Focada na formação e na produção audiovisual, a produtora Caiana Filmes acaba de firmar parceria com a ABDeC e busca outras formas para fortalecer a cena do audiovisual. Fundada em 2005, a Caiana já desenvolveu o projeto “Cinema BR em Movimento”, no Estado do Pará, e é responsável pelo DocTV “Camisa de Onze Varas” e da Mini-serie “Vida de Cão” , como também os curtas “Eleanor e “Shala”, ambos em finalização.
Desde então vem disponibilizando ao público diversos tipos de debates, estudos e oficinas de cinema. Reúne em seu time profissionais atuantes, como Marco Antonio Moreira, no que diz respeito aos estudos de escolas e crítica cinematográfica; César Sarmento e Ana Mokarzel, em fotografia; Miguel Raoni, quanod o assunto é história (s) do cinema e ainda Fábio Rendeiro, que aborda cinema como recurso pedagógico e produção de vídeos didáticos.
“Não dá para produzir sem formar gente para o mercado. Por isso este é um dos nossos principais objetivos. Queremos multiplicar conhecimento com tudo que aprendemos e ajudar pessoas a fazer seus trabalhos autorais mas também temos nossa própria produção que agora incorporamos alunos também”, explica João Inácio, fundador da Caiana.
Marco Antonio Moreira, em noite de estudos em cinema |
Ainda que as dificuldades existam para se manter o ritmo, tanto de uma produção, quanto para a realização dos cursos, João Inácio diz que a experiência com a produtora tem sido gratificante.
“Estou muito feliz com a Caiana, mas ainda não temos patrocínio, mesmo ela se tornando ponto de referência e abraçando parceiros importantes como a ACCPa, ABDeC-PA e agora com o grupo ideal para lançar edital de cinema digital, precisamos reformar o espaço, pois a casa é antiga. A vontade é que esta nova geração faça a renovação do cinema paraense, propondo mudanças no cenário audiovisual”.
João Inácio diz que os cursos oferecidos trazem qualidade e com certeza estão contribuindo para isso. “Ele são incríveis e o Marco Moreira já está formado um grupo nunca antes mobilizado na cidade. As oficinas de prática tem despertado uma galera bem bacana para fazer filmes baratos e possíveis para nossa região”, afirma.
Tornando-se uma das boas referências e um ponto de encontro entre cinéfilos e pessoas que querem aprender cinema, a Caiana está em busca de mais parceiros para dar continuidade ao seu projeto. “Para tudo isso continuar, precisamos de parceiros e é esse a nossa maior batalha, pois só conseguiremos prosseguir se nos unirmos. Juntos podemos muito mais que individualmente”, acredita.
Caina é ponto de encotro para cinéfilos e produtores |
O momento, porém, não tem se mostrado um dos mais frutíferos para a produção cultural. Politicamente, nem o governo estadual e nem o federal nortearam ações para impulsionar a produção cinematográfica no estado do Pará, que já mostrou mais de uma vez o seu potencial, com premiações e levando o nome do estado e seus patrocinadores a salas de cinema pelo país.
Mas comparados ao número de projetos e filmes que estão parados por falta de incentivo tanto público quanto privado, esses resultados ainda são ínfimos.
“Meu filme está montado faltando pagar o labarotório e não temos patrocínio para a finalização. Estamos tentando por todos os lados, mas esse semestre parece tudo muito difícil, o poder publico não parece muito sensibilizado. Na esfera municipal, então, nem se fala, é um governo quase falido, resta a iniciativa privada, mas para cinema tudo é muito caro e grande investidor é complicado. No entanto, falta pouco. Com 20 mil reais, termino o Shala”, conclui João Inácio.
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