Está de volta outra vez
O carimbó nunca morre
quem canta o carimbó sou eu".
Mestre Verequete
O carimbó nunca morre
quem canta o carimbó sou eu".
Mestre Verequete
Hoje, o Pará perdeu mais um ícone da cultura popular, o verdadeiro rei do carimbó. Augusto Gomes Rodrigues, Mestre Verequete, estava internado no Hospital Universitário Barros Barreto desde o dia 29 de outubro.
No domingo, deu entrada no Centro de Terapia Intensiva (CTI), com complicações respiratórias decorrentes de um enfisema pulmonar.
Há alguns dias os jornais vinham noticiando o estado grave de Mestre Verequete. Foram seis dias de agonia, com ele hopitalizado. No início da tarde desta terça-feira, 03, as batidas dos tambores silenciaram e a notícia se espalhou rápida e tristemente.
Aos 93 anos, Verequete era um símbolo de resistência. Há anos vinha lutando contra a saúde frágil. Mas, sempre que era chamado para participações em shows se esforçava para cantar e brigava quando alguém tentava lhe tirar o microfone das mãos. Ele só queria continuar cantando e recebendo o calor dos aplausos de seu público.
Nosso rei nasceu em 1926, na localidade de “Careca”, próximo à Vila de Quatipuru, em Bragança, mas ainda criança, assim que perdeu a mãe, Maximiana Gomes Rodrigues, mudou-se com o pai, Antônio José Rodrigues, para o município de Ourém.
Precoce, aos 12 anos, resolveu morar, sozinho, em Capanema, onde trabalhou como foguista. Nos anos 40, veio para Belém. Morou primeiro em Icoaraci. O apelido, “Verequete” aconteceu por acaso.
Num relato à atriz e diretora de teatro Karine Jansen ele explicou: “Uma moça que eu gostava me levou num batuque. Uma certa hora da madrugada, o Pai de Santo cantou ‘Chama Verequete’. Cheguei no trabalho contando aos colegas o fato. Quando acabei de contar, me chamaram de Verequete. E assim ficou”. Disso, saiu a composição que se tornou uma das mais populares da carreira do mestre… “Chama Verequete”.
Em vida recebeu inúmeras homenagens e foi tema do documentário “Chama Vererquete”, dos diretores Luiz Arnaldo Campos e Rogério Parreira. O filme, de 15 min., foi produzido com a primeira edição do Edital de Incentivo à produção de Curta Metragem (hoje, extinto), na gestão de Edmilson Rodrigues, então prefeito de Belém e um apaixonado pelo carimbó e particularmente pela obra de Mestre Verequete.
Outra grande homenagem é a coleção composta por uma caixa que inclui, além do curta-metragem, o CD “Verequete é o Rei” e o livro “Som dos Tambores”, numa realização da Associação Amazônica de Difusão Cultural, Social e Ambiental, com patrocínio da Companhia Vale do Rio Doce (CVRD).
Mas o reconhemento, que veio tardio, não lhe trouxe a saúde de volta. Durante sua trajetória, Mestre Verequete jamais viveu somente de seu trabalho como artista. Para sobreviver, muitas vezes, ele teve que vender churrasquinho na porta de sua casa, na periferia de Belém.
Agora, já em outro universo, ele receberá mais e mais homenagens. Sua imagem de homem simples, chapéu na cabeça, sempre, além de sua voz firme e um olhar encantador e profundo, vai ficar para sempre na memória do paraense.
O velório será no Theatro da Paz, a partir do final da tarde.
No domingo, deu entrada no Centro de Terapia Intensiva (CTI), com complicações respiratórias decorrentes de um enfisema pulmonar.
Há alguns dias os jornais vinham noticiando o estado grave de Mestre Verequete. Foram seis dias de agonia, com ele hopitalizado. No início da tarde desta terça-feira, 03, as batidas dos tambores silenciaram e a notícia se espalhou rápida e tristemente.
Aos 93 anos, Verequete era um símbolo de resistência. Há anos vinha lutando contra a saúde frágil. Mas, sempre que era chamado para participações em shows se esforçava para cantar e brigava quando alguém tentava lhe tirar o microfone das mãos. Ele só queria continuar cantando e recebendo o calor dos aplausos de seu público.
Nosso rei nasceu em 1926, na localidade de “Careca”, próximo à Vila de Quatipuru, em Bragança, mas ainda criança, assim que perdeu a mãe, Maximiana Gomes Rodrigues, mudou-se com o pai, Antônio José Rodrigues, para o município de Ourém.
Precoce, aos 12 anos, resolveu morar, sozinho, em Capanema, onde trabalhou como foguista. Nos anos 40, veio para Belém. Morou primeiro em Icoaraci. O apelido, “Verequete” aconteceu por acaso.
Num relato à atriz e diretora de teatro Karine Jansen ele explicou: “Uma moça que eu gostava me levou num batuque. Uma certa hora da madrugada, o Pai de Santo cantou ‘Chama Verequete’. Cheguei no trabalho contando aos colegas o fato. Quando acabei de contar, me chamaram de Verequete. E assim ficou”. Disso, saiu a composição que se tornou uma das mais populares da carreira do mestre… “Chama Verequete”.
Em vida recebeu inúmeras homenagens e foi tema do documentário “Chama Vererquete”, dos diretores Luiz Arnaldo Campos e Rogério Parreira. O filme, de 15 min., foi produzido com a primeira edição do Edital de Incentivo à produção de Curta Metragem (hoje, extinto), na gestão de Edmilson Rodrigues, então prefeito de Belém e um apaixonado pelo carimbó e particularmente pela obra de Mestre Verequete.
Outra grande homenagem é a coleção composta por uma caixa que inclui, além do curta-metragem, o CD “Verequete é o Rei” e o livro “Som dos Tambores”, numa realização da Associação Amazônica de Difusão Cultural, Social e Ambiental, com patrocínio da Companhia Vale do Rio Doce (CVRD).
Mas o reconhemento, que veio tardio, não lhe trouxe a saúde de volta. Durante sua trajetória, Mestre Verequete jamais viveu somente de seu trabalho como artista. Para sobreviver, muitas vezes, ele teve que vender churrasquinho na porta de sua casa, na periferia de Belém.
Agora, já em outro universo, ele receberá mais e mais homenagens. Sua imagem de homem simples, chapéu na cabeça, sempre, além de sua voz firme e um olhar encantador e profundo, vai ficar para sempre na memória do paraense.
O velório será no Theatro da Paz, a partir do final da tarde.
Um comentário:
gostei e so tenho 12 anos mestre verequete nunca te esquecerei 22/7/2010
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