25.1.10

Fórum reúne artistas para discutir o que é política pública para teatro

Movimento teatral paraense se mobiliza para a II Conferência Nacional de Teatro que acontece em março, na cidade de Brasília. As fotos são de Carlos Vera Cruz.

Depois do Encontro da Rede Teatro da Floresta, dia 12, da Videoconferência Regional, dia 15, e da Assembléia Setorial de Teatro do Pará, no dia 16, foi aberto um Fórum Livre e Permanente de encontros para conversas sobre a produção de teatro paraense.

O primeiro encontro aconteceu no dia 18, no Teatro Gasômetro, reunindo representantes de grupos e movimentos de teatro. Nesta primeira reunião os participantes decidiram os próximos temas a serem debatidos.

O segundo que acontece hoje, 25, a partir das 19h, na sala multi-meios do IAP – Instituto de Artes do Pará. Será discutido “O que é política pública para teatro”, tema que será conduzido pelo ator e diretor Nando Lima, da área de cênicas do IAP, e por Karine Jansen, diretora da Escola de Teatro e Dança da UFPA.

“A maneira como os governos se portam diante dos artistas de teatro, de como os artistas se portam diante dos governos, as políticas de financiamento, a disponibilidade de espaços públicos ociosos e a distribuição dos recursos públicos para teatro são exemplos de assuntos que apareceram e que devem estar presentes neste encontro”, explica Paulo Ricardo, do grupo In Bust, do Movimento Briga Teatro e articulador da Rede Teatro da Floresta.

Para os próximos encontros, marcados sempre para as segundas-feiras seguintes, os assuntos serão, respectivamente: “Plano Municipal de Teatro – Diretrizes e Ações” e “Plano Estadual de Teatro – Diretrizes e Ações”.

“Outros assuntos foram propostos, a partir das falas de todos: “Teatro e Representação de Classe”, que será o tema do 4º encontro (ainda sem data marcada) e “Custo Amazônico para o teatro no Pará”, que será elaborado por mim e pela Karine Jansen, mas sem data prevista ainda”, diz Paulo.

Assembléia - A realização da Assembléia Setorial de Teatro foi uma iniciativa da sociedade civil com organização de uma comissão formada por integrantes da In Bust Teatro com Bonecos, da Associação de Teatro e Dança da Amazônia, da Cia Fênix de Teatro, da Rede Teatro da Floresta, do Movimento Briga Teatro e da Cia de Dança Waldete Brito e da Escola de Teatro e Dança da UFPA, além do representante regional do Ministério da Cultura, Delson Cruz, que viabilizou a estrutura da Assembléia.

Numa ampla mobilização, a assembléia conseguiu reunir cerca de 80 pessoas atuantes nas artes cênicas no estado.

No Teatro Cláudio Barradas da Escola de Teatro e Dança da UFPA, naquela sexta-feira, 16, a partir das nove da manhã, estavam presentes atores, diretores, bailarinos, coreógrafos, dramaturgos, professores, dirigentes públicos ligados à cultura e representantes do IAP, Secult e Funarte, entre outros que de alguma forma se sentem envolvidos com arte e cultura.

O objetivo da assembléia foi discutir políticas públicas para as artes e cultura no estado e restabelecer o engajamento dos artistas, elegendo também uma delegação que irá representar a classe em Brasília, durante a II Conferência Nacional de Cultura, no mês de março.

Na eleição dos delegados, que aconteceu durante a parte da tarde, os participantes, divididos em grupos, por temas, elaboraram as propostas que serão levadas à conferencia nacional.

“Ainda que parecesse um re-make, e que essa aparência infelizmente tenha afastado alguns "vacinados", um olhar mais próximo deu o foco da pretensão para além de governos. Além da participação quantitativa, a maioria presente se empenhou em discutir, levantar propostas e escolher a delegação para a Pré-conferência Setorial Nacional”, disse Paulo Ricardo, eleito um dos delgados.

Também foram eleitos Wlad Lima, da ETEDUFPa e o ator Leonel Ferreira (Cia. Madalenas), com os suplentes João Guilherme Ribeiro, Patrícia Baia e José Meireles.

Todos eles, articuladores da Rede Teatro da Floresta, que vem desde o ano passado sendo constituída e sendo instrumento de mobilização, discussão e disponibilização de conteúdos artísticos produzidos em toda a região Amazônica.

“Mesmo que possa parecer imatura e tímida nossa pretensa contribuição para o Plano Nacional Setorial de Teatro, há de se sublinhar que o sumo das propostas levantadas é a fala de cerca de 80 teatreiros do Pará. Mais ainda, se considerarmos que os que estavam presentes eram representantes de grupos e podemos mutiplicar esta quantia. Fala que respaldará, em Brasília, diante de delegações de todo o Brasil, a presença da delegação escolhida, que também vai compor uma voz regional em torno de um tema comum: O Custo Amazônico”, disse Paulo.

Serviço - Rede Teatro da Floresta - Para conhecer, acesse: http://redeteatrodafloresta.ning.com/

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