Fotos de divulgação do espetáculo |
Contos de enganar a morte, diabo logrado, zombaria e esperteza, além de aventuras, molecagens e feitos do escritor e folclorista. "Livramento Conta Cascudo" fica em cartaz de 06 a 13 de junho, na 22ª Feira Panamazônica, no Sesc Boulevard e no Teatro Cláudio Barradas.
Depois de circular por aí, o espetáculo chega a Belém para uma temporada de uma semana. Serão várias oportunidades para ver, todas com entrada franca e uma das sessões com direito a tradução em Libras e audiodescrição. Os locais e horários confira no final desta matéria.
“Livramento conta Cascudo” estreou em novembro de 2017, em apresentação única no Teatro Glauce Rocha, no Rio (RJ). Contemplado em seguida pelo Edital Paixão de Ler, da Prefeitura do Rio, o espetáculo fez duas apresentações no Teatro Municipal Maria Clara Machado, sendo convidado a voltar para temporada durante todo o mês de janeiro de 2018.
Baseada na leitura da gigantesca obra cascudiana e apoiada também nas preciosas conversas com Daliana Cascudo, neta do escritor, a autora Conceição Campos constrói um texto vibrante que, dirigido por Gustavo Guenzburger e embalado pela trilha original de Pedro Amorim – transforma-se neste espetáculo, em que o encantamento pela obra do escritor, contagia a plateia, na mesma medida em que vai se revelando para todos, a deliciosa criatura que foi Luís da Câmara Cascudo: "- Sou um brasileiro feliz!".
Luís da Câmara Cascudo foi um importante historiador, jornalista, etnógrafo, professor universitário, advogado antropólogo e, principalmente, folclorista brasileiro. É considerado um dos mais importantes escritores e estudiosos da cultura popular brasileira, com destaque para o nosso folclore. Era apaixonado pelas tradições populares, superstições, literatura oral e história do Brasil.
Em cena, a personagem principal, a contadora de histórias, não tem idade e nem cidade. Na cabeça ela tem livros e livros, sem ponto final. Embarca e viaja em cada uma delas. E na volta, traz pendurados na saia certos mimos e achados de estrada como provas cabais da jornada. Utilizados durante as cenas, esses fragmentos ajudam a costurar a história da vida e da obra do escritor.
Em “Livramento Conta Cascudo” são desfiadas histórias tocantes e divertidas da meninice de Camara Cascudo no sertão, suas conquistas amorosas na mocidade, seu encontro apaixonado com Dáhlia Freire, com os livros e com a cultura do povo. Fala da amizade e da correspondência mantidas com Mário de Andrade, Villa-Lobos, Guimarães Rosa e Drummond, da rotina de trabalho em sua biblioteca (batizada por ele de Babilônia), e também das estripulias que armava com as netinhas, com quem dividia chocolates comprados clandestinamente.
Pesquisa buscou a fundo um retrato do escritor
Pesquisa buscou a fundo um retrato do escritor
Trabalhando com literatura desde os anos 1990, Conceição, que é paraense, intensificou as atividades de atriz a partir de 2012, quando fez nascer sua Livramento – personagem-narradora que desde então vem se apresentando em teatros, escolas e bibliotecas do país, sempre contando para crianças e adultos as histórias da vida e da obra de autores brasileiros como Manoel de Barros, Ariano Suassuna e, muito especialmente, do escritor e folclorista Luís da Câmara Cascudo, com o espetáculo “Livramento conta Cascudo”, recém contemplado no Edital Paixão de Ler, da Prefeitura do Rio.
A escritora, atriz e narradora de histórias, também é autora da biografia A letra brasileira de Paulo César Pinheiro (416 p., finalista do Prêmio Jabuti 2010). Entre 2008 e 2011 ingressou na dramaturgia, escrevendo três espetáculos de trilogia musical sobre a ilha de Paquetá, em parceria com os compositores João Guilherme Ripper, Edino Krieger e Villani-Côrtes (Casa de Artes Paquetá/Petrobras).
Na direção, o espetáculo conta com Gustavo Guenzburger, formado na Casa de Artes de Laranjeiras/RJ. Atuou como ator em O Alienista (adaptação da obra de Machado de Assis por Cláudio Botelho - 1992); A Impiedosa Conspiração (peça de Dias Gomes, direção de David Herman; 1991/2008) e em Torturas de Um Coração, ou Em Boca Fechada Não Entra Mosquito, de Ariano Suassuna.
A música original é de Pedro Amorim, músico que tem no bandolim seu instrumento principal – tocando também cavaquinho, banjo, violão e violão tenor –, Pedro Amorim está presente na história da música brasileira como instrumentista e compositor, em discos e shows de muitos dos nossos mais relevantes artistas.
Ao longo da carreira trabalhou com Elizeth Cardoso, Chico Buarque, Francis Hime, Hermínio Bello de Carvalho, Zé Renato, Moacyr Luz, Dona Ivone Lara, Nei Lopes, Altamiro Carrilho, Turíbio Santos e muitos outros. Como compositor, ele tem parcerias com Paulo César Pinheiro, Nelson Sargento, Maurício Carrilho, Wilson Moreira e Délcio Carvalho, muitas delas gravadas por intérpretes como Maria Bethânia, Roberta Sá, Ney Matogrosso, Naná Vasconcelos, Teresa Cristina, Pedro Miranda e Ilessi.
Com mais de 30 anos de carreira, tem viajado pelo Brasil e pelo mundo tocando e divulgando a música brasileira, especialmente o choro e o samba, em países como a França, Japão, China, Dinamarca, Bélgica, Espanha, Portugal, Venezuela, Argentina e Cuba, entre outros. Várias vezes premiada, sua discografia contempla a obra de compositores como Nazareth, João Pernambuco, Luperce Miranda, Mauro Duarte e Paulo César Pinheiro - seu parceiro mais constante.
Um dos fundadores da Escola Portátil de Música – que atende mais de mil alunos no Rio de Janeiro –, Pedro Amorim acaba de lançar o CD Voz Nagô, trabalho em que mostra seus afro-sambas compostos em parceria com o letrista Paulo César Pinheiro.
APRESENTAÇÕES
“Livramento conta Cascudo”
Hangar Centro de Convenções / Auditório Benedito Nunes
Endereço: Av. Doutor Freitas, s/n – Marco - Belém / PA
Data: Quarta-feira, 06 de junho de 2018
Horário: 20:30
Entrada franca
Cine-Teatro do Sesc Boulevard
Endereço: Av. Boulevard Castilhos França, 522/523 – Campina - Belém / PA
Datas: Sábado 09 e domingo 10 de junho de 2018
Horário: 11h
OBS: A apresentação do dia 10/06 incluirá tradução em Libras para pessoas com deficiência visual e audiodescrição para pessoas com deficiência auditiva.
Mais detalhes e agendamento: (91) 3224 5305.
Entrada franca
Teatro Universitário Cláudio Barradas
Endereço: Rua Con. Jerônimo Pimentel, 547, Umarizal - Belém / PA
Data: Quarta-feira, 13 de junho de 2018
Horário: 18:30h
Entrada franca
Ficha Técnica
Texto, pesquisa e atuação: Conceição Campos
Direção e iluminação: Gustavo Guenzburger
Trilha sonora original: Pedro Amorim
Músicos nas faixas gravadas: Pedro Amorim (violão tenor e bandolim),
Marcus Thadeu (percussões), Yuri Reis (violão 7 cordas) e Fernando Leitzke (sanfona)
Gravação e mixagem: Ronaldo Gonçalves (Estúdio Tenda Do Grilo)
Operador de som: Yuri Eiras
Operador de luz: Jorge Torres
Criação cenário, figurino e adereços: Conceição Campos
Confecção cenário e adereços: Conceição Campos, Flávio Loureiro, Cícera Vieira, José Najar, Pedro Amorim, Januário Amorim, Bianca Amorim e Rogério Assis dos Santos.
Cadeira e banco desmontáveis: Oficina Ziú
Digitação textos das páginas do cenário: Ângela Cristina da Silva
Bonecos e máscaras de papel-machê: Cristina Alves e Thales Alves dos Santos
Boneco de pano: Ubiratan Gomes
Confecção cabeleira de livro: Ipojucam Jesus
Costureiros: Marlene Dutel, Antônia Sales e José Alexandre Damasceno
Bordados figurino: Márcio Reis
Programação visual: Yuri Reis
Fotos: Sebastião Luiz Miotto, Silvana Marques , Yuri Reis e Heitor Peralles
Divulgação: Marcella Linhares Cerezoli / Anima Comunicação Estratégica
Autorização de imagem: Acervo Ludovicus - Instituto Câmara Cascudo
Direção de produção e realização: Engenho Produções e Edições
Produção executiva: Marcella Linhares
Coordenação geral: Conceição Campos
Classificação indicativa: Livre
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