30.5.24

Circular Campina Cidade Velha abre mês de junho

Neste domingo, 2 de junho, a 51ª edição do projeto Circular Campina Cidade Velha promove diversas atividades no centro histórico de Belém, passando pelos bairros da Campina, Cidade Velha e Reduto. Com mais de 20 espaços culturais de diversas vertentes, a programação se estende das 8h às 20h, proporcionando um dia inteiro de celebração à memória e à herança cultural da cidade. O projeto é realizado com patrocínio do banco da Amazônia e Governo Federal, via Edital de Patrocínio. 

O Circular Campina Cidade Velha, conhecido por promover a revitalização e valorização do centro histórico de Belém, apresenta uma edição festiva que destaca a importância da preservação cultural e patrimonial das festas juninas. Nesta edição especial, além de exposições de arte, apresentações musicais, performances e visitas guiadas.

Há mais de 10 anos, o projeto vem promovendo o engajamento da comunidade local com o patrimônio cultural, e também atraindo visitantes e turistas interessados em sustentabilidade e arte colaborativa. A iniciativa visa, além disso, incentivar a economia criativa local, proporcionando visibilidade aos artistas e produtores culturais da região, além de revitalizar e promover o centro histórico de Belém, incentivando o turismo cultural e a valorização do patrimônio histórico da cidade. 

Através de edições periódicas, o projeto cria uma rede colaborativa entre espaços culturais, artistas e a comunidade, oferecendo uma programação diversificada e acessível a todos. A seguir, confira um pouco do que vai rolar neste domingo.

A programação completa e os detalhes sobre os espaços participantes podem ser acessados no site oficial do projeto e nas redes sociais. O projeto é realizado com patrocínio do banco da Amazônia e Governo Federal, via Edital de Patrocínio.

Vai ter boi bumbá e arraial junino

Olha o boi!!! O Circuitinho do Circular, projeto de Educação Patrimonial para Crianças, convidou o Boi Flor da Juventude  do Bairro do Guamá para colorir as ruas da Cidade Velha. O cortejo vai celebrar o patrimônio, as tradições e as manifestações da cultura popular.  A concentração será às 8h30, em frente ao palácio Antônio Lemos, de onde sairá em direção à Praça do Carmo, onde as crianças vão participar de uma oficina de Boi-Bumbá.

Já os moradores da Rua Frei Gil prepararam uma surpresa e convidam a todos para o Arraial do Frei Gil. “Nosso frei ama dançar quadrilha e abençoar a todos. Então venham se divertir com a gente nesse arraial”, convida Paula Petruccelli, uma paraense descendente de italianos, gestora da Tapi-Oka, que mistura tapioca com pupunha.

Das 8h às 16h, vai ter brincadeiras de rua para a criançada como pula pula e ping pong, e para degustar as delícias da Tapi-Óka, Grill burger e  Casa Igá, que também participa desta edição, com um cardápio delicioso. A Portinha também marcará presença com comidas típicas.

Um domingo musical com o Circular Apresenta

A partir das 11h, o Calçadão da Avenida Presidente Vargas, em frente ao Banco da Amazônia, receberá a Banda Na Cuíra, que reúne em seu repertório, música autoral e de intérpretes de artistas consagrados da cena musical paraense e da américa latina. Vamos ouvir e dançar cúmbias, bregas, guitarradas, banguês e carimbos. O grupo é formado por Armando Mendonça: voz, violino, guitarra baiana; Danilo Rosa: voz, guitarra, banjo; Hamilton Rocha: bateria; Kleyton Silva: voz e guitarra e Lucas: baixo.

Já, a partir das 18h, o grupo Veropa Session também vai colocar todo mundo para dançar, na Praça do Carmo. A  banda traz músicas autorais e instrumentais.  A primeira apresentação rolou no Ver-o-Peso, em 2021, com objetivo de dar início a uma série de ocupações em espaços públicos com música.  

Latinidade amazônica e influências da música popular brasileira e internacional, como jazz e funk, formam a banda, composta por Marcelo Cardoso, na bateria de Emanuel Penna, no contrabaixo Dangle Freitas e na Rafael Guerreiro. Juntos eles  fizeram uma sonoridade singular e envolvente.

Novidades e muito mais - Entre as novidades na circulação está a estreia nesta edição do Bazar do MPE (Mulheres Por Elas), um projeto social formado por mulheres desde 2019, que visa distribuir kits de higiene básica para mulheres em situação de vulnerabilidade socioeconômica na região metropolitana de Belém. Das  10h às 18h, na Rua Aristides Lobo, 209, vai funcionar o Bazar de novos e usados e recebimento de doações.

Também é novato no circuito o Balata, bar que fica na Rua Carlos Gomes, 241, e que abrirá das 11h às 18h, com degustação que inclui um cardápio deliciosos, com queijo do marajó maçaricado, mini bruschetta de queijo cottage e pesto de chicória,  entre outros. Vai ter Live Painting, com Felipe Moia e Vilson Vicente, reggae com Eddie Pereira e no final da tarde, Saudade com Zezé. Durante o dia todo - Lojinha com produtos autorais e curadoria, carta de drinks e brocas autorais.

Em 2024, o Ateliê Jupati Galeria de Arte Multicultural continua sua programação itinerante e, mais uma vez, estará na Cidade Velha, no Bar do Seu Bené, um espaço tipicamente amazônico localizado na Ladeira do Beco do Carmo. Haverá exposição, bate-papo com o coletivo “Clube Colagem Belém” com a participação dos artistas visuais Galvanda Galvão, Glenda Beatriz, Victor Pamplona, e na hora da broca a culinária caseira e bebidas bem geladas do Bar do Sr. Bené.

Cinema e economia criativa

O Espaço Cultural do Banco da Amazônia estará aberto das 9h às 13h, com a exposição "Ontem nos cinemas: arqueologias fotoafetivas" , tendo às 10h, uma visita guiada pelo curador Adolfo Gomes e com acessibilidade (LIBRAS e audiodescrição). A mostra faz uma  imersão no aparato publicitário dos filmes e a tentativa de recriar a experiência de ir ao cinema na segunda metade do século passado.  

Na 51ª Edição do Circular, a Cas’Amazonia Brasil tem o prazer de trazer grandes parceiros para um dia repleto de cultura, arte, lazer, moda, gastronomia e bem-estar. São eles: Tunga Vidya, Prahlada, Saci, Tita Padilha, Seiva e Seringô, Gaudens Chocolate, Cabidê, Varanda Suspensa, Santo Banho, Doze Elos e Nossa Padoca.

Além destes parceiros, a Casa abrirá as portas para receber dois projetos especiais, o Amazon Rain com Petrvs Figueira, Plur, Mama Quilla, Mulambra, MVaz e Tinta Preta Grife e o Hevea com Naisha Cardoso, Da Tribu, Brilho da Mata, Isabela Sales e Etno-confecção Borari - Suraras do Tapajós. A programação da Casa iniciará às 9h com a tradicional aula de Yoga da nossa amiga e professora Tunga Vidya, no salão Galeria

Serviço

O quê: 51ª Edição do Projeto Circular Campina Cidade Velha

Quando: Domingo, 2 de junho de 2024, das 8h às 20h

Onde: Bairros da Campina, Cidade Velha e Reduto, Centro Histórico de Belém

Entrada: Gratuita

Mais informações: projetocircular.org e @circularcampinacidadevelha

29.5.24

Literatura no feriado Corpus Christi em Mosqueiro

A programação da III Festa Literária de Mosqueiro segue até dia 1º de junho, gratuita, na Praça da Vila. Nesta quinta-feira, 30, o evento rende homenagens ao escritor Graciliano Ramos Milhomem, lança livro de Lairson Costa e recebe uma conferência de João de Jesus Paes Loureiro.

 Graciliano Ramos Milhomem vive na Ilha desde a década de1970. Nascido, já com nome de escritor, em 1950 na cidade de Riachão, Maranhão,naturalizou-se paraense, ao crescer na cidade de Marabá e, posteriormente, semudar para Belém.

Sua jornada é marcada por uma versatilidade impressionante: de pedreiro a vendedor de livros e cobrador de ônibus a escultor, compositor e escritor. 

Como cantor, imortalizou o ritmo autêntico do forró pé-de-serra em vários CDs, todos compostos por músicas de sua autoria, celebrando as raízes e ritmos brasileiros. Recentemente foi um dos compositores de Mosqueiro, registrado pelo programa Amazônia Samba, de Arthur Espíndola. Ainda inédito, vamos aguardar.  

Na ilha, ele fundou associações, emergindo como uma voz significativa em sua comunidade, dedicando-se ao enriquecimento cultural de sua terra adotiva. E, claro, ele faz parte do Coletivo Escritores daPraia, criado há mais de seis anos. Atualmente, o grupo é formado por Graciliano e ainda porAlcir Rodrigues, Arnaldo Cabeleira, Claudionor Wanzeller, Jorge Moraes, Lairson Costa, Lindalva Sousa, Nonato Rodrigues, Paulo Uchoa, Roberto Santos, RonaldoAndrade e Sandro Arlan.

HOMENAGEM E RODA DE CONVERSA

Nesta quinta-feira, 30 de maio, logo pela manhã, às 10h, será realizada a roda de conversa: Conhecendo o escritor Graciliano Ramos Milhomem,  como mediadora a Profa. Ma. Chris Souza. Em seguida, às 11h, o autor concede autógrafos pela obra Aracapuri, obra infanto-juvenil, que tece uma espécie de aventura em que a fantasia e a realidade se encontram. 

HISTÓRIAS E CORDEL

A partir das 16h haverá contação de histórias com a Profa. Dra. Rita Melém, da Biblioteca Itinerante BombomLER e Contadores de Históriasdo Pará – RECONTAH e Roda de Conversa sobre Literatura de Cordel, com FranciscoMendes (Estande dos Escritores Paraenses) e Juraci Siqueira (Sismube). A mediaçãoé do Prof. O Dr. Geraldo Magella. 

CONFERÊNCIA, LANÇAMENTO DE LIVRO E ENCERRAMENTO 

A partir das 18h, será realizada a conferência “Estética daResistência: a arte como forma de resistência cultural na Amazônia”, com Prof.Dr. João de Jesus Paes Loureiro e, às 20h, lançamento do livro "Mosqueiro:um encanto de Ilha", do Prof. Dr. Lairson Costa. O encerramento da noite será com apresentação musical do Choro com Café e Carimbó Curuperé.

Para mais informações sobre a programação da FLIM, até dia 1 de junho, confira nossas postagens aqui no blog. E nos siga também no IG @holofote_virtual e @holofotevirtual

28.5.24

FLIM oferece programação diversa no feriado

Inspirado na famosa Festa Literária de Paraty, no Rio de Janeiro, o evento envolve escritores, pesquisadores e artistas da comunidade e convidados. Tem contação de histórias, rodas de conversa, debates, lançamento de livros, além de música, dança, teatro, artesanato e homenagem ao escritor Graciliano Ramos Milhomem, poeta, compositor, um fazedor de cultura da ilha. Já fica a dica para o feriado de Corpus Christi. 

A charmosa bucólica, já a partir desta terça-feira, 28, é palco de uma rica programação que vai durar cinco dias, até 1º de junho, sempre das 10h às 22h, na Praça da Vila, com organização dos Escritores da Praia e do Gipace/IFPA e coordenação geral do Professor Lairson Costa. Apoio da Prefeitura de Belém, IFPA, UEPA e SECTET.

Há dois pontos chaves na organização deste ano, a gastronomia, que está contemplada com a realização de um concurso gastronômico para os empreendimentos da ilha e oficinas para qualquer pessoa interessada (inscrições seguem aberta no link da bio @flim_mosqueiro), e o viés educacional.

É marcante na iniciativa, a atenção dispensada aos alunos das escolas públicas de Mosqueiro. Além de inúmeras atividades em que serão envolvidos, eles participam de uma gincana escolar, uma das atividades mais aguardadas em todos os anos.  

Todos os dias, o público já confere uma exposição e venda de produções acadêmico-literárias de diversas editoras, artesanatos com materiais reciclados (Charmosa Artesanatos e Cláudia) e artesanato didático-pedagógico em feltro (Jucilene Silva/Criarte).

É permanente também a exposição Cordel: Rosa de Cetim, das autoras  Alice Vitória Neves e Ednelma da Silva, alunas da Escola Estadual Padre Eduardo. Orientação: Professor Wilson Lima, e a exposição de maquetes de prédios de Belém/Mosqueiro, com a criação de alunos da Escola Estadual Padre Eduardo, sob a orientação da Profa. Aelin Santos. Outra mostra é a fotográfica “Mosqueiro: um encanto de Ilha”, de Lairson Costa.

Cinco dias para mergulhar em conhecimento e cultura 

Ronalda Salgado, atriz, professora 
e contadora de histórias
Na abertura de hoje, às 10h tem contação de histórias com Ronalda Salgado  (Sismube), que narra “A Cigana Samaúma” e das 14h às 18h, a festa conta com apresentação de trabalhos científicos. 

À noite, às 19h, tem palestra sobre “Relação entre o trabalho e a educação dos jovens e adultos, considerando as experiências e desafios enfrentados por eles”, com a profa. Ma. Camila Prado, do Instituto Federal do Pará, seguido, às 20h, de um Sarau literomusical com participação de escritores, poetas e cantores de Mosqueiro e convidados.

Entre outras coisas, amanhã (29), às 10h tem apresentação do Palhaço Beterraba, com Luciano Lira (Sismube) e das 14h às 18h, oficina de gastronomia com sabores da Ilha, ministrada pelos Profs. Bruna Almeida, Mateus Cruz e alunos do Curso de Gastronomia da UEPA/SECTET. Das14h às 18h, haverá apresentação de trabalhos científicos e, às16h Apresentação do Boi Flor da Infância (Mestre Bacuí).

Em seguida tem a roda de conversa “Entre Panelas, Memórias e Sentidos”, com a pesquisadora e escritora Auda Piani, e participação de Roger Paes, diretor do Documentário “Mosqueiro: Ilha dos Sabores”.  A mediação será do Prof. Lairson Costa, coordenador da FLIM.

À noite, começa às 18h, com autógrafos de livros psicografados por Eloisa Chagas, seguida às 19h, da palestra “Tecnologia e Aprendizagem: papel da tecnologia na educação de jovens e adultos e sua utilidade no ensino-aprendizagem”, e, às 20h, com a apresentação do espetáculo literomusical “Dá-me as Rosas”, com Ronalda Salgado e Luciano Lira (Sismube).

Feriado de Corpus Christi com saber e arte

Graciliano Ramos Milhomeme,
o homenageado
Na quinta-feira, 30, às 10h tem a roda de conversa: Conhecendo o escritor Graciliano Ramos Milhomem, tendo como mediadora a Profa. Ma. Chris Souza e às 11h, o autor concede autógrafos pela obra Aracapuri. Também haverá contação de histórias com a Profa. Dra. Rita Melém, da Biblioteca Itinerante BombomLER e Contadores de Histórias do Pará – RECONTAH.

E tem mais, às 16h tem roda de conversa sobre Literatura de Cordel, com Francisco Mendes (Estande dos Escritores Paraenses) e Juraci Siqueira (Sismube). A mediação é do Prof. O Dr. Geraldo Magella.

A partir das 18h tem conferência “Estética da Resistência: a arte como forma de resistência cultural na Amazônia”, com Prof. Dr. João de Jesus Paes Loureiro e, às 20h, lançamento do livro "Mosqueiro: um encanto de Ilha", do Prof. Dr. Lairson Costa. O encerramento da noite será com apresentação musical do Choro com Café e Carimbó Curuperé.

Formação de leitores com batuques da Matinta

Escritor Claudionor Wanzeller
Na sexta-feira, 31, entre outras atrações, às 15h tem "A Lenda do Tambor Africano", com Ronalda Salgado e às 16h, uma roda de conversa com os autores Edgar Augusto e Edir Proença. Os mediadores são Iraneide Silva e Eloy Figueredo. 

A segunda roda vai reunir “Experiências de criação de espaços de formação de leitores , com Profs. Denise Adrião - Casa Cantos do Rio - Sala de Leitura; Raimundo Oliveira - Espaço Cultural Nossa Biblioteca; Rita de Cássia - Bibliotecária da E.E. Abelardo Leão Conduru; Ronalda Salgado e escritor Juraci Siqueira (com performances poéticas) – Sistema Municipal de Bibliotecas Escolares. A mediação é do Prof. Roberto Santos.

A noite tem lançamento do livro "Luzes encurvam-se no Céu", do Prof. O Dr. José Jerônimo de Alencar Alves e às 20h, do livro "Ilha do Mosqueiro: Outras Histórias", do escritor Claudionor Wanzeller + Noite de autógrafos do escritor Jean Louis Werneck.

A programação encerra com o coletivo Batuque da Matinta (música, dança, literatura, artesanato, pintura etc.), e a apresentação de Paulo do Carmo, Elias Ribamar & Felipe Habib; Grupo Moqueio Tupinambá e Cia. de Dança Bira Marques.

Último dia traz mais lançamentos de livros

Aléxia Isadora, escritora
O último dia de evento , dia 1º de junho, às 10h, tem lançamento do livro “Lendas em Verso”, da escritora Aléxia Isadora Menezes Pavão (Editora Remando contra a Maré) e com o escritor Daniel da Rocha Leite, autor do livro "As Crianças que plantaram um rio”. Em seguida, às 11h, tem Contação de Histórias com as Profas. Patrícia Campos, Ayolândia Moraes e Isabela, do Movimento dos Contadores de Histórias da Amazônia.

A noite, inicia às 18h, com lançamento do romance “Arigós – Aconteceu na Amazônia”, do escritor, diretor, dramaturgo e ator Paulo Faria, seguida da roda de conversa: “Mosqueiro: preparando-se para a COP30, realidade e perspectivas”, com Waldomiro Chaves Machado, Leirson Azevedo e representantes da Coordenação do Fórum de Mudanças Climáticas COP30 da Prefeitura Municipal de Belém, e da Agência Distrital de Mosqueiro.  

A partir das 19h, tem Noite de autógrafos do escritor Roberto Santos, autor de “Tira-gosto: contos para ler no bar” e “O Manto e outros contos”, com Sandro Arlan, autor de Contos e Causos II: Mosqueiro e seu imaginário. O encerramento será com o show de Mateus Costa.

E assim vai mais um ano desta festa, realizada em parceria com a comunidade de Mosqueiro e que tende a se tornar um dos eventos literários mais importantes de Belém, a meu ver, já é assim. Falta expandir para termos uma ilha inteira respirando literatura, cultura, arte e saberes, em meio à natureza, arquitetura, gastronomia, que tal? Aguardemos o evento da COP!

Siga o perfil do projeto @flim_mosqueiro 

(https://www.instagram.com/flim_mosqueiro/)

27.5.24

III Festa Literária de Mosqueiro abre nesta terça

Inspirada na Festa Literária de Paraty, a FLIM ressalta as riquezas naturais e culturais da ilha do Mosqueiro na programação que vai reunir, de 28 de maio a 1º de junho, literatura, música, dança, teatro, artesanato e discussões sobre turismo e sustentabilidade. O evento vai homenagear o escritor Graciliano Ramos Milhomem e além disso é uma ótima opção para o feriado de Corpus Christi. 

Das 10h às 22h, a Praça da Matriz da Vila será o cenário de inúmeras atividades, começando com exposições e vendas de livros e artesanatos, rodas de conversa, oficinas de gastronomia e apresentações musicais e literárias. A edição homenageia o escritor Graciliano Ramos Milhomem e promete ser uma rica experiência cultural para todos os participantes.  

Durante cinco dias, a III FLIM promoverá atividades que celebram a literatura, a gastronomia e a cultura local, com organização dos Escritores da Praia e pelo Gipace/IFPA e coordenação geral do Professor Lairson Costa, e apoio da Prefeitura de Belém, por meio da Fumbel, Semec - Sistema Municipal de Bibliotecas Escolares - e Agência Distrital de Mosqueiro, da IFPA, por meio da coordenação de Letras, e UEPA/SECTET, por meio do Curso de Gastronomia .

Outro ponto alto do evento é a atenção dispensada aos alunos das escolas públicas de Mosqueiro. Além de inúmeras atividades em que os estudantes serão envolvidos, eles também participam de uma gincana escolar, uma das atividades mais aguardadas em todos os anos pelos estudantes das escolas que participam. 

“A Festa Literária de Mosqueiro tem como principal objetivo apresentar a literatura e sua relação com as outras artes, como a gastronomia, o artesanato, a música, a dança, mostrando que elas são capazes de atrair turistas para Mosqueiro e de produzir emprego e renda para os moradores da ilha. Esta edição contará com o dobro de tendas e estandes em comparação à edição anterior. 

O escritor homenageado Graciliano Ramos Milhomem é maranhense radicado há mais de 40 anos no Pará e boa parte destes anos em Mosqueiro, onde tem sido um dos principais fazedores de cultura, por meio de seus contos, poesias, composições musicais, como cantor e também como artesão”, diz o professor Lairson Costa, que coordena o projeto.

A III FLIM é aberta ao público e oferece atividades para todas as idades, celebrando a diversidade cultural e literária de Mosqueiro. Além dos Escritores da Praia, a programação contará com a participação dos escritores Edyr Augusto, João de Jesus Paes Loureiro, Auda Piani, Edgar Augusto, entre outros. 

Destaques da Programação

Nesta terça-feira, 28 de maio, a abertura contará com uma série de exposições, contação de histórias e uma gincana entre escolas públicas. À noite, um sarau literomusical promete encantar o público com a participação de escritores, poetas e cantores locais.

Na quarta-feira, 29, o dia começa com a apresentação do Palhaço Beterraba, seguido por uma oficina de gastronomia. À noite, o público pode esperar encontro com autores, roda de conversa e um espetáculo literomusical. 

Na quinta-feira, 30, entre outras atrações, haverá uma roda de conversa sobre o escritor Graciliano Ramos Milhomem, uma conferência sobre resistência cultural na Amazônia, e o lançamento do livro "Mosqueiro: um encanto de Ilha".

Já na sexta-feira, 31, a contação de histórias e rodas de conversa sobre a formação de leitores se destacam, além do lançamento de livros e uma apresentação cultural do Coletivo Batuque da Matinta.

No sábado, 1º de junho, o encerramento trará lançamentos de livros, discussões sobre a preparação de Mosqueiro para a COP30 e apresentações musicais, entre outras programações.

Concurso e oficinas de gastronomia prorrogam inscrição

A gastronomia, um dos principais atrativos da cultura mosqueirense e uma das características da ilha que mais atrai turistas, não poderia ficar de fora da programação. O Concurso Gastronômico-Literário, que ocorrerá de 28 de maio a 1º de junho, será uma atração especial.

Três categorias concorrem: Restaurantes, Tapiocarias e Pizzarias. Os vencedores receberão uma placa alusiva e um diploma de participação. Esta competição promete destacar a rica culinária mosqueirense e integrá-la ao contexto literário do evento. Haverá ainda oficinas gastronômicas. As inscrições para o concurso e para as oficinas vão até o dia 29 de maio, via formulário online disponibilizado no perfil @flim_mosqueiro.

“Essa gastronomia tem ajudado Belém a ser uma das cidades criativas da gastronomia, título que foi dado pela Unesco desde 2015. As famosas tapioquinhas, o pastelzinho, a grande variedade de frutos do mar, como o camarão e o peixe, e os variados sabores de frutas têm sido assuntos para livros e artigos”, ressalta Lairson.

Para abordar o tema de outra forma, também haverá a roda de conversas “Entre Panelas, Memórias e Sentidos”, inspirada no livro homônimo da pesquisadora Auda Piani. “Ela estará presente, assim como o diretor Roger Paes, do documentário “Mosqueiro, Ilha de Sabores”, que este ano completa dez anos. E teremos um concurso gastronômico-literário que tem o objetivo de envolver a comunidade de empreendedores de mosqueiro nessa festa literária”, conclui Lairson Costa. 

Programação da III Festa Literária de Mosqueiro (FLIM)

Terça, 28 de maio PRAÇA DA MATRIZ

10h às 22h

Exposição e venda de produções acadêmico-literárias de diversas editoras

Exposição e venda de artesanatos com materiais reciclados (Charmosa Artesanatos e Cláudia) e artesanato didático-pedagógico em feltro (Jucilene Silva/Criarte)

Exposição Cordel: Rosa de Cetim. Autoras: Alice Vitória Neves e Ednelma da Silva, alunas da Escola Estadual Padre Eduardo. Orientação: Professor Wilson Lima.

Exposição de maquetes de prédios de Belém/Mosqueiro. Criação de alunos da Escola Estadual Padre Eduardo, sob a orientação da Profa. Aelin Santos.

Exposição fotográfica “Mosqueiro: um encanto de Ilha”, Prof. Dr. Lairson Costa

10h Contação de histórias: Ronalda Salgado, A Cigana Samaúma (Sismube)

14h às 18h Apresentação de trabalhos científicos

16h às 19h Gincana entre escolas públicas da Ilha

19h às 20h Palestra: Relação entre o trabalho e a educação dos jovens e adultos, considerando as experiências e desafios enfrentados por eles (Profa. Ma. Camila Prado – Instituto Federal do Pará)

20h: Sarau literomusical (participação de escritores/poetas/cantores de Mosqueiro e convidados)

Quarta, 29 de maio PRAÇA DA MATRIZ

10h às 22h

Exposição e venda de produções acadêmico-literárias de diversas editoras

Exposição e venda de artesanatos com materiais reciclados

Exposição Cordel: Rosa de Cetim. Autoras: Alice Vitória Neves e Ednelma da Silva, alunas da Escola Estadual Padre Eduardo. Orientação: Professor Wilson Lima.

Exposição de maquetes de prédios de Belém/Mosqueiro. Criação de alunos da Escola Estadual Padre Eduardo, sob a orientação da Profa. Aelin Santos.

Exposição fotográfica “Mosqueiro: um encanto de Ilha”, Prof. Dr. Lairson Costa

10h Apresentação do Palhaço Beterraba: Luciano Lira (Sismube)

14h às 18h Oficina de gastronomia com sabores da Ilha (Profs. Bruna Almeida e Mateus Cruz e alunos do Curso de Gastronomia da UEPA/SECTET)

14h às 18h Apresentação de trabalhos científicos

16h Apresentação do Boi Flor da Infância (Mestre Bacuí)

Roda de Conversa “Entre Panelas, Memórias e Sentidos” (Profa. Auda Piani). Participação de Roger Paes, diretor do Documentário “Mosqueiro: Ilha dos Sabores”. Mediação Prof. Lairson Costa

17h às 19h Gincana entre escolas públicas da Ilha

18h Noite de autógrafos de livros psicografados por Eloisa Chagas

19h às 20h Palestra: Tecnologia e Aprendizagem: papel da tecnologia na educação de jovens e adultos e sua utilidade no ensino-aprendizagem (Profa. Ma. Camila Prado – Instituto Federal do Pará)

20h Apresentação do espetáculo literomusical “Dá-me as Rosas”, com Ronalda Salgado e Luciano Lira (Sismube)

Quinta, 30 de maio PRAÇA DA MATRIZ

10h às 21h

Exposição e venda de produções acadêmico-literárias de diversas editoras

Exposição e venda de artesanatos com materiais reciclados

Feira gastronômica com degustação e venda de comidas da cultura mosqueirense

Exposição Cordel: Rosa de Cetim. Autoras: Alice Vitória Neves e Ednelma da Silva, alunas da Escola Estadual Padre Eduardo. Orientação: Professor Wilson Lima

Exposição de maquetes de prédios de Belém/Mosqueiro. Criação de alunos da Escola Estadual Padre Eduardo, sob a orientação da Profa. Aelin Santos.

Exposição fotográfica “Mosqueiro: um encanto de Ilha”. Prof. Dr. Lairson Costa

10h Roda de Conversa: Conhecendo o escritor Graciliano Ramos Milhomem – Mediadora Profa. Ma. Chris Souza (Tenda 1)

11h Manhã de autógrafos do escritor Graciliano Ramos Milhomem (Tenda 1)

10h Contação de histórias: Profa. Dra. Rita Melém (Biblioteca Itinerante BombomLER e Contadores de Histórias do Pará - RECONTAH)

14h às 18h Oficina de gastronomia com sabores da Ilha (Curso de Gastronomia da UEPA/SECTET)

14h às 18h Apresentação de trabalhos científicos

16h Roda de Conversa sobre Literatura de Cordel: Francisco Mendes (Estande dos Escritores Paraenses) e Juraci Siqueira (Sismube). Mediação: Prof. Dr. Geraldo Magella

18h Conferência “Estética da Resistência: a arte como forma de resistência cultural na Amazônia” (Prof. Dr. João de Jesus Paes Loureiro)

20h Lançamento do livro "Mosqueiro: um encanto de Ilha", do Prof. Dr. Lairson Costa

Apresentação musical: Choro com Café e Carimbó Curuperé

Sexta, 31 de maio PRAÇA DA MATRIZ

10h às 21h

Exposição e venda de produções acadêmico-literárias de diversas editoras

Exposição e venda de artesanatos com materiais reciclados

Feira gastronômica com venda de produtos da cultura mosqueirense

Exposição Cordel: Rosa de Cetim. Autoras: Alice Vitória Neves e Ednelma da Silva, alunas da Escola Estadual Padre Eduardo. Orientação: Professor Wilson Lima

Exposição de maquetes de prédios de Belém/Mosqueiro. Criação de alunos da Escola Estadual Padre Eduardo, sob a orientação da Profa. Aelin Santos

Exposição fotográfica “Mosqueiro: um encanto de Ilha”. Prof. Dr. Lairson Costa

10h Histórias do mundo todo pra todo mundo (Profa. Ma. Janete Borges - Xamã Contadoras de Histórias. RECONTAH-PA e Rede Brasil Contadores de todos os cantos)

15h "A Lenda do Tambor Africano" (Ronalda Salgado)

16h Roda de Conversa com os autores Edgar Augusto e Edir Proença. Mediadores: Iraneide Silva e Eloy Silva

18h Roda de Conversa: Experiências de criação de espaços de formação de leitores (Profs. Denise Adrião - Casa Cantos do Rio - Sala de Leitura; Raimundo Oliveira - Espaço Cultural Nossa Biblioteca; Rita de Cássia - Bibliotecária da E.E. Abelardo Leão Conduru; Ronalda Salgado e escritor Juraci Siqueira (com performances poéticas) – Sistema Municipal de Bibliotecas Escolares. Mediação: Prof. Roberto Santos (Tenda 1)

19h Lançamento do livro "Luzes encurvam-se no Céu" do Prof. Dr. José Jerônimo de Alencar Alves

20h Lançamento do livro "Ilha do Mosqueiro: Outras Histórias", do escritor Claudionor Wanzeller + Noite de autógrafos do escritor Jean Louis Werneck

20h às 22h Coletivo Batuque da Matinta (música, dança, literatura, artesanato, pintura etc.). Apresentação de Paulo do Carmo, Elias Ribamar & Felipe Habib (às 20h); Grupo Moqueio Tupinambá e Cia. de Dança Bira Marques (às 21h)

Sábado, 1º de junho PRAÇA DA MATRIZ

10h às 22h

Exposição e venda de produções acadêmico-literárias de diversas editoras

Exposição e venda de artesanatos com materiais reciclados

Feira gastronômica com venda de comidas da cultura mosqueirense

Exposição Cordel: Rosa de Cetim. Autoras: Alice Vitória Neves e Ednelma da Silva, alunas da Escola Estadual Padre Eduardo. Orientação: Professor Wilson Lima

Exposição de maquetes de prédios de Belém/Mosqueiro. Criação de alunos da Escola Estadual Padre Eduardo, sob a orientação da Profa. Aelin Santos

Exposição fotográfica “Mosqueiro: um encanto de Ilha”, Prof. Dr. Lairson Costa

10h Lançamento do livro “Lendas em Verso”, da escritora Aléxia Isadora Menezes Pavão (Editora Remando contra a Maré)

10h Manhã de autógrafos com o escritor Daniel da Rocha Leite, autor do livro "As Crianças

11h Contação de Histórias: Profas. Patrícia Campos, Ayolândia Moraes e Isabela (Movimento dos Contadores de Histórias da Amazônia.

18h Lançamento do romance “Arigós – Aconteceu na Amazônia”, do escritor e ator Paulo Faria.

17h Roda de Conversa: “Mosqueiro: preparando-se para a COP30, realidade e perspectivas” (Waldomiro Chaves Machado, Leirson Azevedo, um representante da Coordenação do Fórum de Mudanças Climáticas COP30 da Prefeitura Municipal de Belém, e um representante da Agência Distrital de Mosqueiro). 

19h Noite de autógrafos do escritor Roberto Santos, autor de “Tira-gosto: contos para ler no bar” e “O Manto e outros contos”.

20h Noite de autógrafos do escritor Sandro Arlan, autor de Contos e Causos II: Mosqueiro e seu imaginário.

20h Apresentação musical: Cantor Mateus Costa.

Encerramento da III Flim. 

25.5.24

Projeto de biojóias traz empoderamento feminino

Exposição da Coleção de Biojóias do Mãos de Marias e resultados do projeto coordenado pelo coletivo, o Maria Vai com as Outras. Projeto selecionado pelo edital da Lei Paulo GUstavo / Secult-Pa. Neste sábado, 25, das 10h às 18h, no Pólo Joalheiro, dentro da IV Semana Padre Bruno Sechi.

Pessoa influenciável, sem vontade própria, que se deixa levar pela opinião dos outros. Só que não! Desta vez o significado de “Maria Vai com as Outras”, selecionado pelo Edital Artesanato da Lei Paulo Gustavo, da Secult-Pa, ganha nova conotação ao unir grupos de mulheres de dois bairros periféricos de Belém, o Bengui e o Tenoné, e marca o reconhecimento do coletivo Mãos de Marias, como uma iniciativa transformadora. 

Após um processo de imersão em feiras, visita à Olaria do Espanhol, em Icoaraci, e da capacitação em técnicas de produção de biojoias e cerâmica, visando à geração de renda adicional para as famílias, o projeto "Maria Vai com as Outras" chega ao grande público. Neste final de semana, o projeto ganha lançamento com uma  feira que pretende fortalecer o artesanato como empreendedorismo social, promovendo o desenvolvimento econômico e social de mulheres vivendo em bairros periféricos de Belém. 

A programação está inserida na IV Semana Padre Bruno Sechi, criador da República de Emaús, onde o Coletivo Mãos de Marias é formado. "Elas são mães de crianças e adolescentes atendidos pela instituição, então ficamos muito felizes em poder fazer esse lançamento aqui, revelando o amadurecimento e a multiplicação do projeto", diz Val Genú, coordenadora do projeto e artesã reconhecida e premiada, com trabalhos que já extrapolaram as fronteiras do Pará. 

Três anos de muito aprendizado e transformação

Formado a partir de oficinas coordenadas por Val, iniciadas em 2021, na República do Emaús, no bairro do Benguí, o Mãos de Marias vem transformando barro em biojóias, utensílios e itens decorativos, demonstrando a força e a criatividade dessas mulheres que agora compartilharam seus conhecimentos e experiências com outras 12 mulheres residentes no bairro do Tenoné. 

Assim, as mulheres do Tenoné, além de dedicação e iniciativas próprias de mudar o rumo de suas histórias tiveram como inspiração as mulheres do Benguí, que já se tornaram empreendedoras sociais, desenvolvendo coleções próprias de artesanato e participando ativamente de feiras e eventos. 

Neste final de semana, o fruto desse trabalho mútuo será apresentado. E além de apreciar, o público poderá adquirir os produtos feitos pelas participantes do projeto, potencializando o reconhecimento do talento e dedicação das artesãs, e contribuindo para promover o artesanato como uma ferramenta de transformação social e empoderamento feminino. O projeto "Maria Vai com As Outras" se destaca justamente por essa missão em comunidades periféricas de Belém. 

Relatos de quem transformou biojóias em independência

“O Mãos de Marias fez uma extensão. Hoje nós temos o Maria Vai com as Outras. As mulheres do Benguí, ensinando as mulheres do Tenoné a fazer a mesma coisa que a gente já faz, ou seja, biojóias e objetos decorativos e utilitários. E o objetivo disso tudo, além de ensinar o ofício, é permitir que essas mulheres encontrem nesse ofício uma forma de somar na sua renda familiar, de alguma forma”, diz Val Genú, que desde março trabalha no projeto.

Primeiro vieram as oficinas que abriram as perspectivas nas mulheres envolvidas de sair da oficina, já conseguindo produzir e somar na sua renda familiar. Elas aprenderam a fazer além das biojóias, peças utilitárias e decorativas. Ao longo do processo, a visita à Olaria do Espanhol foi um dos momentos emocionantes.

“Fizemos uma imersão com todo o grupo pra conhecer aonde tudo isso começou, né? Inclusive é o berço de onde eu vim. Eu posso chamar assim, né? Eu vim de uma técnica com modelagem com material que não era orgânico E o mercado me exigiu, então eu fiquei um ano dentro de uma olaria fazendo um trabalho de corpo a corpo com os oleiros, conhecendo hábitos e costumes. E aí eu não podia fazer diferente com elas, então nós levamos esse grupo pra dentro de uma olaria pra conhecer o dia-a-dia de um oleiro, o momento da queima. Eu fico arrepiada de falar, gente, é de fato emocionante, qualquer um fica”, diz Val.

Elenilda Santos é, além da mais nova empreendedora do ramo, a mulher responsável por tudo isso. Foi ela, na realidade, quem procurou a artesã Val Genú, em busca de um curso de biojóias. Integrante do Centro Social Paula Frassinetti, no Tenoné, e inserida nesta comunidade, vivendo e utilizando esse espaço, sua motivação inicial foi primeiro pessoal, mas um sonho não se realiza só.

“Eu estava num tumulto da perda da minha mãe. Eu queria ocupar o tempo, que ficou ocioso, foi quando encontrei a Val. Só que depois, a gente resolveu expandir isso para um grupo de outras mulheres”, conta Elen, que é formada em Fisioterapia e trabalha em uma UBS da Prefeitura de Belém. 

Elen e Val se uniram e foi aí que o Mãos de Maria foi envolvido e que outras mulheres da comunidade do Tenoné também se envolveram. A Débora é uma das mulheres que ouviu o chamado Também integrante do centro social Paula Frassinetti e em tratamento de saúde, ela encontrou no curso também uma terapia. 

“Depois que comecei a transformar barro em bijóias até mesmo da minha saúde melhorou, por eu estar vivendo por um tratamento de ansiedade e depressão. O que me trouxe aqui foi a minha saúde principalmente, mas estou amando o curso. Não tinha nenhuma habilidade, mas vim ganhar aqui com a instrutora, com a forma dela estarem passando esse trabalho, esse conhecimento pra gente, com muita dedicação. Elas são ótimas, realmente são Mãos de Marias mesmo”, relata.

Bernadette Pantoja de Almeida é uma das Mãos de Marias e no projeto "Maria Vai com as Outras" foi monitora do curso. “Tô passando um pouco da minha experiência pra outras mulheres e pra mim está sendo uma alegria muito grande. Meu coração está explodindo de alegria por poder passar um pouco do meu conhecimento para outras pessoas, para outras mulheres nesse caso. É só gratidão, sou muito grata por tudo que eu Aprendi até hoje. Minha vida teve uma mudança fundamental depois do que eu aprendi com esse curso da Biojoia. Tá fazendo três, quando demos início aos cursos no Movimento República de Emaús. E isso mudou a minha vida profundamente”, finaliza.

Serviço

Exposição da Coleção de Biojóias do Mãos de Marias e resultados do projeto coordenado pelo coletivo, o "Maria Vai com as Outras"- Projeto selecionado pelo edital de Artesanato da Lei Paulo Gustavo / Secult-Pa. Lançamento neste sábado, 25, das 10h às 18h, no Pólo Joalheiro - São José Liberto, dentro da IV Semana Padre Bruno Sechi. 

20.5.24

Secult lança guia de acessibilidade para a cultura

Foto: Bruno Cecim / Ag. Pará
A Secretaria de Estado de Cultura (Secult) lança nesta terça-feira, 21, às 17h, no Teatro Estação Gasômetro, o "Guia de Acessibilidade, Inclusão e Protagonismo da Pessoa com Deficiência e do Migrante". 

O material reúne diversas orientações para agentes, gestores culturais e fazedores de cultura do Pará, e é fruto de uma construção coletiva com representações da sociedade civil, poder público e entidades ligadas às pautas. 

O intuito do material é garantir a inclusão e o protagonismo de pessoas com deficiência e dos migrantes internacionais nos projetos culturais, nas atividades artísticas e culturais, nos serviços e produtos culturais, nos espaços públicos, nas análises, avaliações e demais instrumentos de fomento cultural. O guia estará disponível para download gratuito no site da Secult e na plataforma Mapa Cultural.

"Nosso objetivo é fornecer ferramentas para que trabalhadores da cultura possam integrar acessibilidade e inclusão em seus projetos e espaços culturais, estimulando também esse artista, por meio da criação, da subjetividade, a incluir esse processo das diversidades em seu fazer criativo. É uma oportunidade de aprendizado para todos nós", destaca Ursula Vidal, titular da Secult.

Elaboração - O guia foi elaborado de acordo com os critérios da Lei Paulo Gustavo (LPG) e da Política Nacional Aldir Blanc (PNAB) no Pará. Foram realizados sete encontros ao longo dos últimos dois meses, reunindo professores, agentes públicos, ativistas de direitos, coletivos de artistas com deficiência, entre outros. Os encontros subsidiaram o guia.

Gláfira Lôbo, assessora em gestão cultural que coordenou e mediou os encontros e participou na organização da publicação, destaca que o guia é um passo de grande importância para que todos possam usufruir de forma autônoma e independente dos conteúdos culturais e das oportunidades. Ela assegura que o protagonismo foi dos artistas e produtores com deficiência na construção do material.

"Foram eles quem deram toda a orientação para a garantia da acessibilidade universal, das exigências legais, da terminologia adequada a ser usada, da forma de prestar auxílio, das formas de garantir a inclusão profissional e, principalmente, como assegurar o protagonismo da pessoa com deficiência na participação como artistas, produtores, colaboradores e no assessoramento dos projetos culturais", diz.

Acesso - O guia será oferecido gratuitamente em diversas versões para facilitar o acesso. Estará disponível um PDF com audiodescrição compatível com leitores de tela em PCs e dispositivos móveis para download no site da Secult e no Mapa Cultural. Além disso, haverá uma versão em Braille, uma versão impressa em português e uma versão em PDF em espanhol.

19.5.24

Paes Loureiro lança livro unindo poesia e pintura

“Barcarolas: uma arte poética” será lançado na próxima quarta-feira, 22, a partir das 18h, no auditório do Museu de Arte de Belém, saindo pela editora Paka-Tatu, com apoio da Prefeitura, por meio da Fundação Cultural de Belém, a FUMBEL. Entrada é gratuita.

Por meio de poemas, o autor apresenta ao público leitor a sua mais recente obra, ilustrada por pinturas da artista visual Nina Matos. 

“Esta é uma viagem que Nina Matos e eu estaremos fazendo com o remo mágico da pintura na igarité poética que é este livro”, diz Paes Loureiro. A obra é composta por 56 páginas coloridas, editada pela Paka-Tatu, onde estão impressos os dez poemas de Paes Loureiro, escolhidos do seu livro “O ser aberto”, de 1990. Para cada poema, uma das dez pinturas de Nina Matos ilustra as estrofes.

Paes Loureiro entrou em contato com a arte visual de Nina Matos na exposição individual “ID entidades”, realizada na galeria Elf, em 2019. Ele contemplou os quadros e conversaram sobre a sua forma de criação. “Nos identificamos pelas origens: nascemos em Abaetetuba, cidade ribeirinha debruçada no rio Tocantins, umas das cidades encantadas no mapa do imaginário amazônico. Tive o impulso de convidá-la a um trabalho artístico, unindo poesia e pintura. Aceitou”, rememora o poeta.

Nina Matos conta que o processo da pintura demorou alguns anos, em função de várias situações que ocorreram, como a pandemia e contratempos pessoais pelos quais ela passou nos últimos anos. “A produção das obras teve várias etapas. Houve diálogo, estudo, construção digital feita em 2020. Depois, interrupções em 2021 e 2022, por conta de assuntos pessoais. A conversa retornou em 2023. Parti para a etapa da impressão da construção digital sobre tela, concluindo com a pintura das dez obras”, explica.

Nina Matos afirma que foi um período rico, de trocas. “Tive a honra de desenvolver um projeto junto à um artista que sempre admirei pela força da sua poética precisa, mítica, política e amorosa, muito simbólica de aspectos locais e universais e, então, o desafio de estabelecer uma troca, um diálogo entre nossas produções, chegou como um presente”, acrescenta.

E a artista visual conclui: “Trabalhei uma memória pessoal e coletiva, como sempre faço em relação à forma como construo os meus trabalhos, a partir de apropriações e ressignificações de imagens. E em particular, nesta série, no formato de um trabalho híbrido de construção digital e pintura, partindo de elementos figurativos e alegóricos que pudessem mergulhar e estivessem em sintonia com o tempo e o sentimento de cada poema, que vão além de nossas memórias ribeirinhas e míticas, que transcendem uma região geográfica e desembocam em nosso próprio devir. Trazendo essa experiência inevitavelmente para a forma a qual conduzo as construções de meus trabalhos, com um olhar agudo sobre a condição humana.”

Serviço

Lançamento do livro “Barcarolas – uma arte poética”, de Paes Loureiro, com ilustrações de Nina Matos. Dia: 22 de maio de 2024 - quarta. Hora: 18h. Local: Museu de Arte de Belém - auditório. Endereço: Praça Dom Pedro II, 2, no bairro Cidade Velha, em Belém. Entrada gratuita.

Mais informações:

https://www.editorapakatatu.com.br/

https://www.instagram.com/editorapakatatu/

https://www.facebook.com/EditoraPakaTatu

Siga meu blog também:

https://www.instagram.com/holofote_virtual/

Sônia Nascimento lança Que Tudo Seja com show

Foto: Walda Marques

O lançamento oficial será celebrado com um pocket show do disco, no dia 30 de maio, a partir das 20h, no espaço Na Figueredo - ingresso R$ 20,00. No dia seguinte, 31 de maio, o álbum estará nas plataformas digitais. 

O novo álbum marca o retorno da cantora à carreira, após um período pessoal turbulento. O público já experimentou um pouco do álbum, a partir do lançamento antecipado dos singles "Aqui", no final de abril, e "Barulho", já em maio. 

Com dez faixas, o trabalho conta com colaborações de diversos músicos, incluindo Allan Carvalho, Renato Torres e Pedro Cordeiro, filho da cantora, e revela uma maturidade artística e uma profundidade emocional que refletem sua trajetória pessoal e profissional e a reafirmam na cena musical brasileira. 

“É um disco em que os sentimentos afloram nos sóis e no universo de cada um, na luz de cada busca e no encantamento dos encontros que temos ao longo da vida e da música”, diz Sônia. A produção durou mais de dois anos, contou com o apoio de uma emenda parlamentar e das instituições FADESP, PROEX, EMUFPA UFPA e o Ministério da Educação.

Neste segundo álbum a artista extravasa suas emoções em cinco poesias cantadas, em parceria com os músicos Allan Carvalho nas canções – “Aqui” e “Barulho”, além de “Me erra” e “Nada”; e com Renato Torres, em “Girassóis”. O cortejo musical segue com a canção de Pedro Cordeiro, filho da cantora, na qual fazem um feat que se intitula “Miragem”.  

A obra  traz ainda a releitura da música “A Voz” - do compositor mineiro Vander Lee;  enquanto “Que tudo seja” veio pelas mãos e vozes de Allan Carvalho e Márcio Macedo e dá nome ao disco;  “Tudo” - de Renato Torres, e “No ar”, também de Renato Torres, com Dionelpho Júnior, fecham o disco com muita emoção.

Influênicas do rock e da MPB

Foto: Walda Marques
Nascida em Belém do Pará, Sônia Nascimento cresceu sob influências musicais do pai, que ouvia MPB, samba, chorinho e muito rock'n'roll, deixando nela o espírito musical que a acompanhou por toda sua vida. Além de cantora, também se destaca como compositora e já participou de vários festivais, assim como fez várias participações especiais em shows de outros artistas como Renato Gusmão, Yuri Guedelha, André Leemax, Daniel Bastos, banda Os Grileiros, banda Solano Star, Silvinha Tavares, Yasmim Miranda, entre outros. 

Nos anos de 2015 e 2016, realizou diversos shows de divulgação do CD Invento (2015). Em 2017, fez o show “Tudo pela Metade”, com canções que fizeram parte de sua trajetória como cantora desde os anos 90.  Em 2020 e 2021, gravou como pesquisadora e apresentadora uma série de quatro vídeocasts chamados “As Cartas de Waldemar”.

O projeto foi contemplado no âmbito da Museologia via edital Prêmio Rede Virtual de Arte e Cultura da Fundação Cultural do Pará (FCP) 2020 e que trata da vida e da obra de Waldemar Henrique, sob a ótica do Trabalho de Conclusão de Curso da cantora e museóloga, que foi o ponto inicial desse projeto. Em 2021, também via edital (Aldir Blanc – Modalidade “Luz, Câmera e Clips”), Sônia lançou seu primeiro videoclipe e a regravação da música “Céu e Inferno Blues” de Renato Torres e Carol Magno.

Serviço

Pocket Show Que Tudo Seja. Dia 30 de maio, a partir das 20h, no espaço Na Figueredo. Entrada custa R$ 20,00. O lançamento nas plataformas digitais é no dia 31 de maio.

Ficha Técnica

Voz: Sônia Nascimento

Violão aço, Nylon, 12 cordas e Guitarra: Renato Torres

Bateria: Alexandre Lima

Percussão: Cláudio Costa

Baixo: Rubens Stanislaw

Teclado: Rodrigo Ferreira

Trompete: Daniel Delatuche

Tuba: Alberto Dias

Sanfona: Tista Lima

Guitarra: Gustavo Iketani

Voz e Baixo: Pedro Cordeiro

Bateria: Tiago Belém

Flauta Transversal: Sonyra Bandeira

Viola: Jade Guilhon

Backing Vocal: Renato Torres e Mainumy

Produção Executiva: Sônia Nascimento e Edvaldo Souza

Produção Musical e Arranjos: Renato Torres – gravado  em Guamundo Home Studio - Pará

Mixagem e Masterização: Assis Figueiredo

Preparação Vocal Nelma Azevedo

Fotos: Walda Marques

Projeto Gráfico: Pedro Cordeiro

Social Mídia: Popopô Marketing e Linguagens

Assessoria de imprensa: Holofote Virtual – Comunicação Arte Mídia

Quem é Sônia Nascimento

Foto: Walda Marques
Começou a cantar em eventos de arte da escola e participou de vários festivais de música. Foi levada a cantar na noite por Cláudio La Roque, um produtor artístico experiente que a ouviu em um ensaio de teatro com o ator e jornalista Beto Paiva, ambos já falecidos. La Roque produziu o primeiro show de Sônia, em homenagem a Noel Rosa, no qual foi acompanhada pelo violonista George Paez. 

Foi em uma participação que fez no show do próprio George, no teatro Waldemar Henrique, que foi convidada pelo baixista Rubens Stanislaw para conhecer a banda Moonshadow, que era composta por ele, juntamente com Renato Torres e Alexandre Lima. Dessa união, nasceu a banda Jardim Elétrico, da qual Sônia Nascimento se tornou vocalista. 

A banda, que fazia uma música chamada pela imprensa paraense de "MPB Eletrificada", inaugurou o famoso e inesquecível bar GO FISH e, depois desta exposição, tornou-se conhecida na noite paraense. O Jardim Elétrico teve uma curta duração, e Sônia, em seguida, formou a banda Florbella Spanka, junto a Elizio Eluan e Rubens Stanislaw. 

Na época, Florbella Spanka gravou, nos estúdios da Borges Publicidade, de forma experimental e com finalidade única de divulgação (sem comercialização), quatro canções no que, hoje, seria chamado de EP: "Arrastão" (Edu Lobo e Vinícius de Moraes), "A Dança da Menina" (de Luiz Galvão e Moraes Moreira), "Camaleões" (Mario Moraes e Sidnei Piñon) e "Um quê de mistério" (Pedrinho Callado). A última formação de Florbella Spanka teve Renato Torres na guitarra, Rubens Stanislaw no baixo, Elizio Eluan no teclado, Alexandre Lima na bateria e Cláudio Costa na percussão.

Ainda quando a banda fazia muito sucesso na noite paraense, a cantora afastou-se da música e, após 13 anos, voltou ao cenário musical com o show Invento, que foi realizado entre o final de 2010 e o início de 2011, com temporadas no Estúdio Reator, no Teatro Margarida Schivasappa e no Centro Cultural Sesc Boulevard. Este show teve produção musical de Leo Bitar, direção musical de Renato Torres,  Rubens Stanislaw no baixo, Diego Xavier no bandolim e percussão, e produção executiva da própria Sônia.  

Em 2012, realizou o show Algo Mais, com temporada no Centro Cultural Sesc Boulevard. E em 2013, foi uma das artistas selecionadas para se apresentar na Mostra Terruá Pará de Música. Em 2014, gravou Invento, o primeiro CD, aprovado no edital de Cultura do Banco da Amazônia.

Turnê traz o teatro popular de rua do RN ao Pará

Fotos: DiegoDiSouza
Belém e Ananindeua recebem nesta semana, o “Circulação Ubu: o que é bom tem que continuar!”, dos grupos Clowns de Shakespeare, Facetas e Asavessa, todos do Rio Grande do Norte. Entre 21 e 28 de maio haverá oficina e apresentações em Outeiro, Praça do Carmo, Ilha João Pilatos e no Teatro do Parque Cultural Vila Maguary. Tudo gratuito.

Encenado pela primeira vez em 1888, Ubu-Rei, Uma sátira da Estupidez, a obra de Alfred Jarry segue atual e recebendo adaptações. Apresentada ao ar livre, dialoga com o público, colocando em cena pautas atuais e debatidas mundialmente em relação ao poder. A narrativa atual parte dos personagens Pai e Mãe Ubu, que vivem num país chamado Embustônia, com ares latino-americanos, em novo cenário, entre influencers e cachos de bananas. 

Apostando no humor e na ironia, a produção partiu da análise do trabalho de bufão, termo referente a uma figura dramática marginalizada da idade média, uma espécie de palhaço grotesco e ao mesmo tempo charmoso, crítico dos setores dominantes da sociedade. Outros referenciais para a construção da obra foram a música, composta e executada pelo próprio elenco, e a expressão e potência do teatro popular enquanto espaço coletivo de comunicação, de troca e de construção do pensamento crítico.

A itinerância é realizada pelo Ministério da Cultura e patrocinada pelo Instituto Cultural Vale, via Lei Federal de Incentivo à Cultura. A turnê do projeto, pelo Norte e Nordeste do país, conta com os grupos de teatro Clowns de Shakespeare, Facetas e Asavessa, todos do Rio Grande do Norte. 

Veja dia, locais e horários das apresentações

O espetáculo em Belém, ganha sessões nos dias 24, em Outeiro, no estacionamento da Praia do Amor, e 25 de maio, na Praça do Carmo. Em ambos os locais, a apresentação inicia às 19h. Em Ananindeua, a primeira apresentação será no dia 26 de maio, às 15h, no barracão comunitário, da comunidade de Cabeceiras, na Ilha João Pilatos, e a segunda, no dia 28, às 19h, na área externa do Teatro do Parque Cultural Vila Maguary. 

Não é necessária a retirada de ingressos para as apresentações. Todas as apresentações contarão com interpretação em Libras, serviço de audiodescrição e serão realizadas em locais que disponibilizam acessibilidade a pessoas com deficiência motora. 

Oficina compartilha experiência do teatro de rua

A oficina “Princípios do Teatro Popular de Rua” apresenta aos participantes as principais estratégias adotadas pelos Clowns de Shakespeare em suas criações cênicas, visando a construção de uma cena que dialoga diretamente com a tradição do teatro popular e de rua. Assim, serão compartilhados procedimentos de criação que deram origem ao espetáculo mais recente do grupo, “Ubu: o que é bom tem que continuar!”.

Em Belém, será realizada nos dias 21 e 22 de maio, na Casa da Linguagem, das 9h às 12h. Em Ananindeua, nos dias dia 27 e 28, das 10h às 13h, no Teatro do Parque Cultural Vila Maguary.  Com duração de 06 horas distribuídas em dois dias, a oficina tem como público-alvo os interessados em teatro de modo geral, com ou sem experiência, a partir dos 14 anos de idade. Número máximo de 30 participantes. Haverá presença de intérprete em Libras. 

Inscrições: pelo link na bio doperfil @teatroclowns

Sobre os grupos da circulação

Clows de Shakespeare foi fundado em 1993 em Natal (RN), e desenvolve um trabalho continuado com foco na pesquisa, formação e criação em busca de um teatro de expressão popular, nordestina, brasileira e latino-americana. Esta trajetória de um teatro que alia rigor com potência de comunicação com o público, seja em salas de espetáculo ou na rua, fez com que o grupo seja hoje indicado como um dos principais da cena teatral brasileira. 

Já o Facetas nasceu em 1999 entre jovens da Escola Estadual Berilo Wanderley. De lá, o grupo conquistou o Departamento de Artes da UFRN e o cenário artístico da cidade. Dentre suas obras, destacam-se “O bizarro sonho de Steven”, contemplado pelo Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz em 2008, “Ida ao teatro” e “Sal, menino mar”. O grupo fundou o TECESOL – Território de Educação, Cultura e Economia Solidária, espaço que hoje é o principal polo de criação e resistência cultural da cidade de Natal, abrigando diversos grupos, dentre eles os Clowns, o Grupo Estação e o Estandarte.

E o Asavessa, é um grupo que surge como um desdobramento do Laboratório da Cena de Parnamirim 2015, realizado pelos Clowns de Shakespeare, tendo como obra inaugural “Julieta mais Romeu”, com direção de Paula Queiroz. Durante a pandemia, o coletivo criou dois trabalhos: “Este é um espetáculo autobiográfico mesmo que não sejamos um grupo com tempo suficiente de ter um espetáculo autobiográfico – e, sim, este título está longo demais” e “Hoje mais cedo vi um gato comer a língua de um porco”, ambos de 2021.

PROGRAMAÇÃO BELÉM

21.MAI | TER - Oficina “Princípios do Teatro Popular de Rua”

Local: Casa da Linguagem (Av. Nª Sra. de Nazaré, 31 – Nazaré)

Horário: 9h às 12h

22.MAI | QUA – Oficina “Princípios do Teatro Popular de Rua”

Local: Casa da Linguagem (Av. Nª Sra. de Nazaré, 31 – Nazaré)

Horário: 9h às 12h

24 MAI | SEX – Espetáculo Ubu – o Que é Bom tem que Continuar – Outeiro

Local: Estacionamento da Praia do Amor / Água Boa – Outeiro (Pistão da Praia do Amor)

Horário: 19h

25 MAI | SAB – Espetáculo Ubu – o Que é Bom tem que Continuar – Na Cidade Velha

Local: Praça do Carmo – no anfiteatro (SN – Cidade Velha)

Horário: 19h

PROGRAMAÇÃO EM ANANINDEUA

26 MAI | DOM – Espetáculo Ubu – o Que é Bom tem que Continuar - Comunidade 

Local: Ilha João Pilatos / Comunidade Cabeceiras – no barracão comunitário (Região das Ilhas do município de Ananindeua)

Horário: 15h

27 MAI | SEG - Oficina “Princípios do Teatro Popular de Rua”

Local: Teatro do Parque Cultural Vila Maguary (Estrada do Maguari, 3360 - Maguari, Ananindeua)

Horário: 10h às 13h

28 MAI | TER – Oficina “Princípios do Teatro Popular de Rua”

Local:  Parque Cultural Vila Maguary (Estrada do Maguari, 3360 - Maguari, Ananindeua)

Horário: 10h às 13h

28 MAI | TER – Espetáculo Ubu – o Que é Bom tem que Continuar – Parque Cultural Vila Maguary 

Local: Área aberta do Teatro (Estrada do Maguari, 3360 - Maguari, Ananindeua)

Horário: 19h.

Mais informações:

@teatroclows

@holofote_virtual

Ficha Técnica

Direção e dramaturgia: Fernando Yamamoto; Elenco: Caju Dantas, Diogo Spinelli, Giovanna Araújo, Paula Queiroz e Rodrigo Bico; Colaboração Dramatúrgica: Camilla Custódio; Figurino e adereços: Marcos Leonardo; Cenografia: Fernando Yamamoto e Rafael Telles; Dramaturgia musical: Marco França e Ernani Maletta; Música: Marco França, com colaboração de Franklyn Novaes, Maria Clara Gonzaga, Júlio Lima e Caio Padilha. Produção: Talita Yohana; Coordenação do projeto: Renata Kaiser: Elaboração de projeto, acompanhamento e prestação de contas para Lei de Incentivo à Cultura: Arlindo Bezerra (Bobox Produções) e Ana Paula (Alma do Minho).

Acessibilidade: Amanda LeLibras; Produção local: Produtores Criativos,  com Cristina Costa, Fafá Sobrinho, Andréa Rocha, Nanan Falcão e Thiago Ferradaes; Assessoria de imprensa: Holofote Virtual - Comunicação Arte Mídia; Projeto: Realizado por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, com patrocínio do Instituto Cultural Vale.