Com vernissage no dia 12 de junho, às 11h, na Elf Galeria, a nova exposição traz obras originais e mexe com a inquietação do instante criativo de romper a inércia, entrar no papel e tocar na tela.
Antes de chegar nesse momento, foram cinco anos “longe” de si próprio, das tintas e traços, numa caçada a 30 anos de arte.
Enquanto catalogava as obras, P.P. trabalhou com outras mídias, brincou e criou com outras formas de expressão, como a música, o desenho em três dimensões, a edição de vídeo, livro, a fotografia, a Internet e suas novas possibilidades.
Fissurado por estética e por se comunicar sentiu vontade de unir tudo aquilo (ZBrush, Encore, Photoshop, Premiere, In Design...) ao seu “vício visual", como fala da sensação visceral que tem ao bater o olho nas coisas, nas pessoas; a instigação de se sentir possuído por todas as descobertas e a vontade incontrolável de expressar esses sentimentos.
“Desses prazeres tá surgindo a nova série de desenhos, um desenvolvimento que me leva a pensamentos pessoais sobre Internet, MSN, rapidez, imagens, gratuidade, banalidade, essa fluidez, esse dinamismo do mundo. É uma forma d´eu me comunicar.
Então eu escrevo, eu desenho, eu pinto, eu mancho... porque o que eu mais adoro no meu trabalho, desde sempre, é o que não fizeram ainda, o por vir, o estar por fazer, essa perplexidade diante dos acontecimentos, o meu embate técnico de ver uma coisa assim que eu nunca pensei fazer e construir, esteticamente, aquele raciocínio, aquele pensamento, que nem sei o que é, mas imagino que seja isso também. Então, é uma coisa assim... nós na nuca, pirulitos n´água”, conta P.P.
Os desenhos feitos sobre papel A4 - o tamanho normal de reproduções corriqueiras, acessíveis - mostram esse encontro espontâneo do artista experiente com o novo; a consciência do desenho com a pesquisa da arte; o interesse por imagens que não dizem muita coisa, mas estão lá na Internet, ninguém sabe pra quê, mas estão lá e interessam ao artista – os “pirulitos n´água”.
Pirulitos da banalidade de tudo e que dão “nós na nuca”. Segundo ele, os nós propriamente ditos; os nós das pessoas, “como cavalos nas nucas de outros cavalos”; nós de tensão desse mundo doido, onde encontra inspiração.
E na coincidência com o Dia dos Namorados pintou a série, “Namoro, teu jeito tamanho” (foto) - mais jogo do embate técnico-criativo, com 10 desenhos exclusivos sobre papel artesanal, que não vão parar na parede, mas estão no cyber espaço, no site da Elf e no blog do artista. É a primeira virtual dele e da galeria, pra quem gosta e namora de forma não convencional.
E por fim, o começo: “Como entra sai.” é a série de telas, trabalhadas em acrílica, frases, palavras, massa, cola e outros materiais com os quais P.P. se sente mais feliz, atiçado e à vontade, futucando o instante primordial da criação, do frio na barriga, do zunido e da coragem de entrar e romper o barulho.
A série vai pra parede da Elf, mas num pirulito, quer dizer, numa pequenina mostra de tudo o que ele vem criando sobre tela.
Serviço: Exposição ‘Como entra sai. / Coisa assim. Nós na nuca, pirulitos n´água’, de P.P. Condurú. Na Elf Galeria – Av. Governador José Malcher, Vila Bolonha, nº 60. De 12 de junho a 17 de julho de 2010. Segunda a sexta, das 10h às 13h e sábados das 10h às 14h.
Fonte: Divulgação e Produção: PLW Projetos e Linguagens e Elf Galeria. Contatos: Lúcia Chaves e Luiza Bastos 3224-0854, 3225-5758 e 8304-3371. elf@elfgaleria.com.br e plwartsolucoes@gmail.com
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