"Devagar
e Sempre" é uma ode à vida na beira dos rios da Amazônia, só que na linguagem do palhaço. Encenado pela dupla de clowns Las Cabaças, o espetáculo ganha curta temporada em Belém, na próxima semana, com apresentações no Teatro Waldemar Henrique, na sexta-feira, 28, às 20h, e no sábado, 29,
em duas sessões, às 16h e 20h. E ainda tem no domingo, a matinal, às 10h, e à
noite, ás 19h.
Em circulação pelo Prêmio de Teatro Myriam Muniz, a peça mostra a aventura de dois palhaços perdidos em plena Amazônia. Pensem nisso. Quando eles adentram na mata algo estranho vai acontecendo pelo caminho. Já começo a
rir, antes de ver. Mas o espetáculo além de engraçado tende a despertar o
imaginário amazônico no espectador, quando conduzido por Bifi e Quinan.
Eles procuram por um lugar utópico e desconhecido, mas à
medida que caminham as coisas vão se transformando. As cenas vão mostrando o
dia a dia no rio, na canoa e nas terras por onde a dupla passa. Tem encontro
com a onça pintada, pesca, os sons da floresta, a solidão e o medo.
A paixão pelo teatro e a vida girando pelo país, não é recente. dupla Las Cabaças surgiu em 2006, na cidade de São
Paulo, formada pelas atrizes Juliana Balsalobre (palhaça Bifi) e Marina
Quinan (palhaça Quinan) que, há quase cinco anos, moram Alter do Chão
(Santarém/Pa), lugar que adotaram como sua casa e sede de trabalho, depois de ter vindo parar por aqui, em circulação com um outro espetáculo.
O primeiro projeto
itinerante, intitulado Brasil na Cabaça, era uma viagem de estudo e pesquisa
prática pela região Norte e Nordeste do Brasil para promover o encontro com palhaços e
público de outras regiões, coletando e estudando gagues, estórias, diferenças e
semelhanças nas formas de atuação dos fazedores de palhaçadas, bem como a
convivência com novas situações socioculturais.
“Viajamos durante sete meses, só com recursos próprios e
como fruto dessa experiência, criamos o espetáculo Semi-Breve, apresentado
até os dias atuais”, conta Marina Quinan.
Em 2008, em parceria com os Doutores da Alegria (SP),
realizam o segundo projeto itinerante, Palhaças Amazônia Adentro,
percorreu comunidades ribeirinhas, quilombolas e indígenas dos estados do Acre,
Amazonas, Pará, Amapá e Maranhão, durante 10 meses, exercendo o ofício de
palhaças, apresentando seu repertório de gagues e palhaçaria, improvisando
situações cênicas junto às pessoas de cada lugar.
A experiência foi tão intensa, que em 2009, decidiram mudar
para Alter do Chão, em Santarém/PA, e aprofundar a pesquisa na região
Amazônica, mergulhando ainda mais na cultura e imaginário local.
Em 2012, a dupla se uniu à Cia do Feijão e
circulamos, com o projeto Tietê-Tapajós, nas comunidades e cidades que
margeiam os rios Maró, Tapajós e Arapiuns no Pará e rio Tietê, em SP".
"Foi uma
experiência de troca artística e discussão com outro grupo, que também está em
busca de um país, tão diversamente rico em contrastes, e que ora emociona e
inspira, ora revolta e entristece”, conclui Marina.
Serviço
Divagar e Sempre, no Teatro Waldemar Henrique - 28/03 (6ª
feira), às 20h; 29/03 (sábado), em duas sessões: às 16h e 20h; 30/03 (domingo),
em duas sessões: às 10h e 19h. Ingressos na bilheteria do Teatro: R$ 1,00 + 01
kg de alimento não perecível. Informações: (91) 8177.7502 – Andréa Rocha /
8824.0170 – Nanan Falcão / produtorescriativos@gmail.com / www.facebook.com/ProdutoresCriativos / www.lascabacas.com.br
/ Informações: Produtores Criativos: (91) 8110.5245 (tim) / 8805.0595 (oi) / 9326.3101
(vivo).
Nenhum comentário:
Postar um comentário