11.5.10

Andrei Miralha ministra curso que formará núcleo de animação paraense

Está aí uma oportunidade imperdível para quem gosta de cinema, de tecnologia e sabe desenhar, não necessariamente nesta ordem. O importante mesmo é adorar filmes de animação.

Estão abertas as inscrições para a oficina do Laboratório de Animação do IAP, que começa no dia 15 de maio.

Quem vai ministrar é Andrei Miralha, que já traz na bagagem profissional a participação em "A Onda – A Festa da Pororoca" (2003), de Cássio Tavernard, e dirigiu "Admirimiriti" (2005) e "Muragens - Crônicas de um muro" (2008), todos eles resultado de bolsas concedidas pelo IAP na área das artes visuais.

No ano passado, “Muragens – Crônicas de um muro" (fotos abaixo), foi o primeiro filme paraense a entrar na Mostra Competitiva do Anima Mundi. Quem já teve oportunidade de ver este festival, sabe que dele só participam filmes de altíssima qualidade técnica e de criação.

Este ano, "Muragens..." já está selecionado para participar de dois Festivais Internacionais, um no México e outro em Portugal, dentro de uma mostra também do Anima Mundi.

Andrei Miralha é arquiteto, trabalha com multimídia e faz quadrinhos. Tem sido um dos profissionais mais atuantes e requisitados na área da animação no Pará. Para ele, parte do reconhecimento que os animadores paraenses têm hoje em dia passa pela relação deles com o IAP.

“O Iap foi muito importante nesse movimento de animação existente em Belém. As bolsas e os laboratórios do instituto foram fundamentais para que a cidade passasse a ter uma produção de animação que, mesmo incipiente, já se tornou uma referência no Brasil”.

É verdade. Tanto que o objetivo desta oficina, que vai até o dia 12 de junho, sempre aos sábados, com apenas 15 vagas disponíveis, é montar o núcleo de animação paraense no IAP, que aliás, será coordenado pelo próprio Andrei.

Miralha explica que na primeira etapa quase todos os 25 participantes eram iniciantes, mas agora chegou o momento de aprofundar a atividade de formação, mesmo se tratando ainda de uma iniciação.

“O primeiro módulo do laboratório foi muito bom, mas foi algo diferente do que pretendemos agora. Naquela ocasião, não havia ninguém com experiência, eram pessoas interessadas em animação. A ideia agora é fazer algo mais avançado”, diz ele.

Nesta segunda etapa do Laboratório de Animação do IAP será criada uma série de vinhetas de 30 segundos, com cada um dos participantes fazendo pelo menos uma vinheta. “Teremos um tema central que, inicialmente, será voltado ao público infantil”.

As inscrições para o Laboratório de Animação são gratuitas. Quem não participou da primeira etapa pode se inscrever normalmente. E quem participou, caso deseje seguir em frente, precisa efetuar uma nova inscrição. Os candidatos serão avaliados por meio de portfólio.

Mas isso não significa que é necessário ser profissional da área ou um grande desenhista. “Acho que essa exigência pode assustar algumas pessoas”, diz ele, acrescentando que o laboratório é aberto “tanto a quem sabe desenhar quanto a quem gosta simplesmente de fazer seus rabiscos”.

E mesmo os portfólios, completa ele, não precisam ser tão elaborados. Os desenhos podem vir em CDs, folhas de papel ou qualquer forma que o interessado achar apropriada.


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