10.12.08

A outra Margem de Diô Viana


O Sistema integrado de Museus e Memoriais abre na Galeria Fidanza, do Museu de Arte Sacra, a exposição "A outra Margem" de Diô Viana, com vernissage às 19h30 e período de visitação de 11 a 28 de dezembro, de terça a domingo das 10 às 18h.

Diô Viana faz parte de uma classe de artistas à qual podemos denominar de 'andarilha', o artista possui muitos quilômetros percorridos, diversas texturas, cores, sombras e luzes já vistas e sentidas, muitos espaços tornados afetivos.

Sua Amazônia pueril transformou-se numa 'floresta do mundo'. Agora ela é uma paisagem híbrida resultante do cruzamento de diversos odores, sons, temperaturas e mat(r)izes adquiridos no decorrer dos percursos. Cada nova parada modifica seu olhar e, conseqüentemente, seu trabalho ganha e perde elementos, evidenciando, assim, a transformação constante em sua produção visual.

Além de pintor, desenhista e gravador, ele é também um impressor profissional que atuou junto a importantes artistas brasileiros, dentre eles Marília Rodrigues e Fayga Ostrower. "Todo gravador deveria saber um pouco de impressão. Saber explorar os potenciais de expressão da própria placa. Isso é bem importante. Você pode interferir de maneiras diferentes e acrescentar coisas na placa para enriquecer uma gravura", declara Diô.

Sendo sua trajetória marcada pela gravura e pela pintura, poderemos constatar as afinidades entre uma e outra técnica na mostra "A outra Margem" que o artista paraense , hoje residindo na cidade do México, traz a Belém,com abertura nesta quarta-feira 10 de dezembro na Galeria Fidanza do Museu de Arte Sacra. Composta de 15 pinturas nas quais, Diô usa como suporte o papel japonês e o reveste com inúmeras camadas de tinta acrílica, óleo em bastão, nanquim, grafite e um material não convencional recorrente em vários de seus trabalhos, o artista constrói a sua obra usando repertórios visuais da cultura popular com posturas artísticas eruditas.

Algumas imagens podem nos remeter à pintura corporal indígena e à pintura em cerâmica. Ao mesmo tempo em que, em determinados trabalhos ele acumula a matéria, em outros ele cava a tinta deixando o papel nu, descoberto. Cria assim uma nova textura que vibra diante do nosso olhar.

Serviço:
Local: Galeria Augusto Fidanza do Museu de Arte Sacra
Praça Frei Caetano Brandão s/ nº - Cidade Velha , Belém-Pará

Um comentário:

Anônimo disse...

Obrigada pela divulgação.
beijos.
Nina