
Foram dois anos de existência abrindo suas portas para a mais fina flor da música instrumental.
Mas, desde o início deste mês que o Baiacool Jazz Club está de portas fechadas, resolveu dar um tempo nas noites de Belém.
O músico e empresário Minni Paulo diz que é temporário e que neste momento ele se dedica a realização de mais uma edição do Baiacool Jazz Festival, que já tem data marcada para acontecer, 16 e 17 e 23 e 24 de julho, na praia do Farol Velho, durante o veraneio do município praiano de Salinas.
“O Baiacool Jazz Club, apenas saiu de cena. Não fechou, de vez”, diz Minni, que também esta arrumando as malas para passar mais uma temporada na Europa, gravando e fazendo turnês, após o festival de julho.

Na capital, o evento ganhará um novo nome. “O Rain Forest Jazz Festival terá uma forte ligação com a Europa. Minha ida para lá tem haver com isso, começar a estabelecer esta conexão entre músicos daqui e os europeus. As atrações para o festival de Belém serão essencialmente internacionais, mas sempre tendo as participações dos grandes músicos do instrumental paraense, claro”, diz o músico.
Quanto ao Baiacool Jazz Club, Minni explica que a idéia é voltar em 2012 com um espaço maior de entretenimento para os shows de música instrumental, tendo atrações especiais e internacionais a cada mês, mas também com pista de dança.

Depois ampliamos um pouco e passamos a funcionar na Mundurucus, mas ainda foi pequeno para comportar o público interessado em música instrumental”, diz referindo-se, principalmente, às últimas noitadas com o show de J. J. Jackson. É verdade, não deu para quem quis.
Contrabaixista, compositor, arranjador e produtor da “Zoe Agencia de Musica”, Minni Paulo criou o “Baiacool Jazz Festival”, o primeiro festival de Jazz da Amazônia, cuja primeira edição se deu em 2003.
De formação autodidata, Minni Paulo começou carreira na década de setenta, fundando junto com os amigos o Grupo “Sol do Meio do Dia”, que tinha como proposta o experimentalismo tanto rítmico como poético.
Na década de 70, chegou a compor a banda de John Alf, época em que fixou residência em São Paulo e onde passou a tocar com outros artistas da noite, obtendo a experiência e o amadurecimento que lhe trazem o reconhecimento de hoje.

Ao retornar para Belém, deu continuidade ao trabalho de música instrumental com a banda “Sociedade Marginal” e iniciou finalmente sua carreira solo.
No início dos anos 90, o talento logo o levou de volta à França, onde se estabeleceu em Paris e começou nova jornada de trabalho, que o permitia passar alguns meses no Brasil, vivendo assim durante seis anos.
De volta ao Pará, em 1997, faz uma pesquisa que resulta no seu primeiro CD, o excelente e raríssimo “Floresta das Chuvas”, gravado no Rio de Janeiro. O disco lhe rendeu vários elogios da crítica nacional.

Desde então, tem trazido para Belém e Salinas, tipos como Hermeto Pascoal, o grupo Cama de Gato, Toninho Horta, Paulo Levy & Nika, o Pata de Elefante, entre outros, além do sempre aclamado Leo Gandelman, já confirmado para este ano.
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