Sebastião Tapajós e o grupo de Waldir Azevedo na Europa |
Por meio da fotografia, recortes de jornais e revistas, capas de discos entre outros documentos que identificam lugares, situações, relações de amizade e profissionais do músico, a exposição passeia por diversos momentos da carreira de mais de 60 anos do violonista Sebastião Tapajós.
Ao todo são 30 imagens comentadas por artistas, músicos e parceiros de Sebastião Tapajós que relembram fatos de sua carreira, como por exemplo, a premiação de ‘Guitarra Criolla’, como melhor disco do ano em 1982, na Europa. Há também registros de suas apresentações no Theatro da Paz, os encontros com Astor Piazzola, Gilson Peranzzetta, Ednardo, Belchior, Billy Blanco entre tantos outros nomes da música, fazem parte da história de Sebastião Tapajós.
Músicos e artistas comentam a memória da imagem
Álbum premiado na Europa em 1982 |
Vanessa Barros é de Altamira, mas foi morar em Santarém, em 2014, onde estudou Direito, mas antes mesmo de se formar, passou a se dedicar à fotografia. "Eu digo sempre que a fotografia me escolheu. E é muito difícil você morar nesta região e não se encantar e registrar essas belezas" diz ela que é também é casada com o pianista Andreson Dourado, parceiro do violonista Sebastião Tapajós, o que facilitou o acesso ao vasto baú de memórias do músico.
“Não tem quem não se encante com esse violão maravilhoso do Tião. Desde a primeira vez que eu o ouvi, foi assim. E com a proximidade que tivemos, por causa do Andreson, que toca com ele, acabei me interessando pela sua história. Descobri que ele tem amigos em cada canto desse país e do mundo. É muito incrível a sua trajetória”, diz Vanessa.
Trajetória e reconhecimento
Autodidata, foi influenciado, também, por João Pernambuco e Dilermando Reis, dois notáveis do violão no Brasil, que ele ouvia em Santarém em emissoras de rádio de Ondas Curtas. Assim, o músico conta que evoluiu muito depois conheceu o violão inovador de Garoto, um dos precursores da Bossa Nova.
Para seguir carreira, porém, já nos anos 1960, foi estudar violão na Europa. Em Lisboa consolidou o violão erudito ampliando seu repertório como compositor e em Madri, no Conservatório de Cultura Hispânica, dominou técnicas de guitarra latina. Em 1967, ele recebeu a cadeira de violão clássico do Conservatório Carlos Gomes de Belém, onde lecionou até julho de 1967.
O evento que deu impulso decisivo à sua carreira foi a execução da obra-prima de Villa-Lobos, o Concerto para Violão e Pequena Orquestra, com a Orquestra Sinfônica Nacional no Teatro Municipal do Rio de Janeiro. A partir daí, seguiram-se vários convites para concertos no Brasil e no exterior.
Em junho de 2020, Sebastião Tapajós, ao receber o título de Doutor Honoris Causa, pela Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA), declarou: "A música é minha alma, meu porto seguro, minha vida".
Serviço
Exposição Virtual Sebastião Tapajós. Projeto selecionado pela Lei Aldir Blanc – Edital de Artes Visuais Fotoativa e Secult-Pa. Acompanhe também pelas redes sociais @fotografavanessabarros, onde as Mini oficinas “Como fazer boas fotos pelo celular” e “Como editar profissionalmente suas fotos pelo celular” poderão ser acessadas gratuitamente.
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