Paulo Faria com leitura de texto inédito em Belém

Espetáculo Meio Dia do Fim

Foto: Lenise Pinheiro

O espetáculo Templário (abertura de processo) estreará em janeiro de 2020, em São Paulo, mas antes, ganha uma leitura dramática em Belém, na próxima segunda-feira, 18, às 20h, no Teatro Waldemar Henrique. Em seguida haverá debate sobre o processo de construção do solo. A entrada é pague quanto puder. 

O texto Templário foi escrito em 2000, logo após a escrita da primeira montagem de “Um certo Faroeste Caboclo”, quando o autor, Paulo Faria, conheceu a música da Legião, o instrumental: Templário. O texto ficou perdido por 20 anos quaase, até ser encontrado no inicio de 2019, durante o processo de escrita do Livro dos 21 anos da Cia. Pessoal do Faoeste, fundada e dirigida por ele. Esta será a primeira vez que ator, diretor, cenógrafo e dramaturgo estará sozinho em cena e na construção dela. A peça conta com a supervisão na direção do ator Daniel Alvim, que começou a sua carreira no Pessoal do Faroeste em sua fundação.

Durante dez anos, Paulo Faria trabalhou como ator, autor e diretor de teatro em Belém, mais especificamente entre 1979 e 1989, quando partiu para São Paulo e montou sua companhia, O Pessoal do Faroeste. Desde 1990 vive em São Paulo, onde também cursou Letras na Universidade de São Paulo-USP e atua profissionalmente em várias atividades em Teatro, nas áreas de cenografia, figurino, atuação, dramaturgia, produção e direção, sendo a dramaturgia e direção atividade central e de estudo.

Depois que foi para São Paulo, o ator e diretor, dramaturgo, já nos anos 2000, esteve em Belém, algumas vezes, onde apresentou o espetáculo "Meio dia do Fim", dentro do Festival Territórios de Teatro, no Teatro Cláudio Barradas, em 2010, mesmo ano em que participou de projetos da Usina de Teatro, sobre a obra de Dalcídio Jurandir.

As conexões com o Pará seguiram em São Paulo, onde houve mostra de espetáculos da produção contemporânea e performances, além receber atores e amigos na sede Luz do Faroeste, que também funciona como hospedaria de curtas temporadas. Outra ação que destaca e evidencia suas raízes no Pará, aconteceu recentemente, quando o ator cozinhou maniçoba para cerca de 600 pessoas de uma ocupação em prédio público em São Paulo.

Ator vai instalar sede do Pessoal do Faroeste em Belém

Espetáculo "Assassinato do Presidente"
Foto: Rodrigo Reis

A vinda do diretor a Belém também tem um outro motivo. O Pessoal do Faroeste irá construir em Belém uma sede pra desenvolver projetos em parceria e formar intercâmbio com o recém formado Instituto Luz do Faroeste, que tem como base a cultura e direitos humanos. 

O Pessoal do Faroeste está há 16 dos 21 anos na região da Boca do Lixo, hoje, Cracolândia e escolheu fincar sua Sede-filial no bairro da Campina, em Belém, por ser muito parecido com o bairro da Luz, que também possui uma Zona de Prostituição, e é onde a Cia já desenvolveu uma Cartografia Afetiva do Quadrilátero do Pecado.

Artista fundador do Pessoal do Faroeste em 1998, ele já recebeu prêmios como o  Coca Cola de Direção por Um Certo Faroeste Caboclo/1999, que ganhou ainda Melhor Coreografia (Luís Miranda) e foi indicado como Autor, Espetáculo, Música e Atriz, no mesmo ano teve 2 indicações ao Prêmio APETESP; o Prêmio Nacional Plínio Marcos de Dramaturgia/2000,  pelo texto A Mulher Macaco e ainda o Prêmio CPT de Projeto Visual pela Trilogia Degenerada/2010. 

Espetáculo "Assassinato do Presidente"

Foto: Rodrigo Reis

Em 2014 o Pessoal do Faroeste recebeu o Prêmio Shell na categoria Inovação pelo trabalho de ocupação e intervenção social e artística que contribui para transformação e revitalização urbana da região da Luz. Em 2015 foi escolhido pelo portal R7 Melhor Diretor e Autor e São Paulo pelo espetáculo Luz Negra.

Serviço

Leitura dramática do texto TEMPLÁRIO, com o autor, diretor e ator Paulo Faria Local : Teatro Waldemar Henrique Dia: 18 Nov de 2019 Hora: 20h ingrersso: pague quanto puder – contribuição voluntária – o público receberá um envelope e ao final deixará a sua contribuição Apoio: Fundação Cultural do Pará e Secult.