17.4.12

Múltiplo e indivisível nos seus 23 anos de carreira

Entrevistar Renato Torres é uma tarefa de fôlego. Artista múltiplo, de alma trêmula e inquieta, ele é músico, compositor, cantor, poeta, produtor, diretor musical e muito mais, como vocês vão entender na reportagem abaixo, com informações sobre sua trajetória, com + de 20 anos, entremeadas com depoimentos seguidos de um bate papo.

A carreira de Renato Torres está complentando mais de duas décadas que serão comemoradas com um show, antecipando o lançamento de seu primeiro CD solo, nos dias 20 e 27 de abril, no Sesc Boulevard. O repertório autoral  revela a atuação de Renato Torres, intensa, pessoal e colaborativa junto à história cultural da cidade. 

Ele não fica parado nunca, nem mesmo quando se diz que a maré não está pra peixe. Está sempre criando uma nova banda, tocando nas noites de Belém do Pará, fazendo voz e violão, produzindo um CD, arranjando trabalhos de inúmeros parceiros, pensando ainda uma galeria de arte ou escrevendo pensamentos poéticos no excelente blog “A Página Branca”. E muitas vezes, até, ele faz tudo isso ao mesmo tempo, acreditem. 

Aos 13 anos já escrevia poemas e com 17 aprendeu a tocar violão. A partir daí, vieram canções com letra e música e foram acontecendo as bandas, várias delas. A primeira, na verdade, ele formou aos 16 anos. “Sempre fui uma pessoa solitária e tímida, mas com um senso de coletivo muito forte. Por isso tive muitas bandas e demorei um bocado pra fazer coisas sozinho no palco”, diz o músico. 

Múltiplo e indivisível!
Remis'n'Blue (1989-1991) foi a primeira, formada por ele na extinta Escola Técnica Federal do Pará. “Banda de nome estranho, uma gíria inventada pelo meu parceiro guitarrista Sérgio Cardoso, que significava várias coisas: maluco, lerdo, chapado, etc. Ele "ouviu" a expressão, segundo consta, no fim de uma música dos Beatles do álbum branco ‘I'm So Tired”’. 

A banda teve vários músicos na formação, até chegar na formação clássica, com Rubens Stanislaw e Alexandre Lima e trazia um som centrado no rock e no blues, “com letras nonsense e cheias de malícia adolescente. Havia já uma pontada de influência da MPB aqui e ali”, conta Renato. 

A parceria com Rubens e Alexandre seguiu mais à frente, na Moonshadow (1992-2000). “Nome emprestado de uma história de quadrinhos inglesa (sempre fui fã de HQ). Com essa banda, levei a cabo um projeto experimental ao extremo, misturando nas apresentações música, teatro, poesia, performance, artes plásticas, vídeo”. 

Misturando rock, pop, MPB e trazendo experimentalismo, com forte influência literária e de outras vertentes da arte, além do trio de músicos, a banda tinha participação de quatro atores e outros agregados que auxiliavam na produção dos espetáculos. “Com Moonshadow fiz, em 1993/1994, minhas primeiras incursões fonográficas, gravando a demo tape Arte Cínica no Estúdio Edgar Proença, da Funtelpa, com produção de Beto Fares”, lembra o músico.

Com Sonia Nascimento no show Invento (2010)
Paralelamente à Moonshadow, Renato participou do surgimento de outras duas bandas que marcaram uma época em Belém, como a Jardim Elétrico (1995), que trouxe ao palco uma grande parceira, a cantora Sônia Nascimento. 

“Com seu carisma no palco, ela nos tirou do underground e viramos a prata da casa do Bar Go Fish - um dos melhores espaços culturais da história de Belém”. A banda durou pouco, abrindo espaço a empreitada seguinte, a “Florbela Spanka” (1996), que teve carreira não menos meteórica. Na formação, tinha mais uma vez Rubens e Alexandre, além de Elísio Eluan (teclados) e Claudio Costa (percussão).

Foi também na era Go Fish, paralelo ao trabalho do Florbela, que surgiu outro projeto de Renato, criado com a vocalista lírica Valéria Fagundes, trazendo como percussionistas Dionelpho Jr. e Cristiano Costa, além do baixista Maurício Panzera, que se tornaria mais um parceiro de longa data. Falamos do “Boca de Luar”, que unia a tradicional MPB à mais ousada música pop, mas com arranjos vocais que, segundo Renato, eram “irresistíveis”. “Eram trabalhos onde havia um cuidado com figurino, luz, roteiro, escolha de repertório, e até maquiagem. Algo entre o glam, o pop, o rock, e a MPB, em ambas as bandas”. 

Com tanta atividade e atitude assim, suas obras ganharam a mídia. “Estávamos toda semana nos jornais e programas de TV. Essas duas bandas foram responsáveis por nos tornar músicos conhecidos na cidade, e sermos convidados, posteriormente pra outros trabalhos”, lembra. O projeto Boca de Luar levou Renato e parceiros ao Festival de Inverno de Ouro Preto, em 1996. “Circulamos nos bares, nos apresentando. Foi a primeira vez que saí de Belém com um trabalho musical”. 

Renato, Panzera e Kunz, a Clepsidra com Henry Burnett
Renato diz que o período foi fértil. E em meio a isso tudo, ele ainda montou uma banda de funk e soul, a “Pai Ubu”, com Rubens Stanislaw, mais uma vez, e trazendo Ulisses Moreira na bateria. Foi outra que teve curta duração. E a esta altura, a Moonshadow também encerrava seu ciclo, chegando ao ano 2000. 

“Passei um tempinho órfão de bandas, até formar com Maurício Panzera, em 2001, a Clepsidra: o projeto mais relaxado e, a longo prazo, que já tive, reflexo de um período em que estava em busca de uma nova direção musical, experimentando música produzida em computador, com samples e sequenciamentos”. A Clepsidra lançou, em 2004, o CD “Bem Musical” (Ná Records), que reúne sete canções em arranjos eletrônicos e eletroacústicos.

“A música eletrônica de pista estava bastante em voga na época, com o álbum de estreia de Otto, por exemplo, tocando muito, mas o que buscávamos não era o som de rave (que também nos agradava) queríamos uma música liberta de rótulos”, explica. Em 2006 veio o segundo CD “Tempo Líquido” (Ná Records), “já sem samples e computadores, e entre os músicos convidados estava Arthur Kunz, que um ano depois, em 2007, se juntou definitivamente à banda”.

A entrada de Kunz na banda deu início a uma nova fase nesta trajetória e Renato passa a trabalhar com toda uma geração que vem despontando no cenário musical nacional como Felipe Cordeiro e Aíla Magalhães, além de incluir em seus planos de trabalho velhos parceiros, como Iva Rothe, Henry Burnett, Gláfira Lobo e Joelma Kláudia, sendo para eles, junto aos seus projetos e parceiros, uma referência de sonoridade e concepção musical. 

Agora, ele alça este novo vôo, que poderemos conferir nas duas próximas sextas-feiras, 20 e 27, no Centro Cultural Sesc Boulevard (entrada franca, sempre às 19h), acompanhado por uma super banda além de ótimas participações de Juliana Sinumbú, Luê Soares, Ronaldo Silva, Sônia Nascimento, Arthur Nogueira, Ester Sá, Dulci Cunha e Renato Gusmão. Segue abaixo o bate papo com o músico.

Holofote Virtual: Como está este show? 

Renato Torres: Vida é Sonho é um show eminentemente autoral, com arranjos centrados em timbres acústicos, ou seja, ele tende a privilegiar um som mais próximo da MPB tradicional, com ritmos e levadas que passam pela balada, o baião, ijexá, marabaixo, mas também com canções épicas em compassos ternários, e até em compassos ímpares. Sempre haverá um clima experimental no que faço, porque, na verdade, sempre persigo a tal "música", liberta de rótulos. 

Holofote Virtual: Afirmando isso não seria dizer que este show traz um pouco de tudo que você já vem fazendo? 

Renato Torres: Falar em MPB, em pop, em rock são só referências pra aproximar (ou não) as pessoas do trabalho. Mas o melhor mesmo é ouvir e tirar as próprias conclusões. O que posso dizer, seguramente, é que é um show baseado conceitualmente na delicadeza e na beleza de canções e de poemas, no prazer e na alegria de que existam essas formas de expressão artística e humana, daí o nome Vida é Sonho. 

É um título emprestado (faço isso um bocado! rs) de uma peça do espanhol Calderón de la Barca, La Vida es Sueño, mas a canção traz um questionamento existencial: porque acordamos pra tentar fazer o sonho acontecer? Isto é, se o sonho é uma dimensão da realidade - e não uma mentira, ou uma ilusão, como muitos creem - porque o tomamos dessa forma, como se fosse uma coisa descolada da dimensão, dita, real, física? é fato comprovado que durante os sonhos, nossa atividade biopsíquica é equivalente ao estado de vigília... Portanto, a proposição é de que vivamos mais essa dimensão, em especial, através das manifestações artísticas.

Renato com Juliana Sinimbú
Holofote Virtual: Quem está contigo? 

Renato Torres: O show conta com Rodrigo Ferreira (piano acústico), Rubens Stanislaw (baixo acústico), Diego Xavier (bandolim, voz, percussão), João Paulo (percussão), e Camila Honda (voz), além das participações especiais. É um show composto quase que exclusivamente por composições minhas em parceria com Paulo Vieira, Dionelpho Jr., Jorge Andrade, Daiane Gasparetto, Alice Belém, Edir Gaya, entre outros.

Holofote Virtual: Grandes parceiros na vida e na música... 

Renato Torres: Sempre tive a felicidade de ter grandes parceiros, e gosto de parcerias, de qualquer forma, mesmo que seja, às vezes, por um único show, uma simples canja num bar. A música, pra mim, é realmente uma forma de amar as pessoas, e torno o meu público, no rito do espetáculo, também meu parceiro, na cumplicidade do olhar, e no envolvimento profundamente espiritual das canções.

Holofote Virtual: Já falamos de vários deles, mas sabemos que há bem mais.... 

Renato Torres: A lista de amigos e parceiros é imensa, e certamente vou esquecer de alguém, mas, somando aos já citados nessa entrevista, incluo Vital Lima, Júlio Freitas, Floriano, Leandro Dias, Fabiana Leite, Lu Guedes, Ana Flor, e tantos outros... 

Costumo dizer que só trabalho com quem admiro. Sou fã dos meus parceiros, dos músicos que convido a tocar ou gravar comigo, por vezes certamente mais do que eles de mim, ou do que eles supõem que eu seja! (risos). É que nunca me abandona um certo deslumbramento de fã pela música que acontece em qualquer pessoa, sou mesmo apaixonado por isso, e sempre que possível, me declaro fã mesmo, pra demarcar esse espaço de devoção. Importante citar também a influência e incentivo de pessoas como Adolfo Santos, Beto Fares e Ná Figueredo, não só na minha carreira, como na de muita gente.

Com Arthur Nogueria e Antonio Cícero
Holofote Virtual: A tua relação com a música sempre foi muito intensa. O que isso representa intimamente? 

Renato Torres: A música é, indubitavelmente, a mais espiritual das linguagens artísticas, a que mais nos aproxima a todos do imaterial, e meus parceiros são seres que me auxiliam nessa grande busca de aprimoramento e foco, dentro de uma proposta artística e humana. Sei que soa um papo muito zen, e vai ver é mesmo, mas acredito que é preciso fazer valer essa dádiva (palavra que prefiro a "dom", porque me parece mais democrática...). 

Acho mesmo que a música (como qualquer forma de arte) pertence a todos, é uma dádiva humana, universal. Nós, que enveredamos pelo caminho de maneira mais objetiva e produtiva, sendo músicos e compositores, temos uma grande responsabilidade nesse processo. 

Holofote Virtual: Trabalhas na Galeria Theodoro Braga, fazes música, adentras no teatro... És poeta. Fala de como tudo isso converge na tua carreira.

Renato Torres: Sou uma pessoa múltipla, por natureza, e por sina. Quando criança, queria ser artista gráfico, desenhava o dia todo. Pré-adolescente, fui tomado pela poesia. Aos 16/17, a música ficou em primeiro plano (e daí, não saiu mais), mas paralelamente a isso, conheci o teatro e a dança, ainda na ETFPa. Cheguei a fazer o curso de formação de ator na ETDUFPa, dar oficina e a dirigir teatro.

Na Ufpa resolvi fazer Artes Visuais, ou seja: busquei uma formação múltipla em arte, e apesar da música seguir ocupando um lugar central em minha vida, por conta de seu poder social e comunicativo, continuo tendo esse interesse múltiplo. Acho isso bom, porque me ajuda a ter perspectiva e referência em muitos processos nos quais me envolvo, e muitas vezes, isso faz a diferença na hora de achar soluções ou dirigir alguma produção. O conhecimento em arte é fundamental, creio, pra qualquer pessoa do ramo, mas minha alma é de um diletante e apaixonado pelo assunto, sempre me considero aprendiz de tudo... como Alberto Caeiro. 

Holofote Virtual: E ainda fazes direção e produção musical e tens teu nome na ficha técnicas de inúmeros trabalhos... 

Renato Torres: A direção e a produção foram surgindo naturalmente em minha vida, como uma consequência de minhas buscas e experiências, mas são atividades que exerço também de forma diletante. Muitos não me considerariam um "diretor de verdade", e não os tiraria a razão... Por outro lado, gosto do que faço, e sei que muitos resultados interessantes podem advir de um trabalho feito com cuidado e foco.

Holofote Virtual: Quais os trabalhos já realizados neste campo? 

Renato Torres: Comecei, claro, com minhas próprias produções, desde que comecei a gravar e a ser convidado pra tocar com outros artistas, como instrumentista. Os arranjos foram esse primeiro passo, porque sempre me surgiram muitas ideias musicais, que tentava modelar em frases e paisagens sonoras pra uma determinada canção. 

O segundo passo surgiu quando comecei a lidar com a produção de música no computador, no início dos anos 2000, interesse que só fez crescer ao longo dos anos, e resultou na montagem de um home studio. Assim, depois de shows com Iva Rothe, Henry Burnett, Florbela e Boca de Luar, Tony Soares, Luis Girard, passei a ser chamado pra arranjar canções em estúdio, como no CD Furta Cor de Júlio Freitas, co-produções e arranjos nos CDs Não Para Magoar e Retoque de Henry, Estrela D'água de Lu Guedes, e mais recentemente, no CD Dias Assim, de Joelma Klaudia, Mundano e Mundano+, de Arthur Nogueira, Aparecida, de Iva Rothe. 

Holofote Virtual: E em direção musical? 

Renato Torres: Juliana Sinimbú foi a primeira artista a me chamar pra dirigir e produzir primeiro um show, Intimidade, junto a Aíla Magalhães, e depois seu primeiro disco, o ainda inédito Sonho Bom de Fevereiro, uma grande escola pra mim, produções que participei da concepção à finalização.

Presentemente estou envolvido na produção e direção do CD de estreia de Gláfira Lobo, do segundo CD de Arthur Espíndola, e do novo projeto de Juliana, Una, em parceria com Arthur Kunz. Além disso, esse ano começo a produção do meu primeiro CD solo, “Vida é Sonho”.

Holofote Virtual: Também tocas em barzinhos, tem muito disso na tua trajetória. É um contato mais visceral com teu publico? 

Renato Torres: O bar é, já muito se disse, uma escola e um caminho inevitável para o músico que quer formar um público, e encontrar seu som. Dá cancha, promove experiência, e também é, de certo modo, uma alternativa financeira... Mas sendo bem franco, nunca foi uma paixão pra mim. Poucos bares onde já toquei em minha carreira eu lembro com saudade, infelizmente... E isso se dá por um motivo simples, e bem conhecido: nenhum músico gosta de tocar sem atenção do seu público. Isso é bem pior do que um cachê ruim, na minha opinião. 

Holofote Virtual: Entre outros que podemos citar, deste nipe, tivemos o já tão falado aqui, Go-Fish, mas também o Café Imaginário e agora o Espaço Cultural Boiúna... 

Renato Torres: Quando tocávamos no Go Fish, nos gloriosos anos 90, nem cachê ganhávamos!... Era puro prazer de tocar, e também um investimento na formação do público, e na produção de um espetáculo de qualidade. Hoje em dia só tenho tocado num único bar, que é onde encontro um público interessado no meu som, e onde sinto muito prazer em tocar. Tenho alguns amigos que abandonaram completamente o bar, como perspectiva de espaço e não os culpo... Se os bares em Belém fossem como o Go Fish ou o Café Imaginário, seria um paraíso!... Mas já ajudaria bastante se extinguissem TVs passando Vale Tudo, enquanto os músicos se apresentam.

Holofote Virtual: E o CD sai quando e como? Falta patrocínio ainda?

Renato Torres: O CD Vida é Sonho sairá, espero, ainda esse ano! O projeto ganhou uma carta da Lei Semear, e está em fase de captação. Sim, falta patrocínio, e estamos em busca deste, ou destes, que viabilizarão o projeto. Será independente na medida em que não sairá por nenhuma grande gravadora, obviamente. Hoje em dia, até o Chico Buarque é um artista independente! 

A ideia é levar o projeto, que inclui música e poesia, também para escolas públicas, não ficar apenas nos espaços tradicionais de apresentação, para formar plateia, e cumprir uma função social. É preciso levar alternativas musicais, culturais diversas, enfim, aos jovens da periferia. 

Holofote Virtual: E como fica a banda Clepsidra?

Renato Torres: Apesar de estar numa espécie de recesso, a banda continua existindo, e estamos na fase de finalização de nosso terceiro CD, Independente, que deverá sair ainda nesse primeiro semestre. Sempre tivemos partos difíceis de nossos CDs, e este não foge à regra. Mas também estamos numa fase em que cada um dos componentes do trio está desenvolvendo projetos pessoais.

Oficialmente, a banda não terminou. Devemos fazer o lançamento do CD e entrar com um projeto de circulação pra ele em breve. Por ora, é possível que o público nos veja no palco mais cedo acompanhando a Juliana Sinimbú, que não abre mão do nosso som. 

Holofote Virtual: O teu blog é algo que se constrói para um projeto futuro de um livro? 

Renato Torres: A Página Branca continua ativo e o projeto do livro também está em andamento! O livro, que se chamará Inventania, já tem um projeto tramitando na lei Rouanet, e tem possibilidades reais de ser lançado ainda esse ano, é esperar pra ver, e ler! Com ele também quero circular escolas e feiras literárias, dando conta de uma linguagem que, ao fim e ao cabo, sempre foi a minha expressão primeira: a poesia.  Tudo, em minha vida, sempre nasceu da palavra... e mesmo quando era criança, com minha paixão por desenhos, observo hoje que escrevia meus poemas imageticamente... sempre tive um olhar lúdico e onírico sobre as coisas, sobre a vida. 

Holofote Virtual: O que você gostaria de dizer agora ao teu público e a todos em geral, que acompanham ou nem tanto o teu trabalho? 

Renato Torres: Quero convidar a todos a conhecerem mais o meu trabalho, através do show Vida é Sonho, do CD homônimo que virá, e do livro Inventania, já em processo de produção. É absurdo que, ainda hoje, muitas pessoas, inclusive do meio musical, tenham uma visão parcial do que faço, inserindo-me num contexto pop ou rock - que não renego, são minhas origens, mas também está nas minhas origens uma profunda identificação com a música brasileira, e também uma pluralidade de referências, que sempre me lançou ao experimentalismo e a fusão dessas mesmas referências. 

Convido todos a ouvirem algumas canções que estou gravando em home studio nos seguintes links: http://renato-torres.conexaovivo.com.br/, na fan page do facebook: http://www.facebook.com/renatotorresmusica e também a lerem meus textos no blog: http://apaginabranca.blogspot.com.br/ e no Overmundo: http://www.overmundo.com.br/perfis/renato-torres.

Esse é um ano especial, porque completo 40 anos de vida, exatamente 23 de carreira, e virá o CD solo, além do novo do Clepsidra, e as produções dos meus amigos que estou dirigindo, co-produzindo. 

(fotos de Fabiana Leite, Ana Flor e de Divulgação)

Um comentário:

Madalena Barranco disse...

Parabéns pelo sucesso, amigo-poeta Renato Torres!! Que esta entrevista e início de sua carreira solo lhe tragam tudo de bom à sua Vida, para que assim possa também levar essa energia às pessoas. Abraços.