30.11.17

Jean-Paul e Edyr Augusto na Aliança Francesa

Jean-Paul está em Belém desde domingo, 26. Na Aliança ele ministra no sábado (2) um atelier de escrita jornalística, mas nesta sexta, 1º, às 19h, participa de uma palestra, junto com o escritor paraense Edyr Augusto, em que os dois vão falar de seus trabalhos, abrindo um diálogo literário sobre obras publicadas na França e no Brasil. Na Aliança Francesa, na Rui Barbosa, 1851. Entrada gratuita.

Com Bossa Nova, não somente descobrimos uma das fases mais rica da música brasileira mas percoremos uma das páginas mais importante da História deste pais. Escrito no forma de um romance, Bossa Nova faz « la part belle » a uma certa forma de « joie de vivre » mas vai mais longe e decripta, pela primeira vez, os motivos que fizeram que esse movimento nasceu com um retorno a democracia e desapareceu com a chegada brutal da ditatura.

Das relações ambíguas entre os políticos de Brasília e de Washington aos artistas esquecidos da Bossa Nova, da bela juventude branca da Avenida Atlantica ao racismo e machismo ambiantes, do passado sulfuroso de Vinicius à personalidade mal conhecida do João Gilberto, do papel pertubador de Aloysio De Oliveira ou do produtor americano Sidney Frey aos bastidores do concerto de Carnegie Hall em 1962, Bossa Nova oferece uma nova leitura desta música, tanto amorosa e apaixonada quanto sem concessão.

Pela primeira vez, entrevistas realizadas pelo próprio autor há mais de trinta anos saíam dos cartões. Até hoje nunca publicadas, sem papo na língua, sem discursos mornos, na contra mão do politicamente correto atual, os criadores da Bossa Nova se abram. Entre eles : Nara Leão, Baden Powell, Ronaldo Bôscoli, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Maria Bethânia, o poeta Afonso Romano De Sant'Ana, Gilda Mattoso, Georges Moustaki, Claude Nougaro, Pierre Barouh, etc. Sem esquecer a entrevista de João Gilberto...

SOBRE O AUTOR - Nascido na comuna francesa de Aix-en-Provence, Delfino cresceu em Berre-l’Étang, em uma família de professores. Três carreiras rodearam a vida do francês. A primeira foi a de jogador de futebol profissional, entretanto, uma lesão no joelho o impediu de seguir jogando para a França. Após isso, tornou-se professor, mas lhe faltou convicção. Em seguida, veio o amor pela escrita, que permanece até os dias de hoje, quando segue como escritor e jornalista.

Em um projeto editorial específico, o francês veio conhecer a bossa nova e acabou entrevistando grandes nomes como Caetano Veloso, Gilberto Gil e Nara Leão. O resultado foi a produção de uma série de livros, “Suite brésilienne” (Editions Métailié/Le Seuil/Le Passage) composta por oito livros que contam, através de romances históricos, as grandes etapas da história do país durante mais de 300 anos. 

O autor publicou também uma antologia da música brasileira com 40 canções, nomeada de “Couleurs Brasil”, a obra acompanhou uma série de 40 emissões sobre todas as frequências da rádio France Bleu na França. Além de mais de 15 livros publicados, o autor escreveu também para televisão e cinema.

Edyr Augusto: escritor da urbanidade amazônica

O estilo marcante, a escrita alucinante e implacável de Edyr já havia chamado a atenção de editoras internacionais, a começar pelo romance Casa de Caba, publicado na Inglaterra com o título Hornets’nest pela Aflame Books, em 2007. O paraense também teve alguns contos traduzidos no Peru, pela editora PetroPeru, e também no México, pela editora Vera Cruz. E dois de seus livros estão sendo adaptados para o cinema. 

Ele é jornalista e escritor paraense, vencedor do prêmio Caméléon. Nascido em Belém, em 1954, inicia sua carreira como dramaturgo no final dos anos 1970. Escritor e diretor de teatro, Edyr trabalhou como radialista, redator publicitário, autor de jingles além de produzir poesia e crônicas. A estreia como romancista se dá em 1998, com a publicação de Os éguas. Quadro desolador da metrópole amazonense, o "thriller regionalista" mergulha no ritmo frenético da decadência e da violência urbana.

Muito apegado à sua região do Pará, Edyr Augusto ancora lá todas as suas narrativas. Em 2001 lança Moscow, seu segundo romance, seguido de Casa de caba, em 2004. Seu mais recente romance é Selva Concreta (2012). Os thrillers escritos por Edyr Augusto são conhecidos por representarem o que há de mais interessante na literatura contemporânea paraense, mas com temas identificáveis em qualquer cenário urbano. 

Sua linguagem é coloquial, típica da região, compondo um retrato perfeito da oralidade local. A temática urbana, com uma trama de suspense que se desenrola por bares, botecos, restaurantes, delegacias, clubes e motéis, ecoa a tradição policialesca noir. É nesse encontro que se configura o estilo singluar da obra de Edyr Augusto.

Em 2013, com a publicação de Os éguas em francês (sob o título Belém), a obra de Edyr ganhou grande destaque na cena literária parisiense. Amplamente aplaudido pela crítica, o romance recebeu, em 2015, o prêmio Camaléon de melhor romance estrangeiro, na Université Jean Moulin. Concorreram com ele Milton Hatoum (Orphelins de l’Eldorado), Adriana Lisboa (Bleu corbeau) e Frei Betto (Hôtel Brasil). 

No mesmo ano, Edyr participou do festival Quais du Polar, em Lyon. O evento é mundialmente conhecido por celebrar o gênero noir na literatura e no cinema e recebeu neste ano cerca de 65 mil visitantes e nomes consagrados como Michael Connelly e Harlan Coben. 

Em 2014, o escritor também participou como convidado e palestrante do festival Étonnants Voyageurs em Saint-Malo, e em 2015, foi convidado a participar do Salão do Livro de Paris. Desde então, seus romances vêm sendo traduzidos para o francês. Em 2014, foi a vez de Moscow (2014) e em 2015, Casa de caba (publicado com o título Nid de vipères).

A Fuga inicia temporada em sua escola de origem

Fotos: Victoria Rapsódia
A peça foi construída a partir de texto da dramaturga e diretora carioca Maria Clara Machado e teve uma bem-recebida pré-estreia no último dia 25 de novembro dentro da "Amostra Aí" do Casarão do Boneco. Agora o grupo segue em temporada na própria escola nos dias 4 e 11 de dezembro, sempre às sete da noite.

O que pode acontecer quando dez adolescentes se unem em um plano para fugir de casa e passar vários dias juntos, como protesto contra atitudes de suas mães e pais? Esse é o enredo de “A Fuga”, novo espetáculo do grupo de teatro Arlequinas e Coringas da Escola Rotary, formado por alunos da Escola Municipal Rotary, no bairro da Condor, em Belém, e dirigido pelo ator e professor da escola Arthur Ribeiro. 

Grupo de teatro que nasceu em meio às aulas de língua portuguesa e apresenta proposta, partindo de referências da literatura e dos jogos teatrais e interagindo com a escola e a comunidade, é montar espetáculos com uma linguagem genuinamente juvenil, que provoque reflexão sobre temas que começam a ser vivenciados pelos jovens, voltando-se assim a um público muitas vezes negligenciado pelas produções artísticas.

Arlequinas e Coringas nasceu a partir da iniciativa do professor e diretor do grupo Arthur Ribeiro, que, em 2015, convidou alunos de três turmas do 6º ano do Ensino Fundamental para participar da montagem de O rock das estrelas, baseado na obra homônima de Carlos Queiroz Telles. 

O espetáculo foi apresentado na escola no final daquele ano, marcando, para muitos dos alunos, a primeira participação em uma peça de teatro. Com o sucesso do trabalho, os ensaios continuaram no ano seguinte, e a segunda temporada foi realizada no mês de maio, com mais duas sessões na escola e uma apresentação no Teatro Waldemar Henrique, contemplada pelo edital Pauta Livre, da Fundação Cultural do Pará.

No início deste mês de novembro de 2017, o diretor Arthur venceu as etapas estadual e regional do Prêmio Professores do Brasil, do Ministério da Educação, sendo classificado para disputar a etapa nacional do mesmo com o projeto intitulado “Festa solidária: leitura, escrita e intervenção na comunidade”.

O reconhecimento desse trabalho de expansão realizado pelo professor se mostra como uma ação fundamental para concretizar novas formas de educação. O fato do grupo ter nascido a partir da continuidade de um projeto que se inciou durante as aulas afirma isso. “Quando eu percebi que estar fazendo teatro aqui com eles era o lugar onde eu podia ter mais liberdade pra ensinar e pra aprender também, eu quis continuar e eles também toparam. Então pra mim continuar com o grupo foi uma questão de sobrevivência dentro da escola”, explica Ribeiro.

Para o diretor, o processo de A Fuga representa uma nova etapa da história do grupo, permitindo que todos, atores e diretor, cresçam e compreendam melhor seus ofícios. “O ano de 2017 marcou a saída de vários membros antigos do grupo e a entrada de novos. Com isso, saímos de nossas zonas de conforto e começamos a nos olhar com mais atenção e profundidade. O espetáculo é um resultado disso, pois a construção dos personagens foi feita considerando a personalidade dos atores que os interpretam”, diz.

Maria Clara Machado e a experiência da livre dramaturgia

Levado para o grupo como sugestão de uma das atrizes, Thais Braga, de 13 anos, que o encontrou num livro didático perdido em sua casa, o texto de A Fuga conta a história de dez meninos e meninas que, na expectativa de que sejam atendidas diversas queixas suas a respeito das mães e pais, fogem de casa e instalam-se em um casarão abandonado. Porém, a falta de planejamento, o medo, o cansaço e doenças vão progressivamente abalando os planos do grupo.

O texto original de A Fuga é um pequeno esquete criado para os alunos d'O Tablado, escola de teatro fundada por Maria Clara em 1951. A montagem do grupo Arlequinas e Coringas da Escola Rotary ousa ao reproduzir o início do texto original e modificar os nós e o desfecho da trama, inserindo novos conflitos e aprofundando a tensão dramática da obra. 

A dinâmica da vida infantil que ecoa no enredo criado por Maria Clara Machado se transforma em uma história com mais nuances, que retrata de forma realista e crítica os fatos vivenciados pelos adolescentes e jovens, desde os conflitos interpessoais e com autoridades e os relacionamentos amorosos até a violência urbana e contra a mulher. O resultado é uma trama com a marca própria do grupo, que, sem cair em argumentos moralistas, permite a reflexão sobre o crescimento, a busca tateante pela maturidade e os acertos e desacertos entre pais e filhos.

Serviço
Espetáculo “A Fuga” do Grupo de Teatro Arlequinas e Coringas da Escola Rotary. Quando: Dias 4 e 11 de dezembro - 19h. Onde: Escola Municipal Rotary - Lauro Malcher, entre Apinagés e Tupinambás – Condor Entrada franca.

(Texto enviado pela assessoria de imprensa do espetáculo)

Feira comemora os 10 anos do Programa Amazônia

Os 10 anos do Programa Amazônia está sendo comemorado com a Feira de Artesanato de empreendedores do Amazônia Florescer, até esta sexta-feira, 1o. Cerâmicas, bolsas, brinquedos de miriti, bordados, tapeçaria, bijuterias artesanais, fantoches e outros. A feira acontece no hall de acesso à agência Belém–Centro.

O Programa de Microcrédito do Banco da Amazônia completa este ano uma década de atuação na Região Norte, beneficiando pequenos e microempreendedores, principalmente os informais. A iniciativa já liberou para a região mais de R$ 470 milhões durante este período. Só para o Pará foram mais de R$ 396 milhões.

Para marcar a data, o Banco promoverá um evento no dia 1º de dezembro, no auditório Rio Amazonas, quando serão homenageados clientes casos de sucesso do programa. Hoje, este tipo de financiamento é oferecido pela Instituição, por meio de uma rede de 15 unidades de microfinanças, que fazem parte da Associação de Apoio à Economia Popular da Amazônia – AMAZONCRED.

De acordo com o gerente de Pessoa Física do Banco da Amazônia, Misael Moreno, o Amazônia Florescer promove a inclusão social, dos que não têm possibilidade de serem atendidos pelo sistema tradicional de crédito. Antes de receber o financiamento, o empreendedor passa por uma série de orientações para saber fazer seu planejamento financeiro, recebe capacitação e aprende boas práticas.

“Para integrar o programa, a pessoa deve formar um grupo solidário de no mínimo quatro empreendedores. Esse grupo recebe o financiamento que deve ser dividido entre seus membros, com acompanhamento por um agente de microfinanças “in loco” do desenvolvimento individual e o do negócio de cada um que recebe o crédito”, explica o gerente.

Com o Amazônia Florescer, a instituição cumpre mais uma vez seu papel de agente de desenvolvimento regional e executor da política do Governo Federal ao crédito para o desenvolvimento econômico social.

Serviço
Feira de Artesanato de empreendedores do Amazônia Florescer. No Edifício-sede do Banco da Amazônia – Av. Presidente Vargas, 800, esquina com Tv. Carlos Gomes - Das 10h às 16h. Até sexta-feira, dia 1º de dezembro.

Péricles Cavalcanti no show Leve e Solto em Belém

Belém recebe pela primeira vez o cantor e compositor Péricles Cavalcanti, cantor, compositor e cineasta brasileiro. É simplesmente hoje, às 19h, no Sesc Boulevard com entrada franca. Amanhã ele bate um papo com a turma, às 16h, na Discosaoleo.

No repertório, clássicos como Negro Amor e Elegia, além de canções como O Príncipe das marés, Mangá e Amazonas II, esta, em parceria com João Donato e Arnaldo Antunes.

Ele completou 70 anos comemorados com grandes shows em sua homenagem, reunindo um repertório de músicas antigas e inéditas. Ao longo dos mais de 42 anos de carreira, o compositor, instrumentista e arranjador Péricles Cavalcanti mergulhou as suas canções em doses de delicadeza e em poços de experimentação. Foi do encanto à surpresa, do apelo emotivo mais direto à profundidade de leituras que se desdobram a cada audição. 

É figura ímpar na história da MPB, gravado por cantores consagrados, Gal Costa,  Caetano Veloso, Adriana Calcanhotto, Cássia Eller, Arnaldo Antunes, e pela nova geração, como Tiê, Céu, Tulipa Ruiz, Mallu Magalhães, Nina Becker, Blubell, Barbara Eugênia, Marietta Vital, Mairah Rocha, Iara Rennó, Anelis Assumpção, Serena Assumpção, Juliana Kehl, Ava Rocha e Juliana Perdigão, além de participar de trilhas de cinema e de teatro, como “A Farra da Terra”, do grupo Asdrúbal Trouxe o Trombone, e do filme “Mil e Uma, de Susana de Moraes. 

Recentemente ele gravou depoimento para o videoarte “Posseidon é cabra, abelha e o movimento dos barcos”, da artista visual Danielle Fonseca, estreitando então os laços com Belém. Aqui, além da apresentação de hoje, o compositor bate um papo com os interessados, na Discosaoleo. 

Serviço
Show Leve & Solto (Voz e Violão),  com Péricles Cavalcanti. Quinta, 30 de novembro, às 19h, no Sesc Boulevard. E bate papo com o cantor e compositor, na Discosaoleo, às 16h, amanhã, 1º de dezembro. Entradas gratuitas.

28.11.17

Circular comemora 4 anos e lança documentário

Ao longo de quatro anos, o projeto Circular Campina Cidade Velha ganhou visibilidade e reconhecimento da população, vem conquistando um olhar mais sensível de alguns setores do poder público e se projetando nacionalmente com reportagens e participação em seminários, palestras e mesas que trazem como temas o patrimônio, a cultura e o turismo criativo. Sim, há motivos para comemorar. O projeto chega a sua 20ª edição neste próximo domingo, 3 de dezembro e hoje lança, às 18h30, no Cine Olympia, o documentário “Experiência Circular - Encontros e Afetos no Centro Histórico de Belém”.

O Circular Campina Cidade Velha iniciou como um projeto piloto, em dezembro de 2013.  Kamara Kó Galeria, Atelier do Porto, Galeria Gotazkaen, Elf Galeria, Espaço Oficina Assim e a Associação Fotoativa abriram suas portas promovendo e estimulando a primeira circulação de público, num circuito de arte. 

Foram três finais de semana seguidos no mês de dezembro, pois inicialmente ainda não se tinha o formato de dois em dois meses, o que surgiu quando estes gestores que também circularam, olharam no entorno e perceberam que para além de galerias e espaços de arte, o Centro Histórico de Belém estava repleto de pequenos restaurantes, bares, coletivos artísticos e residências ateliers, entre outras modalidades culturais de ocupação. 

A ideia ampliou e se tornou um projeto com captação via Lei Rouanet e, já em 2014, surgiu do jeito que o conhecemos hoje, com uma equipe gestora, produção de produtos sustentáveis e investimentos em oficinas, revista e ações dentro da circulação. 

No próximo domingo, 3 de dezembro, chegamos a sua 20ª edição, reunindo mais de 40 espaços parceiros, situados nos bairros de referência histórica da cidade, e que por meio de ações e investimentos próprios, trazem, anualmente ao centro histórico de Belém, cerca de 22 mil pessoas.

Campina, Reduto e Cidade Velha. Os bairros que guardam nossa memória, nossa história e se mantém vivo pela ocupação feita pelas pessoas, precisam de maior infra estrutura, é visível o nível de abandono. Há ruas e calçadas em ruínas, e segurança duvidosa, pois segurança pública não se media apenas pela ação da polícia. Então ainda falta muito para chegarmos ao centro histórico que queremos, enquanto cidadãos que fazem sua parte e contribuem com o poder público, mas há esperança. E é isso que vai mostrar o documentário “Experiência Circular - Encontros e Afetos no Centro Histórico de Belém”.

Um recorte de quase 20 edições que respiraram afeto

Realizado pelo Circular Campina Cidade Velha em parceria com a Macieira Filmes, com direção de Mário Costa, o doc faz um recorte das circulações domingueiras do projeto e de suas dimensões de afeto, pertencimento, patrimônio e empreendedorismo econômico, social, criativo e turístico pulsantes nos bairros da Campina, Cidade Velha e Reduto. 

O filme resulta dos registros captados ao longo de várias edições a partir do final de 2015, e nas coberturas de edições em 2016 e 2017, complementados com imagens e entrevistas cedidas pela TV Cultura do Pará e Aruana Filmes, também parceiros do Circular. 

“Esse documentário é como se fosse uma prestação de contas do que tem sido realizado no decorrer desse tempo. Às vésperas de mais uma edição, essa é mais uma forma que temos para celebrar nossas parcerias e também dizer mais uma vez que o centro histórico precisa e deve ser olhado com carinho, ganhar mais infraestrutura para que melhor possamos circular e gerar renda, economia criativa e cultura, numa área tão bonita e representativa da cidade”, diz Makiko Akao, coordenadora do Circular.

A força do coletivo e do talento de muitos

A soma de esforços e alegrias, desejos e reflexões sobre os potenciais do centro histórico de Belém, que é a essência do Circular, é reforçada no documentário pelos depoimentos de fazedores de cultura, gestores de espaços culturais parceiros, empreendedores criativos, moradores e turistas, que participam dos domingos de circulação.

São importantes todas as colaborações, pois somos uma soma. O público que prestigia as circulações não só aos domingos, e que tem compreendido a mensagem de ocupação dos espaços públicos e de preservação do patrimônio histórico e cultural dos bairros Reduto, Campina e Cidade Velha, sendo uma iniciativa de estímulo à cultura e economia criativa no centro histórico, o empresariado que ainda está um tanto adormecido, mas que vem, como o próprio poder público, aos poucos, compreendendo que precisa estar junto para promover real cidadania. Um tripé! É essa união pela cidade e pelas pessoas que dá sentido a tudo isso.

O documentário que será lançado hoje no Cinema Olympia traz um pequeno recorte desses quatro anos de amor e dedicação. Estava previsto ainda o lançamento da terceira edição da Revista Circular em formato físico, com apoio recebido do Sistema Fiepa, mas  foi adiado por problemas técnicos que não permitiram que  a mesma fosse entregue em tempo hábil, mas uma nova data já está sendo articulada.

A revista é mais uma voz ativa do centro histórico de Belém e de todos que fazem desta área um território artístico, cultural, turístico e econômico em potencial. Quem quiser ler a Revista, é só acessar em plataforma digital no https://issuu.com/projetocircular/, seu formato original e onde também estão mais duas edições lançadas em 2016.

Uma realização coletiva, mediada pela Kamara Kó Fotografia e Ministério da Cultura, com apoio da Lei Rouanet, o Circular teve patrocínio do Banco da Amazônia, da 6ª a 19ª edição, via Governo Federal.

Há ainda colaboração de Milton Kanashiro, Esther Benchimol, Tatiana Sá, Jorane Castro e Elna Trindade, por meio de Doação de Pessoa Física da Lei Rouanet. E copatrocínio da Cultura – Rede de Comunicação, e apoio institucional do Iphan, Setur - Secretaria de Turismo do Estado do Pará, Imprensa Oficial do Estado – IOE-PA e UFPA, por meio das Faculdades de Turismo e Geografia e NAEA.

O Circular
Revista Circular - https://issuu.com/projetocircular/docs/revista_circular_2
Facebook: ocircular /
Instagram: @circularcampinacidadevelha
Twitter: @circularbelem
Aplicativo: Circular Mobile no Googleplay
E-mail: circular.comunica@gmail.com 

Serviço
Lançamento do documentário “Experiência Circular”. Na terça-feira, 28 de novembro, no Cine Olympia, às 18h30, com entrada gratuita. Livre. Apoio: Lei Rouanet, Ministério da Cultura, Fumbel e Rede de Parceiros Circular.

27.11.17

Café Filosófico discute obra de Haroldo Maranhão

A linguagem nua e crua do escritor paraense Haroldo Maranhão é tema do Café Filosófico de novembro da Casa do Fauno. A programação “Haroldo, cínico e transgressor” traz como convidado o Professor Doutor Ernani Chaves, que investiga como as narrativas do autor representam, por meio da arte, uma atitude transgressora, entendida como crítica aos valores burgueses e ao conservadorismo. O evento será no dia 30 de novembro, às 19h, na Casa do Fauno. Entrada franca.

Trabalhando a ligação entre o estético, o ético e o político nas transgressões do corpo, Ernani Chaves emprega o termo cinismo a partir do conceito adotado pela escola filosófica grega, de contestação das normas e valores dominantes por meio de gestos e atitudes considerados escandalosos e transgressivos. 

“Os cínicos, com isso, radicalizavam a crítica das convenções e aparências sociais, lembrando que somos, acima de tudo, um corpo atravessado por impulsos e intensidades. Michel Foucault, no seu estudo sobre o cinismo, procura mostrar que a atitude cínica se faz presente, de formas diferentes, em todas as épocas da história. Na nossa época, essa atitude é representada, principalmente, pela arte”, explica. É nessa perspectiva que está inserida a obra Haroldo Maranhão. O elemento sexual, corpóreo das narrativas do escritor retomam esse gesto cínico de crítica às convenções. 

“O cinismo vai de par com a transgressão. Nessa perspectiva, as narrativas de ‘Jogos Infantis’ são exemplares, seja no uso de uma linguagem direta, sem rodeios, que pode parecer chula e pornográfica, assim como pelo tipo de narrativa, destacando aquela na qual o menino, ainda criança, narra o coito dos pais, seja a emblemática história contada na narrativa homoerótica ou ainda a do campeonato de masturbação. Sua obra constitui, no momento em que vivemos, um libelo contra a regressão moralista que invade o Brasil”, completa Ernani Chaves.

Doutor em Filosofia pela Universidade de São Paulo (1993), Ernani é Professor Titular da Faculdade de Filosofia da Universidade Federal do Pará, tem experiência no estudo de Michel Foucault e no âmbito da Filosofia da Psicanálise. Ele orienta trabalhos relativos à estética, ética e filosofia política nos pensamentos de Nietzsche, Freud, Walter Benjamin, Adorno e Foucault.

Prosador brasileiro (1927-2004), Haroldo foi jornalista e advogado que nasceu em Belém do Pará. Estreou com A estranha xícara (1968), ao qual se seguiram romances e volumes de contos como Voo de Galinha (1980), A Morte de Haroldo Maranhão (1981), O Tetraneto Del Rey (1982), A Porta Mágica (1986), Rio de Raivas (1987), Cabelos no Coração (1990) e Memorial do Fim (1991), entre outros. Nos anos 50, fundou a Livraria Dom Quixote, que se tornou ponto de encontro de intelectuais paraenses, como Benedito Nunes, Mário Faustino e Max Martins. 

Serviço
Casa do Fauno apresenta: Café Filosófico “Haroldo, cínico e transgressor”.Dia 30 de novembro, às 19h, na Casa do Fauno (Rua Aristides Lobo, 1061, entre Benjamin Constant e Rui Barbosa). Entrada franca. Informações: 99808-2322.

25.11.17

Resistência e tradição da cultura negra no cinema

O blog destaca na próxima semana a Mostra de Cinema NEGRO FICCA, que reúne 10 filmes nacionais e estrangeiros, de autores negros e de temáticas a partir da arte e da resistência negra, com sessões abertas ao público e com participação e comentários dos realizadores André dos Santos, Danilo Gustavo Asp, FranciscoWeyl, e Hilton P. Silva. Parceria da Casa África-Brasil com o Festival Internacional de Cinema do Caeté, sob a curadoria de Francisco Weyl e Hilton P. Silva, a mostra será realizada nos dias 29 e 30 de novembro, às 16h, na Sala de Leitura do Laboratório de Antropologia Arthur Napoleão Figueiredo (anexo ao Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH/UFPA), em Belém. 

Por Francisco Weyl

Há mais relações entre Brasil e África do que possa imaginar a nossa vã filosofia. Nas fronteiras entre estes dois “mundos”, observamos diversos e complexos processos, e fenômenos.  Desde a Irmandade dos Homens Pretos da Ribeira Grande da Ilha de Santiago (Cabo Verde) até a Irmandade de São Benedito (Bragança). Desde os “rabelados” cabo-verdianos aos povos remanescentes de quilombos amazônidas e paraoaras-caeteuaras.
  
Desde a ascensão até a queda da política de expansão pombalina em África e Brasil. Desde a fundação da Companhia do Grão Pará e Maranhão (1755) até a “Viradeira” (1778).
Com o desaparecimento da documentação brasileira da Companhia, entretanto, perderam-se informações de fins do século XVIII e início do século XIX.

Mas ninguém duvida que a mão-de-obra, o conhecimento, e a cultura negra, tiveram importância e influenciaram no desenvolvimento da economia na Região Amazônica. 
A história da escravidão no Pará, de acordo Vicente Sales (2005), tem a marca da resistência de negros e índios pela liberdade, por meio da fuga, da construção dos quilombos e da participação na Cabanagem. Os escravos trabalhavam em atividades agrícolas, e extrativistas, em trabalhos domésticos, nas cozinhas, e nas construções urbanas.  

Lançamento, dia 29.11
O Pará tem mais de 400 comunidades tradicionais quilombolas.  Cerca de 70 delas se localizam no vale do rio Tocantins, mas, apenas 11 comunidades estão legalmente tituladas. Muitos negros subiram os rios e se deslocaram para esta Região, que tem cerca de 60% da população autodeclarada negra.O fato revela o (auto)reconhecimento da ascendência africana no sangue, na língua, e na cultura da Região Baixo-Tocantins, Nordeste paraense.

A pesca do camarão, a caça de animais, e atividades de agricultura familiar (principalmente a produção da mandioca), constituem a base de sobrevivência nessas Comunidades. E hoje sua identidade étnico-cultural se encontra ameaçada, sobretudo pela migração de jovens e pelo envelhecimento dos adultos que ali permanecem, muitas vezes isolados.Consequentemente, há perda gradativa das manifestações culturais, danças e ritmos, mais característicos dessas comunidades”.  

N E G R O - F I C C A
P R O G R A M A

Quarta-Feira, 29 de Novembro

Equidade Racial
(Danilo Gustavo Asp – PA, 33 Min / Prêmio Júri Popular - FICCA 2016)
Documentário, realizado pela Co.InsPirAcão AmAzônic@ Filmes é o registro fílmico de ações pedagógicas de formação itinerantes desenvolvidas nas comunidade do Cigano, Torres, e Jurussaca - pela Coordenação para Igualdade Racial Quilombola da Secretaria Municipal de Educação de Tracuateua/PA.

Feli(Z)cidade 
(Clementino Júnior, RJ - 12 Min / Melhor Documentário - FICCA 2015)
A felicidade na perspectiva de 9 moradores e trabalhadores no Complexo da Maré durante o processo de Ocupação do Exército e a troca para a polícia. 

Conflitos e Abismos 
(Everlane Morais, SE - 15 Min / Melhor Curta-Metragem - FICCA 2014)
Resgate da trajetória artística de um artista sergipano, a estética de seu trabalho, e a sua concepção de universo artístico. A escolha da obra desse artista se dá exclusivamente por conta do tema ao qual o artista se detém: a expressão da condição do homem e pelo modo como seu trabalho se compõe em termos estéticos. 

Gapuiando - Identidades e saberes do Rio-Mar de Abaeté (Lançamento)
(Francisco Weyl - PA - 26 Min )
Na cidade dos homens fortes e valentes de Abaeté, a vida humana é atravessada pelas águas. E o rio signo cultural dissemina e exerce uma prática social. No trabalho, no lazer, no movimento das embarcações e de seus rios, furos e igarapés, pela sua estética e encantamento, neste ir e vir das gentes, o rio-mar de Abaetetuba, expressa beleza, fronteira, território, e saberes dos povos das águas.

Samba de Cacete: Alvorada Quilombola
(André dos Santos e Artur Arias Dutra – PA, 26 Min, 2016)
O Samba de Cacete é uma manifestação cultural ainda preservada em comunidades quilombolas do baixo rio Tocantins, Amazônia paraense, que envolve música, canto e dança com elementos dos batuques afrobrasileiros. O documentário, selecionado para o Festival de Cannes, França, em 2017, registra essa manifestação cultural quase desconhecida no Brasil, na comunidade quilombola chamada de Igarapé Preto, no município de Oeiras, região nordeste do estado do Pará.

Quinta-Feira, 30 de Novembro

Caboverdeanamente 
(João Sodré -  Moçambique / Portugal - 50 Min) 
Lundu. Do coração de África para o Mundo, uma forma musical transforma-se no contacto com outras culturas. Da sua miscigenação nascem o Fado e o Samba e a música do planeta começa a tornar-se global. Lundu. Música, dança, semente cultural que brotou das mãos dos escravos oriundos de África, passando por Cabo Verde, e vindo a disseminar no Brasil e Portugal, está é a sua história. Através de um conjunto de relatos de músicos, concertos e viagens até ao berço da humanidade, percorremos a história desta dança que é um estilo de vida, esta melodia que é um ritual, uma cultura.

Guiné-Bissau, colorido de ritmos e movimentos 
(Hilton P. Silva - PA -  8,5 Min)
Uma abordagem na linha do “docuficção” com uma perspectiva etnovisual, antropológica e arrojada sobre movimento, dança, ritmo e cultura na Guiné-Bissau, pequeno país lusófono da África Ocidental, a partir de imagens colhidas em tempos diferentes, por diversos atores sociais, e interpretadas por olhares artísticos-estéticos-criativos, que envolvem a produção realizada por novos talentos regionais e a colaboração de guineenses que vivem na Amazônia. 

Guiné-Bissau - A esperança dos foliões 
(Júlio Silvão Tavares - Cabo Verde - 20 Min)
O Carnaval é a mais emblemática manifestação étnico-cultural da Guiné-Bissau, símbolo de unidade deste povo martirizado pela instabilidade política, social, paz e desenvolvimento. Os foliões eufóricos e desbundados marcham pela paz e assim animam, contagiam, fascinam e seduzem. É o povo a manifestar o que lhe vem na alma, a sua alegria e tristeza, a mostrar a sua força e apelando ao resgate dos valores sublimes que outrora serviram de protesto contra tanto derrame de sangue e de suor na gesta da luta pela libertação, independência e construção da Pátria amada.

Coeur cosmic comes toutes les femme 
(Misá, Cabo Verde - 10 Min)
Misá e o projeto do sexto continente se envolveu desde 1996 a realizar duas aldeias criativas com residências artísticas, é uma grande escada evolutiva na sua diversidade de consciência tanto nível Nacional como Internacional, seu objetivo é "Semear o mais belo de cada ser humano para uma humanização em harmonia com a paz alegria e Liberdade".

Terra, Terra 
(Paola Zerman, Cabo Verde - 37 Min)
Documentário musical dirigido por Paola Zerman em colaboração com a diretora, a jornalista Albertina Rodrigues, e a "Casa da Música" Ocean Cafe. Através das vozes de Ulisses, Sílvia Medina, Nazálio Fortes, Ettore Ferro e muitos outros, o filme mostra a cultura e a identidade artística da Ilha do Sal (Cabo Verde).

24.11.17

A Outra Irmã estreia com temporada na Casa Cuíra

A peça faz a primeira apresentação nesta sexta (24) e segue em temporada deste final de semana até 17 de dezembro, sempre às 21h de sextas, sábados e domingos. Ingresso: R$ 30,00 e R$ 15,00 (meia).

Temáticas urbanas, de família e influências do cinema Americanos dos anos 40, mais exatamente o cinema noir.  Saulo Sisnando escreve sobre o que gosta, trazendo temas que fazem parte de seu universo. Talvez esteja aí o segredo do sucesso de público em suas peças. 

Em “A Outra Irmã”, a motivação, porém, veio de outra paixão, Agatha Christie em “O Caso dos Dez Negrinhos (E não sobrou um)”. Misturando terror, mistério e comédia e trazendo grande elenco, o mais novo espetáculo do dramaturgo Saulo Sisnando estreia no novo espaço do grupo Cuíra, reafirmando uma parceria antiga. 

No enredo, a famosa escritora de livros de terror Elizabeth Wilcox vive em uma mansão praiana, onde vive escondida de todos. Em um final de semana, porém, ela resolve receber como convidados, atrizes, jornalistas e playboys, tendo, para cada um deles, um propósito bem diferente, naquele “weekend”.  

O elenco mistura novos atores e estrelas do teatro paraense, como Olinda Charone, Zê Charone, Leoci Medeiros, Leonardo Moraes, além da participação muito especial de Sônia Alão, Pauli Banhos e Flávio Ramos. A plateia também funciona como convidada. Há mistério suficiente, humor sutil e sustos durante os 70 minutos do espetáculo, com revelações surpreendentes até o último momento.

Parceria vem desde os tempos do Teatro Cuíra 

A parceria com o Cuíra já existia informalmente, desde os áureos tempos em que funcionou o Teatro do grupo, na Rua Riachuelo. 

“Olha, se não existisse o Cuíra na Riachuelo, acho até que não existiria o Teatro de Apartamento, sério! A Zê me mostrou a casa, me falou de uma idéia e achei que era momento de voltar a parceria, uma vontade mútua de estar juntos. Uma parceria de amizade. É isso que faz o Teatro”, diz o autor.

O Teatro Cuíra fez e ficou na história. Hoje, o grupo tem como espaço uma casa antiga no bairro da Cidade Velha. Já apresentou espetáculo próprio, recebeu o Grupo Gruta de Teatro e agora “A Outra Irmã”, do grupo Teatro de Apartamento, experimentando utilizar vários compartimentos da casa, que é também residência da atriz Zê Charone e do escritor e dramaturgo Edyr Proença. 

“Havia essa ideia do mistério e conversei com o Saulo. Uma noite, na Livraria da Fox, ele veio e me disse que estava tudo pronto. Como atriz, é maravilhoso contracenar com minha irmã, além dos jovens Leonardo e Leoci. E não tem essa de respeito e reconhecimento. O bom do Teatro é trocar experiências, participar do jogo, aprender, ensinar e formar o que chamamos de ‘família”’, diz Zê Charone.

O também diretor do espetáculo comenta que sempre sonhou em dirigir Olinda e a Zê Charone, atrizes reconhecidas e que já fizeram textos de grandes autores, como autores como Shakespeare e foram dirigidas por diretores como Cacá Carvalho. 

“Agora, comigo, elas participam de uma cena mais cinematográfica, talvez, mais rápida. Gosto de misturar gente. Acho que assim, com a troca, aprendo também e digo aos atores mais jovens para desfrutar do privilégio de atuar com essas atrizes. E eles, os mais jovens, trazem sua juventude, sem frescor para todos nós”, finaliza Sisnando.

Ficha Técnica
Dramaturgia e Direção  – Saulo Sisnando
Criação de Luz- Patrícia Gondim
Consultoria de Figurino – Grazi Ribeiro
Visagismo – Dani Cascaes
Direção de Arte/ Cenografia – Patrícia Gondim
Filmagens – Alexandre Baena
Operação de Luz – Maria Luiza Marilac
Operação de Vídeo – Gisele Guedes
Produção e Realização – Teatro de Apartamento e Casa Cuíra

Elenco
Olinda Charone
Zê Charone
Leonardo Moraes
Leoci Medeiros
Sônia Alão
Pauli Banhos
Flávio Ramos

Serviço
Temporada de “A outra Irmã”, de Saulo Sisnando e Grupo Teatro de Apartamento. De 24 de novembro a 17 de dezembro, às 21h - sextas, sábados e domingos, na Casa Cuíra - Dr. Malcher 287, entre Capitão Pedro Albuquerque e Joaquim Távora - Cidade Velha.  Ingressos: R$ 30,00 inteira R$ 15,00 meia - 30 lugares.

Black Soul Samba faz a festa no Coisas de Negro

Perto de completar 8 anos, a Black Soul Samba, tradicional evento musical da cidade, vai ao bairro/distrito de Icoaraci, na antevéspera das comemorações do seu Círio de Nazaré, para levar a musicalidade que já embalou quase 300 edições em Belém. Nesta sexta-feira, 24, às 21h, no Espaço Coisas de Negro.

A primeira edição noturna da tradicional festa Black Soul Samba no Distrito de Icoaraci marca o retorno aos palcos do grupo “Mundé Qultural” e  destaca uma das primeiras participações na cena cultural paraense do coletivo feminino de Dj's As Mangueirosas. 

O "Mundé Qultural” foi criado em Icoaraci, no Coisas de Negro, reduto tradicional de rodas de carimbó. O grupo volta a cena musical quase 05 anos após seu último show, com um Mix super dançante de Lundum, carimbo,  samba-de-cacete, retumbão e influências também de Rock e MPB.

Fernando Wanzeler, da BSS
De acordo com Clever dos Santos, um dos fundadores do Mundé, a harmonização do grupo é conduzida por cordas: como a guitarra, guitarra baiana (pau – elétrico) e baixo elétrico, o que “possibilita ao ouvinte uma sonoridade única de guitarra, mais baixo, mais bateria, mais vozes”, explica. 

As letras autorais do Mundé, segundo ele, “possuem um poder imagético as quais traduzem atmosferas ambientais de mata e personagens da vida real - não alheios - ao nosso mundo como postais vivos do cotidiano caboclo, ribeirinho, suas crenças, suas lendas, seus costumes, suas tecnologias”.

A noite ganha participação das Dj´s Mangueirosas, formada por Carol Ananindeusa, Adriene Moraes e Ana Flor, que destacarão músicas de intérpretes e cantoras de destaque no cenário musical nacional e internacional, tudo com muito charme e bom gosto.

E também tem participação dos Dj´s da BSS: Eddie Pereira, Fernando Wanzeler, Uirá Seidl e Kauê Almeida, trazendo em seus set´s, clássicos e lançamentos da música Black brasileira e universal. 

Serviço
Black Soul Samba, com Mundé Cultural e Coletivo Mangueirosas. Nesta sexta-feira, 24, no Espaço Coisas de Negro – Trav. Lopo de Castro 1082, a partir de 21h. Ingresso R$ 10 até meia noite. Inf.: 91-98362-1793.

23.11.17

Três contos e um espetáculo no Casarão do Boneco

Casarão do Boneco mantém tradição e apresenta neste sábado, 25, mais uma edição do Amostra Aí, uma programação para crianças e adultos curtirem juntos. Vai ter apresentação de três contações de histórias e um espetáculo do grupo da Escola Municipal Rotary. A entrada é Pague Quanto Puder e você ainda tem acesso à lojinha de produtos culturais paraenses e comidinhas saudáveis.

A programação acontece mensalmente no Casarão do Boneco, sempre no último sábado de cada mês, oportunizando diferentes artistas de apresentarem e o público de prestigiar tanto integrantes do coletivo quanto parceiros que colaboram com essa ação. Nesta edição estão “A história da grande Mestra Yama” (Cia. Sorteio de Contos), “O apartamento da mangueira” (Paulo R. Nascimento), “O círculo do destino” (Dirigível Coletivo de Teatro) e o Espetáculo A fuga (Grupo de Teatro Alerquinas e Coringas da Escola Rotary).
  
A História da grande mestra Yama pertence à trilogia de espetáculos da Cia Sorteio de Contos, habitante do casarão, que em breve estreará um novo espetáculo, o Baralho Oriental, aguardem. A apresentação deste sábado surge a partir da pesquisa de histórias das regiões dos imigrantes orientais que aportaram no Estado do Pará. Foram escolhidos três países: Arábia Saudita, Japão e Líbano e seus contos populares. A direção é de Paulo Ricardo Nascimento, cenário de Maurício Franco, Iluminação de Thiago Ferradaes, Figurino Nanan Falcão.

O círculo do destino é uma contação de história de dois “buscadores da verdade” que encontram os ensinamentos na bela história encantada da ave Garuda e um lindo passarinho em uma grande aventura para fugir do Deus da morte. Uma de livre adaptação de um texto do livro O círculo do destino, contada por Ana Marceliano e Armando de Mendonça, atores integrante do Dirigível Coletivo de Teatro, sob direção de Paulo Ricardo Nascimento.

O espetáculo “A Fuga”, do Grupo de Teatro Alerquinas e Coringas da Escola Rotary, com direção do ator e professor Arthur Ribeiro, tem sua pré-estreia no Casarão do Boneco. Construída a partir de texto da dramaturga e diretora carioca Maria Clara Machado, o espetáculo foi levado para o grupo como sugestão de uma das atrizes, Thais Braga, de 13 anos, que o encontrou num livro didático perdido em sua casa, o texto.

“A Fuga” conta a história de dez meninos e meninas que, na expectativa de que sejam atendidas diversas queixas suas a respeito das mães e pais, fogem de casa e instalam-se em um casarão abandonado. Porém, a falta de planejamento, o medo, o cansaço e doenças vão progressivamente abalando os planos do grupo.

O texto original é um pequeno esquete criado para os alunos d'O Tablado, escola de teatro fundada por Maria Clara em 1951. A montagem do grupo Arlequinas e Coringas da Escola Rotary reproduz o início do texto original e ousa a modificar os nós e o desfecho da trama. Foram inseridos novos conflitos e aprofundando a tensão dramática da obra. A dinâmica da vida infantil que ecoa no enredo criado por Maria Clara Machado se transforma em uma história com mais nuances, que retrata de forma realista e crítica os fatos vivenciados pelos adolescentes e jovens.

Estão presentes, desde os conflitos interpessoais e de autoridade, os relacionamentos amorosos e até a violência urbana e contra a mulher. O resultado é uma trama com a marca própria do grupo, que, sem cair em argumentos moralistas, permite a reflexão sobre o crescimento, a busca tateante pela maturidade e os acertos e desacertos entre pais e filhos.

A direção e dramaturgia é de Arthur Ribeiro, cenografia e luz de Wallace Horst, assessoria de comunicação de Dani Franco, elenco formado por Aldo Marlison, Andrew Lobo, Beatriz Moreira, Elder Barros, Gabrielly Lorrany, Joel Souza, Kamilly Pantoja, Nathalya Oliveira, Thais Braga e Wendel Moraes, alunos da Escola Municipal Rotary, no bairro da Condor, em Belém.

O Casarão do Boneco

O Casarão do Boneco, espaço cultural autogestionado, busca valorizar o teatro como linguagem que produz e atua na cidade de Belém, com espaço para grupos, oficinas e se mantendo através de projetos como o “Amostra Aí”, acessível com a política Pague o Quanto Puder.


Serviço
Casarão do Boneco abre neste sábado, 25, às 19h, com as contações de histórias: A história da grande Mestra Yama (Cia. Sorteio de Contos); O apartamento da mangueira (Paulo R. Nascimento) e O círculo do destino (Dirigível Coletivo de Teatro). A programação encerra com o espetáculo “A Fuga”, do Grupo de Teatro Alerquinas e Coringas da Escola Rotary. Pague o quanto puder. Av. 16 de Novembro - 815, entre Veiga Cabral e Praça Amazonas). Contatos: 989498021/ (91)32418981/ salvecasarao@inbust.com.br/

Cantora faz show à francesa Na Casa do Artista

Elsa Scapicchi chegou semana passada em Belém e seguiu para Boa Vista (RR), onde se apresentou com Victor Piaini e Sérgio Barros, no IBVM Jazz Festival. Viagem rápida e ela já está de volta e se apresenta, nesta quinta-feira, 23, às 20h, Na Casa do Artista, em Icoaraci. A cantora será acompanhada pelo músico percussionista Carlos Canhão. E a noite ainda terá participação especial de Nazaré Pereira. Ingresso R$ 20,00 -  28 lugares. Mais informações: 91 998891.3224.

Falando pouco português e inglês, ela se comunica por meio de sua música e língua espanhola. Assim, Elsa divide com o público a experiência de viajar pelo mundo fazendo música. "Já passei por lugares incríveis, levando e conhecendo música, uma grande oportunidade para um artista", diz.

Para a artista, poder levar a sua música para outro continente e de outra cultura é um sonho realizado. Segundo ela, a música, principalmente a brasileira é uma das suas grandes influências desde a infância. "Queria aprender a tocar piano, mas era muito caro, juntei uma grana ainda criança e investi no violão. Hoje eu gosto dessa troca musical, a minha cultura com a cultura musical brasileira que tem grandes interpretes" explicou.

Elsa Scapicchi e Carlos Canhão
Elsa Scapicchi comprou sua guitarra aos 13 anos e mergulha na música como autodidata até 25 anos. A partir daí aprende harmonia e improvisação de jazz, integrando "Big band of Camargue" e se apresentando em diversos projetos artísticos.

Fez o show "Les Bells”, com o Grupo 3sunny Blues, criação da Associação Jazz au Soleil. Em seguida ainda formou a “Dinastia do Biquíni” e o Duo Elzasa. Durante três anos, passou pela formação musical no IMFP (Musical Training Institute of Salon), cantando e tocando violão, além de fazer teatro e participar do grupo vocal e percussão.

Atualmente, a cantora toca e canta na Big Band da Petite Camargue, realiza trabalho sobre a história do Jazz "A máquina para voltar ao jazz", com Patrick Pellet; é professora freelancer na Chorus School, ensina canto, guitarra e jazz. A partir da improvisação vocal, ela realiza o projeto "Jazzy de despertar musical", em que trabalha com crianças e adultos com deficiência, em ambientes psiquiátricos. Criou também o show "Donza the little crocodile", com um grupo de adultos com deficiência.

Programação Na Casa do Artista segue até 2018

Elsa com Werne Souza e Canhão, após o ensaio da tarde
Aberta desde 4 de novembro, a programação trimestral do espaço cultural Na Casa do Artista, em Icoaraci, segue até janeiro de 2018. Ainda nesta semana, no sábado, 25, o encerramento da exposição individual "Sobre Voos", de Sinval Santos, conta com sarau reunindo o Grupo de Carimbó Cobra Venenosa e os poetas Apolo da Caratateua, Jorge André, Norma Teixeira, Reginaldo Cesar e Vitor Gabriel + Lançamento do Livro “Poema Pássaro e outros versos migratórios”, de Clei Souza. Na Casa da Artista, em Icoaraci.

PROGRAMAÇÃO TEMPORADA NA CASA DO ARTISTA

Exposições até 25/11
Faeli Moraes no Projeto Sacolagem
Lucia Gomes no Foto Sima
Sinval Santos – Sobre Voos Na Casa do Artista
Werne Souza – Acervo Na Casa do Artista

Quinta-feira, 23/11, às 19h 
Show com a cantora Francesa Elsa Scapicchi  (Ingressos 20,00 – 28 lugares)

Sábado, 25/11, às 19h
Sarau Sobre Voos com participação do Cobra Venenosa, Apolo da Caratateua, Jorge André, Norma Teixeira, Reginaldo Cesar e Vitor Gabriel + Lançamento do Livro “Poema Pássaro e outros versos migratórios” de Clei Souza.

Sexta, 01/12, às 19h
Roda de Conversa: Saberes, identidade, tecnologias na produção 
de Cerâmica em Iocaraci

Sábado, 02/12, às 19h
Lançamento do Livro “Amazônia, Cultura e Cena Política no Brasil”
Abertura da exposição “Operárias” de Werne Souza - Coquetel: Sabores e Saberes.

Sábado, 09/12, às 21h
Show “Sem Chumbo nos Pés” do músico paraibano Naldinho Freire (Ingresso 20,00 - 28 lugares) + Exposição “Operárias”.

Sábado, 13/01/2018, às 19h
Abertura da exposição “Retratos” de Feli Moraes no Quarto de Convidados
Peça Teatral: Amor é um Sentimento - Dir. Maurício Franco. Elenco: Maridete Daibes e Jorge Cunha (ingresso 10,00 – 28 lugares).

De sexta a domingo - 19, 20, 21/01/18
Oficina e encontro de Contação de Histórias com Ymaraz Almeida Maiores (RJ). informações no período do evento.

Anote: O Espaço Na Casa do Artista fica na Rua Júlio Maria, n. 67, próximo à orla. Confira os detalhes até 2018, a seguir. Outras informações, pelo fone 91 98891.3224.

21.11.17

Villa Lobos com homenagem na Semana do Músico

A programação de abertura é hoje (21),  no Teatro Margarida Schivazappa – Centur, a partir das 19h, com apresentação do Madrigal e Banda da Uepa, seguindo até sexta, 24, com o concerto da Banda Sinfônica da Escola Lauro Sodré, regida por Silas Borges

A Semana do Músico 2017 traz como tema central “Villa Lobos 130 anos”,  referência ao grande compositor brasileiro. Na ocasião, o maestro João Bôsco Silva Castro será homenageado pela instituição por sua grande influência em corais.

Durante os dias do evento haverá palestras, mesas redondas, comunicações orais, na Sala de Recitais e apresentações culturais no Espaço de Convivência do Centro de Ciências Sociais e Educação (CCSE). Nos dias 22 e 23 ocorrerá sessões de cinema com filmes do compositor Villa Lobos, no 2º andar do Bloco 3 do Centro.

Além das atividades relacionadas à Semana, no dia 21, terça-feira, será inaugurado o Laboratório de Apreciação Doutor José Luiz Araújo Mindello. Direcionado ao curso de Licenciatura em Música, o espaço foi idealizado com o acervo doado pelo médico que levou o nome do local. 

Grande apreciador da música, José Luiz faleceu em 2010 e sua família realizou a doação de vários discos de vinil, fitas, partituras, que serviram para a criação do ambiente, organizado por Lívia Negrão, professora da Uepa e responsável pela coordenação dos laboratórios.

“O laboratório será mais um espaço que vai acrescentar no aprendizado dos alunos. Ele foi feito mediante a doação de acervo do meu grande amigo José Luiz. No espaço montamos os discos de vinil, conseguimos uma vitrola e tudo poderá ser usado pelos alunos, materiais que são raros, de música erudita e diversificadas”, contou Eliane Cutrim, coordenadora do curso de Música.

Os interessados em participar da Semana podem se inscrever na coordenação de música, ou na hora do evento. A programação de abertura do dia 21, no Centur, tem entrada franca, mas quem desejar pode levar 1kg de alimento não perecível para a campanha de arrecadação direcionada à creche Cordeirinho de Deus.

Para conferir a programação completa, clique aqui.

(Com informações da assessoria de imprensa. Fotos: Nailana Thiely)

19.11.17

“Sobre Voos” de Sinval Santos Na Casa do Artista

A exposição individual de Sinval Santos vai se despedindo do público no sábado, 25 de novembro, a partir das 19h, com um sarau trazendo participação do Grupo Cobra Venenosa e dos poetas Apolo da Caratateua, Jorge André, Norma Teixeira, Reginaldo Cesar e Vitor Gabriel + Lançamento do Livro “Poema Pássaro e outros versos migratórios”, de Clei Souza. Na Casa da Artista, em Icoaraci.

As obras em estilo surrealista de tendencia minimalista, como explica o artista, trazem figuras de aves se metamorfoseando em humanos, um estilo que ele começou desenvolver nos anos 1990, quando passou a abordar temas regionais e depois começou a mesclar a figura de aves com pessoas.

O vernissage de Sobre Voos abriu, no dia 4 de novembro, a programação trimestral do espaço cultural Na Casa do Artista, inaugurando o “Quarto do Convidado”, um cantinho especial  para receber obras de artistas visitantes. É a primeira exposição individual de Sinval Santos, que já participa de mostras coletivas desde os anos 1980.

Produzindo temas ligados à política, enquanto arte engajada e de protesto, em que denuncia situações produzidas pela corrupção, nesta nova fase, Sinval direciona a atenção sobre uma performance, segundo ele, mais intimista e preocupada com a estética, mas não descolada de uma de suas militâncias na atualidade, o veganismo. As aves que compõem seus desenhos e pinturas, se transformando em humanos trazem como mensagem a necessidade de libertação.

"Precisamos nos libertar dos padrões de humanidade, para que possamos nos alimentar do verdadeiro néctar da vida e voarmos livres de tantas coisas desnecessárias e perniciosas que nos aprisionam, entre elas o carnivorismo e o onivoríssimo”, afirma Sinval.

O convite para expor Na Casa do Artista foi feito em setembro, pelos anfitriões, a produtora cultural Auda Piani e o artista plástico Werne Souza, que também assina a curadoria. e que escolheu inicialmente 20 trabalhos, até que um telefonema da molduraria aflorasse o lado místico de Sinval. 

“O funcionário ligou para dizer que havia mais uma obra escondida na embalagem e eu imediatamente autorizei que também fosse emoldurada. E não deixei de pensar na numerologia, pois passaram a ser 21 quadros, seriam três vezes sete, número sagrado, e a somatória de dois mais um, voltariam aos três, formando uma pirâmide poderosa e com uma lua cheia em seu interior que na noite de 4 de novembro iluminou Na Casa do Artista, com tanta gente que aprendi a admirar, numa noite de sarau e muita alegria”, relembra.

Formado em Artes Visuais pela UFPA no antigo Curso de Educação Artística com Habilitação em Artes Plásticas, ele atualmente vem trabalhando como professor, em três turnos, deixando o tempo curto para se dedicar à carreira artística, mas sem desistir também.

“Venho desenhando, principalmente em técnica mista (lápis de cor, grafite, canetas esferográficas e hidrográficas e às vezes colagens) e prioritariamente, em papel tamanho A4, resultando em um número bem significativo de desenhos que precisam ser expostos”, comenta o artista.

Mergulhando no universo das artes, Sinval já integrou também alguns coletivos. O Atelier Livre, em 1988, que reunia na Escola de Arte Oficina, artistas iniciantes e já consagrados como o Alixa, Graça Santana, Klinger de Carvalho, André Nascimento, Cristina Albuquerque e Miro, com a intenção de discutir, produzir e divulgar trabalhos autorais, e em 1990, a ASAA - Associação de Amor à Arte -, coordenado por sua irmã, a artista plástica Edineia Sindona, que conseguiu promover mais de 40 exposições.

Além de artista visual e professor,  Sinval Santos também é poeta e músico autodidata. Toca violão e possui várias composições instrumentais. Também é letrista, faz melodias e, ainda por cima, como ele mesmo diz, se atreve a interpretar. Escreve poesias e contos e possui duas publicações caseiras: “Despertada Amazônia” e “Pólen Mizando a Educação”.

Música francesa e outras atrações até 2018

A programação do espaço vai até janeiro de 2018. No próximo dia 23, antes mesmo do Sarau da exposição Sobre Vôos, haverá show com a cantora e violonista francesa Elsa Scapicchi, acompanhada pelo percussionista Carlos Canhão e participação da cantora Nazaré Pereira.  São apenas 28 lugares por apresentação, com ingresso a R$ 15,00.

Anote:  O Espaço Na Casa do Artista fica na Rua Júlio Maria, n. 67, próximo à orla. Confira os detalhes até 2018, a seguir. Outras informações, pelo fone 91 98891.3224.  

PROGRAMAÇÃO

Quinta-feira, 23/11, às 19h 
Show com a cantora Francesa Elsa Scapicchi  (Ingressos 15,00 – 28 lugares)

Sábado, 25/11, às 19h
Sarau Sobre Voos com participação do Cobra Venenosa, Apolo da Caratateua, Jorge André, Norma Teixeira, Reginaldo Cesar e Vitor Gabriel + Lançamento do Livro “Poema Pássaro e outros versos migratórios” de Clei Souza.

Sexta, 01/12, às 19h
Roda de Conversa: Saberes, identidade, tecnologias na produção 
de Cerâmica em Iocaraci

Sábado, 02/12, às 19h
Lançamento do Livro “Amazônia, Cultura e Cena Política no Brasil”
Abertura da exposição “Operárias” de Werne Souza - Coquetel: Sabores e Saberes.

Sábado, 09/12, às 21h
Show “Sem Chumbo nos Pés” do músico paraibano Naldinho Freire (Ingresso 20,00 - 28 lugares) + Exposição “Operárias”.

Sábado, 13/01/2018, às 19h
Abertura da exposição “Retratos” de Feli Moraes no Quarto de Convidados
Peça Teatral: Amor é um Sentimento - Dir. Maurício Franco. Elenco: Maridete Daibes e Jorge Cunha (ingresso 10,00 – 28 lugares).

De sexta a domingo - 19, 20, 21/01/18
Oficina e encontro de Contação de Histórias com Ymaraz Almeida Maiores (RJ). informações no período do evento.