A Pará.grafo Editora lançou novo projeto de financiamento coletivo pa- ra reeditar os livros “Três Casas e um Rio” e “Os Habitantes”, do ro- mancista paraense Dalcídio Jurandir, sem novas edições há décadas. A campanha fica no ar até o dia 31 de janeiro de 2018, no site Catarse. O projeto anterior foi um sucesso e ajudou a reeditar o livro “Ponte do Galo”, após 46 anos da primeira edição.
É o que a Pará.grafo Editora quer repetir para recolocar nas estantes brasileiras as demais obras esgotadas do autor. Desta vez, serão edições com apurado acabamento gráfico, ilustrações da artista plástica e escritora Paloma Franca Amorim, e versão em e-book.
Os apoiadores podem receber como recompensas exemplares numerados, miniaturas do autor, pôsteres com as ilustrações do livro (reproduções ou mesmo originais) entre outras opções. Também há a opção de livrarias e empresas participarem dessa iniciativa, com condições especiais.
Três Casas e um Rio foi lançado em 1958, com capa de Cândido Portinari, e teve outras duas edições, sendo a última em 1994, tornando-se objeto de luxo nos sebos do país. É o terceiro livro do chamado Ciclo do Extremo-Norte, série romanesca de dez livros de Dalcídio Jurandir, iniciada com “Chove nos Campos de Cachoeira”. Esta quarta edição será lançada em comemoração aos 60 anos da primeira. Os Habitantes, de 1976, nunca foi reeditado, tornando-se um livro raro. Esta será sua segunda edição, após mais de 40 anos. É o oitavo livro do Ciclo, logo após o “Ponte do Galo”.
Nos livros do Ciclo, através da saga do menino Alfredo, o autor,descreve o horizonte amazônico, a partir do contexto humano e geográfico com a riqueza de suas imagens, suas expressões linguísticas típicas, a cultura e, até as concepções sociopolíticas. Retrata com plasticidade a existência humilde de pequenos proprietários de terra, barqueiros, ribeirinhos, pescadores, vaqueiros, enfim, o que Dalcídio chamava de sua "criaturada do Marajó".
O autor
Dalcídio Jurandir (1909-1979) nasceu em Ponta de Pedras, Ilha do Marajó, e faleceu no Rio de Janeiro. Escreveu onze romances, dos quais dez formam o chamado Ciclo do Extremo-Norte. Recebeu com eles o Prêmio Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras, pelo conjunto da obra, em 1972. Teve edições em Portugal e na Rússia. Co- laborou como jornalista e cronista em diversos jornais e revistas regionais e nacionais. É considerado por muitos o maior romancista da Amazônia e um dos principais autores brasileiros do século XX.
Compõem o Ciclo:
Chove nos Campos de Cachoeira (1941)
Marajó (1947)
Três Casas e um Rio (1958)
Belém do Grão Pará (1960)
Passagem dos Inocentes (1963)
Primeira Manhã (1967)
Ponte do Galo (1971)
Os Habitantes (1976)
Chão dos Lobos (1976)
Ribanceira (1978)
Para acessar a campanha:
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