10.12.18

1o Festival de Curtas agita Bragança nesta semana

A Pérola do Caeté sedia o 1º Festival Curta Bragança, com programação nos dias 13 e 14 de dezembro, com objetivo de divulgar o curta brasileiro, fortalecer o diálogo entre os produtores nacionais e regionais, além de promover a produção audiovisual bragantina. Os premiados receberão o troféu "Valdir Sarubbi", em homenagem póstuma ao artista plástico bragantino, e o troféu Fabra. A realização é da Faculdade de Bragança – Fabra - e da Sapucaia Filmes. O festival conta com programação na Universidade Federal do Pará, campus Bragança, Rádio Educadora, Fabra e Praça das Bandeiras.

Divido em duas mostras competitivas, Mostra Curta Brasis e Mostra Curta Bragança, o festival traz ainda uma oficina de documentário, cujas inscrições ainda estão abertas até esta quarta-feira, 12. O evento oferece aos vencedores de cada categoria o troféu Valdir Sarubbi, homenagem “in memorian” ao artista plástico bragantino. O melhor filme do festival receberá o troféu Fabra.

Foram inscritos 42 dois filmes de São Paulo, 21 do Rio de Janeiro, 14 do Pará, 12 de Minas Gerais, 12 de Goiás, 6 da Bahia, 6 do Ceará, 5 do Rio Grande do Sul, 3 do Espírito Santos, 3 da Paraíba, 3 de Santa Catarina, 3 de Sergipe, 2 do Rio Grande do Norte, e 1 do Maranhão, 1 de Rondônia, 1 do Mato Grosso e 1 do Paraná. Seis filmes estão concorrendo também no concurso de melhor cartaz da edição 2018 do festival curta Bragança. A eleição é feita por enquete eletrônica no site oficial do festival, com votação até dia 13 de dezembro.

Na abertura, às 19h, no dia 13 de dezembro, o cerimonial conta com a exibição de um vídeo sobre o artista plástico bragantino Valdir Sarubbi, completando este ano 18 anos de saudades, com breve apresentação da professora e mestra Mariana Bordallo, que defendeu tese na UFPA sobre a representação da cultura bragantina na obra e vida do artista, falecido no ano 2000, em Sã Paulo.

“Estou muito feliz com esta homenagem, porque esse sempre foi meu objetivo quando fiz o Mestrado sobre ele, de trazer essa figura, não só o artista, mas a pessoa que ele foi, para ser reconhecida pelo povo bragantino. Ele não foi uma pessoa que nasceu aqui e foi embora, ele é muito próximo, viveu e conviveu, estava sempre perto, assimilou essa cultura, além da família dele ser daqui. 

Temos essa mistura de índio, português e negro. E quando Valdir resolveu deixar o Direito e fazer Arte, isso acabou aparecendo no trabalho. Em qualquer lugar onde sua obra está, a gente o reconhece como artista amazônico. E quem conhece a cultura bragantina, reconhece esta se manifestando na arte dele”, diz a professora e pesquisadora.

Mariana é graduada em Letras e Artes (UFPA), com especialização em Sociologia e Educação Ambiental com a monografia Pensar em Natureza é Falar de Arte (UEPA) e mestrado em Linguagens e Saberes da Amazônia com a dissertação Memórias que Tecem Arte - memórias afetivas e raízes culturais na obra de Valdir Sarubbi (UFPA/campus de Bragança), e professora da SEDUC. Além da abertura, ela realiza no dia seguinte, 14, uma roda de conversa  intitulada "Memórias que tecem arte", às 17h, Universidade Federal do Pará, campus Bragança.

Valdir Sarubbi foi um dos artistas plásticos mais significativos da região amazônica. Ele nasceu em Bragança, foi morar em São Paulo e apresentou seus trabalhos em muitos países da Europa e da América. Através de sua arte podemos identificar não só suas memórias afetivas, a família e os amigos, mas também, a cultura bragantina e amazônica. Conhecer a arte e a vida de Sarubbi permite aos bragantinos reconhecer-se e conhecer um pouco mais da história e da cultura de sua cidade.

A abertura do Festival Curta Bragança contará ainda com a exibição de um filme promocional do festival e show de Alex Ribeiro, músico e compositor da zona do salgado. Para San Marcelo, idealizador e coordenador do evento, o festival vem para marcar e gerar links da identidade cultural bragantina com o Brasil e com o mundo.

“O polo audiovisual de hoje formado em nossa região é de natureza complexa. Neste sentido, o festival busca reverberar uma produção inquieta, sem amarras, livre nas suas formas de expressão e linguagem estética e de gêneros, abarcando novos formatos, gerando novas posturas, abordagens, análises e conteúdo”, explica San Marcelo.

Na programação entre outras atividades paralelas, também será realizada a oficina "Documentando - O Cinema do Possível", que busca historiografar e dar ferramentas para que os participantes experimentem e discorram audiovisualmente sobre o gênero documental, que com o passar das décadas subverteu essa convenção e hoje é uma forma própria de arte – o cinema documentário. 

Abordar as diferentes vertentes, linguagens e estilos, partindo de exemplificações, além de fornecer diretrizes do “Cinema do Possível” para a construção narrativa e estética de filmes documentais dentro dessa perspectiva. Exercícios práticos serão aplicados, além do compartilhamento de técnicas de entrevista e de dinâmicas sobre a construção de ideias e personagens.

Oficina de Documentário

"DOCUMENTANDO - O CINEMA DO POSSÍVEL" - 14 de dezembro - manhã e tarde.
Local: Universidade Federal do Pará
Carga horária: (6 horas/aula)
Ministrante: Lorenna Montenegro – roteirista, jornalista, integrante do Coletivo Elviras de Críticas de Cinema e filiada à ACCPA.

As inscrições ainda podem ser feitas até dia 12 de dezembro, na Secretaria de Cultura, Desportos e Turismo (Estação cultural Armando Bordallo - Praça dos Eventos), das 8h às 14h, com direito a certificado. A taxa de inscrição é R$ 20,00 (vagas: 20).

PROGRAMAÇÃO

Quinta-feira, dia 13
Auditório Maria Lucia Medeiros – UFPA-Bragança

  • 19h – Cerimonial de Abertura do Festival
  • Exibição do Vídeo – Valdir Sarubbi / Breve apresentação por Mariana Bordallo.
  • Exibição de um filme promocional do festival.
  • Show com Alex Ribeiro

Sexta-feira, 14

Auditório Maria Lucia Medeiros – UFPA-Bragança
Das 9h às 11h30 - Das 15h às 17h -  Exibição da Mostra Competitiva

Auditório Fundação Educadora de Comunicação
17h – Roda de conversa - Memórias que tecem arte – Mariana Bordallo

Sala I – FABRA-Bragança
9h às 11h30 - Oficina de Documentário – Ministrada por Lorena Montenegro

Auditório Faculdade de Bragança – FABRA
15h às 17h30 - Oficina de Animação – Ministrada por Rosinaldo Pinheiro

Na Praça das Bandeiras
9h às 11h30 - Exibição da Mostra Competitiva 
15h às 17h30 - Exibição da Mostra Paralela

Auditório Maria Lucia Medeiros – UFPA-Bragança
17h30 às 19h - Exibição da Mostra Paralela (Sessão Livre)

20h – Cerimonial de encerramento do Festival
Exibição dos três filmes ganhadores do festival (Trechos).
Entrega da premiação.

MOSTRA CURTA BRASIS (20 FILMES SELECIONADOS)

  • À luz do sol - Documentário - 13min16s       - Belém/Pará - Edielson Shinohara – Cor -2017
  • A mulher do treze – Ficção - 16min-Vitória/Espirito Santo - Rejane Arruda- Cor- 2017
  • Aquarela-Ficção -15min - São Luiz / Maranhão - Thiago Kistenmacker e Al Danuzio – Cor-2018
  • Arquitetura do abismo – Experimental -17min-São Paulo -Pietro Santurbano – Cor-2018
  • BOLHA - Animação - 15min - Recife/Pernambuco-Mateus Alves  -Cor-2018
  • Caranguejo Homem –Ficção - 17min-São Paulo-Aline Pellegrini e Wallyson Mota-Cor-2018
  • Da terra vem-Documentário/Etnográfico-14min-Pelotas/Rio Grande do Sul-Camila Albrecht e Takeo Ito-Cor-2017
  • De Vez em Quando, Quando Eu Morro, Eu Choro-Ficção-15min-João Pessoa/Paraíba-R.B. Lima-Cor-2017
  • Em Torno do Sol-Ficção-12min-Natal / Rio Grande do Norte-Júlio Castro e Vlamir Cruz-P&B-2017
  • Fantasia de Índio-Documentário-18min-Recife/Pernambuco-Manuela Andrade-Cor-2017
  • Impávido Colosso-Documentário-15min-     Aracaju/Sergipe-Fábio Rogério e Marcelo Ikeda-Cor-2018
  • Kátharsis-Ficção-18min-Caxias do Sul/Rio Grande do Sul-Mirela Kruel-P&B-2017
  • Majur-Documentário-20min-Rondonópolis/Mato Grosso-Rafael Irineu-Cor-2018
  • Maria-Documentário-16min44s-Manaus/Amazonas-Elen Linth e Riane Nascimento-Cor-2017
  • Marias –Ficção-15min--Goiânia/Goiás-Edem Ortegal-P&B-2017
  • O Malabarista-Animação-11min-Goiânia/Goiás-Iuri Moreno-Cor-2018
  • Um Café e Quatro Segundos-Ficção-15min-Rio de Janeiro-Cristiano Requião-Cor-2018
  • Um filme de Baixo Orçamento-Ficção-13min-São Paulo-Paulo Leierer-Cor-2018
  • Vidas Cinzas-Documentário-15min-Rio de Janeiro-Leonardo Martinelli-P&B-2017
  • Você, morto-Ficção-19min-      Vila Velha/Espirito Santo-Raphael Araújo-Cor-2018


MOSTRA CURTA BRAGANÇA (6 FILMES SELECIONADOS)

  • Africateua-Etnográfico-19min36s-Bragança/Pará-Danilo Asp-Cor-2018
  • Covato – Desenterre seus segredos-Ficção-16min-Santarém/ Pará-Emanoel Franklin-Cor-2018
  • Me entende mais - Ficção - 11min-Belém-Pará-João Luciano-Cor-2018
  • Na Boca do Peixe-Documentário-8min- Bragança/Pará - Almirzinho Gabriel-Cor-2002
  • Pena e Maracá – A Encantaria do Fundo-Documentário/Etnográfico-20min- Rio de Janeiro-Leonardo Carrato e Daniel Meneguelli-Cor-2018
  • Shala-Ficção-11min- Belém/Pará-João Inácio-Cor-2016

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