Livremente inspirado na obra do romancista Dalcídio Jurandir, o espetáculo “Solo de Marajó”, com Cláudio Barros, volta a ser apresentado no Cine Líbero Luxardo, às terças e quartas-feiras, sempre às 20h.
A peça reestréia no próximo dia 19 e contará com outras sessões nos dias 20, 26 e 27, deste mês, e 02, 03, 09 e 10 de fevereiro.
A montagem tem o patrocínio do Hangar Centro de Convenções da Amazônia, Secretaria de Estado de Cultura e Governo do Estado do Pará, com apoio da Fundação Cultural do Pará Tancredo Neves, Teatro Waldemar Henrique e Meg Mestre Gráfica e Editora. O empreendimento conta com a parceria do Centro de Danças Ana Unger e da Fundação Ipiranga.
Dirigida por Alberto Silva Neto, com dramaturgia de Carlos Correia Santos, assistência de direção de Papi Nunes, cenografia de Nando Lima, iluminação de Tarik Coelho e produção executiva de Milton Boulhosa, a produção é resultado de quatro meses de pesquisas, leituras de mesa e ensaios.
A criação do monólogo teve como matéria prima o romance “Marajó”, de Dalcídio. Claudio Barros, Alberto Silva e Carlos Correia se debruçaram sobre o livro e elegeram trechos da publicação que possuíam uma estrutura narrativa completa, personagens fortes e conflitos interessantes.
A partir daí, esses fragmentos foram rigorosamente dissecados e deles extraídas referências de espaços, sonoridades e ações físicas, que, depois, induziram a criação das cenas. Dessa forma, o texto encenado não foi construído previamente, e sim criado no dia a dia dos ensaios.
Técnica e projeto - No auge da maturidade técnica, Claudio consegue dar vida aos vários personagens de Dalcídio sem o auxílio de grandes recursos cênicos. A encenação prima pela simplicidade. A cenografia e o figurino são neutros e buscam ressaltar a presença do ator. A luz é precisa e sem efeitos. Com isso, a platéia é convidada a construir intimamente as paisagens nas quais a trama vai se passando.
“Solo de Marajó” é o primeiro espetáculo de uma trilogia de monólogos que Cláudio Barros decidiu fazer a partir da obra de autores paraenses. A idéia é trabalhar, num segundo momento, com o acervo de Benedicto Monteiro e, num terceiro momento, adaptar a obra não teatral de Carlos Correia Santos.
O Mestre - Criador do Ciclo do Extremo Norte, conjunto de romances que retratam a realidade social do homem da Amazônia, Dalcídio Jurandir nasceu na Vila de Ponta de Pedras, Ilha do Marajó (PA), em 10 de janeiro de 1909, filho de Alfredo Pereira e Margarida Ramos. Em 1927, viajou para o Rio de Janeiro, a bordo do navio Duque de Caxias. Na capital carioca, enfrentou várias dificuldades.
Foi lavador de pratos no Café e Restaurante São Silvestre. Conseguiu, após um breve tempo, o lugar de revisor, sem remuneração, na revista "Fon-Fon". Voltou a Belém no mesmo navio, tendo aproveitado a viagem para ler livros de clássicos portugueses e de poetas nacionais.
Em 1940, foi agraciado com o Prêmio Dom Casmurro de Literatura, concedido pelo jornal de mesmo nome e pela Editora Vecchi, com o romance "Chove nos Campos de Cachoeira". Faziam parte do júri, entre outros, Oswald de Andrade, Jorge Amado, Rachel de Queiroz e Álvaro Moreira.
Em 1945 e 1946, fez parte da redação do jornal “Tribuna Popular” e colaborou nos periódicos “O Jornal”, “A classe operária” e na revista “O Cruzeiro”. No ano seguinte, o livro “Marajó” foi editado pela Livraria José Olympio Editora.
Em 1972, a Academia Brasileira de Letras concedeu ao autor o Prêmio Machado de Assis de Literatura, pelo conjunto de sua obra, que lhe foi entregue por Jorge Amado. No dia 16 de junho de 1979, o escritor faleceu na cidade do Rio de Janeiro.
Texto: Release do espetáculo
Mais informações: http://solodemarajo.blogspot.com
3 comentários:
oi luciana,
parabéns pelo blog, super antenado!
vc pode passar o endereço do cine teatro libero luxardo?
obrigada e sucesso!
oi luciana,
parabéns pelo blog, é super antenado!
vc poderia passar o end do cine teatro libero luxardo?
abçs
maira.
Oi Maíra, o cine teatro Líbero Luxardo fica no Centur - Fundação Cultural do Pará Tancredo Neves -, na Av. Gentil Bittencourt, entre Quintino e Rui Barbosa. Fui assistir ontem o espetáculo e fiquei emocionada. Não deixe de ir ver!
bjos
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