Na próxima quinta-feira, 14, o Museu da Imagem e do Som do Pará inaugura o cineclube Cine Na Memória, com o documentário “O arquiteto régio do Grão Pará – Landi”, película de 1978.
Dirigido por Mário Carneiro, o documentário trata da vida e obra do arquiteto italiano Antonio José Landi, que chegou em Belém do Pará em 1753.
Com duração de apenas 21 minutos, o filme mostra o Palácio do Governo, a Igreja da Matriz (ao lado, o retábulo criado por Landi) e de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos.
Na opinião do coordenador audiovisual do MIS-PA, Afonso Galindo, o tema Memória ainda é pouco debatido na sociedade em geral.
“Mesmo no meio acadêmico ele ainda não é debatido de maneira salutar. Visando ampliar a discussão e a percepção da importância do tema, o Museu da Imagem e do Som do Pará lança este projeto”, informa.
A programação conta também com discussões após a sessão. Haverá mesa de debate com o tem “Landi e a cidade” a ser formada por Maria Dorotéa de Lima, superintendente do IPHAN no Pará; Elna Trindade, arquiteta do Fórum Landi, Lélia Fernandes, historiadora e Diretora de Patrimônio da Secult e José Julio Lima, arquiteto (a confirmar).
O debate será uma maneira também de homenager Belém em sua semana de aniversário, assim como ampliar, para o público em geral, a discussão e a percepção da importância do tema.
O cineclube Na Memória será, em pricípio, quinzenal, sempre com exibições no mini-auditório do Museu de Arte Sacra (MAS). Serão contempladas as produções anteriores à década de 80. Além do acervo do MIS-Pa, o espaço também exibirá material do acervo de outros espaços audiovisuais.
Cineasta faz parte da história do cinema brasileiro
Francês de nascimento e brasileiro por opção, o diretor que abre a programação do cineclube do MIS-Pa, Mário Carneiro (1930 - 2007), foi formado em arquitetura, tendo também incursionado pelas artes plásticas (pintura e gravura).
Carneiro se interessou pelo cinema no início da década de 1950, ao ganhar uma câmera Bolex da família. Com ela, fez de forma amadora alguns curtas.
Trabalhou com montagem e direção e foi responsável pela fotografia de vários clássicos da cinematografia brasileira.
Em 2007, fumante inveterado, morre no Rio de Janeiro, aos 77 anos, vítima de câncer e foi enterrado no Cemitério São João Batista, em Botafogo, zona sul do Rio.
Na ocasião foram realizadas diversas mostras de seus filmes, no Brasil inteiro. O diretor tem em sua trajetória mais de 40 filmes, entre curtas e longas.
O trabalho de Mário Carneiro foi reconhecido pela crítica, ainda na época em que ele tinha um escritório de Arquitetura, com Arraial do Cabo (1958), no qual atuou como co-diretor ao lado de Paulo César Saraceni.
O filme recebeu vários prêmios internacionais e ele foi responsável pela fotografia, roteiro e, depois, fez a montagem e botou a música.
Na década seguinte, sua carreira no cinema ganha em importância com Cinema Novo. Em Porto das Caixas (1962), também de Saraceni, fez sua primeira direção fotográfica em longa, firmando-se como fotógrafo de cinema.
A partir de então, realizou a direção de fotografia de Garrincha, alegria do povo (1962) e O padre e a moça (1965) ambos de Joaquim Pedro de Andrade, Todas as mulheres do mundo (1965) e Edu, coração de ouro (1966), ambos de Domingos Oliveira, O crime do Sacopã (1963), de Roberto Pires, e A derrota (1965) e O engano (1967), ambos de Mário Fiorani, entre outros.
Com A casa assassinada (1973), outro de sua sólida parceria com Paulo Cezar Saraceni, recebeu os prêmios de melhor fotografia da Associação de Críticos de São Paulo e de melhor montagem em Brasília.
Em 1978, além de ter feito o filme que será visto nesta quinta-feira no MIS-PA, ele ainda foi câmera e diretor de fotografia de Di (1978), curta-metragem de Glauber Rocha premiado em Cannes (na fotografia acima).
Participou tembém de “500 Almas (2005)”, documentário dirigido por Joel Pizzini, com o qual ganhou prêmio de Melhor fotografia, no 37º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro.
Dirigido por Mário Carneiro, o documentário trata da vida e obra do arquiteto italiano Antonio José Landi, que chegou em Belém do Pará em 1753.
Com duração de apenas 21 minutos, o filme mostra o Palácio do Governo, a Igreja da Matriz (ao lado, o retábulo criado por Landi) e de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos.
Na opinião do coordenador audiovisual do MIS-PA, Afonso Galindo, o tema Memória ainda é pouco debatido na sociedade em geral.
“Mesmo no meio acadêmico ele ainda não é debatido de maneira salutar. Visando ampliar a discussão e a percepção da importância do tema, o Museu da Imagem e do Som do Pará lança este projeto”, informa.
A programação conta também com discussões após a sessão. Haverá mesa de debate com o tem “Landi e a cidade” a ser formada por Maria Dorotéa de Lima, superintendente do IPHAN no Pará; Elna Trindade, arquiteta do Fórum Landi, Lélia Fernandes, historiadora e Diretora de Patrimônio da Secult e José Julio Lima, arquiteto (a confirmar).
O debate será uma maneira também de homenager Belém em sua semana de aniversário, assim como ampliar, para o público em geral, a discussão e a percepção da importância do tema.
O cineclube Na Memória será, em pricípio, quinzenal, sempre com exibições no mini-auditório do Museu de Arte Sacra (MAS). Serão contempladas as produções anteriores à década de 80. Além do acervo do MIS-Pa, o espaço também exibirá material do acervo de outros espaços audiovisuais.
Cineasta faz parte da história do cinema brasileiro
Francês de nascimento e brasileiro por opção, o diretor que abre a programação do cineclube do MIS-Pa, Mário Carneiro (1930 - 2007), foi formado em arquitetura, tendo também incursionado pelas artes plásticas (pintura e gravura).
Carneiro se interessou pelo cinema no início da década de 1950, ao ganhar uma câmera Bolex da família. Com ela, fez de forma amadora alguns curtas.
Trabalhou com montagem e direção e foi responsável pela fotografia de vários clássicos da cinematografia brasileira.
Em 2007, fumante inveterado, morre no Rio de Janeiro, aos 77 anos, vítima de câncer e foi enterrado no Cemitério São João Batista, em Botafogo, zona sul do Rio.
Na ocasião foram realizadas diversas mostras de seus filmes, no Brasil inteiro. O diretor tem em sua trajetória mais de 40 filmes, entre curtas e longas.
O trabalho de Mário Carneiro foi reconhecido pela crítica, ainda na época em que ele tinha um escritório de Arquitetura, com Arraial do Cabo (1958), no qual atuou como co-diretor ao lado de Paulo César Saraceni.
O filme recebeu vários prêmios internacionais e ele foi responsável pela fotografia, roteiro e, depois, fez a montagem e botou a música.
Na década seguinte, sua carreira no cinema ganha em importância com Cinema Novo. Em Porto das Caixas (1962), também de Saraceni, fez sua primeira direção fotográfica em longa, firmando-se como fotógrafo de cinema.
A partir de então, realizou a direção de fotografia de Garrincha, alegria do povo (1962) e O padre e a moça (1965) ambos de Joaquim Pedro de Andrade, Todas as mulheres do mundo (1965) e Edu, coração de ouro (1966), ambos de Domingos Oliveira, O crime do Sacopã (1963), de Roberto Pires, e A derrota (1965) e O engano (1967), ambos de Mário Fiorani, entre outros.
Com A casa assassinada (1973), outro de sua sólida parceria com Paulo Cezar Saraceni, recebeu os prêmios de melhor fotografia da Associação de Críticos de São Paulo e de melhor montagem em Brasília.
Em 1978, além de ter feito o filme que será visto nesta quinta-feira no MIS-PA, ele ainda foi câmera e diretor de fotografia de Di (1978), curta-metragem de Glauber Rocha premiado em Cannes (na fotografia acima).
Participou tembém de “500 Almas (2005)”, documentário dirigido por Joel Pizzini, com o qual ganhou prêmio de Melhor fotografia, no 37º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro.
2 comentários:
Como acho familia de Mário Carneiro?
estou tentando localizar o filme dele sobre o Pintor Cícero Dias.
Um fone ou um e-mail, por favor
Sou do Recife
Fernando.farias7@hotmail.com
Oi Fernando, entre em contato com o Museu da Imagem e do Som do Pará - 91 4009.8817. Ou pelo e-mail: "MIS Pará" <mis.para@gmail.com.
Vou repassar sua solicitação também a eles.
um abraço
Luciana
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