Foto: José de Holanda |
O manifesto “Música Popular Brasileira Feita na Amazônia” é um chamado, um grito de alerta, um desafio e um convite para o reconhecimento da potencialidade cultural popular da floresta e das cidades da região.
“O Pará e a Amazônia possuem uma alta miscigenação que nos trouxe uma música misturada de clássicos europeus, suingue negro e batuque indígena, trouxe um mosaico imenso de ritmos. Não existe limites para nós. As vertentes da nossa música são como os rios… (extensos e múltiplos)”.
O artista acredita que os gêneros paraenses como o carimbó e a guitarrada tem um enorme potencial para se tornar nacionalmente e mundialmente conhecidos. “O que falta é um investimento na música amazônica. Imagina o mesmo investimento que teve o axé, o samba e a própria lambada? Eu trago a discussão para São Paulo para que possamos ampliar esses debates e fazer nossa música ganhar uma nova dimensão. Esse evento aqui irá nos situar em como estamos atentos às nossas possibilidades”, declara Manoel.
Manoel diz que pretende ampliar o debate com artistas das outras artes e provocar discussões amplas com a classe artística e política. "Quero buscar o entendimento coletivo das nossas potencialidades culturais, para a geração de emprego, renda e auto estima do povo da Amazônia. Quero que o mundo conheça nossa música e nossa cultura, que são parte fundamental da identidade amazônica. Essa é uma oportunidade única para mostrarmos o valor da nossa arte no contexto da sustentabilidade e da preservação," afirma Manoel.
O show em São Paulo traz participação de Felipe Cordeiro (PA), Patrícia Bastos (AP), Nayara Guedes (PA), Figueiroas (AL), Évila Moreira (PA) e Renan Sanches (PA), além da banda composta por Márcio Teixeira, Klaus Senna, Edézio Aragão e France Oliver.
Foto: José da Silva |
O DJ vai apresentar 100 vinis de diferentes cantores que foram produzidos por Manoel Cordeiro, incluindo pérolas como Roberto Leal, Beto Barbosa, Warilou, Alípio Martins, Banana Split, Fafá de Belém, Pinduca, Patrícia Bastos, Maria Lídia, Mauro Cotta, Trio Los Angeles e outros.
A Casa de Francisca, localizada no centro da capital paulista, com ambiente para 50 pessoas, especial por aproximar público e artistas, também será cenário do documentário que vem sendo gravado sobre a sua trajetória, em Belém, Macapá e São Paulo, além de Ponta de Pedras e Anajás, no Marajó, onde nasceu e passou parte da infância. A produção é da Sapucaia Filmes, com direção de San Marcelo, de Bragança (PA).
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