“O Mão de Vaca” é uma livre adaptação do clássico francês “O Avarento”, de Molière.
Centrada no universo dos palhaços, com estréia marcada para o dia 25 de fevereiro, quinta-feira, às 20h00, no Anfiteatro da Praça da República.
É a segunda vez que utiliza um texto deste dramaturgo. Em 2006, o grupo já havia montado O Hipocondríaco, adaptado da obra “O Doente Imaginário”.
As propostas se assemelham, na atual montagem a encenação também utiliza como idéia central a chegada de uma trupe de palhaços de um circo decadente com a incumbência de apresentar uma peça de Molière.
Sem muitos recursos, a trupe se utiliza do pouco que tem para a montagem da peça: bancos velhos, roupas gastas, instrumentos avariados.
O personagem principal, Harpagon, é um velho avarento que trata mal seus empregados e animais, e só pensa em economizar seu dinheiro e em querer casar os filhos, Elisa e Cleanto, com pretendentes ricos para acumular mais e mais riqueza. A avareza do personagem principal é evidenciada através da pobreza da trupe de palhaços, há anos na estrada.
O figurino dos palhaços é feito com tecido barato, sem muita variação de tons e estampas. Estão gastos e remendados, dando a medida da pobreza da trupe e da avareza do personagem principal.
O cenário é composto somente de bancos velhos, recolhidos pelo grupo em feiras e pequenos estabelecimentos comerciais, a maioria trocada por bancos novos com os antigos proprietários.
A trupe chega à praça cantando e fica sentada nestes bancos, funcionando como um coro sempre em cena. De lá saem os personagens, cada um a sua vez, para realizar suas cenas e, assim, desenrolar a história.
Em cena - Harpagon, o velho mão de vaca, quer casar com uma jovem, Mariana, mesmo esta não tendo dinheiro para o dote, o que lhe desagrada muito. Seu filho, Cleanto, está apaixonado pela mesma jovem e fala de seu amor para a irmã, Elisa, também enamorada.
Elisa ama Valério, um fidalgo que está à procura da família, perdida em um naufrágio, e que para ficar perto da amada finge-se de criado de seu pai. Mas o velho pão duro pretende casar a filha com um senhor endinheirado, Anselmo, e o filho com uma rica viúva. Instaura-se então um grande conflito entre eles, cheio de quiproquós e peripécias, resolvidos ao final com a ajuda dos empregados.
A poética utilizada pelos Palhaços Trovadores, cunhada durante 11 anos de experimentações e criações do grupo, mescla a linguagem do palhaço a elementos da cultura popular. Como nos folguedos, o grupo sempre introduz o espetáculo com um canto de chegada, uma chegança.
O elenco mantém-se em cena o tempo todo, funcionando como um coro, reagindo ao que acontece no centro da cena com os personagens e também realizando a sonoplastia do espetáculo, composta de sons e canções, todas originais e de autoria do grupo.
Ao final sempre acontece a tradicional “rodada de chapéu”, esta inserida no contexto da peça, e a trupe parte com um canto de despedida, prometendo sempre voltar.
Canções populares e trovas, além de um contato direto com o público também caracterizam o trabalho dos Palhaços Trovadores.
Nas montagens do grupo são os palhaços de cada ator os intérpretes dos personagens das peças. O palhaço empresta, assim, seu próprio jeito de ser e ver o mundo para cada personagem que faz. É o ator que conduz o palhaço que, por sua vez, interpreta o papel.
Fotos:
Janduari Simões
Janduari Simões
Centrada no universo dos palhaços, com estréia marcada para o dia 25 de fevereiro, quinta-feira, às 20h00, no Anfiteatro da Praça da República.
É a segunda vez que utiliza um texto deste dramaturgo. Em 2006, o grupo já havia montado O Hipocondríaco, adaptado da obra “O Doente Imaginário”.
As propostas se assemelham, na atual montagem a encenação também utiliza como idéia central a chegada de uma trupe de palhaços de um circo decadente com a incumbência de apresentar uma peça de Molière.
Sem muitos recursos, a trupe se utiliza do pouco que tem para a montagem da peça: bancos velhos, roupas gastas, instrumentos avariados.
O personagem principal, Harpagon, é um velho avarento que trata mal seus empregados e animais, e só pensa em economizar seu dinheiro e em querer casar os filhos, Elisa e Cleanto, com pretendentes ricos para acumular mais e mais riqueza. A avareza do personagem principal é evidenciada através da pobreza da trupe de palhaços, há anos na estrada.
O figurino dos palhaços é feito com tecido barato, sem muita variação de tons e estampas. Estão gastos e remendados, dando a medida da pobreza da trupe e da avareza do personagem principal.
O cenário é composto somente de bancos velhos, recolhidos pelo grupo em feiras e pequenos estabelecimentos comerciais, a maioria trocada por bancos novos com os antigos proprietários.
A trupe chega à praça cantando e fica sentada nestes bancos, funcionando como um coro sempre em cena. De lá saem os personagens, cada um a sua vez, para realizar suas cenas e, assim, desenrolar a história.
Em cena - Harpagon, o velho mão de vaca, quer casar com uma jovem, Mariana, mesmo esta não tendo dinheiro para o dote, o que lhe desagrada muito. Seu filho, Cleanto, está apaixonado pela mesma jovem e fala de seu amor para a irmã, Elisa, também enamorada.
Elisa ama Valério, um fidalgo que está à procura da família, perdida em um naufrágio, e que para ficar perto da amada finge-se de criado de seu pai. Mas o velho pão duro pretende casar a filha com um senhor endinheirado, Anselmo, e o filho com uma rica viúva. Instaura-se então um grande conflito entre eles, cheio de quiproquós e peripécias, resolvidos ao final com a ajuda dos empregados.
A poética utilizada pelos Palhaços Trovadores, cunhada durante 11 anos de experimentações e criações do grupo, mescla a linguagem do palhaço a elementos da cultura popular. Como nos folguedos, o grupo sempre introduz o espetáculo com um canto de chegada, uma chegança.
O elenco mantém-se em cena o tempo todo, funcionando como um coro, reagindo ao que acontece no centro da cena com os personagens e também realizando a sonoplastia do espetáculo, composta de sons e canções, todas originais e de autoria do grupo.
Ao final sempre acontece a tradicional “rodada de chapéu”, esta inserida no contexto da peça, e a trupe parte com um canto de despedida, prometendo sempre voltar.
Canções populares e trovas, além de um contato direto com o público também caracterizam o trabalho dos Palhaços Trovadores.
Nas montagens do grupo são os palhaços de cada ator os intérpretes dos personagens das peças. O palhaço empresta, assim, seu próprio jeito de ser e ver o mundo para cada personagem que faz. É o ator que conduz o palhaço que, por sua vez, interpreta o papel.
2 comentários:
OBRIGADO, LU!
MUITOS BEIJOS NESTA BOCA LINDA!
MM
Postar um comentário