13.2.12

Na tela o debate sobre tecnologia interativa e arte

O cineclube Alexandrino Moreira vai exibir nesta segunda-feira, 13, a partir das 19h, no Instituto de Artes do Pará, o documentário Emoção Art.ficial 3.0 - Inteface Cibernética.

Não há mais volta. A interatividade hoje é essencial para o uso da tecnologia. Mas como ela pode ser colocada à serviço da arte? A questão, que norteou o debate da terceira edição da bienal internacional de arte e tecnologia promovida pelo instituto Itaú Cultural, em julho de 2006, na cidade de São Paulo, foi ampliada através do documentário “Emoção art.ficial 3.0: Interface Cibernética” produzido na ocasião pelo instituto e que será exibido no início desta noite, no IAP. 

O filme traz o registro da exposição e dos debates que aconteceram durante a terceira edição da bienal internacional de arte e tecnologia promovida pelo instituto Itaú Cultural, um evento que reuniu pensadores e artistas internacionais e brasileiros. A exposição reuniu 13 obras que problematizavam a questão, e um simpósio com artistas e importantes pesquisadores de vários países.

Trazendo como tema central discussões em torno da associação entre interface e cibernética, a bienal convidou seus participantes brasileiros e os que vieram do Canadá, Estados Unidos, Bélgica, Alemanha, Noruega, França e do Brasil, a refletirem sobre a interatividade, um conceito que está cada dia mais próximo de todos, mas cada vez mais difícil de ser definido.

"Text Rain"
Na palestra inaugural Edmond Couchot, artista plástico francês e professor da Universidade Paris 8, onde criou a cadeira “Artes e Tecnologias da Imagem”, fez reflexões sobre as práticas artísticas que vêm emergindo nesse segmento. O evento também contou com pesquisadores como Paul Pangaro, especialista em cibernética e o físico Otto Rössler. 

Entre os destaques da exposição estava “Text Rain”, parceria da norte-americana Camille Utterback com o israelense Romy Achituv, e da obra “Cheap Imitation”, do canadense David Rokeby. Na primeira, um poema chove pela tela, convidando o visitante a segurar as letras que caem a fim de que possam ser lidas. Na segunda, várias facetas recortadas da obra “Nu Descendo a Escada” de Marchel Duchamp emergem conforme os movimentos do público. Se não há ninguém em frente à tela, a obra desaparece. 

Na área dos experimentos sonoros, “Evolving Sonic Enviroments” de Usman Haque e Robert Davis apresentou um sistema onde vários dispositivos se comunicam por meio de ondas ultra-sônicas. Quem se interessa pela discussão, não deve perder este documentário, um registro precioso para pesquisa e debate do assunto.

Serviço
O documentário "Emoção Art.ficial 3.0 - Interface Cibernética". Nesta segunda-feira, 13, às 19h, no Cineclube Alexandrino Moreira – Na Pça. Justo Chermont, ao lado da Basílica de Nazaré – Entrada franca.

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