8.12.09

“Penumbra” traz novos olhares de Ary Souza

“Penumbra”, de Ary Souza, abre nesta quarta-feira, 09. Uma das quatro selecionadas pelo Prêmio Banco da Amazônia de Artes Visuais 2009, é a última a entrar em cartaz e encerra no ano no espaço cultural do banco, na Av. Presidente Vargas.

A curadoria da exposição de Ary é de um outro fotografo, Mariano Klautau. De acordo com ele, a mostra revela nova faceta do artista.

“As imagens de Ary são conhecidas por sua vitalidade e seus personagens carregam na fisionomia uma atitude simples, franca, honesta. Em Penumbra, este tom muda. Não temos mais um mundo tão visível, exposto em sua exuberância cotidiana”, diz Mariano na sua apresentação da exposição.

Ary atua há 13 anos como repórter-fotográfico. Já acompanhou e registrou inúmeros fatos, mas ficou marcante em sua carreira, a documentação feita ao longo de 43 dias, dos acontecimentos posteriores ao que ficou conhecido como Massacre de Eldorado dos Carajás, ocorridos na Fazenda Macaxeira e outras áreas ocupadas.

O olhar jornalístico de Ary une-se a sua sensibilidade para captação das imagens. E Mariano chama atenção para este novo ensaio. “Ary utiliza a cor e decide andar pela sombra e captar, no dia-a-dia da cidade, o que nem sempre é observado com atenção. A imagem em que dois homens de boné sob a luz de fim de tarde, estão sentados em um estado de espera ou descanso; dá a medida certa das novas intenções do fotógrafo”.

Este ano, o prêmio do Banco da Amazônia selecionou quatro projetos. Todos, com temáticas amazônicas, e escolhidos entre produções de todo o Brasil.

Aqui no Holofote chegamos a falar da mostra “Deslocamentos”, de Murilo Rodrigues, uma vídeo-instalação que dialogava sobre a poluição urbana.

Na exposição, o público era convidado a "pedalar" assistindo ao vídeo produzido por Murilo no percurso que ia do município de Marituba até à Av. Presidente Vargas.

“Efêmera Paisagem”, com fotografias de Alberto Bitar, veio em seguida, mostrando imagens que buscaram, na memória, o caminho que o artista percorria com a família com destino a Mosqueiro, quando ele era criança. A terceira foi ‘Água’, uma coletiva de artistas plásticos brasileiros e alemães e agora as obras do fotógrafo Ary Souza fecham o ciclo.

O prêmio do Banco da Amazônia às artes visuais concedeu aos artistas um valor aproximado a R$ 16 mil para as montagens.

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