5.4.10

Inovacine promove “Invasão Beto Brant” em Ananindeua

Quem disse que o cinema brasileiro tá parado criativamente falando? Quem ousou dizer isso não tá nada ligado, não está a ver o cinema canarinho, tá a ver navios! Os grandes (e já velhos) mestres da terra estão na ativa.

Julio Bressane, à margem como sempre, fazendo sua “Cleópatra” nas praias do Rio de Janeiro, Zé Mojica Marins enfim fechando sua trilogia iniciada nos anos 60 com o anárquico “Encarnação do demônio”, Andrea Tonacci fazendo o filme da década em “Serras da desordem“, Carlão Reichembach mais maduro estilisticamente que nunca em “Falsa Loura”.

Da nova geração dos cineastas surgidos nos anos 90, um nome se sobressai: Beto Brant. Paulista, formado pela FAAP em 1987, começou fazendo vídeos-clipe para os Titãs e curtas-metragens, que foram premiados, e o seu autor reconhecido de cara como uma promessa.

Saiu do underground com o sucesso internacional “O Invasor” (2001). É a partir deste surpreendente filme de baixo orçamento que a “Invasão de Beto Brant” inicia em Ananindeua. Seguido dos não menos surpreendentes “Crime delicado” (2005) e “Cão sem dono” (2007).

O INOVACINE é uma parceria entre a Fundação de Amparo à Pesquisa no Pará e a Associação Paraense de Jovens Críticos de Cinema, que desde setembro de 2009 vem realizando ações cineclubistas no Estado do Pará, sendo o principal norteamento do primeiro semestre de 2010 a itinerância no interior do Estado. O projeto já foi em Santarém no mês de fevereiro e tem como rota, depois de Ananindeua, Soure, Bragança, Marabá e Altamira.

No dia 1º de abril, os coordenadores do INOVACINE, Francisco Weyl, Mateus Moura e Miguel Haoni, dialogaram com os realizadores Beto Brant e Renato Clasca, que estiveram Belém entrevistando técnicos e atores para o próximo filme que a dupla vai rodar em Santarém.

A conversa não poderia ser outra: estética e cinema. Os dois toparam voltar a Belém em agosto. A obra deles estará no centro da programação cultural do seminário para marcar seu primeiro aniversário do INOVACINE, quando também será lançado um livro com os diálogos cineclubistas que o INOVACINE tem desenvolvido em pontos de cultura e infocentros do NAVEGAPARÁ, em Belém e no interior do Estado.

Como ocorreu na Marambaia, em parceria com o Moculma, o INOVACINE vai até a sede da ONG Argonautas Ambientalistas da Amazônia Ananindeua. De 12 a 14 de abril, das 15 às 18 horas acontecerá mais uma oficina de formação cineclubista, com a exibição e discussão de cada um dos três filmes de Beto Brant. A iniciativa visa o fomento da cultura cineclubista, orientando, teórica e pragmaticamente, possíveis interessados.

Fonte: Ascom/Fapespa


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