7.6.19

A Amazônia Visceral de Minni Paulo e Rafael Lima

40 anos de amizade e parceria musical entre Rafael Lima e Minni Paulo, trazendo ainda uma homenagem ao maestro Waldemar Henrique. O show Amazônia Visceral é nesta sexta-feira, 7 de junho, às 20h, no Teatro Gasômetro - Parque da Residência. Ingresso custa R$ 20,00 e meia entrada R$ 10,00.  

A apresentação desta noite é inédita. Minni Paulo e Rafael Lima já frequentam o palco, um do outro, há muito tempo, seja pelo país, na Europa e, mais recentemente, em 2017, no Jacofest, festival realizado por Rafael Lima em Belém.  O quarteto Equilibirum, de Minni Paulo, acompanhou o violonista e cantor em sua apresentação, mas é a primeira vez que se produz um show especial provocando o encontro de suas obras, ressaltando o talento do contrabaixista, como arranjador e os vocais do violonista. 

Tudo isso acompanhados, mais uma vez, por Robenare Marques, ao piano, Elias Coutinho, nos saxofones, e Tiago Belémn, na bateria. Já a homenagem ao Maestro Waldemar Henrique entra no pacote dessas 4 décadas e  marca a presença do compositor na carreira de ambos. Minni Paulo fez uma música dedicada a ele em seu primeiro CD, e Rafael Lima foi acompanhado por ele, ao piano, em “Foi Boto Sinhá”, um registro feito na casa do próprio maestro para o programa Som no Tucupi da Tv Cultura do Pará. 


Nesta semana os ensaios deram forma à direção musical de Minni e Rafa. Além disso, a música "visceral" de linguagem "amazônica" que emergem em  inspirações na obra de ambos, será realçada pelas projeções que trazem o design de imagens de Nando Lima, do Estúdio Reator, com operação do VJ Lobo. A visualidade conta ainda com desenho de luz de Thiago Ferradaes, e a direção artística de Carlos Canhão Brito. A produção executiva é minha, Luciana Medeiros, em parceria com Milton Kanashiro. 
Minni e Rafa
Foto: Cláudio Ferreira


Os músicos se encontraram entre 1974 e 1975, no lendário Sol do Meio Dia, considerado o primeiro grupo de música instrumental independente de Belém.  Minni e Rafa depois seguiram carreira solo com apresentações no Rio e São Paulo, ganhando o mundo com apresentações pelo exterior, mas sempre se cruzaram pelas estradas da vida tocando e fazendo parcerias musicais, dentro e fora do palco.

Mini Paulo gravou no terceiro CD de Rafael, na Suíça, e juntos realizaram tournée, indo até a Martinica participar do Festival de Cultura e Jazz. Entre outras afinidades e para além de suas próprias carreiras, os dois músicos desenvolvem projetos que promovem a música brasileira em conexão com a produção musical paraense, por meio dos festivais JacoFest e Baicool Jazz Festival. 

4 décadas investindo na música instrumental 


Minni Paulo
Foto: Cláudio Ferreira
Minni Paulo iniciou carreira na década de 70 em Belém. Foi cofundador do experimental Sol do Meio Dia. Anos mais tarde, saiu de Belém a convite do músico Johny Alf, com quem participou de turnês como baixista. Vivendo por muitos anos entre São Paulo e Rio de Janeiro onde tocou em turnês nacionais e internacionais de artistas brasileiros como Luiz Melodia, Elza Soares, Tim Maia, Zezé Motta e Ângela Rorô. 

Nos anos 1990, retorna a Belém com intenção de montar seu próprio grupo de musica instrumental, o Sociedade Marginal, e dá inicio a pesquisa para realização de seu primeiro álbum, “Floresta das Chuvas”, com notáveis elogios da critica nacional, o que o levou a fazer diversos concertos pelo Brasil e Europa, concretizando assim uma carreira solo como compositor e instrumentista. 

Premiado no Itaú Cultural, em 2003, surpreende lançando, através da sua produtora “Zoé”, o “Baiacool Jazz Festival”, o primeiro Festival de Jazz da Amazônia. Em setembro do mesmo ano, participa da II Bienal de Música de Belém, com seu grupo Minni Paulo e Mp3. Em 2008, lança a primeira casa dedicada a musica instrumental na capital paraense, o Baiacool Jazz Club.

Em janeiro de 2009, é uma das atrações principais do Fórum Social Mundial, realizado em Belém do Para, onde se apresenta para um público de 20 mil pessoas, entre elas, chefes de estado e personalidades importantes nacionais e internacionais. 

No ano seguinte, recebe o prêmio “Waldemar Henrique” por sua importância artística na cidade de Belém. Após anos de dedicação no fomento da cultura e da música instrumental no Estado do Pará, Minni Paulo volta a se dedicar à carreira solo. Gravando “Voar”, em 2015, entre o Rio de Janeiro e São Paulo, com lançamento em 2018, em Belém do Pará. 

O linguajar caboclo e ligeiro na música de Rafael


Rafael Lima
Foto: Cláudio Ferreira
Rafael Lima, com sua maneira rápida de cantar o linguajar do caboclo Amazônida, também encantou plateias pelo mundo afora, começando por são Paulo e Rio de Janeiro, em 1984, quando se mudou de Belém. Em São Paulo foi convidado para fazer o projeto Pixinguinha em tournée nacional dividindo o palco com o saudoso Belchior. Depois foi ao Canadá, a Suíça, Europa e mundo afora.

A partir do Canadá, pra onde se mudou no final de 1986, Rafael foi convidado para tocar em festivais de "jazz music", chegando a ser considerado pela crítica especializada como "The best latin jazz band de Toronto". Em 1994, já radicado na Suíça, tocou no Festival Internacional de Jazz de Montreux, onde inaugurou a "Miles Davis Hall"; uma sala de concertos para 3 mil pessoas, onde Miles Davis, tocou pela última vez em vida.


De volta a Belém, numa breve passagem, se reencontra com o maestro Waldemar Henrique, resultando numa gravação de “Foi Boto Sinhá” para o programa “Som no Tucupi”, da Tv Cultura do Pará. A amizade com o maestro já era alimentada desde 1971, quando Waldemar Henrique participou como júri de um festival que Rafael Lima cantava, e depois com o "Sol do Meio Dia", que sempre cantou e tocou o repertório do maestro.

É neste clima de amizade e décadas de muitas histórias, que o projeto Amazônia Visceral pretende fortalecer ainda mais os elos daquilo que sempre os uniu, a música instrumental, além e da parceria musical, que segue a mil, sempre que os dois se encontram. 

Amazônia Visceral - Ficha Técnica

Direção Musical:  Minni Paulo e  Rafael Lima
Banda: Minni Paulo (contrabaixo) e Rafael Lima (violão e voz); Robenare Marques (Piano Elétrico e Synth); Elias Coutinho (Saxofones) e Tiago Belém (bateria).
Direção Artística: Carlos Canhão Brito Jr.
Produção: Carlos Canhão Brito Jr e Luciana Medeiros
Roadie: Patrick Moraes
Desenho de Luz: Thiago Ferradaes
Áudio e gravação: Silvio Amorim
Design de Imagens: Nando Lima
Operação de projeção: VJ Lobo
Fotografia e vídeo: Cláudio Ferreira e Otávio Henriques 
Designer: Vilson Vicente
Audiovisual: Felipe Cortez e Felipe Negídio.
Produção Executiva: Central de Produção Cinema e Vídeo na Amazônia e Milton Kanashiro – Arte, Cultura e Cidadania.

Apoio 
TV Cultura do Pará
Na Figueredo
Salão Eskalp
Pro Music
Maralux
Doceria Amorosa
Estúdio Reator

Realização 
SECULT – Governo do Estado do Pará.

Serviço
Show Amazônia Visceral – 40 ANOS - Rafael Lima e Minni Paulo. Dia 7 de junho, às 20h, no Parque Musical Teatro Gasômetro, com realização da Secult Governo do Estado. Ingressos à venda, antecipadamente no Núcleo de Conexão Na Figueredo – Av. Gentil Bittencourt -, Salão Eskalp – Trav. João Balbi - e Gasômetro – Parque da Residência: R$ 20,00. No dia do evento serão vendidos também à meia entrada R$ 10,00. Mais informações pelo 91 98134.7719 (WhatsApp).

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