13.5.11

Caiana Filmes investe em novas parcerias e na formação em audiovisual

Focada na formação e na produção audiovisual, a produtora Caiana Filmes acaba de firmar parceria com a ABDeC e busca  outras formas para fortalecer a cena do audiovisual. Fundada em 2005, a Caiana já desenvolveu o projeto “Cinema BR em Movimento”, no Estado do Pará, e é responsável pelo DocTV “Camisa de Onze Varas” e da Mini-serie “Vida de Cão” , como também os curtas “Eleanor e “Shala”, ambos em finalização. 

Desde então vem disponibilizando ao público diversos tipos de debates, estudos e oficinas de cinema. Reúne em seu time profissionais atuantes, como Marco Antonio Moreira, no que diz respeito aos estudos de escolas e crítica cinematográfica; César Sarmento e Ana Mokarzel, em fotografia; Miguel Raoni, quanod o assunto é história (s) do cinema e ainda Fábio Rendeiro, que aborda cinema como recurso pedagógico e produção de vídeos didáticos.

“Não dá para produzir sem formar gente para o mercado. Por isso este é um dos nossos principais objetivos. Queremos multiplicar conhecimento com tudo que aprendemos e ajudar pessoas a fazer seus trabalhos autorais mas também temos nossa própria produção que agora incorporamos alunos também”, explica João Inácio, fundador da Caiana.

Marco Antonio Moreira, em noite de estudos em cinema
Ainda que as dificuldades existam para se manter o ritmo, tanto de uma produção, quanto para a realização dos cursos, João Inácio diz que a experiência com a produtora tem sido gratificante.

“Estou muito feliz com a Caiana, mas ainda não temos patrocínio, mesmo ela se tornando ponto de referência e abraçando parceiros importantes como a ACCPa, ABDeC-PA e agora com o grupo ideal para lançar edital de cinema digital, precisamos reformar o espaço, pois a casa é antiga. A vontade é que esta nova geração faça a renovação do cinema paraense, propondo mudanças no cenário audiovisual”.

João Inácio diz que os cursos oferecidos trazem qualidade e com certeza estão contribuindo para isso. “Ele são incríveis e o Marco Moreira já está formado um grupo nunca antes mobilizado na cidade. As oficinas de prática tem despertado uma galera bem bacana para fazer filmes baratos e possíveis para nossa região”, afirma.

Tornando-se uma das boas referências e um ponto de encontro entre cinéfilos e pessoas que querem aprender cinema, a Caiana está em busca de mais parceiros para dar continuidade ao seu projeto. “Para tudo isso continuar, precisamos de parceiros e é esse a nossa maior batalha, pois só conseguiremos prosseguir se nos unirmos. Juntos podemos muito mais que individualmente”, acredita.

Caina é ponto de encotro para cinéfilos e produtores
O momento, porém, não tem se mostrado um dos mais frutíferos para a produção cultural. Politicamente, nem o governo estadual e nem o federal nortearam ações para impulsionar a produção cinematográfica no estado do Pará, que já mostrou mais de uma vez o seu potencial, com premiações e levando o nome do estado e seus patrocinadores a salas de cinema pelo país.

Mas comparados ao número de projetos e filmes que estão parados por falta de incentivo tanto público quanto privado, esses resultados ainda são ínfimos.

“Meu filme está montado faltando pagar o labarotório e não temos patrocínio para a finalização. Estamos tentando por todos os lados, mas esse semestre parece tudo muito difícil, o poder publico não parece muito sensibilizado. Na esfera municipal, então, nem se fala, é um governo quase falido, resta a iniciativa privada, mas para cinema tudo é muito caro e grande investidor é complicado. No entanto, falta pouco. Com 20 mil reais, termino o Shala”, conclui João Inácio.

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