O Museu de Arte Contemporânea Casa das Onze abriu nesta quinta-feira, as duas últimas mostras do Prêmio Secult de Artes Visuais de 2010. "A Pele do Invisível" dos artistas visuais paraenses Pablo Mufarrej e Ricardo Macedo e " R.E.V.A.N.C.H.E" do artista visual paulista Laerte Ramos.
“A pele do invisível”, de acordo com Ricardo Macedo, propõe atenção ao mínimo, ao ignorado e ao trivial, como as pequenas coisas do chão, aos objetos e organismos triviais que compõe nosso dia-a-dia – uma mosca, uma planta, uma pedra, etc.
Na busca por uma percepção mais fina do ignorado, no intuito de ir atrás de seus potenciais estéticos, de sua camada latente de poesia, dentro de sua casca embrutecida pela desatenção do cotidiano (pessoas não param mais para contemplar as coisas), os artistas Ricardo Macêdo e Pablo Mufarrej mergulham em um mundo invisível aos olhos para trazê-lo à tona através de pinturas e objetos.
Com este objetivo os artistas esboçam em suas pinturas, desenhos, objetos e vídeo, suas visões sobre essas camadas de vida “insignificantes”. Ampliam em microscópios de varredura eletrônica as camadas de um minério para pintá-lo a partir de uma leitura poética e estetizante.
Os procedimentos técnicos vão desde a ilustração científica e a pintura convencional às experimentações com aquarela, guache, tinta acrílica e vernizes. Incluindo também algumas linguagens como o vídeo e a instalação.
Pablo Mufarrej, 27, é formado em Artes pela Universidade Federal do Pará e desde 2008 é professor da disciplina Artes nas Escolas Dr. Carlos Guimarães e Almirante Tamandaré. Foi instrutor de oficinas de nos cursos de xilogravura, serigrafia, desenho e pintura da Fundação Curro Velho
Ricardo Macedo, 35, também é formado em artes pela UFPA e em Design de Interiores pela Escola Técnica Federal. Começou a carreira artística como desenhista e pintor abstrato em 1996, mas, desde 2004, utiliza-se também de algumas linguagens como fotografia, performance e vídeo. Suas pesquisas giram em torno dos temas: identidade, complexidade, história, comunicação e alteridade. Ricardo também é editor do blog novas-medias.blogspot.com.
Laerte, que assina a exposição Revanche é natural de São Paulo/SP e teve seus primeiros ensinamentos artísticos sobre esculturas em argila, madeira, pedra e metal durante os anos escolares, em sua infância e adolescência, na Escola Waldorf Rudolf Steiner entre os anos de 1985 à 1996. Na época seus grandes mestres eram refugiados de guerra vindos da Suíça e Alemanha, contando com a influência de uma educação germânica “pós guerra” e “alternativa”, o assunto bélico esteve sempre presente em todo o aprendizado lúdico-infantil de Laerte, o que influência até hoje toda a sua produção.
Serviço
"A Pele do Invisível" de Pablo Mufarrej e Ricardo Macêdo - Laboratório das Artes.
"R.e.v.a.n.c.h.e" de Laerte Ramos - Sala Grauliano Bibas. De 05 de novembro a 18 de dezembro de 2010, de terça a sexta: de 10h às 18h / sab. e dom. 10h às 16h. Museu Casa das Onze Janelas - Praça Frei Caetano Brandão s/nº - Cidade Velha - Belém – Pará.
Obs.: As informações sobre a exposição “A Pele do Invisível”, são de Ricardo Macêdo
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