POC - Imagem de divulgação |
O corpo em seu contexto social, urbano e suas territorialidades dissidentes locais e globais são temas recorrentes na obra de Rafael Bqueer, artista que confronta narrativas históricas e contemporâneas a partir do estudo da performance, sexualidade e descolonização. Ele não estará em Belém, mas entrará ao vivo, via Skype, no bate papo.
A mediação é do curador da exposição John Fletcher, professor de Artes Visuais da UFPA. Também participam da conversa, Matheus Aguiar, produtor cultural, artista visual, designer e drag (S1mone), e Carol Abreu, Técnica de Audiovisual e Artes Visuais, responsável por alguns recortes da galeria do Sesc Ver o Peso, onde o artista também expôs recentemente.
“Conheço o Rafael desde sua estadia no Sesc como estagiário. Já sentia sua inquietação como artista, desde então, mas o processo artístico dele veio pra mim a partir de um projeto de artes visuais do Sesc chamado Sesc Confluências, um projeto alicerçado na valorização do processo, e foi quando ele apresentou (e eu conheci seu trabalho) a performance "Alice"', diz Carol Abreu, convidada para a roda de conversa.
Ela diz que foi a partir daí que percebeu o potencial de Rafael. "Ele desenvolve seu pensamento em torno da arte, provocando relações do queer como construção e performance narrativa, provocando discussões entre gênero, sexualidade, política e racismo”, continua.
Performance Montação Foto: Cláudio Ferreira |
Carol diz que a abordagem e a pesquisa do artista é urgente no atual contexto de luta, contra o preconceito legitimado no país. Para ela, é necessário potencializar principalmente o discurso sobre gênero.
“Fazer arte hoje é político, e seu trabalho é um ato político. É por meio da arte e de seu corpo que o Rafa encontrou sua forma de se expressar, de manifestar. O corpo é potência, é presença, é político e social. É significativo afirmar essa voz, da discussão de gêner. Fomentar discussões acerca dessa temática, e garantir o respeito à diversidade”, continua Carol.
Imagem de uma das obra de POC
Foto: Cláudio Ferreira
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“Tive o prazer de contribuir com o trabalho do Rafael. Isso, para mim, representa uma fuga como designer, é uma ferramenta de guerrilha e esse trabalho que fizemos juntos, que vem falar das manas pretas LGBT, como Madame Satã, Leona, Marcia Pantera, entre outras, tem uma importância maior que estética, é uma importância politica muito seria”, finaliza Matheus.
Serviço
Bate Papo sobre o trabalho do artista visual paraense Rafael Bqueer, no sábado, 16 de novembro, às 10h, na Kamara Kó Galeria. Participação de Matheus Aguiar e Carol Abreu, com mediação de John Fletcher. Trav. Frutuoso Guimarães, 611, entre as ruas General Gurjão e Riachuelo – Campina. Entrada gratuita.
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