12.6.16

Circular e namorar no Centro Histórico de Belém

É dia de namorar. Sim. Existe amor no Centro Histórico de Belém. O Circular Campina Cidade Velha chega a sua 12a edição, neste domingo, 12 de junho, dia dos namorados. E como 12 e 12 são 24, Viva São João!!! A programação está recheada de gouloseimas da época e muita música, teatro, contação de histórias, passeios históricos, lançamentos, olha, é muita coisa, confere na programação do site www.projetocircular.com.br

É nesse clima junino e de romance, que o 12º Circular Campina Cidade Velha chega. Festivo e pra se apaixonar de vez, abraçando a área mais antiga da capital paraense. Faça sol ou faça chuva, vai ter música, cinema, artes visuais, artesanato, economia criativa, literatura, cortejo, gastronomia e muito mais.

Entre s novidades está o “Música na Rua”, ideia incentivada pelo Circular Campina Cidade Velha, com a finalidade de difundir a música instrumental em espaços públicos, inspirada pelo Centro Histórico de Belém. Nesta edição, Alexandre Pinheiro e Felipe Ricardo circulam pelos bairros. O público se gostar, aplaude e ainda pode contribuir com o chapéu do músico.

Há novos espaços parceiros e iniciativas, que envolvem a participação cada vez ais ativa dos moradores dos bairros envolvidos. Na Cidade Velha, por exemplo, crianças e adultos que residem na área têm se inserindo cada vez mais nas atividades do projeto Aparelho, que traz mais uma vez nesta edição, uma programação com música, palhaços, arte, atuando na área do Beco do Carmo e Mercado do Sal.

O Circular Campina Cidade Velha é uma iniciativa da sociedade civil, junto às comunidades dos bairros envolvidos, na construção de uma região voltada à cultura que estimule cultural e economicamente o turismo ímpar, que surge no âmago dos bairros da Campina, Cidade Velha e Reduto. O assunto, aliás, foi destacado na Revista Circular, lançada na edição passada (https://issuu.com/projetocircular/docs/revista_circular_zero).

O projeto é uma realização da Kamara Kó Fotografias, Ministério da Cultura e Governo Federal, e para esta e as próximas edições renovou sua parceria com o Banco da Amazônia, que patrocina o projeto via Lei Rouanet. Conta ainda com apoio da Setur, IPHAN, Macieira Filmes, Rede Cultura de Comunicação e da IOE – Imprensa Oficial do Estado e Milton Kanashiro, por meio de Doação de Pessoa Física via Lei Rouanet.

NO ESCURINHO DO CINEMA

O cinema chegou de vez nas circulações bimestrais do projeto. Em abril, estreamos o Cine MEP, do Sistema Integrado de Museus, e que nesta edição, no domingo, 12 de junho, está de volta com mais uma sessão, exibindo o documentário Tomie Otake. A sessão é matinal, às 11h, mas os casais que preferirem o escurinho do cinema na parte vespertina do dia, a novidade é que o Cine Olympia entrou para o Circular com tudo e não está prosa.  

A programação do cinema mais antigo do Brasil em atividade ininterrupta inicia às 16h, mostrando as vinhetas sobre a história do Cine Olympia, que acabou de completar 104 anos no dia 24 de abril. Em seguida tem a projeção do curta de animação “Rapto do Peixe Boi”, de Cássio Tavernard e, pra encerrar, será exibido o belo “Luzes da Cidade”, de Charles Chaplin, e o seu adorável e enamorado Vagabundo.

Tem mais audiovisual na programação. Para quem estiver interessado em conhecer mais sobre o cinema paraense, a Galeria Elétrica abre a exposição “Linha do tempo: 60 anos de cinema paraense”, uma cartografia do cinema realizado no Pará, nos últimos 60 anos, resultado da pesquisa do professor e curador Ramiro Quaresma (PPGArtes-ICA-UFPA), editor do site/blog Cinemateca Paraense.

EXPOSIÇÕES, MOSTRAS E BATE PAPO

No universo expositivo, vai uma dica interessante. No Casulo Cultural haverá exposição fotográfica e experimentação sonora interativa, atividade que revela ao público o resultado da oficina Universo de Si: canto e fotografia, voltada à descoberta da voz e do olhar, desenvolvida pela jornalista e artista visual Yvana Crizanto, pela professora de canto, Angela Rika, e pelas artistas visuais Renata Aguiar e Viviane Pinheiro. Também será oferecido Harmonização com cristais (alinhamento dos chakras) e Reflexologia Podal (Pague quanto puder) com Agni Chandra.

Na Elf Galeria, o público confere a exposição individual "Meio Terra, Meio Água", de Emanuel Franco. E na Galeria Kamara kó, haverá continuidade da exposição “Fluxo”, de Alberto Bitar, que ficou fechada durante o mês de maio, reabrindo neste Circular com lançamento do livro Imêmores “voos”. O Espaço Cultural Banco da Amazônia traz a exposição “ARQUIVO 2.0 – DESMEMÓRIAS FOTOGRÁFICAS” da fotógrafa Flavya Mutran com a curadoria de Armando Queiroz.

O espaço de criação em artes visuais de José Fernandes, aberto recentemente no bairro da Cidade Velha (Belém/PA), além de abrigar a produção individual do artista, visa o convívio e a troca de informações e experiências com a comunidade.  Nesta edição do Circular, o espaço abrigará, além da visitação ao ateliê, um ponto de apresentação e venda de produtos Maria do Grão, apresentação musical de Roda de Choro (16:00 às 17:30 h) e venda de comidinhas juninas.

ABRAÇO NA CASA DAS ONZE JANELAS

O Circular Campina Cidade Velha, projeto que se articula no Centro Histórico de Belém se solidariza com o Movimento de vários artistas que pedem a manutenção da Casa das Onze Janelas, como espaço expositivo. Situado no Centro Histórico, no Complexo Feliz Lusitania, o espaço que abriga o maior acervo de arte contemporânea do Pará pode estar com os dias contados por conta de um projeto que o transformaria em espaço de gastronomia.

Neste domingo dia 12, os espaços parceiros do Circular, ligados às artes visuais, como Associação Fotoativa, Kamara Kó Galeria, Elf Galeria, Casulo Cultural, Ateliê Zoca e Galeria Elétrica estarão com uma petição on line disponível em computadores para que os circulantes interessados em apoiar a causa possam assinar.

“Além de estar com a petição on line disponíveis em vários espaços parceiros do projeto Circular, neste domingo, dia 12 de junho às 12h faremos uma concentração, manifestação, abraço em favor da Casa das Onze Janelas, nosso museu de arte contemporânea que está sob o risco de desativação por parte do Governo do Estado do Pará para abrigar um centro gastronômico. O Movimento Casa das Onze Janelas diz não a decisão arbitrária do Estado e das instituições envolvidas nesse projeto silencioso de acabar com uma instituição pública importante para o Pará e para o Brasil, atuante desde 2002 com exposições, ações educativas e coleções de arte brasileira em permanente exibição”, explicam os manifestantes.

Na programação do Espaço Cultural Casa das Onze Janelas também haverá exposições na sala Ruy Meira - Traços e Transições - Arte Contemporânea brasileira. Nas salas Laboratório das Artes, Valdir Sarubbi e Gratuliano Bibas, o público confere a 7ª edição do Prêmio Diário contemporâneo de Fotografia, especialmente dedicada à Coleção que vem sendo formada desde 2011 pelos acervos do Espaço Cultural Casa das Onze Janelas e Museu da UFPA. Também haverá uma roda de conversa com os fotógrafos Ionaldo Rodrigues, Mariano Klautau e Wagner Almeida.

PARCEIROS DE VOLTA, OUTRAS DICAS

Depois de algumas edições sem abrir no Circular, a loja Discosaoleo está de volta e abrirá o seu porão neste domingo, trazendo ao público a música instrumental psicodélica da banda Zuni Apache, além de apresentação de Lucas Estrela e, encerrando o domingo, Pio Lobato, com o show dos 10 anos do disco Tecnoguitarrada.

O Beco Criativo, que estreou na edição passada, também está de volta, reunindo um antigo parceiro, Belchior Escola de Beats, que agora integra o coletivo com a Sacada Criativa, a Belém Photos e Capitu. Juntos, eles realizam palestras, bate papos, workshops e passeios fotográficos, tudo gratuitamente.

Vai ter Yoga, com Tunga Vidya, marca registrada já da programação da laje Da Tribu, que nesta edição do Circular terá a atriz Sandra Perlin contando a história "Tonho Parente, culpado ou inocente?".

A folia de junho da Morada Da Tribu será somada com o Auto da Vaca-Bumbá Rosinha Cheirosa, com a Cia. Quixotes Del Grão Pará, projeção de Vídeo Mapping, com Luan Rodrigues, o show Melodia das Ruas, com o Quaderna e ainda a performance Diários de Eva, com Heyder Moura. Tudo isso mais a lojinha funcionando com Plantaprati, Cabidê, Da Tribu e MetalDesigner de Beta Freitas.

PORTAS ABERTAS, RÁDIO WEB, ARTE POPULAR E EXPERIMENTOS

A rádio web Idade Mídia participa com transmissão musical e notícias, circulação bike som e, no fim do dia, transmite a programação do APARELHO no porto do Sal, com apresentação de Luizan Pinheiro, que estará apresentando o projeto LP. 

Também no Mercado do Sal, o Aparelho traz na programação a exposição do Coletivo Pitiú, Cortejo de Palhaços, Circo de Pulgas, do Palhaço Fio dental, apresentação do La Fabula, da Cia Madalenas e um almoço dos namorados com Bregaço da saudade e Barbudo Som, no Churrasco do Dinho & litrão do Gleidson. 

De tarde haverá experimentações musicais, com Alexandre Pinheiro, Davi Amorim e Lucas Guimarães e ainda Free Step, Hellyntom Santos, além de batuque com tambores, chocalhos e padede com o etnias, gestus e movimento.

A Associação FotoAtiva preparou uma programação bem extensa, reunindo micro oficinas de “Pintura livre em tecido”, “ Pincel de luz”, “Furoshiki” e “Mini Pinhole”, além de Roda de Jogos e Brincadeiras tradicionais, que fazem parte da nossa herança cultural, visitas guiadas e “Tenda Câmera Obscura”. Dentro do Casarão haverá mural de fotos e legendas sobre o processo de restauro pelo qual a edificação ainda passa. No calçadão do Fotoativa, um foto varal traz a Mostra de Olhos Vendados. E ainda tem discotecagem, música ao vivo, com Ana Clara Matos e Careca Braga e o Arraial Fotoativa, com brincadeiras juninas.

O Arrastão do Pavulagem começa às 9h, na escadinha da Estação das Docas, onde uma roda cantada aquece a multidão, sob o comando dos músicos Renato Rosas e Thomaz Silva. É a acolhida, um momento para difusão das tradições da cultura popular da Amazônia. Depois, o Boi Pavulagem e segue com a multidão, que sai da Praça Pedro Teixeira (Escadinha), sobe a Av. Presidente Vargas e chega à Praça da República.

 Ao som de toadas de boi, xotes, carimbós e quadrilhas, o mais antigo dos cortejos do Arraial, o Arrastão do Pavulagem é realizado desde 1987. O folguedo que reverencia a quadra junina e a cultura popular brasileira, com um repertório que vai do tradicional ao moderno.

COMIDINHAS E LANCHES

Iacitatá: ativismo alimentar
Novidade para o paladar de quem está no Circular Campina Cidade Velha. Ganhamos mais um parceiro da área da gastronomia. Agora, além da Tapioquinha da Dona Cleia, do Jota Lanches, dos restaurantes Dona Joana e do Bar do Rubão, sem falar dos quitutes e outras delícias oferecidas em vários dos espaços do Circular, entra na sua rota, neste domingo, o Lanche do Sírio, uma pequena lanchonete/bar situada no coração do Comércio, que serve pratos típicos árabes, feitos pelo Sírio Aflatoun.

Além de almoço, serve sanduíches com pão sírio, esfirras, kibes, zatas, cheaibiet mamol, etc. Eles fazem delivery e aceitam encomendas. Em dias de Circular, haverá sempre uma programação especial para receber os circulantes. Pela manhã, o café e lanche conta com audição de Música Árabe, assim como na Rodada de Narguilé. Entre 16h e 18h, a música é vivo.

No Sinhá Pureza tem Café da Manhã regado a sanduíches, tapioquinhas, cuscuz e bolo de milho. A música ao vivo traz o melhor do Choro com Camila Alves (Violão), Rafaela Bittencourt (Pandeiro) e Guga Rocha (Bandolim). Quem circular por lá, verá ainda uma exposição de fotografia, de obras de PP Condurú e Orixás, de Maurício Franco. O CaboclArte, de Sylvia Gayoso, está com nova coleção de camisas pintadas a mão.

Os acessórios da Criação & Arte Bijuterias em Cerâmica, de Eliana Amor Divino, também aportam no Sinhá, que também oferece uma oficina de Tango Estilo Villa Urquiza, com o instrutor Marco Campos. A programação segue com Performance de Francco, o Cigano do  Amor, lendo a sorte no amor para os consulentes, e o Grupo Mururé encerra com apresentação de Carimbó, Toadas de Boi e Músicas de São João.  Saci e seus criativos bonecos regionais também estão presentes.

CIRCULANDO POR MUSEUS E PRAÇAS

Cine MEP exibe o documentário "Tomie Ohtake"
No domingo do Circular, além dos espaços de arte espalhados ao longo da Campina, Cidade Velha e Reduto, o Museu do Estado do Pará, Museu de Arte Sacra, Museu de Arte de Belém, Museu do Círio e Casa das Onze Janelas, estarão todos abertos e funcionando para visitação no Circular Campina Cidade Velha, até 17h, com entrada gratuita. O Museu Corveta também participa, mas com horário até às 13h.

Se quiser um guia, veja na programação completa do Circular, o horário e local de concentração da circulação com o historiador e fotógrafo Michel Pinho, que está de volta nesta edição para realizar uma caminhada pelas ruas e espaços públicos da Cidade Velha. A história de Belém será contata através de uma paisagem que mistura a cultura italiana, portuguesa, americana, inglese e paraense, passando por obras, prédios, praças e fortes, que transformaram a cidade em um verdadeiro museu a céu aberto.

Não haverá nesta edição o Roteiro Geo-Turistico, mas vai ter Bike Tour, sim. O Pedal Corujão sai com os ciclistas interessados, às 9h, da frente do conhecido Peixotão, edifício que fica na Rua Carlos Gomes, entre a Frutuoso Guimarães e a Campos Sales, bem da frente da Vivyan Bike, e segue num tour emocionante pelo Centro Histórico.

Serviço
12ª Edição Circular Campina Cidade Velha – Dia 12 de junho, no Centro Histórico de Belém, das 8h às 20h. Veja programação completa e mais informações sobre como funciona o projeto, no site: www.projetocircular.com.br

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