19.3.14

Aventura e utopia clown na Floresta Amazônica

"Devagar e Sempre" é uma ode à vida na beira dos rios da Amazônia, só que na linguagem do palhaço. Encenado pela dupla de clowns Las Cabaças, o espetáculo ganha curta temporada em Belém, na próxima semana, com apresentações no Teatro Waldemar Henrique, na sexta-feira, 28, às 20h, e no sábado, 29, em duas sessões, às 16h e 20h. E ainda tem no domingo, a matinal, às 10h, e à noite, ás 19h.

Em circulação pelo Prêmio de Teatro Myriam Muniz, a peça mostra a aventura de dois palhaços perdidos em plena Amazônia. Pensem nisso. Quando eles adentram na mata algo estranho vai acontecendo pelo caminho. Já começo a rir, antes de ver. Mas o espetáculo além de engraçado tende a despertar o imaginário amazônico no espectador, quando conduzido por Bifi e Quinan.

Eles procuram por um lugar utópico e desconhecido, mas à medida que caminham as coisas vão se transformando. As cenas vão mostrando o dia a dia no rio, na canoa e nas terras por onde a dupla passa. Tem encontro com a onça pintada, pesca, os sons da floresta, a solidão e o medo.

A paixão pelo teatro e a vida girando pelo país, não é recente. dupla Las Cabaças surgiu em 2006, na cidade de São Paulo, formada pelas atrizes Juliana Balsalobre (palhaça Bifi) e Marina Quinan (palhaça Quinan) que, há quase cinco anos, moram Alter do Chão (Santarém/Pa), lugar que adotaram como sua casa e sede de trabalho, depois de ter vindo parar por aqui, em circulação com um outro espetáculo. 

O primeiro projeto itinerante, intitulado Brasil na Cabaça, era  uma viagem de estudo e pesquisa prática pela região Norte e Nordeste do Brasil para promover o encontro com palhaços e público de outras regiões, coletando e estudando gagues, estórias, diferenças e semelhanças nas formas de atuação dos fazedores de palhaçadas, bem como a convivência com novas situações socioculturais.

“Viajamos durante sete meses, só com recursos próprios e como fruto dessa experiência, criamos o espetáculo Semi-Breve, apresentado até os dias atuais”, conta Marina Quinan.

Em 2008, em parceria com os Doutores da Alegria (SP), realizam o segundo projeto itinerante, Palhaças Amazônia Adentro, percorreu comunidades ribeirinhas, quilombolas e indígenas dos estados do Acre, Amazonas, Pará, Amapá e Maranhão, durante 10 meses, exercendo o ofício de palhaças, apresentando seu repertório de gagues e palhaçaria, improvisando situações cênicas junto às pessoas de cada lugar.

A experiência foi tão intensa, que em 2009, decidiram mudar para Alter do Chão, em Santarém/PA, e aprofundar a pesquisa na região Amazônica, mergulhando ainda mais na cultura e imaginário local.

Em 2012, a dupla se uniu à Cia do Feijão e circulamos, com o projeto Tietê-Tapajós, nas comunidades e cidades que margeiam os rios Maró, Tapajós e Arapiuns no Pará e rio Tietê, em SP". 

"Foi uma experiência de troca artística e discussão com outro grupo, que também está em busca de um país, tão diversamente rico em contrastes, e que ora emociona e inspira, ora revolta e entristece”, conclui Marina.

Serviço                   
Divagar e Sempre, no Teatro Waldemar Henrique - 28/03 (6ª feira), às 20h; 29/03 (sábado), em duas sessões: às 16h e 20h; 30/03 (domingo), em duas sessões: às 10h e 19h. Ingressos na bilheteria do Teatro: R$ 1,00 + 01 kg de alimento não perecível. Informações: (91) 8177.7502 – Andréa Rocha / 8824.0170 – Nanan Falcão / produtorescriativos@gmail.com / www.facebook.com/ProdutoresCriativos / www.lascabacas.com.br / Informações: Produtores Criativos:   (91) 8110.5245 (tim) / 8805.0595 (oi) / 9326.3101 (vivo).

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