Trinta e cinco anos depois de Bang bang (clássico do cinema marginal, que aliás assisti ontem), Andrea Tonacci em “Serras da Desordem”, o cineasta ainda propõe o jogo ao espectador, ainda experimenta com rigor a linguagem cinematográfica, ainda permanece um dos nossos maiores cineastas. O que é Brasil?
Como Glauber Rocha em sua derradeira obra-câncer Idade da Terra, como Orlando Senna e Jorge Bodanski em sua obra-transa Iracema, Tonacci responde a pergunta do único jeito que sabe: revolucionariamente. Filme ensaístico intelectual e drama sentimental ao mesmo tempo.
Após escapar do massacre de seu grupo familiar em 1977 no Maranhão, o índio Carapirú perambula sozinho pela serras do Brasil Central até ser encontrado na Bahia, dez anos depois, pelo sertanista Sydney Possuelo. Levado para Brasília, vira alvo de polêmica entre antropólogos e lingüistas, e acaba retornando à aldeia de origem.
É um documentário do real ou um sonho da ficção? Um documentário em forma de sonho ou a documentação do sonho em forma de fábula? Ficção histórica ou memória reencenada? Andrea Tonacci, um dos cineastas mais experimentais de todos os tempos, faz mais uma obra-prima.
“A Serra da Desordem” é a reflexão do processo civilizatório e a tragédia pessoal do índio, alter-ego tonacciano do homem perdido que não consegue se comunicar, e que vaga. Deus inventou a liberdade, o Diabo o arame farpado.
A Natureza inventou o Homem, e o Homem inventou o Cinema. Andrea Tonacci (re) inventou a história de Carapirú, nas Serras da Desordem. Na ordem da montagem, na serra da poesia, Tonacci se reinventou, e, assim, reinventou o cinema brasileiro.
Serviço
Serras da desordem. Andrea Tonacci. 06. p/b & cor. 135’. No Espaço Cultural da loja Ná Figueiredo - Av. Gentil Bittencourt, 449. Nesta segunda, 22, às 18h30. Entrada franca. Realização: Fapespa. Parceria: APJCC. Apoio: lojas Ná Figueiredo.
Como Glauber Rocha em sua derradeira obra-câncer Idade da Terra, como Orlando Senna e Jorge Bodanski em sua obra-transa Iracema, Tonacci responde a pergunta do único jeito que sabe: revolucionariamente. Filme ensaístico intelectual e drama sentimental ao mesmo tempo.
Após escapar do massacre de seu grupo familiar em 1977 no Maranhão, o índio Carapirú perambula sozinho pela serras do Brasil Central até ser encontrado na Bahia, dez anos depois, pelo sertanista Sydney Possuelo. Levado para Brasília, vira alvo de polêmica entre antropólogos e lingüistas, e acaba retornando à aldeia de origem.
É um documentário do real ou um sonho da ficção? Um documentário em forma de sonho ou a documentação do sonho em forma de fábula? Ficção histórica ou memória reencenada? Andrea Tonacci, um dos cineastas mais experimentais de todos os tempos, faz mais uma obra-prima.
“A Serra da Desordem” é a reflexão do processo civilizatório e a tragédia pessoal do índio, alter-ego tonacciano do homem perdido que não consegue se comunicar, e que vaga. Deus inventou a liberdade, o Diabo o arame farpado.
A Natureza inventou o Homem, e o Homem inventou o Cinema. Andrea Tonacci (re) inventou a história de Carapirú, nas Serras da Desordem. Na ordem da montagem, na serra da poesia, Tonacci se reinventou, e, assim, reinventou o cinema brasileiro.
Serviço
Serras da desordem. Andrea Tonacci. 06. p/b & cor. 135’. No Espaço Cultural da loja Ná Figueiredo - Av. Gentil Bittencourt, 449. Nesta segunda, 22, às 18h30. Entrada franca. Realização: Fapespa. Parceria: APJCC. Apoio: lojas Ná Figueiredo.
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