Na semana passada seis artistas comemoraram a seleção para
compor a programação do Música na Estrada que este ano segue para cidades do sudeste do Pará. Dois finalistas, porém, depois ligaram à produção para
reconsiderar a participação, por causa de suas agendas que coincidiam com as
datas divulgadas pelo edital. Para resolver a questão, o júri recorreu a lista de suplentes, que
trazia diversos empates. No final, quem acabou ganhando foi o público.
Os músicos e
compositores Di Mayo, Pedrinho Callado e Allan Carvalho estão nesta nova
seleção de artistas. Velhos conhecidos em festivais de música no interior do
estado, eles vão levar os ritmos de raiz produzido em seus trabalhos autorais.
Além de Natália Matos, que já estava na lista final do júri, Larissa Leite e a Camila Honda, também passam a integrar a programação, trazendo o frescor dos novos talentos da música paraense. O trabalho diferenciado de Antonio Novaes, o rock do Molho Negro e o som experimental do Projeto Secretos Macacos permanecem na seleção, revelando enfatizando a diversidade da música paraense.
Além de Natália Matos, que já estava na lista final do júri, Larissa Leite e a Camila Honda, também passam a integrar a programação, trazendo o frescor dos novos talentos da música paraense. O trabalho diferenciado de Antonio Novaes, o rock do Molho Negro e o som experimental do Projeto Secretos Macacos permanecem na seleção, revelando enfatizando a diversidade da música paraense.
A 4ª edição do Música na Estrada, projeto patrocinado pela
Lei Rouanet e Vale, com realização do Ministério da Cultura e da MM Produções,
teve seu resultado divulgado no último dia 15 de abril, após muito debate por
parte dos jurados. Aberta entre 10 de março e 10 de abril, a inscrição, por
meio de edital, foi feita on line, através
do site www.musicanaestrada.com.br.
Cantores, bandas e grupos musicais residentes e atuantes no
Estado do Pará, puderam se inscrever desde que apresentassem pelo menos 50% de
repertório autoral para o show proposto, já que a ideia do projeto é trabalhar
com a cultura paraense, estimulando a criatividade e expondo para novas
plateias, a diversidade musical da região.
Entre as quase 150 inscrições havia bandas vindas de
Parauapebas, Castanhal, Belém, Ananindeua, Marabá, Bragança, Curuçá, Xinguara,
Icoaraci, Santa Izabel, Canaã dos Carajás e até mesmo de Santa Catarina e de
São Paulo - bandas formada por músicos paraenses radicados nestes outros
estados.
Natália Matos, Antonio Novaes, Projeto Secreto Macacos e
Molho Negro, selecionados pelo júri na lista principal, continuam firmes e
fortes no projeto e pegam a estrada no início de maio, mas as cantoras Juliana
Sinimbu e Viviane Batidão, também escolhidas pelo júri, acabaram cancelando
suas participações, pois não conseguiram equacionar suas agendas com as datas
definidas pelo edital.
Foi preciso voltar ao júri para que o projeto mergulhasse na
lista de suplentes, para se chegar a configuração final desta quarta edição. E
ao invés de dois, mais cinco outros artistas entraram na programação.
Beto Di Mayo, Larissa Leite, Pedrinho Callado, Camila Honda
e Allan Carvalho integram, a partir de agora, a 4ª Edição do Música na Estrada,
cuja caravana sai de Belém, rumo ao sudeste do Pará, levando a diversidade
musical paraense às cidades de Parauapebas, Curionópolis, Canaã dos Carajás e
Marabá.
“Tivemos muitos empates. E querendo ampliar as participações
propusemos a Pedrinho Callado e Allan Carvalho e ainda à Camila Honda e Larissa
Leite, que fizessem um show compartilhado. Todos toparam. E ainda tivemos mais
empate de pontuação com o Beto Di Mayo, que também foi chamado. Acredito que
com isso conseguimos equacionar tudo, trazendo mais para o público”, consaidera
Márcio Macedo.
No júri formado, estavam os músicos/compositores Marco André e Marcos Campelo, que possuem experiência em produção musical. “Um
deles fez suas escolhas de sua casa no Rio de Janeiro. Outro é figura muito
querida de todos nós, além de gestor em um projeto musical permanente. Tenho
certeza que ajudou bastante”, diz Márcio Macedo, coordenador Geraldo projeto e
presidente do júri.
O time de curadores contou ainda com duas jornalistas
especializadas em cultura, contou comigo e com a jornalista Márcia Carvalho.
“Esse olhar do jornalista é sempre bem vindo, com uma isenção importante”,
continua Márcio. Fechando o grupo, o
júri contou ainda um produtor cultural, Fagner Ramos, com mestrado fora do
país, atual secretário de cultura de Bragança que é uma cidade cultural. “Acho
que as visões de cada um fizeram do processo algo muito autêntico”, diz Márcio.
Diversidade de ritmos - É a segunda vez que topo fazer parte
do júri desse projeto e confesso que este ano fiquei ainda mais surpresa com a
quantidade x qualidade dos inscritos. Isso prova o quanto os projetos de
circulação da música são bem vindos para os artistas que desejam levar seus
trabalhos aos quatro cantos do Pará e pode sair caro, sem apoio de editais como este.
Tivemos presença de grandes nomes da nossa música, artistas
com uma carreira sólida, mas também de coisas ótimas que ainda estão passando
despercebidas e foi ótimo conhecer. Claro que isso trouxe dificuldades, além do
mais o projeto exige diversidade musical e tudo isso implicou nas escolhas, mas
acredito que chegamos ao consenso.
“Em função dos
grandes talentos em nossa região e até de outros estados, foi bem difícil e, ao
mesmo tempo, prazeroso, pois passar o dia ‘linkando’ o som dessa turma e curtir
muito um grupo ou cantor que você não conhecia foi muito bacana, sem tirar o
mérito dos amigos talentosos também”, diz Marcos Campelo, que também é gerente
de música no Centro Cultural Sesc Boulevard.
“Foi uma grande alegria participar desse projeto. Quando
aceitei o convite para integrar a curadoria, não tinha ideia do número de
inscritos, e isso me surpreendeu positivamente. Imagine, mais de 100 artistas e
bandas com trabalho autoral e a maioria com boa qualidade. Acho q isso nos dá
uma boa ideia da efervescência da cena musical paraense”, enfatiza Márcia Carvalho, que atualmente além da
Funtelpa, exerce a função de assessora de comunicação, na agência de música
Ampli Criativa.
“É muito complicado ser objetivo diante de tanta
subjetividade que a arte nos transmite. Sofri”, diz Marco André. “Escutei
absolutamente tudo e fiquei bem confuso, pois queria escolher todo mundo.
Difícil esse negócio de apontar nomes dentre tantos trabalhos bacanas,
produzidos com grande qualidade musical e verdade artística. Gosto muito do
Música na Estrada, pois é inventivo, importante ao levar arte a cantos do Pará
mais carentes de oportunidades e conduzido de forma séria e imparcial. Foi
muito bom entrar em contato com alguns trabalhos os quais não conhecia e que
achei bastante interessantes", conclui o produtor.
Mais sobre artistas que circulam este ano
- Allan Carvalho - Nos últimos anos, Allan Carvalho tem sido um dos músicos de grande atuação da cena musical paraense, trazendo em seu trabalho uma rica e diversificada sonoridade, sempre pulsada a partir da paisagem amazônica. Desde o final dos anos 90, além da sua atuação solo, firmou passagem por vários grupos, onde já mostrava as várias vertentes de sua musicalidade. Seu trabalho autoral e como Intérprete dialoga com outras linguagens, estilos e com muitos parceiros. Parceiro de grandes artistas da região, como: Ronaldo Silva, Walter Freitas, Cincinato Jr, Eduardo Dias, Camilo Delduque, Dudu Neves, Fábio Cavalcante, Márcio Macêdo, Paulo Moura, Luis Girard, Ziza Padilha, Félix Faccon, Biratan Porto etc.
- Antonio Novaes - Músico e letrista, ele busca desde sempre fundir elementos sonoros e poéticos que, a princípio, podem soar contrastantes, mas que fazem muito sentido para alguém criado num lugar onde a cidade alcança a floresta, numa zona fronteiriça onde a vida selvagem se manifesta tanto no poder da natureza quanto na urbanização desmedida.
- Beto Di Mayo - Músico profissional há 30 anos. Começou sua carreira musical tocando cavaquinho em bandas de samba em Belém/PA, depois iniciou seus estudos no violão e na guitarra. Viajou pelo Brasil como músico profissional e atuou em diversos estados e países como Uruguai, Argentina e Chile. Hoje atua junto com a banda Variasons tocando diversos ritmos brasileiros e latinos além do repertório autoral e execução de música instrumental e releituras de clássicos da música nacional. Beto Di Mayo é professor da Escola Municipal de Música Waldemar Henrique, onde leciona Violão Popular, Canto Popular e Cavaquinho.
- Camila Honda - Influencias de Beatles, Joan Baez, Marisa Monte e muita Bossa Nova. Camila começou na música em aulas de canto popular e em 2008 teve sua primeira experiência profissional a convite do pianista Paulo José Campos de Melo. Destaque na Mostra Terruá Pará, a cantora foi escolhida para integrar o time de estrelas da música paraense que integram o espetáculo. Ainda esse ano, ela vai se apresentar em vários shows do Terruá Pará pelo país ao lado de artistas como Strobo, Gang do Eletro, Felipe Cordeiro, Adamor do Bandolim, Luê, entre outros.
- Larissa Leite - Com grande influência da família de músicos, a cantora e compositora Larissa Leite, de 19 anos, já nasceu apaixonada pela arte dos sons. Em 2009, foi convidada pelo seu primeiro regente para entrar no coral do Conservatório Carlos Gomes. Larissa Leite vem se destacando no cenário artístico paraense, pois além de sua voz bonita e diferenciada, a menina também é dona de um carisma particular e muito grande, que cativa a todos.
- Molho Negro - O grupo traz batidas dançantes e marcantes, letras que traduzem o espírito e sentimento de qualquer individuo, além de identificação sem muita complicação. Nada de rock cabeça. O negócio aqui é o melhor do estilo, na linha dos pioneiros como Chuck Berry e Little Richards, o objetivo é ser sedutor para os quadris e fazerem todos sacudirem com o som poderoso deste power trio.
- Natália Matos - Cantora e compositora de carreira recente, mas que vem ganhando espaço, já sendo considerada uma das novas revelações da música paraense. Acaba de lançar seu primeiro EP pelo natura musical, uma prévia do seu Cd de estreia que será lançado no primeiro semestre de 2014.
- Pedrinho Callado - É compositor, arranjador, músico e ativista cultural, tem formação em arranjo, composição e música. Possui dezenas de composições gravadas por muitos cantores paraenses como: Lucinha Bastos, Simone Almeida, Alba Maria, Olivar Barreto (França). Pesquisa vários ritmos brasileiros, com raízes regionais. Elaborou várias trilhas para curtas como: Árvore da Benção, Sou Teu Maninha, Cartas da Irmã Doroth (com o ator Wagner Moura e Padre Fabio de Melo), Cabelo Seco com Milton Rocha, Além da Idealização e direção musical do projeto do Filme e CD TOQUE DE MESTRE em 2009 onde fez a pesquisa e produção.
- Projeto Secretos Macacos - Formado há cinco anos com a intenção de fazer um som diferente de tudo que já tinham feito, o som do grupo é instrumental e experimental. Dentro dessa perspectiva já foram compostas músicas que estão em processo de gravação. A banda teve sua estreia na Festa de apresentação da MTV Belém.
Serviço
A 4ª Edição Música na Estrada será realizada em maio:
Parauapebas (06), Curianópolis (11), Canaã dos Carajás (15) e Marabá (17).
Patrocínio Lei Rouanet e Vale. Realização Ministério da Cultura e MM Produções.
Mais informações: 91 8109-7792 / 3355-8668 / https://www.facebook.com/suamusicanaestrada.
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