Um planeta chamado Melancholia está prestes a colidir com a Terra, o que resultará em sua total destruição. Justine vai casar com Michael. Com ajuda da sua irmã Claire, e seu marido John, a noiva quer realizar uma festa suntuosa para a comemoração. Este é o mote do novo filme do polêmico e surpreendente Lars Von Trier, que estreia nesta quinta-feira, 08, no Cine Oi Estação, onde fica em cartaz esta semana até domingo, 11. Ingressos: R$ 7,00.
No último sábado, dia 03, em Berlim, “Melancholia” foi eleito o Melhor Filme no 24º European Film Awards (prêmio do cinema europeu).
Lars Von Trier, porém, não compareceu à premiação. Há quem diga que a ausência tem a ver com o episódio ocorrido em maio deste ano, no festival de Cannes, quando o diretor dinamarquês, dado á polêmicas, deu declarações sobre Hitler e o Nazismo que não agradaram e acabou sendo banido pela organização do evento.
O filme porém não foi punido, continuou em competição e saiu de lá com o Prêmio de Melhor Atriz para Kirsten Dunst.
Não foi a primeira vez que ele “causou” em Cannes. Há dois anos, a mídia condenou o “Antichrist”. Há testemunhas de que na plateia teve gente passando mal e desistindo da sessão. No entanto, justamente pelo ocorrido na época, a curiosidade do público de Cannes só aumentou. De acordo com a crítica, com três sessões de exibição, as primeiras duas ficaram completamente lotadas.
Polêmicas à parte, a verdade é que o filme tem sido considerado um dos melhores e mais belos entre os já realizados nos últimos anos, tendo no elenco, Charlotte Gainsbourg, Kiefer Sutherland e Alexander Skarsgard
, além de Kirsten Dunst.
Neste final de semana, além de Melhor Filme, Melancholia recebeu mais duas estatuetas na cidade alemã. Concorrendo a oito num total de 17, ganhou ainda por Melhor Fotografia e Melhor Direção de Arte.
Apocalíptico, Melancholia fala sobre o fim do mundo, mostrando pessoas reais lidando com a tragédia na vida de quatro pessoas: Dunst, Gainsbourg, Sutherland e o filho do casal, que estão habitando a mansão de Gainsbourg e Sutherland.
O filme evoca as questões como ‘Vale a pena nos salvarmos?’ ou ‘O que acharíamos do fim?’, de forma poética.
"Parecendo ter abandonado as regras do Dogma 95, Von Trier, nos 10 minutos iniciais, há seis ou oito composições de câmera que usam tilt-shift, super slow-motion e até computação gráfica. A câmera que permanece na mão utiliza cortes rápidos, dando um movimento incrível ao filme", dizem os críticos que já o assistiram no país, desde que estreou em agosto.
Para Luiz Estevão de Oliveira do site No Festival, “Melancholia” é um filme emotivo, como a própria Melancholia.
Segundo o crítico, a nova obra de von Trier não é nem histérica nem controversa. Mas quem tiver um apetite pelo sanguinário sairá desapontado. “Os que buscam uma meditação técnica e artisticamente brilhante sairão satisfeitos”, diz Luiz que esteve presente à sessão de Cannes.
Serviço
Melancholia, de Lars von Trier (14 anos. 130m. Ficção científica). Ingressos: R$ 7,00 (com meia-entrada para estudantes). Exibições - 8 (quinta), às 18h e 20h30; 9 (sexta), às 18h e 20h30; 10 (sábado), às 18h e 20h30; 11 (domingo), às 10h, 18h e 20h30. 16 (sexta), às 18h e 20h30; 17 (sábado), às 18h e 20h30 e 18 (domingo), às 10h, 18h e 20h30. Realização: OS Pará 2000, Secretaria de Estado de Cultura – Secult e Governo do Estado.
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