22.4.24

Dia Nacional do Choro com celebração no domingo

Adamor do Bandolim
Foto: Sérgio Malcher
O dia oficial é 23 de abril, data em que nasceu Pixinguinha, mas a comemoração segue por toda a semana e no domingo, 28 de abril, conta com a presença de Adamor do Bandolim, em um evento marcado para começar às 15h na Casa do Gilson, um espaço que se destaca como reduto do choro paraense.

A apresentação de Adamor do Bandolim e o Grupo Gente de Choro na Casa do Gilson, neste domingo, 28,  promete ser um encontro entre gerações, honrando a tradição e a vitalidade do choro em Belém do Pará. 

A programação com o DJ Seu Edvaldo, do Música Paraense.Org, que vai mandar para a pista as marcantes do Choro e do Samba. Em seguida, às 17h30, inicia a Roda de Choro que, ao longo da noite, vai receber diversos convidados, como o Trio Lobita, Luiz Pardal, Jade Guilhon, Diego Santos e Thiago Amaral.

Adamor é uma figura referencial para a preservação e divulgação do choro na região. Integra o Gente de Choro, que possui mais de 35 anos de trajetória e é a maior referência do gênero no estado. Atualmente é formado com Gilson Rodrigues - violão 6 cordas; Mauro Ricardo - violão 7 cordas; André Souza - percussão, Paulo Borges – flauta e Adamor – Bandolim. 

Generoso, ele destaca com orgulho iniciativas como o Projeto Choro do Pará, ativo há 17 anos na formação de jovens músicos. "Como exemplo dessa juventude que atua no choro, temos Maria Paula Bosch, que toca bandolim, violino, do Ennio Gondim, que toca bandolim, cavaquinho, bem, entre outros", ressalta.

Adamor também celebra a criação do Instituto do Choro Amazônico (ICA), do qual é vice-presidente. "O gênero é uma tradição em toda a Amazônia, e por isso o Instituto chega para fortalecer e nos conectar. Temos representantes de todos os estados do Norte: Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins", explicou.

Paixão despertada pelos programas de rádio 

Foto: Sérgio Malcher
Sobre suas origens e trajetória, ele compartilha memórias de sua infância, quando já se encantava com o choro. "Eu cheguei aqui a Belém no ano de 1952, aos meus 10 anos, e já ouvia execuções de choro através das rádios", recorda. Desde então, sua vida se entrelaça com a música e com os mestres que o influenciaram. E mesmo sendo uma grande referência em Belém e no país, ele faz questão de pontuar que não foi ele quem começou tudo por aqui.

Eu cheguei aqui a Belém com 10 anos e já ouvia execuções de choro através das rádios. Naquela época só existia a Rádio Clube do Pará e a Rádio Marajoara, que tinha um auditório e tinha um Grupo Regional que acompanhava certos cantores que se apresentavam. Cantavam valsas, cantavam samba e entre tudo isso aí, tinha o Choro. Então era seguida a influência do Rio de Janeiro”, relembra Adamor que cita ainda o nome de vários mestres que o inspiraram.

“Eu vi, naquela época, os mestres Catiá, Vaíco, Edir Proença, que era compositor e tocava violão. Depois que eu fiquei rapaz, eu vim pra Belém, onde acabei tocando com eles e outras figuras, como o Sabará, que tocava cavaquinho e o Marreta, que era violonista. Então eu não sou pioneiro, eu sou um seguidor. Estudei aqui em Belém até 1957, e fui para Macapá, onde eu comecei a tocar na rádio difusora de lá. Eu voltei aqui pra Belém nos anos 60 e aí já tinham mestres aqui”, afirma Adamor. 

Expectativas para o evento é unir gerações

Foto Aline Vieira: gerações
Quanto às expectativas para o evento na Casa do Gilson, Adamor expressa otimismo. "A expectativa que eu tenho é de uma excelente roda de choro, porque aí nós vamos unir gerações, dos antigos e da atual geração, certo?", disse.

O evento conta com um repertório diversificado, incluindo clássicos do choro e composições regionais, bem como obras de novos compositores locais. "Nós temos repertório para tocar a noite inteira sem repetir um choro. E essa meninada de hoje está, digamos assim, bebendo água nessa fonte, e estão desenvolvendo um trabalho muito lindo. Então, quem for o Gilson, vai presenciar", completou.

DIA NACIONAL DO CHORO

No dia 23 de abril, comemora-se o Dia Nacional do Choro, uma das mais importantes manifestações culturais do Brasil, conhecido por sua riqueza melódica e virtuosismo instrumental. A data coincide com o nascimento de um dos maiores ícones do gênero, o célebre Pixinguinha.

PROGRAMAÇÃO

DOMINGO, 28/04 - CASA DO GILSON

15h00 

Dj Seu Edvaldo (Clássicos do Samba e Choro)

17h00

Roda de Choro

Adamor do Bandolim: bandolim

Paulo Borges: Flauta

Mauro Ricardo: Violão 7

Gilson Rodrigues: Violão 6

Carlos Meireles: Cavaquinho

André: Percussão

18h30

Entrada de convidados

Marcelo Ramos: Violão 7 cordas 

Luiz Pardal: vários instrumentos

Ennio Gondim: bandolim

19h00

Entrada dos convidados 

Diego Xavier (violão sete cordas)

Jade Guilhon (Bandolim)

19h30

Entrada de convidado

Thiago Amaral (Clarinete)

20h00

Apresentação de convidado

Trio Lobita – Paulo Moura, Andrea Pinheiro e Thiago Amaral

20h30

Retomada de choro

Adamor do bandolim: bandolim

Paulo Borges: Flauta

Gilson Rodrigues: Violão 6 cordas  

Carlos Meireles: Cavaquinho

André Souza: Percussão

Diego Santos: Violão de sete cordas (convidado) 

Serviço

Celebração do Dia Nacional do Choro, com Adamor e convidados, na Casa do Gilson. Neste domingo, 28 de abril, das 15h às 23h. Ingressos R$10,00 ( antecipado)/Mesas R$ 60,00. No dia o ingresso será R$15,00 .

Pagamentos serão via pix

(91) 989239129 (Aline Vieira)

Apoio: Casa do Gilson, Silvio Amorim, Holofote  Virtual – Com. Arte Mídia 

Produção: Avieira Cultural

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