O projeto “Territórios da Arte”, etapa Belém, abre nesta quarta-feira, 16, e vai até sábado, 19, com encontros no Instituto de Ciências da Arte – ICA/UFPA (Avenida Presidente Vargas, s/n, Praça da República) e, no encerramento, em Icoaraci, com mais rodas de conversa e muito carimbó, no Espaço Cultural Coisas de Nego (Av. Lopo de Castro, 1081). O evento de Belém conta com o apoio da Universidade Federal do Pará (UFPA).
Durante os quatro dias de evento, seminários, conversas serão traçados os caminhos da arte na Região Norte. A partir de memórias, direitos culturais, construção de identidade, entre outros temas e contribuições locais, surgirá uma cartografia afetiva da nossa cultura amazônica.
“A dinâmica dos encontros regionais inclui rodas de conversas com participantes locais e a construção de um mapa colaborativo, que traduzirá a visão de todos sobre o panorama da arte e da cultura na cidade de Belém e na região Norte do país”, explica Leonardo Guelman, Superintendente do Centro de Artes da UFF e gestor do projeto.
Além de promover o diálogo, estes momentos também servirão para construir um mapa que pode se tornar instrumento de política cultural, cartografia afetiva e registro, tornando as cidades escolhidas e suas interseções com as demais localidades conjuntos de conhecimento cultural e artístico do projeto.
As rodas de conversas compõem-se de quatro eixos: o de experiências colaborativas em artes discute o papel dos artistas e coletivos na reconfiguração da cena artístico-cultural nos territórios; o de direitos culturais debate os direitos à cultura e da cultura; o eixo de guardiões de memória e políticas de salvaguarda trata da memória do ponto de vista das pessoas e também da preservação dos acervos; e, finalmente, o eixo arte de viver e viver da arte traduz o desafio colocado para artistas e produtores de viverem deste ofício.
O “Territórios da Arte” é fruto de parceria entre a Universidade Federal Fluminense (UFF) e a Fundação Nacional das Artes (FUNARTE). O projeto pretende criar uma cartografia colaborativa a partir de narrativas que entrelaçam arte, memórias, vínculos sociais e afetivos em cada território, diferenciando-se de mapeamentos tradicionais.
Para Maristela Rangel, Diretora do Centro de Programas Integrados da Fundação Nacional de Artes, “a localização do projeto nos territórios fortalece os movimentos culturais locais, e cria a possibilidade de diálogo com as políticas públicas que envolvem as questões culturais, possibilitando a formulação de novas políticas públicas na Funarte”.
O projeto começou em maio, em Cuiabá (MT) e já esteve também em Florianópolis (SC). Após a etapa de Belém, ainda haverá encontros em Recife (PE) e Rio de Janeiro (RJ), marcando presença, desta forma, em todas as regiões brasileiras. Totalmente gratuito, com inscrições na página do Facebook (www.facebook.com/territoriosdaarte) ou na hora. Será conferido certificado aos participantes.
PROGRAMAÇÃO
Quarta-feira, 16 de agosto
Instituto de Ciências da Arte – ICA/UFPA
(Av. Pres. Vargas, s/n, Praça da República)
- 17h - Recepção e credenciamento
- 17h30 - Mesa de abertura com representantes da Universidade Federal Fluminense (UFF), Fundação Nacional de Artes (FUNARTE) e do Instituto de Ciências da Arte da Universidade Federal do Pará
- 18h - Arte de Viver, viver da arte - O desafio colocado para artistas e produtores de viverem do ofício da arte. Experiências inovadoras para o incremento de ações de autogestão e de fortalecimento de vínculos territoriais. Táticas e estratégias de sustentabilidade para práticas e realizações artísticas e culturais. Palestrantes: Auda Piani (produtora cultural, contadora de histórias e pesquisadora), Gutti Fraga (ator, jornalista e diretor. Nós do Morro), Anne Dias (Coletivo Aparelho), Wlad Lima (atriz, cenógrafa, diretora, professora e pesquisadora), Berna Reale (Artista Visual, Realizadora de Instalações e Performances) e Naldinho Freire (músico-educador, compositor e pesquisador). Mediação: Leonardo Guelman (UFF).
Quinta-feira, 17 de agosto
Instituto de Ciências da Arte – ICA/UFPA
(Av. Pres. Vargas, s/n, Praça da República)
- 15h - Experiências colaborativas em Artes - O papel dos coletivos na reconfiguração da cena artístico-cultural nos territórios. Horizontalidade dos processos criativos e polifonia de vozes e expressões. Convergências de linguagens, reapropriação das memórias e afirmações identitárias. Pontuação e realce de ambientes interativos de co-criação, cooperação, colaboração e articulação no território. Palestrantes: Faeli Chaves de Moraes (escultor, grafiteiro, quadrinista e militante cultural), Ronaldo Silva (Arraial da Pavulagem), Marton Maués (Casa dos Palhaços), Nani Tavares (Rede Espaços Artísticos) e Paulo Ricardo Silva Nascimento (Casarão do Boneco). Mediação: Elis Miranda (UFF).
- 17h - Ritmos do cotidiano: matrizes, reapropriações estéticas e hibridizações - Experiências estéticas da tradição viva, suas resistências e reinvenções através de novos processos de conexões, contaminações e trocas entre diferentes matrizes culturais. Palestrantes: Pio Lobato (guitarrista e produtor), Allan Carvalho (cantor e compositor), Hugo Caetano (cantor e poeta. Cobra Venenosa), DJ Juninho Super Pop (Pop Som Aparelhagem), Cláudio da Costa Trindade (Diretor de Ensino da Fundação Carlos Gomes) e Eliana Bogéa (professora e pesquisadora). Mediação: Marcos Souza (Diretor do Centro de Música da Funarte).
- 19h - Café com tapioca
- 19h15 – Cartografia cultural: mapa falado colaborativo de coletivos artísticos e expressões culturais. Articuladores: Luiz Mendonça (UFF) e Pierre Crapez (UFF).
Quinta-feira, 18 de agosto
Instituto de Ciências da Arte – ICA/UFPA
(Av. Pres. Vargas, s/n, Praça da República)
- 15h - Guardiões da memória: acervos, coleções e tesouros vivos - Memórias, tradições e transmissão de saberes e fazeres. O ethos e o ambiente amazônico. Heranças patrimoniais e acervos ligados à experiência social compartilhada. Problematização de acervos institucionais e memória viva. Palestrantes: João de Jesus Paes Loureiro (escritor, poeta e professor), Sâmia Batista (Pesquisadora. Letras Q Flutuam), Claudia Leão (pesquisadora, fotógrafa e artista visual), Luiz Braga (fotógrafo) e Silvio Figueiredo (professor e pesquisador). Mediação: Wallace de Deus (UFF).
- 17h - Direitos da Cultura - Como o Direito da Cultura se inter-relaciona com as atividades artísticas? Relações entre direito e manifestações culturais ditas marginais ou periféricas, tratando de temas como direitos autorais, liberdade de expressão, liberdade artístico-cultural e ocupação de espaços públicos. Palestrantes: Luciana Medeiros (Projeto Circular e Holofote Virtual), Alexandre Luz (Instituto Universidade Popular - UNIPOP), Fabiano Carneiro (coordenador de dança da Funarte) e Bruno Ferreira Passos (o brincante Curu Pyra da TF – Casarão Viramundo). Mediação: Gyl Giffony (ator, produtor e pesquisador).
- 19h - Café com tapioca
- 19h15 - Cartografia cultural: mapa falado colaborativo de coletivos artísticos e expressões culturais Articuladores: Luiz Mendonça (UFF) e Pierre Crapez (UFF).
Sexta-feira, 19 de agosto
Icoaraci - Espaço Cultural Coisas de Nego (Av. Lopo de Castro, 1081).
- 15h - Performance com Lúcia Gomes - "Vivavivaviva os 72 anos do Fim da II Guerra Mundial" Local: Espaço Cultural Coisas de Nego - Av. Lopo de Castro, 1081
- 15h30 – Encontro com artistas de Icoaraci - Finalização do Mapeamento cultural \ Cartografia narrativa
- 17h30 - Apresentação artística - grupo de Carimbó de Icoaraci
Um comentário:
Esse café com tapioca me parece oportuno!
Postar um comentário