tem 30 anos de estrada e acabara de lançar dois singles. A galera tem feito a cena acontecer e de forma independente, lutando para fazer seu trabalho da melhor forma e isso estimula com que mais gente possa produzir.

Holofote Virtual: Artistas e bandas de vários estilos começam a projetar melhor seus trabalhos fora daqui, inclusive o rock. Sammliz (ex-Madame Saatan), que estava na plateia da Quarta Autoral da semana passada, está pra lançar seu primeiro disco solo e promete fazer um barulho bom ai na cena nacional. Isso sempre pareceu tarefa impossível pro rock... 

Augusto Oliveria: Isso é bom para a música, para cidade, e para cultura como um todo. Tirar nossos trabalhos daqui e mostrá-los para outros lugares é importante porque faz parte de um momento novo. Anos atrás a música paraense não tinha tanta visibilidade como hoje e, tendo a internet como aliada, fica mais fácil produzir conteúdo, vídeos, músicas, o que ajuda a fazer com que esse trabalho chegue a um público diferente. 

Enfim Nós
Nathalia Petta: O momento é fantástico e é preciso cada vez mais, que os próprios artistas entendam que não vai funcionar se cada um fizer apenas por si. É justamente essa força coletiva, prestigiar o outro, conhecer o que o outro produz e ajudar nessa divulgação é que faz a diferença e ajuda a cena a se fortalecer.

Na quarta autoral a gente tem esse lema: não venha apenas no dia que você vai tocar, venha sempre, compareça pra conhecer outros projetos e fortalecer a música paraense. 

Holofote Virtual: Quais os outros planos autorais pra 2016? 

Nathalia Petta: Saí do jornal (Diário do Pará), ao mesmo tempo em que fui convidada para cantar em uma banda cover, de pop rock e de samba rock, que é onde atualmente estou desenferrujando, mas tenho mil composições minhas que eram parte apenas do meu universo e que agora vou fazer funcionar e vou transformar em um trabalho autoral. Já estou trabalhando nisso e em 2016 pretendo já soltar algumas músicas. Quem tem me ajudado nesse sonho é o Augusto que entende muito de música e me dá forças para avançar.

Augusto Oliveria:  Em 2016 pretendo continuar circulando com as bandas que participo como Molho Negro, que tem projetos legais por vir; Navalha, que vai futuramente preparar um disco e conquistar o mundo (risos), além de também crescer com projetos como Cheese, Livia Mendes e  Dois na Janela. 

21.12.15

Encerrando 2015 na telinha da Tv Cultura do Pará

A TV Cultura traz espetáculos e documentários produzidos pela emissora, além de registros de shows e outras atrações, de 22 de dezembro até 1º de janeiro de 2016, às 21h. A Cultura FM terá programas temáticos de 21 a 25 de dezembro, destacando nomes da música nacional e internacional, sempre às 17h, com reprise às 23h.

O mestre João Gilberto abre a programação especial de Natal da Cultura FM, no programa apresentado por Osvaldo Bellarmino, nesta segunda-feira, dia 21, às 17h.  Bellarmino promete mostrar aos ouvintes as várias facetas do compositor que tornou-se ícone da bossa nova, um dos mais importantes movimentos musicais brasileiros. “Serão 15 músicas, todas interpretadas por ele. João Gilberto tem fama de rabugento, mas ele pede apenas que o som seja impecável, como deve ser”, diz o apresentador.

A emissora segue com programação especial durante toda a semana: no dia 22, o tema será Orlando Silva, com apresentação de Léo Bitar; no dia 23, Canções de amor italianas, como Ana Clara; no dia 24, o Natal de Elvis Presley e Beach Boys, com Arthur Castro; e no dia 25, um recital natalino gravado no Estúdio Edgar Proença reunindo vários corais.     

Na TV Cultura (Canal 2), a programação especial começa nesta terça-feira, dia 22, às 21h, com a exibição da ópera “Os Pescadores de Pérolas”, de Georges Bizet. A montagem teve direção cênica do cineasta Fernando Meirelles, integrando o XIV Festival de Ópera do Theatro da Paz. O enredo é centrado em dois personagens: Zurga, interpretado pelo barítono Leonardo Neiva, e Nadir, interpretado pelo tenor Fernando Portari, que disputam o amor da bela sacerdotisa Leila, vivida pela soprano Camila Titinger. Completa o grupo de solistas o baixo barítono paraense Andrey Mira.

Na quarta-feira, dia 23, será exibido o documentário “Pau e Corda: Histórias de Carimbó”, de Robson Fonseca, que conta a história de quatro grupos de carimbó de quatro cidades paraenses: Sancari (Belém), Os Quentes da Madrugada (Santarém Novo), O Uirapuru (Marapanim) e Sabiá (Curuçá). O documentário é centrado nos relatos pessoais dos integrantes, apresentando o processo de criação de cada grupo que representa a cultura tradicional paraense.  

No dia 24, quinta-feira, a emissora leva ao ar um dos mais belos espetáculos de Natal, “O Quebra-Nozes”, gravado com exclusividade pela TV Cultura de São Paulo. A obra-prima de Tchaikovsky, que retrata a fantástica história de Clara e seu precioso boneco Quebra-Nozes, presente de seu padrinho, o mago Drosselmeyer, e sua viagem encantada do Reino das Neves até o Reino dos Doces, é um dos três balés do compositor russo.

No dia 25, sexta-feira, será a vez do documentário “Beneditos”, de Lygia Maria, que mostra a diversidade e a riqueza cultural da Marujada de São Benedito, desde os rituais da Esmolação, eventos que refletem a devoção do povo bragantino a São Benedito. No dia 26, será exibido o concerto da Amazônia Jazz Band apresentado em frente à Igreja São João Batista, em Icoaraci, dentro da programação “Natal com Arte em Toda Parte”, da Secretaria de Cultura (Secult).

No dia 27, sábado, será reprisado o “Conexão Especial 30 Anos de Rádio”, com apresentação de Adelaide Oliveira, presidente da Cultura Rede de Comunicação. O programa marcou o lançamento do álbum duplo do guitarrista Pio Lobato, um dos mais importantes artistas da música contemporânea paraense. No dia 28, domingo, a TV Cultura exibe o documentário “Mosqueiro: Ilha dos Sabores”, de Roger Paes, que faz um passeio pela bucólica Ilha de Mosqueiro, apresentando as preciosidades gastronômicas do local.

No dia 29, segunda-feira, entra em cena outro documentário produzido pela emissora, com direção de Roger Paes: “Cametá: Histórias para Ouvir e Contar” mostra a riqueza cultural do município localizado na Região do Baixo Tocantins, registrando histórias repassadas de geração a geração. 

No dia 30, roqueiros de todas as tribos se reúnem para conferir o documentário “Balanço do Rock: A mais tribal de todas as festas”, com direção de Robson Fonseca, que conta a história do programa que ajudou a fomentar o cenário do rock paraense. Encerrando a programação, no dia 1º de janeiro de 2016, será exibido o show “Balanço do Rock”, gravado no Teatro Waldemar Henrique, que reuniu alguns dos principais integrantes das bandas de rock do Estado.  

(Texto enviado pela assessoria de impresa da Rede Cultura de Comunicação)

18.12.15

Cena black paraense aportando no Espaço Boiúna

Zimba Groove (Fotos: Roberta Brandão)
Temos novidade na noite de Belém. A banda Zimba Groove se apresenta no palco do Espaço Cultural Boiúna, na próxima terça-feira (22), a partir das 20h. Músicas autorais serão lançadas e uma feirinha com marcas de artistas paraenses estará montada no espaço. Participação especial da cantora Joelma Kláudia e do rapper  Pelé do Manifesto. 

Com apenas seis meses de vivências, a banda Zimba Groove já tem  algumas músicas autorais em seu repertório , além de autores paraenses como Joãozinho Gomes  e nacionais como Elza Soares. O estilo da banda perpassa pelo Samba, Black music, marabaixo, e outras vertentes de músicas com influências de sonoridades afros.

O discurso político também se faz presente nas letras e performances em shows. A banda surgiu a partir das ocupações musicais das ruas de Belém, os batuques em praças, no mercado de São Braz, na feira do Açaí e todo esse universo é retratado nas composições.
Participações

Show terá participações especiais
Apesar de projetos distintos as rimas de Pelé do Manifesto e o vocalizes de Jeff Moraes, da banda Zimba Groove, são muito próximos. Os dois trabalhos têm como norte a sonoridade afro, as letras ácidas e o discurso de protesto. “É tudo som de preto”, afirma Pelé.

Com 12 anos de carreira, a cantora de Altamira Joelma Kláudia vem das sonoridades do rock and roll e da MPB, entretanto sempre com sua marca black na execução das canções. Para Joelma mesmo com a diversidade de gerações e nichos musicais há uma identidade sonora entre as atrações da próxima terça.” Curto muito o som frenético do Zimba, gosto do balanço e me identifico em número, gênero e grau”, afirma.

Feirinha - Propondo um consumo mais sustentável nesse natal e mantendo a tradição de eventos que o Zimba promove vai ter feirinha de marcas paraenses. A marca de camisetas Caboquice, capulanas, imãs e outros artigos de moda e arte serão vendidos no espaço.

Serviço
Zimba Groove no Espaço Cultural Boiúna - Rua dos Pariquis, 1556 - Batista Campos. A partir das 20h. Couvert artístico: R$ 5, 00. Mais informações: 91 9 83666494.​

17.12.15

Na retrospectiva do blog, um papo com Deia Brito

Em Londres, dois anos intensos
2015 iniciou com reencontros. Um deles reuniu a banda Solano Star, em Belém, depois de longa e tenebrosa espera dos fãs, por mais de 15 anos. Foi aí que reencontrei Deia Brito, paraense que há 22 anos reside em São Paulo, atuando como produtora de arte e, mais recentmente, como personal organizer. Feliz no circuito do cinema independente, em entrevista ao blog, ela conta que, além mergulhar na sétima arte, experimenta, principalmente, a vida.

Nascida em Belém, no bairro do Jurunas, em 1966, Deia Brito estudou Economia, na UFPA, mas logo larga o curso para ir  estudar em Londres. Era início dos anos 1990. Dois anos depois, volta a Belém, mas já não se readaptando, parte pra capital paulista. Em meio a isso ainda vai trabalhar numa pousada em Trancoso, na Bahia, para retornar a São Paulo, em 1995, quando a sétima arte a pega de jeito, traçando uma história que na verdade já havia começado em 1990, em Belém, quando é convidada para trabalhar como assistente de produção de catering em "Brincando nos Campos do Senhor", longa de Hector Babenco, realizado no Pará.

Depois disso, Deia Brito não parou mais, trazendo atualmente no currículo, vinte e sete longas metragens, oito curtas, cinco minisséries - a mais recente se chama PSI, exibida pela HBO -, além de vários filmes publicitários, em sua carreira. Trabalhando principalmente com produção de arte, fez em 1995, "A Loura Incendiária", de Mauro Lima. Em 1996, "Alô!", de Mara Mourão, em 1997, fez "A Hora Mágica", de Guilherme de Almeida Prado e em 1998, "Através da Janela", de Tata Amaral e "Dois Córregos", de Carlos Reichenbach.  Neste momento Deia já tinha certeza que sua escolha havia sido certeira. Em 1999, fez "Domésticas", do badalado Fernando Meirelles e Nando Olival.

 Equipe de "Que horas ela volta?", de Ana Muylaert
No inicio dos anos 2000, ela estava na equipe de "Bicho de 7 cabeças", a primeira experiência com Laís Bodansky, e  "Bellini e a Esfinge", de Roberto Santucci. Em 2001, fez “Desmundo", de Alain Fresnot e em 2002, "Quando 2 corações se encontram", de José Roberto Torero, e "Meteoro", de Diego De La Texera. No ano de 2003 realizou "Bens Confiscados", do grande e saudoso Carlos Reichenbach, em 2004,  "Crime Delicado", de Beto Brant e em 2005, "A Casa de Alice", de Chico Teixeira.

Entre outros filmes, Deia também fez, em 2006, filmes que circularam nos cinemas do país, como "Mutum", de Sandra Kogut e "Chega de Saudade", de Laís Bodansky. Em 2009, fez "Vips", de Toniko Melo, em 2010 teve o prazer de trabalhar com Cao Hamburguer, em " Xingú", em 2011, "A Busca", de Luciano Moura e "Hoje", mais uma vez com Tata Amaral. Em 2012 realizou "Fios de Ovos", com direção de Matias Mariani, em 2013, "Ausência", novamente com Chico Teixeira e ainda "Super Crô", de Bruno Barreto. 

"Desculpe o transtorno" – direção Tomaz Portela, "Campo Grande", de Sandra Kogut e "Que horas ela volta?", de Ana Muylaert foram os mais recentes, realizados em 2014, com lançamento e circulação em festivais em 2015.  

Embora a vida seja corrida e cheia de trabalho em São Paulo, Deia Brito está sempre por Belém, nunca a trabalho, pois talvez o ‘mercado’ audiovisual paraense desconheça sua experiência. Ela vem a passeio, para rever a família, os amigos e, mais recentemente, para encontrar o namorado, o designer e ilustrador Branco Medeiros. Num desses retornos, ela bateu um papo com o blog e falou sobre sua trajetória, sobre o amor pela cidade das mangueiras e planos futuros. 

Em Belém do Pará, família, passeio e namoro
Holofote Virtual: Já são mais de 20 anos morando em São Paulo, o que lembras dos tempos em estavas em Belém?

Deia Brito: O meu envolvimento com Belém na minha fase adulta era elétrico, com muitas festas, namoros, viagens e amigos. Eu vivi essa fase de Belém com muito prazer! Entrei na faculdade de Economia da UFPa, em 1984, mas não me formei, saí antes, o curso não me interessou.  Comecei a trabalhar com produção de campanha política da extinta De Campos. 

Aprendi a trabalhar com produção com meu amigo querido que se foi, o Antar Rohit, com ele aprendi como fazia, agendava, organizava todo o processo de produção e montagem das exposições dos trabalhos dele, isso tudo regado à tapioquinha com café na Feira do Açaí, ali no Ver-o-Peso, e ouvindo músicas da Nana Caymmi, quando finalizávamos o dia.

Holofote Virtual: E continuas com muitas ligações por aqui...

Deia Brito: Tento vir uma vez ao ano, principalmente na época do Círio, que encontro com todo mundo os que não moram em Belém inclusive, e reunir a família para o nosso natal paraense. Tenho alguns amigos que são muito importantes, e que quando ponho o pé em Belém, quero vê-los imediatamente.

Guardo ainda a minha visão romântica da minha cidade, quando se podia andar a pé pelas ruas, colhendo uma florzinha de jasmim e levar para casa para colocar no copo de água. E faz um ano que tenho um namorado lindo, o Branco (que você bem conhece), o que me fez estreitar ainda mais a minha relação com a cidade, retomei amizades que não via há tempos e conheci outros amigos dele.

Bastidores de "Ausência"
Holofote Virtual: Como foi a decisão de ir morar em São Paulo?

Deia Brito: Eu tinha voltado para o Brasil há 4 meses, em 1992, não estava mais conseguindo morar em Belém, depois de tanto tempo em Londres, cidade cheia de diversidade, cidade louca, pessoas, assuntos, cultura no respirar, não estava sendo fácil me adaptar em Belém novamente, foi quando rolou uma carona de um amigo paulista que estava voltando de carro para SP e queria uma companhia, não queria viajar só, eu fiquei sabendo e vim com ele.

Holofote Virtual: Fala mais dessa tua trajetória no cinema... 

Deia Brito: Quando fui morar em Londres, fiz alguns cursos de figurino para trabalhar com cinema, mas quando cheguei em São Paulo, apareceu assistência de montagem de cenário, eu fui, e nunca mais saí. Nunca exerci esse meu aprendizado londrino, só no meu jeito de vestir. Adoro montar figurinos, adoro me vestir com roupas diferentes.

A partir desse momento fiz muitos filmes publicitários e ao longo do processo fui entrando no mercado do longa metragem, meu primeiro longa foi um filme chamado "Alô!", da Mara Mourão, diretora paulista, mas não fez muito sucesso, e depois vieram "A Hora Mágica", do Guilherme de Almeida Prado, "Através da Janela", da Tata Amaral, fiz dela também "Hoje", que é mais recente, "Bicho de 7 cabeças", da Lais Bodansky.  Te envio a lista dos filmes em tempo cronológico...

Equipe de "A Busca"
Holofote Virtual: A experiência em Londres então que te trouxe a esta nova experiência como Personal Organizer, como funciona isso?

Deia Brito: É uma vontade de muito tempo, que agora influenciada por uma amiga, resolvi encarar como outra atividade. Eu sou uma ótima organizadora, todos os meus armários são super organizados, por cor, por estilo de roupa. Andei arrumando a casa de algumas amigas e todas ficaram bem felizes, na casa de uma delas, montei tudo, organizei os móveis da sala, dos quartos a cozinha, gavetas, utensílios... Então resolvi assumir isso como outra atividade conciliadora dos meus projetos de filmes.

Holofote Virtual: Em 1997, lembro que esbarrei contigo no metrô contigo. Naquela época você já estava atuando em cinema e apaixonada por São Paulo... 

Déia Brito:  Eu amo São Paulo, eu gosto dessa vida civilizada, que posso sair a hora que eu quiser e vai ter um lugar aberto, que vai me atender, que o atendente vai ser gentil, sabe... Eu sou pedestre, não tenho carro, não dirijo, então ando muito de metrô, ônibus, a pé, e sempre faço tudo de boa, tranquilo, claro que evito os horários mais cheios, porque a cidade realmente tem muita gente! É um caos organizado que eu gosto muito!

Em 1997, eu já tinha voltado de Trancoso, e estava novamente trabalhando com produção de objetos em publicidade e longas metragens nacionais, eu já estava adaptada na cidade, mas às vezes me dava aquela vontade de voltar. São Paulo é incrível, te recebe, te abre as portas, mas ela é dura, às vezes te vira a cara, e nesses momentos, que vontade que dá de sentar na beira do rio e tomar um sorvete de cupuaçu.

Em campo, na  minissérie "Alice'
Holofote Virtual: Quais os maiores desafios da tua profissão?

Deia Brito: O maior desafio é o tempo! Tempo para dar tudo certo! Principalmente na fase da filmagem, é muita gente envolvida, dinheiro, nada pode dar errado, nunca! Faço cronogramas, equipes para montagem, horários, e tem que dar tudo certo e tudo muito bem feito para aquilo que o roteiro está sendo pedido. 

E tudo isso tem de caber dentro de um orçamento que às vezes nem é o adequado. Os orçamentos de filmes no Brasil são sempre no limite, então os filmes são uma forma de superação, fazer caber a arte que o diretor pede dentro do orçamento que nos foi dado e dar certo, é sempre uma superação! 

Holofote Virtual: Alguma nova produção, quais os planos?

Déia Brito: Esse ano não mais, só ano que vem. Quanto aos planos, no lado profissional quero continuar trabalhando, dar aulas para quem está querendo aprender o conhecimento de produção para cinema, investir nesse novo projeto, continuar fazendo filmes, porque eu amo trabalhar com cinema! E na vida pessoal, criar o filho, namorar o amor, viajar, viver e ser feliz, cultivando as amizades que são importantes e continuar mantendo os valores bons, ser uma pessoa boa.

16.12.15

Les Rita Pavone "Voltar a Viver" em ritmo de Natal

Fotos: Pluvia
Músicas prontas para o período, canções de brincar, ninar e embalar o espírito natalino, trazendo uma leveza profana e onírica. Este será o tom do show que a banda Les Rita Pavone apresenta neste domingo, 20, em duas sessões, às 18h e 20h, no Casulo Cultural. Os ingressos já estão à venda.

O show "Voltar a Viver" nasceu com  a banda, há dois anos, apresentando um trabalho voltado a baladas bandoleiras, pajelanças urbanas, pagodes românticos, sambas-noises, canções de ninar e marchinhas do baú da vovó, entre outras descobertas. 

Uma das bandas selecionadas para a primeira edição da Virada Cultural de Belém, em 2015, a Les Rita Pavone também se apresentou no Rock Rio Guamá, na Universidade Federal do Pará e agora, encerra o ano Em Ritmo de Natal.

"Se o Rei é o Roberto, nós, ao menos, somos filhos de Deus. Nosso especial de fim de ano, estrela-guia", acreditam os músicos Rafael Pavone (voz) Gabriel Gaya (voz), Lucas Guimarães (violão) Ramón Rivera (guitarra), Mateus Moura (baixo) e Rogério Folha (bateria). Eles formam o núcleo central da banda, que costuma receber convidados.

No domingo, a banda também terá outros artistas, todos amigos que formam o coro do Les Rita Pavone, como Glenda Marinho, Rafael Samora, Lari Xavier, Karimme Silva e Jymmy Goes, que também toca guitarra, escaleta e violão. No repertório estão "Sentimento do Mundo", "Sinos de Belém" e  São Brás", entre outras canções.

De acordo com Mateus Moura, a necessidade de trazer o coro é por uma relação ao mesmo tempo de nostalgia e presente para a cidade. "Nossa ideia mesmo é fazer um grande auto de Natal, mas já que ainda não é possível fazê-lo num estilo faraônico, façamos no estilo franciscano então. Voltemos à manjedoura. Na essência o que buscamos é um clima, um tom, que tem a ver com comunhão, com rito. Nosso menino Jesus é a canção", elucida.

O show "Voltar a Viver em Ritmo de Natal" tem cenário e figurinos de Petra Marrom, com apoio do Xícara Voadora e Pluvia, e  produção executiva de Les Rita Pavone e Danielle Franco, jornalista também responsável pela comunicação do grupo.

Serviço
Les Rita Pavone apresenta Voltar a Viver em Ritmo de Natal. Neste domingo, 20 de dezembro em duas sessões: 18h e 20h, No Casulo Cultural - Travessa Frutuoso Guimarães, 562, altos, esquina com Rua Riachuelo. Ingressos: Vendas antecipadas - R$ 10,00 com direito a um ímã da banda - Loja Ná Figueredo (Gentil) // Na hora do show: R$15,00 na bilheteria. Informações: (91) 98425 6171.

Mostra rende homenagem aos 400 anos da cidade

“Paris do Sol 400 anos – A Belém que a gente não viu” traz imagens dos séculos XIX e XX e revela uma Belém já quase inexistente. A curadoria é da artista visual Catalina Murchio. O vernissage ocorre nesta quinta-feira, dia 17 de dezembro, às 18h30, no Espaço Cultural Banco da Amazônia.

Composta por imagens de domínio público das paisagens urbanas da capital paraense na virada do século XIX para o século XX, a exposição traz mural artístico de Mauro Barbosa, Téo Lima e Adriana Gurjão, além de azulejos da Bélle Époque da coleção de Vânia Bispo, do Antiquário dos Azulejos, e pinturas em nanquim do engenheiro civil e desenhista Gustavo Affonso Bolção Vianna, já falecido, cujas obras pertencem ao acervo de Affonso Vianna Neto.

Segundo Catalina Murchio, as obras foram reunidas a partir de uma pesquisa iconográfica e textual, inspirada em um debate entre memória e patrimônio. A ideia foi a de desvelar a histórica paisagem urbana de Belém em um período marcado pela profusão econômica proporcionada pela exportação do látex.

Em sua pesquisa, ela utilizou, ainda, como fio condutor para compor a exposição a política emergente também no final do século XIX para o século XX. O ideal republicano serviu de base para os estudos de imagem realizado em coleções fotográficas, textos e jornais da época e a ascensão dos republicanos no Pará é outro aspecto histórico que se destaca nas obras selecionadas por Catalina Murchio.

“Belém é uma grande metrópole e o Banco da Amazônia, como principal instituição financeira da região, oferece essa merecida homenagem à capital paraense, mostrando um pouco da sua história e importância para todos os brasileiros”, relata Luiz Lourenço Neto, gerente de Imagem e Comunicação do Banco da Amazônia.

Serviço
Exposição “Paris do Sol 400 anos – A Belém que a gente não viu”. Vernissage, no dia 17 de dezembro, às 18h30, no Espaço Cultural Banco da Amazônia – Avenida Presidente Vargas, nº 800 – bairro da Campina – Belém do Pará.

15.12.15

Telão de final de ano garantido no Líbero Luxardo

Um cineminha no final do ano 'é sempre bom pra ficar pensando melhor'. Não é extamente esta a frase difundida na canção do Mangue Beat Chico Science, mas vale a citação. O Cine Líbero Luxardo traz dois bons filmes pra sua tela neste dezembro que vai se despedindo de 2015. E pra janeiro, já tem agenda certa para exibir "Olmo e a Gaivota", documentário de Lea Glob e Petra Costa, no dia 6 de janeiro.

"Hipóteses para O Amor e A Verdade" é um longa inspirado em peça teatral homônima do grupo Satyros, em que onze personagens se cruzam em uma noite em São Paulo, e ​​"Homem Irracional", é o novo longa metragem de Woody Allen, consagrado no Festival de Cannes, com Joaquin Phoenix e Emma Stone. Os dois filmes encerram a programação de 2015 das Sessões Regulares do Cine Líbero Luxardo, de 16 a 20 de dezembro. 

Em "Homem Irracional, o professor de filosofia Abe Lucas chega para lecionar em uma pequena cidade dos Estados Unidos, em crise existencial. Logo uma de suas alunas, Jill, se aproxima dele após ficar admirada pela capacidade intelectual do professor. Ao mesmo tempo, Abe passa a lidar com Rita, uma docente casada que começa a ter desejos pelo colega. Mesmo com tudo dando certo, as coisas começam a mudar de vez para Abe quando ele escuta uma conversa de uma desconhecida sobre a perda do filho devido à uma decisão do juiz Spangler.

Ainda não este filme de Woody Allen, mas segundo a crítica, o filme inicia quase do mesmo jeito que todos os anteriores: os típicos letreiros com fundo preto e o nome do elenco em ordem alfabética. A diferença está na ausência de trilha sonora. No lugar do jazz, apenas ruídos de um ambiente indefinido.

Para alguém tão apegado a suas próprias tradições, é uma mudança que chama a atenção. Mas não é necessário alarde. O cineasta, que aca de completar  80 anos, no dia 1o de dezembro, continua fiel ao estilo que o consagrou e às temáticas que marcam seus trabalhos, como a distância entre os mundos filosófico e real, adultério, crimes e pecados. (Fonte: Tela Tela).

Já, "Hipóteses para o Amor e a Verdade'', uma adaptação para o cinema da peça teatral homônima encenada pelo grupo Satyros, mostra a trajetória de onze personagens que se cruzam durante uma noite em São Paulo é contada no longa '. 

A criação desses personagens foi resultado de entrevistas realizadas na região Central da cidade: residentes, prostitutas, traficantes, empresários, transexuais, michês, atores, músicos - toda a sorte de frequentadores da região da Praça Roosevelt.

A companhia de teatro ouviu depoimentos de mais de duzentas pessoas sobre como se vive e como se sobrevive na cidade. Acima de tudo o filme é uma declaração de amor a São Paulo em todas as suas contradições e anacronismos, sendo uma alegoria da metrópole.

E para iniciar 2016 com o pé direito, o cine Líbero Luxardo traz "Olmo e a Gaivota", filme qe faz uma travessia pelo labirinto da mente de Olivia, atriz que se prepara para encenar "A Gaivota", de Tchekov. 

Anotem aí!

Homem Iracional
De 16 a 20/12 (de quarta-feira a domingo) | 18h
Ingressos: R$ 10,00 (inteira) | R$ 5,00 (meia-entrada)
O Cine Líbero Luxardo possui 86 lugares, com espaços para cadeirantes

"Hipóteses para O Amor e A Verdade"
De 16* a 20/12 (quarta a domingo) - 20h
*Dia 16/12 |  20h – Projeto Plateia: Entrada franca para estudantes
Ingressos: R$ 10,00 (inteira) | R$ 5,00 (meia-entrada) 

"Olmo e a Gaivota
Dia 06 de janeiro, às 20h, dentro do projeto Plateia
Entrada franca pra estudantes
Outros: R$ 10,00 (inteira) e R$ 5,00 (meia-entrada).

Parque Musical traz Jana Figarella ao Gasômetro

Depois de rodar o país com o musical "Cássia Eller", Jana Figarella  volta a Belém para apresentar “Na Beira”, show com repertorio de jazz, soul, MPB e carimbó. A apresentação traz participação de Nilson Chaves, Lucinha Bastos e Marcoh Monteiro. Nesta quarta, 16, às 20h, no Teatro gasômetro, dentro do projeto Parque Musical.

Nascida na cidade de Manaus, Jana Figarella morou por uns anos em Belém e acabou se radicando no Recife. Jana afirma que a apresentação na capital paraense terá um sabor especial. “O show será dirigido por Fernando Nunes, baixista que tocava com a cantora Cássia Eller. Além disso, essa será a minha primeira apresentação oficial, depois de ter passado pelo Pará com o musical”, ressalta a cantora, que no musical interpretou várias personagens, inclusive a própria homenageada.

“Os convidados especiais são pessoas que admiro muito e que foram minhas maiores referencias musicais. Além dos cantores paraenses já citados, as minhas inspirações também são de Chico Buarque, Caetano Veloso, Elis Regina, Monica Salmaso etc..”, adianta.

Jana iniciou sua carreira no teatro, mas acabou rumando para a música. Em 2007, finalizou seu primeiro CD independente e, em 2010, lançou seu segundo álbum intitulado “Leve" com participações especiais de Isabela Moraes, Nena Queiroga e Nilson Chaves. 

No período entre 2011 e 2012 realizou turnês para apresentar o novo trabalho, onde passou pelo Norte, Nordeste e eixo Rio-São Paulo. Neste período, ministrou oficinas de teatro para adolescentes de escolas públicas, em Santarém, no projeto da Unicef, realizado pelo governo do estado do Pará.

Durante o tempo vivido na capital paraense, a cantora se apaixonou pelo município de Santarém, onde acabou ganhando o título de “Cidadã Santarena” pela prefeitura local. “Santarém e Belém são lugares de muita importância pra mim e quando me perguntam de onde eu sou, respondo sempre: sou paraense”, diz a cantora e intérprete Jana Figarella, que em 2014 embarcou no musical Cássia Eller, apresentando-se por todo país.

Projeto - O Parque Musical, projeto responsável pela apresentação da cantora em Belém, abriu as portas do Teatro Gasômetro a cerca de 380 músicos, que somaram 43 shows. A ideia do projeto é movimentar a cena musical paraense, transformando o teatro em um corredor cultural e musical na cidade, fazendo com que os músicos possam se aproximar cadê vez mais do teatro.

“Para nós, este foi um ano vitorioso, tanto para o teatro, quanto para o projeto musical. Trabalhamos para dar apoio aos músicos, especialmente aos paraenses, com isenção da taxa de pagamento do teatro e renda da bilheteria voltada para os artistas que se apresentam. E no ano que vem a ideia é continuar abrindo as portas do teatro para os nossos artistas”,  afirma o diretor do Teatro Gasômetro e responsável pelo projeto”, Leonardo Santos.

Serviço
Projeto Parque Musical apresenta o show da cantora Jana Figarella. Dia 16 de dezembro, às 20h, no Teatro Gasômetro - Av. Magalhães Barata entre Travs. 3 de maio e 14 de abril. Ingressos: R$ 30,00 (inteira) e R$ 15,00 (meia). Informações: 91 4009-8722.

Da Tribu comemora final de ano com afetividades

No Feliz Bazar #Recontar, dia 20 de dezembro, a programaçao será intensa, das 9h até às 18h, para confraternizar com clientes-parceiros-afetivos, como a TuCrias, Caboquisse, Bacuri, Martinelli Beachwear, Plantaprati, Cachaça de Jambú Genuína, Vânia Braun, Carla Beltrão e Tendinha da Casa da Atriz. Na ocasião, das 10h às 12h, os clientes também poderão trocar acessórios antigos entre si ou até mesmo deixar peças para pequenos reparos.

Reviver. Recriar.  Recordar. Em 6 anos de trajetória, a Da Tribu desenvolveu um conceito de moda sustentável com base na economia criativa, que é aplicado no dia a dia da marca, de seus clientes e parceiros de caminhada. Traçar essa trajetória é o objetivo de sua nova campanha de fim de ano “RECONTAR”.

No decorrer desses anos foram várias as coleções criadas pela Da Tribu, entre elas “Pertencimento”, “Alquimia”, “O que vejo da minha janela”, “Itá”, “Sumos Solares”. Sem falar nas campanhas que este ano foram conjugadas por verbos motriz, em uma nova forma de tecer o artesanato, ‘com açúcar e com afeto’: #Pontear, #Maternar, #Compartilhar, #Aproveitar, #Trilhar, #Transbordar, e finalmente #Recontar.

Apostando nos produtos feitos por artistas, artesãos e designers independentes, no dia 20, além de ficar conhecneod melhor a história da marca Da Tribu, o público também terá a oportunidade de escolher presentes criativos e autênticos para este final de ano. Na loja, entre os produtos disponíveis para venda estarão peças da Linha Crochê, Coleção Sumos Solares e Pontear.

Foto: Débora Flor
História - Nascida em 31 de agosto de 2009, na loja atelier da Praça Paula Francinete, a Da Tribu deu início às suas atividades expondo e vendendo peças na internet e em eventos de moda. 

A marca tem na produção familiar seu princípio motor. Criada como uma cooperativa de mãe e filhos, a Da Tribu vem se estabelecendo no mercado a partir de um artesanato fino e diferenciado, presente em carteiras, colares, pulseiras, brincos, anéis e diversos adornos e adereços.

Formada por peças produzidas com sobras de tecidos, vinis antigos, fitas magnéticas de cassetes e VHS, a coleção “Pertencimento” levou a Da Tribu para sua primeira semana de moda, a Amazônia Fashion Week. Em 2012, foi a vez da marca lançar a coleção “Alquimia” e participar do Festival Cultura de Verão com a coleção “O que vejo da minha janela”. 

No mesmo ano, a Da Tribu ganhou do Ministério da Cultura seu primeiro prêmio nacional, o Prêmio Economia Criativa. Em 2013, junto com as coleções “Itá” e “Sumos Solares” veio mais um prêmio, o Boas Práticas, do Ministério do Turismo. 2014 foi o ano da Linha Crochê, desenvolvida para o dia a dia, e da coleção ‘Pontear”, apresentada em mais um Amazônia Fashion Week.

Já neste ano de 2015, a Da Tribu alçou vôos mais altos, inaugurando sua Loja morada, no bairro da Campina - onde vem participando de todas as edições do Projeto Circular -, e compondo pela primeira vez o casting do São Paulo Fashion Week. 

No dia 1º de março de 2015, foi inaugurada a loja e morada Da Tribu, um espaço aglutinador, que busca as trocas e possibilidades artísticas, como pequenas apresentações musicais e teatrais, venda de produtos orgânicos e práticas sustentáveis. 

Ainda neste ano, a loja firmou o espaço da laje como um agregador de talentos para pequenas performances, estando aberto para atividades como yoga, shows, cinema, exposições, bate-papos e comidinhas. Recentemente a loja promoveu o primeiro encontro “Céus Da Tribu”, com bate-papo sobre o significado esotérico dos astros no mapa natal. ”Completamos 6 anos em agosto, e o ano de 2015 foi muito importante, muito rico, agora é momento de agradecer. Estamos falando de conexões, de constelações, redes afetivas”, reflete a produtora executiva Tainah Fagundes.

Programação 

Dia 20 de dezembro
:
9h às 19h Café da Manhã | Almoço | Lanches | Bebidinhas com Tendinha da Casa da Atriz
9h às 17h - Quick Massage com Yash Luna
10h Contação de História Meu pai sabe voar, com Cleber Cajun
10h às 12h Troca Afeto: Troca-Troca de acessórios Da Tribu entre clientes da marca
18h Música Roda de Choro

Horários de funcionamento este mês
Até o dia 23/12, aloja funcionará das 9h às 19h, de segunda a segunda. No dia 24,  até as 14h para voltar a abrir nos dias 28, 29 e 30, das 9h às 19h. Dias 25 e 31, fica fechada. Rua Carlos Gomes, 117 entre Campos Sales e Frutuoso Guimarães - Campina

Mais informações
Fone: 91 3083 1675 | 91 98177 2176
Facebook: https://www.facebook.com/datribuacessorios
Instagram: @datribu
youtube.com/datribu
Site: www.datribu.com

7.12.15

FICCA soma com festivais descentralizados do país

O Festival Internacional de Cinema do Caeté abre nesta terça-feira, 8 de dezembro, às 19h, no campus da UFPA em Bragança. Seguindo uma tendência interessante que percebemos se instalar no país nestes últimos anos, possui características próprias e foge a formatos tradicionais. Até 11 de dezembro, suas ações incluem a exibição de curtas, médias e longa metragens, ocupando vários espaços na cidade e na praia de Ajuruteua, além de atividades em feira livre e numa comunidade quilombola, sempre abordando questões contemporâneas de interesse, impacto, reflexão e ação social e cultural.

Festivais de cinema são vitrines para a produção audiovisual brasileira. Novos realizadores ganham a chance de mostrar seus trabalhos, junto a obras de diretores consagrados, que geralmente lançam nestes espaços seus filmes, antes deles chegarem ao circuito comercial. 

Mais do que isso, mostras e festivais de cinema são espaços de vivência e de oportunidade para discutir questões ligadas à produção audiovisual e assuntos relevantes social e culturalmente no país e para as cidades em que são realizados.

Com sede numa cidade situada na zona do salgado paraense, a 200 quilômetros da capital, Belém, a ideia de realizá-lo se concretizou ano passado, mas é resultado de vários anos de ações no âmbito audiovisual e artísticas encampadas por Francisco Weyl, realizador bragantino, idealizador e coordenador do FICCA, junto com um coletivo de pessoas afins.

No FICCA, além de mostras competitivas e homenagens, há incentivo ao olhar crítico e estímulo à produção audiovisual de forma descentralizada, utilizando a tecnologia disponível na comunidade.

Abertura tem performance longa convidado e 
conferencia relâmpago


A programação desta terça-feira, 8, conta com a presença de autoridades, imprensa e público da cidade, além de convidados de Belém, Rio de janeiro e Cabo Verde. A abertura inicia às 19h, com o poeta Denis Girotto de Brito, o Mestre de Ceriônias. Haverá participação especial do escritor e roteirista Edson Coelho, que fará uma conferência relâmpago, e da atriz Rosilene Cordeiro, que apresentará uma performance. 

Também será exibido o longa metragem convidado “Órfãos do Eldorado”, do diretor carioca Guilherme Coelho, inspirado na obra homônima de Milton Hatoun que traz além de Dira Paes e Daniel Oliveria, no elenco, vários outros atroes paraenses, inclusive Adriano Barroso, que também está integrando o júri do festival, e ficará disponível para bater papo com o público interessado, após a exibição do longa. 

Durante o festival, estarão abertas na UFPA - Campus Bragança, as exposições de fotografias: “Artesãos das Águas”, do projeto Artesãos das águas: Programa de valorização dos mestres dos saberes da carpintaria naval na Amazônia, coordenado por Roberta Sá Leitão Barboza; e “Tributo à Cirene Guedes”, um fotovaral da fotógrafa bragantina Raimunda Weyl, em homenagem a poeta bragantina, Cirene Guedes.

Nos dias 9 e 10, paralelo às mostras, o FICCA promove visitas do júri e rede de apoio à Câmara Municipal de Bragança, ao Mirante da Vila Que Era, onde surge o primeiro núcleo urbano de Bragança, à Comunidade Quilombola do América, onde será realizada uma da de conversa, e à vila Bonifácio, na praia de Ajuruteua. NO dia 11, o encerramento inicia pela manhã, na feira ao ar livre da cidade, com direito à roda de carimbo, com participação dos percussionistas e artesãos Flávio Gama e Ronaldo Curuperé.

O encontro da arte popular com o cinema será diante da barraca do Paixão Santana e ao lado da Barraca da Bacana, que serve o almoço oficial do FICCA nesse dia. A cena acontece entre 10h e 14h. E à noite os tambores voltam a vibrar para o concerto do projeto #ACOISA, que encerra oficialmente o festival, na UFPa.

O que vamos ver no FICCA

Em primeiro lugar, filmes inéditos, produções recentes de 2014 e 2015, como os quatro longas de ficção que estão no páreo: “Teobaldo Morto, Romeu Exilado” (118 minutos/ Espírito Santo, 2014), de Rodrigo Oliveira; “Sinfonia da Necrópole”, de Juliana Rojas (85 minutos/São Paulo, 2014); “Invasores” (82 minutos/Distrito Federal, 2015), de Marcelo Toledo; e “Clarisse ou alguma coisa sobre nós dois” (82 minutos/Ceará, 2015), de Petrus Cariry. 

A programação traz ainda vários curtas e médias metragens, documentários ou de ficção, entre eles dois filmes paraenses, os documentários “O Time da Croa” (Documentário / 26 minutos), de Jorane Castro, filmado em 2013, na praia de Ajuruteua, durante os preparativos para a Copa do Mundo.  E “Memórias do Cine Argus” (Documentário / 20 minutos), de  Edivaldo Moura. Finalizado entre 2014 e 2015, o documentário foi realizado a partir das pesquisas do diretor sobre o cinema de rua que marcou a história do município de Castanhal (PA).

No âmbito internacional, dois curtas de ficção estão na programação. "O lobisomem mora em Bragança", de 7 minutos, vindo de Portugal, e “Nada Além de Hoje", da diretora Gabby Egito, que no LABRFF (Los Angeles Brazilian Film Festival) de 2012, ganhou o prêmio de melhor curta por seu filme “Coisado” (Stuffed).

O filme é um drama psicológico que recria o último dia da vida da dona de casa Martha Michaels (a atriz alemã Ilka Urbach), por meio de flashbacks e depoimentos das pessoas que a conheciam, mesclando técnicas de ficção e documentário na narrativa.

Este ano os filmes foram inscritos 56 filmes dos quais 26 deles estão concorrendo a prêmios de Melhor Documentário, Melhor Longa-Metragem (acima de 60 minutos), Melhor Média-Metragem (entre 25 minutos e 60 minutos), Melhor Curta-Metragem (até 24 minutos), além dos prêmios Imagem-Tempo (categorias: cenografia, figurino, fotografia, maquiagem - independentemente de tema, tempo e/ou categoria), Imagem-Movimento (categorias: trilha sonora, montagem, roteiro, direção - independentemente de tema, tempo e/ou categoria) e Júri Popular.

Júri traz realizadores, jornalistas e produtores culturais

Sérgio Santeiro
Além de Adriano Barroso, o FICCA traz para o júri deste ano, o cineasta carioca Sérgio Santeiro, praticamente uma lenda viva do cinema brasileiro.

Militante da causa do cinema independente brasileiro, um dos fundadores da Associação Brasileira de Documentaristas, um dos presidentes da ABD Nacional (1997-99) e grande batalhador pela implantação da Lei do Curta nas décadas de 1970-80, como diretor e roteirista, realizou exclusivamente filmes de curta-metragem, em geral documentários marcados por um forte sentido de experimentação.

Carlos Sá Nogueira
Também faz parte do júri, Carlos Sá Nogueira Borges, jornalista político e cultural, cabo-verdeano.

Licenciado (2003) em Ciências da Comunicação, vertente Jornalismo pela Universidade da Beira Interior, em Portugal, também é Pós-graduado em “Direito Municipal, do ordenamento do território, do urbanismo e da construção”, pelo Instituto Superior de Ciências Jurídicas e Sociais – Cabo Verde.

“Sinto-me muito honrado por ter sido escolhido pelo jornal Tribuna do Salgado e pela Universidade Federal de Pará, para integrar a comissão dos jurados desse festival da sétima arte em Belém de Pará, no Brasil”, disse em entrevista ao Jornal Liberal, de cabo Verde.  O convite é fruto de parceria do jornal Tribuna do Salgado e da Universidade Federal do Pará, com o governo de Cabo Verde.

Além deles, também integram o júri, esta jornalista que aqui lhes escreve, a produtora cultural Adriana Trindade, com atuação em Bragança, o realizador San Marcelo, que preside o júri, junto com Francisco Weyl, da coordenação.

Fortalecendo a rede FICCA

Em 2014, o FICCA em sua primeira edição recebeu dezenas de inscrições, realizou oficinas e bate papos. Contou com apoio da prefeitura, de alguns empresários e muitos colaboradores.

Não houve, como este ano também não, captação de recursos. Significa dizer que está sendo realizado de forma independente e com muita vontade por parte de pessoas que acreditam no que fazem e acabam convencendo outros. Em seu segundo ano consecutivo, o festival ganhou novos apoios e reafirmou antigas parcerias.

Iniciativa do Jornal Tribuna do Salgado, firmou parceria com a Universidade Federal do Pará (campus Bragança), Projeto Aluno Repórter, Rede Cultura de Comunicação, Prefeitura municipal de Bragança, Semed e Academia de Letras do Brasil – Seccional Bragança, e também conta o apoio cultural da Câmara Municipal de Bragança, Hotel Alternativo, Hotel Aruans, Casarão, Hotel Palace, Hotel Solar do Caeté, Restaurantes Trópicos, Grafipel Magazine, EEEFM Rio Caeté Rio Caeté, EMEIF Domingos de Sousa Melo, EMEF Américo, Pinheiro de Brito, Conj. Res. João Mota II (Minha Casa Minha Vida), SESI-Bragança, Fila.Com,  Gráfica São João Batista, Restaurante São Benedito, Hamburgueria Grill Mix, Cleudir Costa Contabilidade, Sítio “#NÍGRIA.

“Tal qual os esmoleiros que constroem - sol à sol - a fé, e a festa do protetor-santo preto-Benedito, estas pessoas fazem a cena bragantina arder ainda mais no coração da cidade. Há que reconhecer esta resistência política, econômica, e cultural, ‪#‎CAETEUARA‬”, diz Francisco Weyl.

Não por acaso, este ano, além de premiar filmes, o festival também vai homenagear estes produtores e incentivadores da cultura de Bragança, pessoas físicas ou jurídicas, concedendo-lhes a Comenda Cultural da #REDEFICCA. As homenagens decorrem durante o anúncio dos vencedores do festival (11/12), quando serão conhecidos os filmes premiados nas suas respectivas categorias. 


PROGRAMAÇÃO

DIA 8/12 - TERÇA-FEIRA
19h às 22h > UFPA (ABERTURA)
Composição da Mesa
Apresentação da Comissão de Juris Oficial
Conferência-Relâmpago do escritor Edson Coelho de Oliveira
Perfomance da atriz Rosilene Cordeiro
Projeções de filme ÓRFÃOS DE ELDORADO (Guilherme Coelho)

DIA 9/12 – QUARTA-FEIRA

DIA 9/12, 9h às 12h  > Projeções de filmes para o Juri Popular
SALA DE VÍDEO DO SESI /BRAGANÇA (Documentários)
SALA DE VÍDEO DA ESCOLA RIO CAETÉ (Curtas-Metragens)
AUDITÓRIO DA UFPA – CAMPUS BRAGANÇA (Longas e Médias)

DIA 9/12, 9h às 11h > 
Visitas institucionais dos jurados (PREFEITURA/CÂMARA)

DIA 9/12, 12h às 15h > INTERVALO / Entrevistas dos jurados à comunicação social

DIA 9/12, 15h às 18h  > Projeções de filmes para o Juri Popular
SALA DE VÍDEO DO SESI /BRAGANÇA (Documentários)
SALA DE VÍDEO DA ESCOLA RIO CAETÉ (Curtas-Metragens)
AUDITÓRIO DA UFPA – CAMPUS BRAGANÇA (Longas e Médias)

DIA 9/12, CONJ.JOÃO MOTA II (MINHA CASA MINHA VIDA)
15h às 18h > RODAS DIALÓGICAS >
20h às 22h > PROJEÇÕES COMENTADAS:
O Que Fica (Ficção / 20 minutos / Daniella Saba / São Paulo, 2014)
Eu queria ser arrebatada, amordaçada e nas minhas costas, tatuada (Ficção / 17 minutos / Andy Malafaia / Rio de Janeiro, 2015)
Retrato de Dora (Documentário / 15 minutos / Bruna Callegari / São Paulo, 2014)
O Vôo (Documentário / 11 minutos / Manoela Ziggiatti / São Paulo, 2015)
Janaína Colorida Feito o Céu (Ficção / 15 minutos / Babi Baracho / Rio Grande do Norte, 2014)

DIA 10/12 - QUINTA-FEIRA

DIA 10/12, 9h às 12h  > Projeções de filmes para o Juri Popular 
Sala de vídeos SESI /Bragança (Curtas-Metragens)
Sala de vídeo Escola Rio Caeté (Documentários)
Auditório UFPA – Campus Bragança
(Curtas-Metragens e Documentários)

DIA 10/12, 9h às 11h > Visitas institucionais dos jurados 
(Mirante/Vila Que Era)

DIA 10/12, 12h às 15h > Intervalo / Entrevistas dos jurados à comunicação social

DIA 10/12, 15h às 18h  > Projeções de filmes para o Juri Popular
Sala de vídeos SESI /Bragança (Curtas-Metragens)
Sala de vídeo Escola Rio Caeté  (Documentários)
Auditório UFPA – Campus  Bragança
(Curtas-Metragens e Documentários)

DIA 10/12, Comunidade Quilombola do América
15h às 18h > Rodas dialógicas

DIA 10/12, Vila do Bonifácio (Ajuruteua)
20h às 22h > Projeções comentadas:
O forasteiro (Ficção / 25 minutos / Diogo Cronemberger – Minas Gerais, 2013)
O Time da Croa (Documentário / 26 minutos / Jorane Castro – Pará, 2013)
Mundo Novo (Documentário/ Ficção / 14 minutos / Anderson Legal / Rio Grande do Norte, 2014)
Três vezes Maria ( Ficção / 20 minutos / Márcia Lohss / Rio Grande do Norte, 2014)

DIA 11/12, SEXTA-FEIRA

9h > Visitas institucionais dos jurados  (Cachaçaria Caeté)
10h às 14h > 
Roda de Carimbó na Feira com o percussionista Flávio Gama e convidados  
Almoço (Barraca da Bacana) 

19h às 22h, UFPA (ENCERRAMENTO)
Rodas Dialógicas
Anúncios dos vencedores
Homenagens especiais
Sessão especial da Academia de Letras do Brasil – Seccional Bragança
Show do projeto #ACOISA 

Serviço
FICCA 2015 – Festival Internacional de Cinema do Caeté. Em Bragança (PA), de 8 a 11 de dezembro, com exibições e rodas dialógicas em vários espaços da cidade. Entrada franca.  Mais informações: 91 98134.7719 / 988212419 / 996422018.