Marca paraense de slow fashion, a Da Tribu cria moda com conceitos sustentáveis e em respeito aos saberes tradicionais dos povos da floresta, e tem suas peças expostas em diversos pontos físicos do Brasil e também com sua loja virtual. Tendo como base o fio de algodão ecológico banhado em látex, a marca dá novo lugar à borracha, alem de colaborar com a sociobiodiversidade a partir das parcerias com famílias de comunidades ribeirinhas que vivem nos arredores insulares de Belém.
Tainah Fagundes, diretora de criação, explica que a nova coleção é repleta de diálogos com o mundo e com o próximo, idealizada a partir das mudanças em toda sociedade provocadas pela pandemia do novo coronavírus. “Nos perguntamos o que as pessoas estavam buscando para si e percebemos fortemente uma reconexão com o espaço em que se vive, com a casa, por exemplo”, pontua, destacando a versatilidade das peças, assinadas por Reg Coimbra e Bruna Bastos, designers paraenses da Jambo Estudio.
A mochila pode ser usada como bolsa em uma ocasião mais sofisticada; os cachepôs servem para abrigar vasos de plantas e também como cestos para objetos e frutas. “Nos interessou pensar nesses desdobramentos e por isso chamamos a Reg e a Bruna para conceber o design dos produtos, bem como as estampas”, revela Tainah. Outras parcerias também foram fundamentais: o coletivo Costuraê, projeto que reúne costureiras dos bairros do Guamá e Terra Firme, em Belém; e a comunidade Pedra Branca, na ilha de Cotijuba, que produziu o TEA, há mais de três anos parceira da Da Tribu.
Kátia, Manoel e Corina |
“A lona foi tingida e tratada, para ser amaciada. É um momento de ressignificar e parar de produzir excessos, apostar em produtos atemporais e com mais tempo de vida útil”, defende a criadora da marca Kátia Fagundes sobre o conceito da coleção, que permeia também toda a trajetória da marca, com o uso constante de materiais recicláveis, matéria-prima renovável e investimento na relação com comunidades na capital paraense.
Antes do TEA, a Da Tribu desenvolveu peças com fios emborrachados, com o látex, em parceria com a mesma comunidade. Agora, a expectativa é que com o novo maquinário, a produção aumente e que traga mais retorno financeiro. “Vimos que a produção é bem maior, tivemos uma demanda bem grande e isso impacta no nosso mundo financeiro dentro da comunidade”, diz Corina Magno, produtora dos fios e tecidos da Comunidade Pedra Branca.
A Da Tribu já tem uma história de concepção de produtos veganos e sustentáveis e o design para a coleção Nortear surgiu do desejo conjunto entre a marca e o Jambo Estúdio. “Já havia uma admiração e interesses em comum há algum tempo. Da Tribu e Jambo são tocadas por mulheres amazônidas, empreendedoras, que pensam de forma parecida e que acreditam na potência das parcerias”, diz Reg Coimbra.
Cachepôs |
A Da Tribu nasceu em Belém, no ano de 2009, pelas mãos de Kátia Fagundes, que deu vida aos primeiros acessórios, ainda de crochê, como uma alternativa econômica para dar conta da casa e dos filhos Tainah, Moahra e Kauê. Com sua energia e força, as peças se expandiram em outras formas de experimentação de artesania e hoje o látex é quem se molda na criação de brincos, colares, pulseiras, anéis e os mais diversos acessórios que aliam sofisticação, beleza e sustentabilidade junto com o papel reciclado.
Serviço
Lançamento da coleção NORTEAR - Da Tribu - Nesta quinta-feira, 10, via Instagram @datribu e Facebook www.facebook.com/datribuacessorios.
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